História da Habitação e Mobiliário Antonio Castelnou EXTRA 03 CASTELNOU Assinado de forma digital por CASTELNOU DN: cn=castelnou, c=<n Dados: 2015.07.11 21:06:05-03'00'
Panorama Nacional O modernismo brasileiro encontrou seu apogeu entre as décadas de 1950 e 1960, culminando com Brasília e a consagração do nome de Oscar Niemeyer (1907-2013), entre outros. Nesse período, em paralelo ao móvel nacionalista, prosseguiu na decoração e design brasileiros a pesquisa por novos materiais e técnicas industrializadas, através da experimentação de estruturas e soluções plásticas que marcaram o panorama nacional.
Paulo Mendes da Rocha (1928-) Esta fase que atravessou os anos 1960 e 1970 pode ser considerada a de um MANEIRISMO moderno o funcionalismo reinterpretado de maneira pessoal e criativa, cujos expoentes, além de Niemeyer, foram os paulistas Paulo Mendes da Rocha (1928-), Ricardo Fasanello (1930-93) e Julio Roberto Katinsky (1932-). Cadeira paulistana (1957) Ginásio do Clube Atlético Paulistano
Mesa de centro (1959) Abrahão Sanovicz (1933-99) Sistema de móveis de escritório Escriba (1962) Poltronas Estruturadas (1959) Tamboretes estruturados (1959) Julio Roberto Katinsky (1932-)
Poltrona Esfera Poltrona Kudasai Ricardo Fasanello (1930-93) Sofá Fardos (1968) Cadeira Anel (1970) Mesa Arcos Poltronas Gaivota (1971)
Essa fase maneirista também foi marcada pela participação estrangeira, a qual se deu através do trabalho no Brasil de nomes como os do austríaco Martin Eisler (1913-77), o francês Michel Arnoult (1922-) e os irmãos italianos Carlo (1927-97) e Ernesto Hauner(1931-2002), além do polonês Joge Zalszupin (1922-), já citado. Poltrona Dinamarquesa (1959) Cadeira L Atelier (1960) Poltrona Paulistana (1960) Jorge Zalszupin (1922-)
Chaise Longue Ernesto Hauner(1931-2002) Poltrona Aranha (1960) Poltrona Bone (1960) Poltronas Forma (1959) FORMA DESIGN (1955) Bufê Credenza (1960) Martins Eisler (1913-77) e Carlo Huner (1927-97)
Sofá Ipanema (1970) Poltrona Ouro Preto (1964) Cadeira Poltronas Poltronas Pelicano de Balanço (2003) Michel Arnoult (1922-)
Espreguiçadeira (1970) Marquesa (1974) Mesa (1978) Oscar (1907-2012) e Anna Maria Niemeyer (1930-2012) Poltrona e Banqueta (1971) Sofá SESC Hotel (1990) Chaise-longue Rio (1978)
Flávio de Carvalho (1899-1973) Poltrona FDC1 (1939) Cadeiras Flávio de Carvalho (1940) Após uma fase de autodidatismo, o design e a arquitetura de interiores no Brasil entrou em um novo período, abrindo-se para experiências internacionais ligadas ao tardo e pósmodernismo, marcando-se por sua grande diversidade. Espreguiçadeira Nucleon (1981/85) Paulo Mendes da Rocha (1928-)
Arthur Lício Pontual (1935-72) Primeiro Logotipo da Rede Globo (1965) Poltrona Brafor (1960) Aloísio Magalhães (1927-82) Sofá desmontável (1960) Considera-se como marco inicial da profissionalização do design brasileiro a fundação, em 1963, da ESCOLA SUPERIOR DE DESENHO INDUSTRIAL (ESDI), no Rio de Janeiro, graças à atuação de Alexandre Wollner (1928-).
