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Transcrição:

Ano de 2016 registra maior estabilidade econômica, mas ainda não há retomada dos investimentos. Empresários acreditam que o desempenho econômico de suas empresas deve melhorar em 2017 Este relatório de Sondagem Industrial tem como objetivo fazer um balanço das respostas relativas à produção, vendas, contratações, estoques, inadimplência, capacidade instalada, custos, lucratividade e investimentos, de janeiro a outubro de 2016, a partir de uma amostra de empresas do setor industrial da região de Campinas. A partir dos dados da variação da produção observa-se que de janeiro a outubro de 2016 houve uma tendência de se ampliar a estabilidade da produção, especialmente a partir do mês de maio quando há forte queda das respostas alegando diminuição da produção, assim como, aumento das respostas alegando estabilidade e aumento da produção. Entretanto, a partir do mês de julho o movimento se inverte, apresentando novamente uma tendência de aumento das respostas no sentido da diminuição na produção, entretanto com a maioria dos respondentes ainda percebendo maior estabilidade desse indicador. As respostas no sentido da diminuição da produção atingiram seu pico no mês de abril com 59,3% das respostas e seu ponto mais baixo no mês de junho com 14,8%, sendo o único mês em que a porcentagem de respondentes que alegavam aumento da produção (33,3%) foi maior do que os que apontavam sua diminuição. 1

As respostas relacionadas ao número de funcionários apresentaram comportamento semelhante ao da produção, entretanto, em todo o período, a maioria dos respondentes declarou haver maior estabilidade do número de funcionários. A partir do mês de maio observou-se uma queda da porcentagem daqueles que declaravam haver reduzido o número de funcionários, movimento que foi invertido a partir de julho, chegando ao mês de outubro com o maior percentual do ano para as respostas no sentido da diminuição do número de funcionários (37,5%). O menor percentual para as respostas nesse sentido foi verificado em junho (11,1%), único mês em que as respostas no sentido do aumento do número de funcionários (14,8%) foram maiores que as respostas no sentido da diminuição. A variação mensal do valor das vendas registrou seu pior momento no ano no mês de abril, quando 70,4% dos respondentes declaravam que o valor das vendas se tornara inferior ao mês anterior. Entretanto, a partir de maio há expressiva melhora desses números, quando 47,1% dos respondentes declaravam que o valor das vendas havia sido inferior, 29,4% superior (foram 11,1% em abril) e 23,5% declaravam estabilidade. Em junho alcançam-se os melhores resultados para o ano: 22,2% dos respondentes declaravam que o resultado das vendas foi inferior ao mês anterior, 37,0% declaravam estabilidade e 40,7% indicaram aumento do valor das vendas. Entretanto, o resultado de junho não se torna uma tendência e há queda daqueles que afirmavam que os resultados das vendas eram superiores, aumento dos que declaravam estabilidade e aumento do percentual daqueles que afirmavam 2

diminuição do valor das vendas, apesar de se manter em um nível inferior aos resultados dos primeiros meses do ano, indicando maior estabilidade das vendas. Os dados relativos à variação mensal da inadimplência mostram que, a partir de maio de 2016 houve uma tendência de aumento das respostas no sentido da maior estabilidade da inadimplência juntamente com uma queda das respostas no sentido de aumento. Em nenhum momento foi significativa a porcentagem daqueles que responderam no sentido da redução da inadimplência. Dessa forma, percebe-se uma tendência de estabilidade da inadimplência, mas não ainda de redução. 3

Subdividido a utilização do nível de capacidade instalada em três categorias (a primeira, entre 0 e 50%, a segunda, entre 50,1 e 80% e a terceira, entre 80,1 e 100%) temos as seguintes considerações. Quando observados os dados da primeira categoria, sua trajetória entre janeiro e outubro de 2016 começa em 38,7% e termina em 29,2%. A segunda categoria, por sua vez, passa de 58,1% em janeiro de 2016 para 66,7% em outubro, sendo este seu nível mais elevado de 2016. Por fim, a terceira categoria inicia seu movimento a partir dos 3,2% em janeiro de 2016 e termina em 4,2% em outubro, atingindo 9,1% em fevereiro e 9,4% em março (seu ponto mais alto no ano). Sendo assim, observam-se oscilações em relação às respostas, mas nenhum movimento relevante. Quando se trata da variação mensal dos custos trabalhistas, as respostas que indicam estabilidade nos custos comportam-se da seguinte forma: iniciam o ano de 2016 em 45,2% e chegam em outubro em 54,2%. Já as respostas que apontam para custos em alta partem de 54,8% em janeiro de 2016 e chegam em 41,7% em outubro, passando por 26,9% em junho de 2016. As respostas que indicam redução nos custos em nenhum momento alcançaram 10% dos respondentes. A tendência até o mês de junho era de aumento da estabilidade de tais custos, o que se alterou a partir de julho, indicando uma tendência de redução da estabilidade. Ao mesmo tempo 4

