DISCIPLINA: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO PROFESSORA: CALEB SALOMÃO TURMA: 2 CN PLANO DE CURSO 2009/02 Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e / ou da Coordenação. UNIDADES CONTEÚDOS OBJETIVOS Nº DE HORAS TÉCNICA DE ENSINO INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA APRESENTAÇÃO Apresentação: disciplina, docente e discentes. Explicações sobre o conteúdo programático, da metodologia, da bibliografia e dos critérios de avaliação. Coleta da expectativa e da percepção dos alunos sobre a disciplina. I. Promover interação preliminar dos envolvidos diretamente no processo de ensino e aprendizagem. II. Apresentar os objetivos (específicos e gerais, pedagógicos da disciplina. III. Apresentar o contéudo, a bibliografia e a metodologia, bem como a técnica de avaliação. 2 horas. - Exposição dialogada. Plano de curso. UNIDADE I HISTÓRIA DO CONSTITUCIONALIS MO E PARADIGMAS JURÍDICO- CONSTITUCIONAIS (HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES) a. Igreja e Estado. Conciliarismo e Constitucionalismo. O Direito da Sociedade Moderna. b. Noção de paradigma e de crise paradigmática. Paradigmas jurídicoconstitucionais. c. Ideologias do Jusnaturalismo e do Contratualismo. Os modelos de Hobbes, Locke e Rousseau.Revoluções de 1688, de 1776 e de 1789. Liberalismo e Estado Social. d. Os princípios do Estado de Direito e dos direitos fundamentais no paradigma jurídico do Estado Liberal. e. Os princípios do Estado de Direito e dos direitos fundamentais no paradigma jurídico do Estado Social. I. Refletir sobre os momentos históricos constitutivos dos diversos conceitos de constituição. II. Correlacionar instituições e institutos político-religiosos e jurídico-políticos. III. Explorar as conseqüências desta abordagem histórica. IV. Trabalhar com a noção de paradigma e constitucionalismo, demarcando as rupturas paradigmáticas no âmbito da modernidade e suas crises. V. Compreender a importância do constitucionalismo, historicamente considerando, para o estabelecimento de regimes constitucionais com limites e garantias. 14 horas. - Exposição dialogada; - Estudo dirigido; - Apresentação de vídeo de curta duração (15 minutos) e discussão coordenada pelo professor. BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social. CARVALHO NETTO, Menelick de. Requisitos pragmáticos da interpretação jurídica sob o paradigma do Estado Democrático de Direito. In Revista de Direito Comparado, vol. 03. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. FIORAVANTI, Maurizio. Constitución. De la Antigüedad a Nuestros Días. BERMAN, Harold. Direito e Revolução. SCHMITT, Carl. Teologia Política. f. Os princípios do Estado de Direito e dos direitos fundamentais no paradigma do Estado Democrático de Direito. SKINNER, Quentin. Fundações do Pensamento Político Moderno.
UNIDADE II PODER CONSTITUINTE a. O poder constituinte na obra de Sieyès. b. Características do poder constituinte. O caráter eminentemente político do poder Constituinte. b. Manifestações do poder constituinte: originário, reformador e difuso. c. Limitações à atuação do poder constituinte. d. Teoria da Dupla Revisão. e. A resultante do agir do Poder Constituinte. I. Compreender o poder constituinte e o seu papel na elaboração da II. Analisar os processos envolvendo uma assembléia constituinte e uma convenção constituinte. III. Refletir sobre a necessidade de a Constituição estar em harmonia permanente com a sociedade do seu tempo. IV. Estudar os mecanismos formais e informais de mudanças na V. Apresentar e discutir o tema das cláusulas pétreas. 6 horas - Exposição dialogada. - Trabalho em grupo BONAVIDES, Paulo. Curso de direito CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da CARVALHO NETTO, Menelick de. A revisão constitucional e a cidadania: a legitimidade do poder constituinte que deu origem à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e as potencialidades do poder revisional nela previsto.. PEDRA, Adriano Sant Ana. A Constituição viva: poder constituinte permanente e cláusulas pétreas. SEYÈS, Emanuel J. A constituição burguesa. UNIDADE III AS DIVERSAS ABORDAGENS DO FENÔMENO CONSTITUCIONAL a. Supremacia e força normativa da b. Abordagem crítica acerca da classificação ontológica das Constituições e das normas constitucionais. c.constituição em sentido sociológico. Constituição em sentido político. Constituição em sentido jurídico. Unidade normativa (jurídica e sociopolítica) da I. Introduzir, segundo uma perspectiva crítico-analítica, conceitos básicos para uma compreensão consistente da ordem constitucional brasileira. II. Aprofundar a percepção da interrelação entre Direito e Política. 