Rio Claro, 10 de janeiro de 2017. Prezado(a) cidadão(ã), Convidamos você a participar do III Workshop sobre pagamentos por serviços ambientais: a caminho da implementação do programa municipal. O Objetivo deste workshop é ouvir todos os atores da sociedade e, através da sua participação, elaborar uma lei de PSA (Pagamentos por Serviços Ambientais) que seja passível de ser aplicada, contribuindo assim para a preservação e restauração de nossas florestas, da qualidade de nossas águas, assegurando nossa saúde e bem-estar. Nas páginas seguintes, apresentamos a programação do dia, uma breve apresentação sobre Serviços Ambientais e PSA, seguido da sugestão de minuta de lei. Leia e faça suas sugestões! Elas serão muito bem vindas! Você terá a oportunidade de expressar sua opinião neste III workshop-psa, a ser realizado no dia 04/02/2017, no bairro Cachoeirinha, salão da igreja (estrada Rio Claro Ajapí, Km 10/ SP), das 8:30h às 13:30h. Para participar, faça sua inscrição até o dia 01/02/2017, por e-mail ou telefone: e-mail: mande um e-mail para contato.labterra@gmail.com - No título do e-mail coloque: inscrição III WS-PSA - No corpo de e-mail coloque seu nome e telefone para que possamos confirmar sua inscrição. telefone: - (19) 3526-9681 / João Biancini horário comercial - (19) 9 7414 4214 / Gleiciani horário comercial Esperamos por você! Comissão Organizadora CT-RURAL
CT-RURAL III Workshop sobre pagamentos por serviços ambientais: a caminho da implementação do programa municipal 8:30h 9h: Entrega dos materiais e café de recepção Programação (sujeita a alterações) 9h 9:20h: Abertura (Prof. Dr. David Montenegro Lapola Unesp, Rio Claro) 9:20h 9:30h: Serviços Ambientais e Pagamentos sobre Serviços Ambientais: Definição (Dra. Gleiciani B. Patrício Roberto Unesp, Rio Claro) 9:30h 9:50h: A importância dos Serviços Ambientais e dos produtores rurais para a sociedade (Sr. João Baraldi CT-Rural) 9:50h 10h: Perguntas 10h 10:30h: Coffee Break 10:30h 10:40h: A proposta de Lei de PSA para o município de Rio Claro: Uma breve síntese (Sr. Miguel Milinski Prefeitura, Rio Claro) 10:40h 11h: Sugestão da área selecionada para implementação dos primeiros projetos e Proposta das atividades em grupo (Prof. Dr. David M. Lapola) 11h 11:30h: Dinâmica de Grupo 11:30h 12:30h: Seção Plenária 12:30h 13h: Encerramento 13h: Almoço (incluso para os primeiros 70 inscritos) NOTA: Durante as dinâmicas de grupo, uma mesa composta por especialistas nas diferentes áreas de interesse, estará à disposição dos participantes para tirar dúvidas. Dinâmica de grupo: Discussão de pontos chave sobre a proposta de Lei de PSA: 1. Valoração e Financiamento - Como estabelecer o valor a ser pago? Custo de oportunidade? - Qual/quais seriam as fontes financiadoras? 2. Órgão gerenciador/ Fiscalização 3. Áreas Prioritárias: por onde começar os projetos de PSA? 4. Visar áreas de florestas ou a propriedade rural toda? 5. Pagar/ compensar igualmente para a conversação e restauração? 6. Estrutura dos projetos adesão via Edital? Seção Plenária: Breve apresentação dos resultados de cada grupo, seguido de um debate
PSA = Pagamentos por Serviços Ambientais ü O que é? Um mecanismo (LEI) que remunera ou recompensa quem protege a natureza Serviços prestados silenciosamente em benefício da sociedade. pela natureza, muitos deles fornecidos pelas florestas (p.ex.: a água), que promovem o bem-estar humano! ü O que faz e para que serve?. Coloca um preço nos serviços ambientais.. O proprietário rural recebe um pagamento pela floresta em sua propriedade à A floresta é responsável por manter as nascentes, que produzem a água consumida na cidade, por exemplo. ü Por que implementar um PSA em Rio Claro?. A cidade tem um déficit de 65 70% de florestas; de acordo com o Código Florestal (lei brasileira que define a quantidade de florestas nas propriedades rurais).. Diagnóstico ambiental: maioria das nascentes = elevada degradação ambiental e áreas de fragilidade ambiental. Mapa de fragilidade ambiental de Rio Claro (as áreas mais escuras representam as regiões de maior fragilidade ambiental) Ausência de mata ciliar em um trecho do rio Corumbataí: Erosão
Minuta de Lei Pagamentos por Serviços Ambientais Institui o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, autoriza a prefeitura de Rio Claro SP estabelecer convênios e executar pagamento aos provedores de serviços ambientais. Artigo 1º Esta Lei institui o Programa Municipal de Pagamentos por Serviços Ambientais no município de Rio Claro e estabelece as diretrizes para a implantação de projetos e ações necessárias à sua execução. Parágrafo Único O Programa Municipal dos Serviços Ambientais tem como objetivo disciplinar a atuação do Poder Público Municipal em relação aos serviços ambientais de forma a promover o desenvolvimento sustentável e aumentar a provisão desses serviços em todo território municipal. Artigo 2º - Para efeitos desta Lei, consideram-se: I. Serviços ecossistêmicos: benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas; II. Serviços ambientais: Serviços ecossistêmicos que têm impactos positivos além da área onde são gerados; III. Pagamento