registrava-se uma tendência de queda das respostas no sentido de aumento dos custos até o mês de junho, que se inverteu a partir de agosto. Ao se considerarem as respostas dos participantes com relação à variação mensal dos custos de matéria-prima, componentes e peças, nota-se que há uma tendência de aumento das respostas no sentido da estabilidade no ano de 2016, tornando-se, inclusive, maior do que a porcentagem das respostas no sentido de aumento dos custos em setembro, resultado que, entretanto, não se sustentou em outubro. As respostas no sentido do aumento dos custos iniciaram o ano com 64,5% do total dos respondentes e chegaram ao mês de outubro representando 50,0% deles. As respostas em relação à estabilidade dos custos iniciaram o ano como opção de 35,5% dos respondentes e chegaram ao mês de outubro representando 41,7% deles. As respostas no sentido da diminuição de tais custos em nenhum momento alcançaram 10% dos respondentes, mas destaca-se que apresentaram seu maior percentual no mês de outubro com 8,3% dos respondentes. 5

Quando se observam as respostas dos participantes em relação à variação mensal dos custos de energia, água e transporte nota-se que, com exceção dos meses de abril e outubro, houve uma tendência de queda das respostas no sentido do aumento destes custos e, em contrapartida, aumento das respostas no sentido de maior estabilidade. As respostas no sentido da diminuição de tais custos apresentaram crescimento entre março e junho, alcançando seu pico em abril com 11,1% dos respondentes, não sustentando tal tendência posteriormente. Assim, o que se verificou foi um aumento da estabilidade dos custos de energia, água e transporte no período, passando de 41,9% das respostas no sentido da estabilidade em janeiro para 63,6% em outubro de 2016. Ao mesmo tempo, as respostas no sentido do aumento de tais custos começou o ano com 54,8% dos respondentes, passando para 31,8% deles em outubro de 2016. 6

Com relação à variação mensal dos estoques no ano de 2016, observase aumento das respostas no sentido de maior estabilidade, queda das respostas no sentido do aumento dos estoques e aumento das respostas no sentido da diminuição dos estoques. As respostas relativas à diminuição começaram o ano representando 32,0% dos respondentes e no mês de outubro representaram 38,1%, o maior percentual nesse sentido durante o ano, (se igualando ao mês de abril). As respostas que indicam estabilidade dos estoques começam o ano com 44,0% dos respondentes e chegam ao mês de outubro com 47,6%, tendo seu pico em setembro quando atingiu 57,9% das respostas. As respostas que indicam aumento dos estoques iniciaram o ano com 24,0% dos respondentes, chegando ao mês de outubro representando 14,3% deles, tendo seu pico em março (32,1%) e seu menor percentual em agosto (10,5%). Assim, a tendência do ano de 2016 foi de aumento da estabilidade dos estoques. 7

Com relação à variação da lucratividade no ano de 2016 observou-se um aumento das respostas no sentido da estabilidade, diminuição das que indicavam lucratividade inferior e oscilação das respostas que indicavam lucratividade superior, entretanto sempre abaixo das outras alternativas. Os respondentes que declaravam uma lucratividade inferior oscilaram entre 64,5% em janeiro e 50,0% em outubro de 2016, alcançando um máximo de 66,7% em abril e um mínimo de 40,7% em junho. Os que declaravam lucratividade estável passaram de 25,8% em janeiro (seu menor percentual no ano) para 41,7% em outubro, atingindo um máximo de 51,9% em junho. E aqueles que declaravam lucratividade superior passaram de 9,7% em janeiro para 8,3% em outubro, com vale de 4,5% em fevereiro e pico de 14,7% em maio. 8