6 horas - Exposição dialogada. BONAVIDES, Paulo. Curso de direito CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade. COURA, Alexandre de Castro. A força normativa da Constituição perspectivas de um diálogo entre Konrad Hesse e Ferdinand Lassale. SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das normas constitucionais. TAVARES, André Ramos. Curso de direito UNIDADE IV NORMAS CONSTITUCIONAIS E DIREITO CONSTITUCIONAL INTERTEMPORAL a. Normas jurídicas e normas constitucionais. Funções das normas constitucionais (regras e princípios) b. Classificação, características e conteúdo das normas constitucionais. Eficácia. I. Compreender o conceito de norma constitucional, classificando-a, caracterizando-a e identificando seu conteúdo. II. Identificar o funcionamento da norma constitucional como regra e como 6 horas - Exposição dialogada. BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. BONAVIDES, Paulo. Curso de direito
c. Recepção. Repristinação. Revogação. Desconstitucionalização. d. Direitos adquiridos e a nova ordem e. Direitos adquiridos e as emendas constitucionais: o posicionamento do STF. princípio e entendendo a evolução de sua eficácia. III.Estudar as teorias acerca do direito constitucional intertemporal. IV. Compreender as causas e solucionar os conflitos de normas constitucionais no tempo. JEVEAUX, Geovany Cardoso. Direito constitucional: teoria da PEDRA, Adriano Sant Ana. A Constituição viva: poder constituinte permanente e cláusulas pétreas. TAVARES, André Ramos. Curso de direito a.o problema da terminologia: (Hermenêutica, Interpretação, Aplicação e Construção) e do discurso ideologizante. I. Introduzir conceitos essenciais à compreensão do fenômeno da interpretação 16 horas. - Exposição dialogada. ALEXY, Robert. Constitutional rights, balancing and rationality. Ratio Juris. Vol. 16, n 2, junho de 2003; UNIDADE V INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL (INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL. RELATIVIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS) b.a problemática acerca da racionalidade da interpretação jurídica: uma disputa de paradigmas. Constituição e realidade c. Classificação da Interpretação Constitucional. Justificativas da autonomia da hermenêutica Princípios orientadores da Interpretação Proporcionalidade e Razoabilidade. O Preâmbulo da CRFB 1988. d. A teoria da interpretação no marco do positivismo jurídico clássico. As críticas de Hans Kelsen ao positivismo jurídico clássico. e. Interpretação como ato de conhecimento e como ato de vontade: A tese kelseniana da interpretação autêntica. f.o positivismo jurídico moderado de Hebert Hart..As críticas de Ronald Dworkin ao postivismo jurídico. g.a distinção entre regras e princípios e os critérios propostos para diferenciação das normas jurídicas. h. A teoria do Direito como Integridade, de Ronald Dworkin. i. A teoria da argumentação jurídica como caso especial dos discursos práticosmorais, em Robert Alexy e em Klaus Günther. j. As críticas de Jürgen Habermas à tese do caso especial. II.Analisar a eficácia das normas constitucionais, identificando a distinção existente entre normas e regras. III.Estudar hermenêutica IV.Apresentar as várias teorias sobre a interpretação V.Compreender a estrutura normativa VI.Demonstrar que o texto constitucional apresenta-se como intertexto aberto. VII.Compreender a distinção entre enunciado e norma. VIII.Saber aplicar os princípios orientadores da interpretação constitucional, em especial os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade IX.Compreender os contornos que envolvem a aplicação de um direito fundamental. X.Apresentar os requisitos essenciais para que haja restrição de um direito fundamental. XI.Identificar no dia-a-dia as diversas situações que acarretam à restrição de um direito fundamental, contextualizando teoria e prática. XII.Apreender os meios de solução existentes para a colisão dos direitos fundamentais. - Análise de casos. - Análise de julgados do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. - Atividade práticoteórica: princípios constitucionais, balanceamento e proporcionalidade. - Estudo de caso com base no HC 82.424, julgado