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Transcrição:

FÓRUM PERMANENTE DE MONITORAMENTO DE TEMPO E CLIMA PARA A AGRICULTURA NO RIO GRANDE DO SUL XXV REUNIÃO TÉCNICA 17 de dezembro de 2002 O Fórum Permanente de Monitoramento de Tempo e Clima para a Agricultura no Estado do Rio Grande do Sul representa o esforço institucional de órgãos técnicos, científicos, setoriais e executores da agricultura no Estado para elaborar e divulgar as recomendações técnicas essenciais para o planejamento das culturas agrícolas no Estado, em função das previsões meteorológicas e tendências climáticas. SITUAÇÃO OCORRIDA E PROGNÓSTICOS CLIMÁTICOS O mês de outubro de 2002 teve chuvas acima da média climatológica em todo o Estado, sendo que no centro-oeste choveu muito acima da média. Apenas no extremo sul as chuvas ficaram próximas à média. Em novembro também as chuvas foram acima da média em todo o Estado, sendo que a região sudoeste foi a mais chuvosa. No primeiro decêndio de dezembro as chuvas continuaram acima da média em todo o estado, com as regiões sudoeste e noroeste apresentando os maiores valores (vide box Monitoramento de Chuvas no site do Fórum www.agricultura.rs.gov.br/tempoeclima). A situação atual do Oceano Pacifico equatorial mostra a continuidade e a intensificação do aquecimento das águas superficial, o que caracteriza a continuidade do fenômeno El Niño. Também no Oceano Atlântico subtropical mostra um aquecimento de suas águas (Figura 1). Para o trimestre janeiro-fevereiro-março as previsões indicam maior probabilidade das chuvas ficarem entre a média e acima das médias (80%) em grande parte do Rio Grande do Sul (Figura 2). As temperaturas deverão se manter ligeiramente acima da média em todo o Estado, especialmente na região nordeste.

FIGURA 1 Anomalia de temperatura superfície do mar do mês de NOV-2002 Fonte : INPE/CPTEC Figura 2 Probabilidade de ocorrência de chuva no trimestre Jan-Fev_Mar/2002- Fonte : INPE/CPTEC

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS I - ORIENTAÇÕES GERAIS 1. Observar o zoneamento agrícola; 2. Para cultivos em várzeas úmidas ( milho, soja, sorgo e forrageiras ), promover drenagem superficial para minimizar excessos hídricos prolongados; 3. Dar preferência ao plantio direto na palha; 4. Implantar as culturas sob adequadas condições de umidade do solo; 5. Intensificar o monitoramento de pragas e moléstias; 6. Consultar o serviço de previsão de tempo ( curto prazo ), para o manejo dos cultivos de primavera-verão; 7. Consultar a assistência técnica da EMATER, IRGA, cooperativas e outros. II - ORIENTAÇÕES TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A CULTURA DO ARROZ 1. Em condições de excesso de chuvas, verificar a necessidade de adubação nitrogenada em cobertura; 2. Manter o sistema de drenagem limpo. PARA A CULTURA DO FEIJÃO 1. Mobilizar o solo, o mínimo possível, por ocasião do preparo e semeadura da lavoura da safrinha. Utilizar mais de uma cultivar, se possível; 2. Utilizar adubação nitrogenada em cobertura. No caso de utilizar uréia, fazê-lo somente se o solo tiver umidade adequada; 3. Irrigar, se necessário, preferencialmente durante o período crítico da cultura (floração ao enchimento de grãos ); 4. Colher assim que amadurecer, secar imediatamente e armazenar corretamente.

PARA A CULTURA DO MILHO 1. Havendo condições adequadas de umidade no solo, realizar a semeadura o mais breve possível; 2. Dar preferência a cultivares de ciclos precoce e superprecoce; 3. Em lavouras não irrigadas, utilizar populações de plantas recomendadas para condições de média disponibilidade hídrica; 4. Quando necessário, irrigar preferencialmente durante o período crítico (floração a grão leitoso); 5. Usar adubação nitrogenada em cobertura. No caso de utilizar uréia, fazê-lo somente se o solo apresentar umidade adequada; 6. Colher assim que amadurecer, secar imediatamente e armazenar corretamente. PARA A CULTURA DA SOJA 1. Em semeaduras tardias, utilizar cultivares de ciclos tardio ou semitardio; 2. Utilizar tratamento de sementes; 3. Quando necessário irrigar, preferencialmente durante o período crítico (da floração ao enchimento de grãos). PARA A CULTURA DO SORGO 1. Realizar a semeadura, preferencialmente, até o dia vinte de janeiro; 2. No sistema de plantio direto, semear na profundidade de, aproximadamente, dois centímetros, com leve compactação; 3. Usar adubação nitrogenada em cobertura; 4. Irrigar, quando necessário, preferencialmente no período crítico da cultura (emissão de panícula ao grão leitoso). PARA AS FORRAGEIRAS 1. Realizar o diferimento de pastagens naturais, visando ressemeadura das espécies nativas e acúmulo de forragens para elaboração de feno; 2. Havendo ocorrência de períodos de seca, ajustar corretamente a lotação em campo nativo visando melhor aproveitamento da forragem produzida, evitando prejuízo aos animais; 3. Em pastagens de sorgo forrageiro ou milheto, ajustar corretamente a carga animal evitando desperdício de forragem pelo grande crescimento das mesmas. PARA A FRUTUCULTURA

Videira 1. Efetuar a poda verde (desfolha ou desponta) visando melhorar o arejamento do cacho, diminiundo assim o período de molhamento; 2. Realizar tratamento para a podridão da uva madura e podridão cinzenta; 3. Observar com maior rigor o ponto de colheita, considerando o teor de açúcar e sanidade das uvas; 4. Realizar tratamento após colheita para o controle do míldio e da mancha das folhas. Macieira 1. Reforçar a necessidade da poda verde para aumentar a coloração dos frutos. Citros - 1. Realizar o raleio de frutos. As seguintes Instituições e Entidades participaram desta reunião e da elaboração do presente documento, sob a coordenação da Secretaria da Agricultura e Abastecimento com o apoio da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária FEPAGRO, EMATER/RS e do Instituto Riograndense do Arroz - IRGA: Faculdade de Agronomia da UFRGS; Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia CEPSRM; Faculdade de Meteorologia da UFPEL Companhia Estadual de Energia Elétrica CEEE; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE; Embrapa Centro Nacional de Pesquisa Uva e Vinho; Universidade Luterana do Brasil ULBRA. Estas recomendações, ora elaboradas, serão divulgadas através das instituições/entidades participantes, bem como através da Internet, nos seguintes sites : www.agricultura.rs.gov.br www.emater.tche.br; www.ufrgs.br/agronomia/tempoeclima; www.cnpt.embrapa.br/pesquisa/agromet/ Para acesso aos serviços de previsão de tempo (curto prazo) indicamos as seguintes instituições: 8º Distrito de Meteorologia (Porto Alegre) fone: 51 3334.7412 ou 0300 789 9999 DISQUE PREVISÃO ou www.inmet.gov.br Centro de Pesquisas Meteorológicas da UFPel (Pelotas) - tele-previsão : 53 277.6699 ou www.cpmet.tche.br Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC/INPE : (Cachoeira Paulista SP) www.cptec.inpe.br CONSULTE O SITE DO FÓRUM PERMANENTE DE MONITORAMENTO DE TEMPO E CLIMA PARA A AGRICULTURA NO RIO GRANDE DO SUL www.agricultura.rs.gov.br/tempoeclima