Para captar a variação mensal do investimento em ampliação da capacidade instalada utilizam-se quatro tipos de respostas: 1) redução do nível de produção; 2) investimento com a ampliação do número de máquinas; 3) investimento com a atualização do maquinário já existente; e 4) a empresa não irá investir. Apesar da queda ao longo do ano de 2016, o percentual de respondentes que alegaram que não iriam investir foi sempre predominante na pesquisa, passando de 83,9% em janeiro (atingindo o máximo de 92,6% em abril e o mínimo de 71,4% em julho) para 75,0% em outubro de 2016. Os respondentes que indicavam que iriam atualizar o maquinário já existente oscilaram entre 9,7% em janeiro de 2016, atingindo seu percentual máximo no ano em julho (22,9%), e 16,7% em outubro. O percentual de respondentes que indicavam que iriam ampliar o número de máquinas apresentou tendência de crescimento oscilando, entretanto, entre um mínimo de 0,0% em fevereiro e abril e um máximo de 16,7% em setembro. Quanto aos que indicavam que iriam reduzir o nível de produção obteve-se um percentual máximo de 3,7% em junho e mínimo de 0,0% em alguns meses do ano (fevereiro, março, abril, maio, agosto e outubro), não sendo, portanto, significativo. Assim, o que se observa é uma tendência de aumento do investimento, entretanto ainda muito tímida, continuando mais representativos aqueles respondentes que não irão investir. 9

Com relação ao planejamento do investimento para os próximos 12 meses, numa perspectiva mais de longo prazo, observa-se ao longo do ano uma tendência de queda do percentual de respondentes que indicaram que não iriam investir, passando de 80,6% em janeiro (atingindo um máximo de 88,9% em abril) para 58,3% em outubro, sendo este o percentual mais baixo do ano com relação àqueles que não irão investir nos próximos 12 meses. Houve aumento das respostas que indicavam manter o planejamento dos investimentos, passando de 16,1% em janeiro (atingindo seu mínimo em abril de 11,1% e máximo em agosto de 40%) para 33,3% em outubro. Quanto aos respondentes que indicavam que iriam aumentar o investimento planejado houve dois meses com percentual acima de 10% (maio com 14,7% e setembro com 12,5%), ficando, nos outros meses, sempre próximos de 0,0%. Os que indicavam que iriam reduzir o investimento planejado mantiverem ao longo do ano sempre percentuais muito próximos ou iguais a 0,0%, portanto, foram pouco representativos. Assim, o que se apresenta é um movimento ainda lento de aumento dos investimentos, entretanto a grande maioria ainda não irá investir e poucos irão aumentar os investimentos nos próximos 12 meses. 10

O balanço do relatório de Sondagem Industrial mostra que a região dos 19-CIESP continua sofrendo com a queda do nível de atividade econômica, ocasionado pelo ajuste fiscal e contexto político desfavorável. Apesar disso, muitas variáveis passaram a apresentar menor redução e maior estabilidade, indicando que a situação parou de piorar, ou piora num ritmo menos intenso do que em 2015. Quanto às respostas relacionadas à produção observou-se maior estabilidade. Em relação ao número de funcionários também nota-se uma tendência de maior estabilidade, tendo a mesma sinalização para o valor das vendas e para inadimplência. Quanto à utilização da capacidade instalada observa-se aumento daqueles que operam numa posição intermediária, manutenção do baixo percentual daqueles que operam com alta utilização da capacidade e queda do percentual de respondentes que operam utilizando no máximo a metade de sua capacidade. Quanto aos custos trabalhistas há tendência de estabilidade, assim como para os custos de matéria-prima, componentes ou peças, apesar das respostas no sentido de crescimento ainda serem um pouco mais representativas. Os custos de energia, água e transporte apresentam grande aumento da estabilidade e redução das respostas no sentido do seu crescimento. Sendo assim, no geral, os custos apresentam uma tendência de maior estabilidade. Com relação aos estoques há tendência de maior estabilidade, o mesmo valendo para a lucratividade, apesar das respostas no sentido de uma lucratividade inferior ainda serem maioria. Por 11