pelo STF. ALEXY, Robert. Teoria dos dereitos fundamentais. BARROSO, Luís Roberto. A nova interpretação constitucional: ponderação, direitos fundamentais e relações privadas.. Curso de direito constitucional contemporâneo. BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. CARVALHO NETTO, Menelick de. A interpretação das leis: um problema metajurídico ou uma questão essencial do Direito? De Hans Kelsen a Ronald Dworkin. COURA, Alexandre de Castro. Limites e possibilidades da tutela jurisdicional no paradigma do Estado Democrático de Direito: para uma análise crítica da jurisprudência de valores. DWORKIN, Ronald. O império do direito. FREIRE JUNIOR, Américo Bedê. Restrição a direitos fundamentais: a questão da interceptação de e-mail e a reserva de jurisdição. GÜNTHER, Klaus. The Sense of Appropriateness Application
k. Renúncia, perda e não-exercício de direitos fundamentais. A colisão entre direitos fundamentais XIII.Despertar a importância do princípio da proporcionalidade para a experiência social ora vivenciada no Brasil, apontando hipóteses reais de problematização. Discourses in Morality and Law. KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. SARMENTO, Daniel. A Ponderação de Interesses na Constituição Federal. UNIDADE VI CONTROLE DE CONSTITUCIONALID ADE a. Rigidez e Supremacia da Constituição e a capacidade impositiva de seus princípios e regras. b. Conceito e Espécies de inconstitucionalidade. Noção e fundamento do controle de constitucionalidade. b. As contribuições de Marshall a Kelsen. Legitimidade. Teoria das funções fundamentais da justiça c. Estudo de modelos. Identificação dos pontos de atrito entre os modelos adotados e de suas causas. I.Dominar os conceitos e fundamentos do tema: inconstitucionalidade e sua elisão. II.Compreender a importância sistêmica do controle de constitucionalidade. III.Estudar criticamente os instrumentos de solução adotados pela Reforma do Judiciário. 8 horas - Exposição dialogada. - Análise de julgados do Supremo Tribunal Federal. BARROSO. Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. JEVEAUX, Geovany Cardoso. Direito constitucional: teoria da TAVARES, André Ramos. Curso de direito CUNHA JÚNIOR, Dirley. Controle de constitucionalidade Teoria e Prática. UNIDADE VII A RELAÇÃO ENTRE A ORDEM JURÍDICA INTERNACIONAL E A ORDEM JURÍDICA INTERNA a. A questão da Soberania, o conceitoperegrino. Internacionalização do poder constituinte. b. O ponto de contato eticamente impositivo: os Direitos Humanos. b.as teorias dualistas (radical e moderada) e monista (radical e moderada). c. O modelo brasileiro. I. Apresentar reflexões sobre o obsoletismo do conceito de soberania nacional em face da ordem jurídica globalizante. II. Apresentar a questão jurídico-política global relacionada aos Direitos Humanos. III.Compreender a importância e o alcance da temática, permitindo a construção de opiniao abalizada sobre a mesma. 8 horas. - Exposição dialogada. - Pesquisa em jornais e revistas de matérias que tangenciam ou enfrentam o tema. - Escolha e apresentação, pelos alunos, de um ou mais artigos para ilustrar o tema. - Análise dos RExt 349703 e 466343; HC 87585. Tratam de incorporação de tratados internac. de DH à ordem jurídica interna. Reflexos do Pacto Intern. de São José da Costa Rica no tratamento jurisdic. da prisão civil do depositário infiel. ARIOSI, Mariângela. Conflito entre tratados internacionais e leis internas: o judiciário brasileiro e a nova ordem internacional. 2.ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional. JEVEAUX, Geovany. Direito Constitucional Teoria da
AVALIAÇÕES SOMATIVAS (COM ATRIBUIÇÃO DE NOTA) I- METODOLOGIA A predominância do processo ensino-aprendizagem na ação do estudante é um dos princípios metodológicos básicos. Neste contexto, o professor atua como orientador e organizador das condições de aprendizagem, e o estudante como pessoa que reflete e executa. Assim os estudos partirão da inquirição dos conhecimentos prévios, pré-conceitos que os alunos possuem sobre os temas estudados e de problemas sócio-culturais, avançando nos conteúdos e estratégias, desenvolvendo conceitos, procedimentos e atitudes de alcance mais universal e importantes do ponto de vista da formação do pesquisador e da competência profissional. Na prática, isto significa que os estudos envolvem a observação, a problematização, a hipotetização, o teste de hipóteses a experimentação, a comparação, a busca