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O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da Dengue. Mede menos de 1 centímetro, tem uma cor preta e possui listras brancas ao longo do corpo e das pernas e costuma picar nas primeiras horas do dia e nas últimas da noite, fugindo do sol forte. O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão da doença.

Muitas pessoas não sabem diferir um Aedes aegypti de outros insetos, como o pernilongo, outros mosquitos, etc. A diferença visual do Aedes aegypti para os demais são as seguintes: - O Aedes possui uma cor preta mais forte que a dos demais; - Possui listras brancas pelo corpo e pelas patas; - Pica durante o dia.

A Dengue é transmitida por um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviridae (também responsável pelo vírus da febre amarela). A doença, como vimos anteriormente, é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, mas também pode ser transmitida pelo Aedes albopictus. Existem 4 tipos diferentes do vírus da Dengue, os tipos 1, 2, 3 e 4. Desses, o que chegou mais recentemente ao Brasil foi o tipo 4. Os vírus desse gênero (Flavivírus) têm cerca de 40 a 60 nanômetros, apresentam simetria e ácido nucléico de fita positiva de RNA. O genoma de RNA contém aproximadamente 10.000 nucleotídeos e codifica uma poliproteína de 3.391 aminoácidos (no caso da Dengue 2) que depois é clivada em três proteínas estruturais e sete proteínas-não estruturais. Os principais hospedeiros vertebrados do vírus da Dengue são os primatas, como os seres humanos, os gorilas, os chimpanzés Bonobo, os babuínos, os orangotangos e os lêmures.

A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da Dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana. Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia e também não há pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A Dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos. Os transmissores da Dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações, em qualquer coleção de água limpa. As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. Além disso, o Aedes aegypti é um mosquito de hábitos alimentares diurnos e altamente urbanizado. Por isso, a transmissão da Dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1.200 metros.

Os sintomas da Dengue costumam se manifestar 3 dias após a contaminação pela picada do mosquito. Eles variam entre os dois tipos da doença, a Dengue Clássica e a Dengue Hemorrágica (vale lembrar que esse tipo da doença só ocorre quando há sobreposição dos tipos virais, ou seja, quando a pessoa já teve a doença por uma ou mais vezes.) Além disso, os sintomas da Dengue Hemorrágica, inicialmente, são os mesmos da Dengue Clássica. Porém, a principal diferença ocorre que quando acaba o período da febre, os novos sintomas do tipo hemorrágico, esses sim gravíssimos e que podem levar inclusive à morte, aparecem. Os sintomas dos dois tipos da Dengue são:

Febre alta com início súbito; Forte dor de cabeça; Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; Perda do paladar e apetite; Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; Náuseas e vômitos; Tonturas; Extremo cansaço; Moleza e dor no corpo; Muitas dores nos ossos e articulações. Dores abdominais fortes e contínuas; Vômitos persistentes; Pele pálida, fria e úmida; Sangramento pelo nariz, boca e gengivas; Manchas vermelhas na pele; Sonolência, agitação e confusão mental; Sede excessiva e boca seca; Pulso rápido e fraco; Dificuldade respiratória; Perda de consciência.

Ao ser observado o primeiro sintoma da Dengue, deve-se buscar orientação médica o mais rápido possível. Só depois de consultar um médico é que alguns cuidados devem ser tomados, como: Manter-se em repouso; Beber muito líquido; Só usar medicamentos prescritos pelo médico.

Além disso, é importante destacar que a pessoa que contraiu a doença não pode tomar medicamentos à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como esses remédios têm um efeito anticoagulante podem promover sangramentos. Outra medida importante a ser tomada, como já informado anteriormente, é a reidratação oral, que deve ser feita durante toda a doença, principalmente com a febre, já que o tratamento da Dengue é de alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sangüínea. O soro caseiro (água adicionada de uma pitada de sal e açúcar) também pode ser usado.

- MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO: O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja. A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos.

O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas: - Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é: substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova; utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml; não deixar acumular água nas calhas do telhado; não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água; acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa; tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc. Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.

- MEDIDAS INDIVIDUAIS DE PREVENÇÃO: Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações. Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde.

A dengue, nos últimos anos, vem se propagando pelos países tropicais do sul do Pacífico e da América Latina, sendo que há registros de casos nos EUA. Muitos casos foram registrados na África. É endêmica no sudeste Asiático.