outro lado, os investimentos não demostram recuperação no curto prazo, continuando a existir um elevado percentual de respondentes que não pretendem investir, apesar de haver uma tendência de melhora para os investimentos planejados para os próximos 12 meses. Perguntas especiais de Outubro Foram feitas duas perguntas especiais na pesquisa do mês de outubro de 2016. A primeira visava descobrir, a partir de perspectivas econômicas, quando os respondentes acreditam que o desempenho de suas empresas deverá melhorar. As alternativas disponíveis para resposta foram: (a) No início de 2017; (b) No segundo semestre de 2017; (c) Após 2018; (d) Entre 2019 e 2020; (e) Não há perspectiva para a retomada. De acordo com o gráfico 1E, a maioria dos respondentes acredita que suas empresas devem melhorar seu desempenho econômico já em 2017: 41,7% responderam que acreditam que a melhora se dará no primeiro semestre de 2017, enquanto outros 37,5% acreditam que a melhora virá no segundo semestre. Para 4,2% a melhora ocorrerá em 2018 e outros 4,2% acreditam que virá entre 2019 e 2020. Para 12,5% não há perspectiva de melhora da economia. Dessa maneira, de acordo com essa pesquisa, a maioria dos empresários acredita que a melhora do desempenho de suas empresas se dará ainda em 2017. A segunda pergunta especial visava descobrir por quais canais irá se manifestar os primeiros sinais de melhoria da atividade econômica. As alternativas de respostas foram: (a) Aumento da demanda; (b) Redução do custo de financiamento; (c) Aumento das exportações; (d) redução de custos relacionados à matéria-prima importada; (e) Redução de custos relacionados ao trabalho (maior flexibilidade na legislação trabalhista); (f) Redução da carga tributária; (g) Maior previsibilidade quanto á atuação do governo na economia; (h) Outros; (i) Não acredito que haverá melhora. Cada respondente poderia escolher até 3 alternativas. 12

O gráfico 2E apresenta a frequência com que cada resposta apareceu. A opção a apareceu em 54,2% das respostas, a g em 54,2%, a b em 25,0%, a e em 16,7%, a f em 16,7%, a i em 8,3%, a c em 4,2%, a d em 4,2% e a h em 0,0% Em suma espera-se redução da carga tributária, redução do custo de financiamento, maior previsibilidade quanto à atuação do governo na economia e redução dos custos trabalhistas. Assim, inferimos que a expectativa é de que uma maior previsibilidade quanto à atuação do governo na economia favoreça uma redução da carga tributária e dos custos trabalhistas, assim como uma redução do custo de financiamento, de modo a incentivar os investimentos privados, promovendo a retomada da demanda e da atividade econômica brasileira. 13

Anexos 14

Notas Os dados apresentados neste boletim foram obtidos através de pesquisa realizada pelo CIESP-Campinas, junto aos seus associados, durante a primeira quinzena de Novembro de 2016, com dados referentes ao mês de Outubro de 2016. Tais informações foram analisadas por pesquisadores do Centro de Pesquisas Econômicas da FACAMP. Neste mês, 24 empresas associadas ao CIESP - Campinas participaram da pesquisa. EXPEDIENTE: CIESP-CAMPINAS Diretoria Regional: José Nunes Filho, José Henrique Toledo Corrêa e Natal Martins Gerência Regional: Paula Carvalho Coordenador Departamento de Estatística: Larissa Alves de Mattos Contato: Rua Padre Camargo Lacerda, 37 - Bonfim CEP: 13070-277 Campinas - SP Telefone: (19) 3743-2200 (ramal 2221) Assessoria de Imprensa: Edécio Roncon e Vera Graça (Roncon & Graça Comunicações rongra@terra.com.br) Fone: 19-3231-2635 / 3233-4984 CENTRO DE PESQUISAS ECONÔMICAS DA FACAMP Coordenador: Rodrigo Sabbatini (sabbatini@facamp.com.br) Professores: José Augusto Ruas e Jackeline Bertuolo Vicente Assistente de Pesquisa: Ricardo Sigalla Contato: Estrada Municipal UNICAMP Telebrás Km 1, s/n Cidade Universitária, Cep: 13083-970 Campinas/SP Telefone: (19) 3754-8500 (cepefacamp@gmail.com) 15