Devido ao seu bom desempenho no Instituto de Arte Contemporânea do MASP, Wollner obteve uma bolsa de estudos na recém-criada Escola da Forma de Ulm (Alemanha), sendo influenciado pela ARTE CONCRETA. Quando voltou ao Brasil, em 1858, fundou, em conjunto com Geraldo de Barros (1923-98) e outros, a FORMINFORM, o primeiro escritório de design do país. Alexandre Wollner (1928-)
Poltronas Beijo (1978) Luminária Eclipse (1982) A abertura política e a volta à DEMOCRACIA da década de 1980 coincidiram com a crise econômica e a alta da inflação no país, o que afetou profundamente a arquitetura de interiores e mobiliário, colocando o setor em crise. Poltrona Flor (1980) Maurício Klabin (1952-2000)
Giorgio Giorgi Jr. (1954-) Ca-Ca-Cadeira (1982) Foi a partir da criação do Prêmio Design Museu da Casa Brasileira (1986) e da Primeira Mostra CasaCor de São Paulo (1987), que o interiorismo voltou a brilhar no país, o que possibilitou a expansão do setor, além da afirmação e o reconhecimento profissional na área. Cadeira Rima (1987) Renato Marques de Oliveira (1951-) Cadeira Tupi-Tube (1982) José Lobato Farias e Silva (1937-) Poltrona Carolina (1986) Ricardo van Steen (1958-)
Ruy Ohtake (1938-) Linha Multimóvel (1985/89) Linha Onda (1980/83)
Poltrona Estrela (1987) Poltronas Astúrias (1989) Um destaque da década de 1980 foi o arquiteto Carlos Motta (1952-), que desde 1978 fez uma releitura do móvel brasileiro de madeira, introduzindo elementos geométricos e lúdicos. Cadeira São Paulo (1982) Poltrona Saquarema (1985) Trabalhando com madeiras de demolição e técnicas artesanais, produziu peças originais eresistentes, como a premiada Cadeira São Paulo (1982).
Nos anos 1990, o móvel nacional alcançou a produção em larga escala, ganhando diversidade. E o de escritório passou a incorporar os avanços tecnológicos, em especial quanto à incorporação de mecanismos e estofamentos. Gilberto Fagundes (1954-) Cadeira Olle (1992) Linha AC2 (1992) Poltronas Mari (1992) Linha Gama ML Magalhães (1991) Freddy van Camp (1946-) Poltrona Skill (1992) Guinter Parschalk (1954-)
Oswaldo Mellone (1945-) Os maiores expoentes do mobiliário high-tech brasileiro dos anos 1990 foram: o designer belga Freddy van Camp (1946-), que se formou em 1968 pela ESDI-RJ; e o designer Oswaldo Mellone (1945-), que se formou em 1969 pela FAAP-SP, tendo este trabalhado principalmente com o móvel institucional. Luminária Meccano (1990) Poltrona Clipper (1992) Poltrona Teorema (1998)
Poltrona Raio 23 (1989) Criado-mudo Tridzio (1991) Entre as décadas de 1990 e 2000, o design e interiorismo nacionais transformaram-se em objetos de culto e desejo, através da afirmação da geração yuppie, marcada pelo individualismo e hedonismo tanto no Brasil como no exterior. Poltrona Aro 68 (1989) Poltrona Stand (1989) Fúlvio Nanni Jr. (1952-)
Cadeira Tamboá (1996) Arquiteto carioca formado pelo Mackenzie-SP em 1973, Maurício Azeredo (1948-) desenvolve pesquisas sobre madeiras brasileiras, além de tecnologias e sistemas construtivos para seu aproveitamento, o que resultou em mobiliário e acessórios domésticos originais. Mesa Babanlá (1987) Bancos Ressaquinha Cadeira Colombina Banqueta Arlequim Banco Pierrô (1988) Mauricio Azeredo (1948-)
Poltrona Arco-Íris (1989) Luminária Nuala (1990) Fruteira Maná (1990) Poltrona Gaivota (1988) Cadeira Gabi (1990) Reno Bonzon (1954-)
Ethel Carmona (1947-) Livreiro Jatobá (1999) Banco Dominó (1990) Mesas Ninho (2000) Outros destaques são as designers Ethel Carmona (1947-) e Cláudia Moreira Salles (1955-), as quais revalorizam o patrimônio artesanal da madeira e trabalham com móveis inspirados pela tradição, mas explorando técnicas e funções contemporâneas. Mesa Fresta (2002) Aparador Urucum (2001) Claudia M. Salles (1955-)
Claudia Moreira Salles (1955-) Cadeira Quase Mínima (2004) Jorge Montana Poltrona Enora (2000) Marieta Ferber (1968) Cadeira Trança (2000) Cadeira Leque (1990) Pedro Useche (1956) Poltrona Maria Bonita (1990) Gilberto Carlos Lima (1957-) Cadeira Iracema (2000) Luciano Deviá (1948-)