por serviços ambientais: transação voluntária através da qual uma atividade desenvolvida por um provedor de serviços ambientais, que conserve ou recupere um serviço ambiental previamente definido, é remunerada por um pagador de serviços ambientais, mediante a comprovação do atendimento das disposições previamente contratadas nos termos desta lei; IV. Pagador de serviços ambientais: pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que paga por serviços ambientais, dos quais se beneficia direta ou indiretamente; V. Provedor de serviços ambientais: pessoa física ou jurídica que executa, mediante remuneração, atividades que conservem ou recuperem serviços ambientais, definidos nos termos desta lei; Artigo 3º - O Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais estabelecerá: I Projetos de Pagamento por Serviços Ambientais; e II Recursos financeiros para a execução dos Projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais. Artigo 4º - O Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais será executado por meio de Projetos de Pagamento por Serviços Ambientais instituídos por decreto municipal e especificados em editais públicos que deverão definir: I. Tipos e características de serviços ambientais que serão contemplados; II. Área para a execução do projeto; III. Critérios de elegibilidade e priorização dos participantes; IV. Requisitos a serem atendidos pelos participantes;
V. Critérios para a aferição dos serviços ambientais prestados; VI. Critérios para o cálculo dos valores a serem pagos; VII. Prazos mínimos e máximos a serem observados nos contratos. Artigo 5º Fica a Prefeitura Municipal autorizada a firmar convênio com outros atores públicos ou privados para a execução de Projetos de Pagamento por Serviços Ambientais. Artigo 6º - Fica a Prefeitura Municipal autorizada a realizar pagamentos a pessoas físicas ou jurídicas, provedor de serviços ambientais. Artigo 7º - O Poder Público Municipal poderá remunerar o Provedor de serviços ambientais, na forma estabelecida nesta lei e em seu regulamento. Caso o Município disponha de um fundo para realizar os pagamentos poderá indicá-lo, caso contrário a tesouraria ou órgão equivalente poderá executar os pagamentos diretamente. 1º - A adesão aos Programas de Pagamento por Serviços Ambientais será voluntária e deverá ser formalizada por meio de contrato firmado entre o Provedor de Serviços Ambientais e a Prefeitura Municipal, no qual serão expressamente definidos os compromissos assumidos, requisitos, prazos de execução e demais condições a serem cumpridas pelo Provedor para fazer jus à remuneração, conforme fixado em decreto regulamentador. 2º - Os provedores de serviços ambientais serão selecionados dentre os interessados de acordo com as diretrizes e critérios de elegibilidade definidos nos projetos, devendo ser assegurada a observância dos princípios de publicidade, isonomia e impessoalidade. 3º - Os valores a serem pagos aos provedores de serviços ambientais deverão ser proporcionais aos serviços prestados considerando a extensão e características da área envolvida, os custos de oportunidade e as ações efetivamente realizadas. 4º - Fica o órgão ambiental competente autorizado a firmar contrato com instituições financeiras para atuar como agente financeiro do programa de PSA. Artigo 8º - Os recursos financeiros para a execução dos projetos de pagamentos por serviços ambientais poderão vir das seguintes fontes: I. Doações, empréstimos e transferências de pessoas físicas ou instituições nacionais ou internacionais, públicas ou privadas; II. Dotação orçamentária da Prefeitura; III. Recursos financeiros do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição FECOP destinados pelo Conselho de Orientação a projetos de PSA no âmbito do Programa Estadual de Remanescentes Florestais, observados os requisitos previstos nas normas que regem o FECOP; IV. Recursos financeiros do Fundo Estadual de Recursos Hídricos FEHIDRO destinados a projetos de PSA pelo Comitê da bacia Hidrográfica, observada a legislação de recursos hídricos, em especial a legislação sobre a Cobrança pelo Uso dos recursos hídricos e a normatização do FEHIDRO;
V. Recursos financeiros dos Comitês PCJ oriundos da cobrança pelo uso da água, através da Fundação Agência de Águas PCJ. VI. Recursos financeiros do Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente - FUMDEMA de Rio Claro; VII. Recursos financeiros das minerações do município; VIII. Recursos financeiros do Departamento Autônomo de Água e Esgoto DAAE de Rio Claro próprio e/ou pela criação de uma taxa a ser inserida nas contas de água; IX. Recursos financeiros das compensações do Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental TCRA do município; X. Recursos financeiros da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental TCFA; XI. Recursos financeiros dos Termos de Ajuste de Conduta TAC feito pelo Ministério Público; XII. E outros fundos públicos ou privados, em âmbito municipal, estadual e federal, constituídos ou que vierem a ser constituídos com esta finalidade. Artigo 9º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.