Há registros de epidemias desde 1916, em municípios de São Paulo, e em 1923, em Niterói, no Rio de Janeiro. Em 1955, o Brasil conseguiu erradicar a doença, porém, em 1967, confirmou-se uma nova introdução do Aedes aegypti no Brasil. Desde então, muitos municípios se tornaram verdadeiros criadouros do inseto.

Registrou-se o primeiro surto de dengue hemorrágica no Brasil. A entrada do sorotipo 3 também foi pelo Rio de Janeiro, em 2001. O sorotipo 4, introduzido muito recentemente no país, teve como um de seus primeiros casos a morte de uma criança de 4 anos em Boa Vista. Em 1986, houve logo uma epidemia, com a entrada do sorotipo 1 pelo Rio de Janeiro, fazendo com que este logo se espalhasse pelo Brasil. Em 1990, também pelo Rio de Janeiro, ocorreu a introdução do sorotipo 2.

Até o fim de maio de 2008, o Estado do Rio de Janeiro notificou 162.701 casos de dengue, com 123 mortes confirmadas e 116 sob investigação. Os municípios com maior número de casos são Angra dos Reis (10.591), Campos (7.171), Nova Iguaçu (10.865), Duque de Caxias (6.279), São João de Meriti (3.616), Niterói (4.367), Magé (2.930), Belford Roxo (3.054), São Gonçalo (1.821) e Rio de Janeiro (87.589). A faixa etária com maior número de notificações (54%) é a de 15 a 49 anos. Entre as mortes confirmadas, o maior número foi no município do Rio de Janeiro (75 mortes). Das 123 mortes confirmadas, 45 foram por dengue hemorrágica. A dengue está se alastrando tanto que, em um período de apenas cinco dias (de 23 de maio até 28 do mesmo mês), houve o registro de mais de 6.700 casos. A tendência é de esses números crescerem ainda mais, se nada for feito de imediato.

O Instituto Butantã anunciou que vai começar a produção experimental de uma vacina contra a dengue ainda neste ano. Testes clínicos vão dizer se a vacina é segura e eficiente contra todos os tipos da doença (o quarto também está incluído). Se tudo der certo, a vacina começará a ser produzida em escala industrial a partir de 2010. Até agora, não há muitas informação sobre o medicamento, porém já se sabe que os cientistas estão em fase pré-clínica, e que, em macacos, o produto apresenta uma eficiência de 100%.

O mosquito Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela; Os ovos do mosquito Aedes aegypti são muito resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação; Locais de incidência de criadouros, em porcentagem: vasos - 90%, os demais 10% em ordem decrescente são latinhas e copos descartáveis, caixa d'água, pneus, calhas; A vida média de uma fêmea adulta é de 45 dias; No Brasil há referências à Dengue desde 1846, quando teria havido uma epidemia no Rio de Janeiro; A reprodução do mosquito Aedes aegypti é sexuada; A picada do mosquito não é percebida muito menos sentida na hora, somente alguns dias depois, devido ao seu período de incubação.

Após todos esses elementos estudados sobre o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, e sobre a própria doença, entendese realmente porque é necessário que o combate a esse inseto seja incansável. Uma vez que contaminada, a pessoa pode piorar muito e, infelizmente, vir a falecer. Por isso, é realmente importante que os trabalhos de prevenção nunca sejam abandonados, já que é mais fácil, além de apresentar um custo menor, combater de vez o mosquito do que esperar as pessoas se contaminarem. É por isso que todos os cidadãos devem fazer sua parte na prevenção ao Aedes aegypti, seja não deixando água acumular em vasos, pneus e garrafas ou denunciando seus vizinhos que possam estar comprometendo o bem-estar de toda a comunidade. Além disso, o papel dos governos de cada município, das escolas e dos meios de comunicação é extremamente fundamental, pois a conscientização é a melhor forma de atingir a todas as classes sociais, mostrando os perigos que tal mosquito pode trazer e como é importante que todos colaborem e façam sua parte.

Ministério da Saúde - www.combatedengue.com.br www.cives.ufrj.br www.cetesb.sp.gov.br www.ufrrj.br pt.wikipedia.org