de informações em fontes variadas, a síntese e a análise dos dados coletados, a extrapolação e a generalização. Assim, pressupõe-se, também, o envolvimento do estudante em atividades extraclasse, tanto teóricas quanto práticas. No decorrer do curso que será desenvolvido durante todo o semestre, serão observados os seguintes procedimentos: aulas dialogadas, tempestades cerebrais, produção textual, estudos de casos. A disciplina em questão está na fronteira cognitiva entre Política e Direito, razão pela qual as abordagens teóricas incluirão, necessariamente, reflexões político-filosóficas como critério de análise do fenômeno II- RECURSOS Conforme a metodologia utilizada e a técnica de ensino aplicada em cada aula, serão utilizados os variados recursos que a FDV coloca à disposição da disciplina, tais como: quadro e pincel; acervo bibliográfico; fotocópias de jurisprudências, jornais e revistas; laboratório de informática; data-show; retro-projetor; televisão e vídeo. III- AVALIAÇÃO O processo avaliativo terá caráter diagnóstico, procurando detectar as dificuldades do aluno com o objetivo de supri-las, bem como detectar dificuldades relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, serão utilizadas as três modalidades de avaliação a saber: diagnóstica, formativa e somativa. a) Diagnóstica: procurar-se-á levantar as necessidades e expectativas dos discentes no início do curso. b) Formativa: haverá necessidade premente dos alunos na realização das tarefas. A avaliação formativa será utilizada durante todo o processo para investigar e reforçar conteúdos/habilidades/comportamentos, sem atribuição de notas, para redirecionar o processo educativo. Para isto serão realizados estudos de casos, produções textuais e discussões sobre os temas apresentados, com base nos textos previamente lidos e nas exposições feitas pelo professor durante todas as aulas do semestre. c) Somativa: será utilizada através de instrumentos adequados e destina-se à mensuração dos objetivos propostos, sendo constituída dos seguintes itens: PRIMEIRO BIMESTRE: (data a confirmar) - Prova escrita (P1), valendo 6,0 pontos, a ser aplicada no dia 08/10, abordando o conteúdo das unidades I a IV. No momento da correção serão analisados os seguintes critérios: a) conhecimento; b) capacidade de aplicação do conhecimento; c) redação e concatenação de idéias. - Estudos dirigidos (E1), valendo 4,0 pontos, que serão recolhidos ao final de cada unidade, conforme plano de curso. SEGUNDO BIMESTRE: (data a confirmar) - Prova escrita (P2), valendo 7,0 pontos, a ser aplicada no dia 04/12, abordando o conteúdo das unidades V, VI e VII. No momento da correção serão analisados os seguintes critérios: a) conhecimento; b) capacidade de aplicação do conhecimento; c) redação e concatenação de idéias. - Atividade (A2) correlacionando teoria e prática (análise de caso e confronte argumentativo), valendo 3,0 pontos, em data a ser definida pelo Professor, com antecedência mínima de duas semanas. Essa atividade será coordenada conjuntamente pelos professores da disciplina nos turnos noturno e matutino. As turmas deverão atuar conjuntamente de acordo com as diretrizes a serem fixadas para fins de avaliação. - Atividade Formativa: aos alunos será apresentada a proposta de organização de um seminário jurídico, a ser agendado para a segunda quinzena do mês de junho, sobre os temas da Disciplina. A atividade será coordenada também pelos professores da disciplina nos dois turnos, que organizarão grupos de trabalho para o mesmo fim. Observação: * Na correção das avaliações será levado em consideração o uso correto do vernáculo pelo aluno, assim como o esmero e a grafia nas suas respostas. * A nota do 1º bimestre (M1) corresponderá à soma: M1 = P1 + E1. * A nota do 2º bimestre (M2) corresponderá à soma: M2 = P2 + A2. * A média final (MF) corresponderá à média ponderada: MF = (M1 + 2 M2)/3. IV- INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA BÁSICA:
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito 21 ed. Rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2007; CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da 7ª edição. Coimbra: Almedina, 2003; 2ª ed, Sao Paulo: Saraiva, 2008; JEVEAUX, Geovany. Direito Constitucional Teoria da Rio de Janeiro: Forense, 2008. V- INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA COMPLEMENTAR: A bibliografia complementar encontra-se especificada em cada unidade.