MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA. CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 73 DE 22 DE NOVEMBRO DE 2013

Documentos relacionados
Resolução nº 07/2004, de 10/03/2004

RESOLUÇÃO N. 38/2018, DE 2 DE AGOSTO DE 2018

RESOLUÇÃO Nº 02/2007 CONSUP/ESBAM

REGULAMENTO DISCIPLINAR DISCENTE

REGIMENTO DISCIPLINAR PREÂMBULO

O REITOR DA UNVIERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS, no uso de suas atribuições legais e

RESOLUÇÃO Nº 15 CONSU, DE 11 DE OUTUBRO DE 2013.

CENTRO EDUCACIONAL ALVES FARIA CONSELHO SUPERIOR DAS FACULDADES ALFA AUTORIZADA PELA PORTARIA MEC Nº. 443 DE 30/03/2000

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO. REGULAMENTO DO REGIME DISCIPLINAR DO CORPO DISCENTE DO IFSP

O Reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista a decisão do Conselho Universitário,

REGULAMENTO DISCIPLINAR DO CORPO DISCENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO UNIVERSITÁRIO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO Nº XX, DE XXX DE XXXX DE 2016.

REGULAMENTO DISCIPLINAR DO CORPO DISCENTE Campus São Roque

PROCEDIMENTOS PARA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES

C Ó D I G O D I S C I P L I N A R

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE PALMAS REGULAMENTO DISCIPLINAR DO CORPO DISCENTE

Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza Conselho Deliberativo

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Campus de Guaratinguetá Colégio Técnico Industrial "Prof. Carlos Augusto Patrício Amorim"

PORTARIA - CORREGEDORIA Nº 46 DE 18 DE JUNHO DE 2019

unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" CAMPUS DE GUARATINGUETÁ Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá CÓDIGO DISCIPLINAR

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

UFRJ REGIMENTO GERAL PARTE IV TÍTULO V DO REGIME DISCIPLINAR CAPÍTULO I DA INTRODUÇÃO

Resolução 014/ Conselho Superior/28/07/2011. Órgão Emissor: Conselho Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense

FACULDADE EDUCACIONAL DE COLOMBO TÍTULO V

INFORMATIVO AOS ESTUDANTES REGULAMENTOS ESPECÍFICOS

REGIME DISCIPLINAR DO CORPO DISCENTE

RESOLUÇÃO DO CONSELHO DIRETOR. RESOLUÇÃO N.º 148/07 de 14/02/2007

Regulamento Disciplinar

RESOLUÇÃO Nº 01/2010. O CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,

RESOLUÇÃO CFESS Nº 548, de 23 de março de 2009

Onde denunciar? Denúncia relativa à conduta de servidores (professores e técnicos) e terceirizados

Toledo, 30 de agosto de 2017

RESOLUÇÃO CNSP n 97, DE 2002

Regimento interno dos Laboratórios de Estatística

AULA 31 ÉTICA MÉDICA

RESOLUÇÃO Nº 006/2011, de 25 de fevereiro de 2011.

Denúncia relativa à conduta de servidores (professores e técnicos) e terceirizados

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04, DE 07 DE MAIO DE 2015.

REGULAMENTO DISCIPLINAR. CAPÍTULO I Princípios fundamentais. Artigo 1º Âmbito de aplicação

COPSIA. Comissão Permanente de Sindicância e Inquérito Administrativo Órgão Executivo da UFSM

R E S O L V E PORTARIA N 023/2005/FEST

RESOLUÇÃO N.º xx /CS-IFB MINUTA

DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 426, DE 04 DE OUTUBRO DE 2001 DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 426, DE 04 DE OUTUBRO DE 2001

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

COPSIA. Comissão Permanente de Sindicância e Inquérito Administrativo Órgão Executivo da UFSM

Conselho Regional de Educação Física 11ª Região Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

SANÇÕES APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS DE SP

REGULAMENTO DISCIPLINAR DAS FACULDADES IDAAM TÍTULO I DO REGIME DISCIPLINAR, DEVERES E SANÇÕES CAPÍTULO I DO REGIME DISCIPLINAR

Doença incapacitante para o exercício da Medicina - Resolução: 1646 de 09/8//2002

Universidade Federal de São Paulo Campus São José dos Campos

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Normas de Convivência nas Residências Estudantis

Entidades de Atendimento ao Idoso

Regimento Interno da Procuradoria de Justiça Desportiva do TJDF/BA - Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia

REGIMENTO INTERNO DA PROCURADORIA DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DE DESPORTO ELETRÔNICO CBDEL

Lei 8.112/1990 Regime Disciplinar: PENALIDADES

CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS DR. JOÃO AMORIM

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

LEI Nº 7394/93 O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. CAPÍTULO I DOS CONSELHEIROS TUTELARES

REGULAMENTO DISCIPLINAR DAS ESCOLAS TÉCNICAS DO SENAI/DR/BA

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

PARTIDO SOLIDARIEDADE CÓDIGO DE ÉTICA. Capítulo I DO OBJETO E DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

REGULAMENTO DISCIPLINAR DOS ESTUDANTES PREÂMBULO

Ministério da Educação Universidade Federal da Integração Latino-Americana Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis PRAE. Portaria nº 01/2019/PRAE/UNILA

MINUTA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

MANUAL DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA Normas e regras gerais. Setor de Informática

Direito Penal. Crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente. Parte 6. Prof.ª Maria Cristina

ANEXO II RESOLUÇÃO CONSUNI Nº 05/2014. Regimento Interno da Comissão de Ética da Universidade Federal do Ceará CAPÍTULO I. Da Estrutura Organizacional

REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE PATOLOGIA DE SEMENTES/ FUNGOS FITOPATOGÊNICOS/ -LPSF

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DE UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA DO CAMPUS CAPIVARI

REGULAMENTO INTERNO. Parágrafo 1º - A aferição e a constatação da infração disciplinar se dará através de:

DIREITO PENAL PREPARATÓRIO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

REGULAMENTO DISCIPLINAR TÍTULO I DO REGIME DISCIPLINAR, DEVERES E SANÇÕES CAPÍTULO I DO REGIME DISCIPLINAR

Administração Pública

REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA DA UCEFF

IFBA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS PORTO SEGURO. REGULAMENTO Uso dos Laboratórios de Informática

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG COLEGIADO DA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 38, DE 16 DE MAIO DE 2017

Faculdade de Tecnologia SENAI CIMATEC Regulamento Disciplinar do Corpo Discente

REGIMENTO DISCIPLINAR DISCENTE E MANUAL DO ESTUDANTE DO CAMPUS DIANÓPOLIS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

INQUÉRITO. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. Art. 175.

RESOLUÇÃO CFN N.º 194/97

RESOLUÇÃO CREF2/RS Nº 105/2016

UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA. REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE COLEGIADO DE CURSO

CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR NEUROVASC-PB

MANUAL dos LABORATÓRIOS De INFORMÁTICA

REGULAMENTO DO COLEGIADO DE CURSO DA FACULDADE FAMETRO. TÍTULO I DA NATUREZA E DAS FINALIDADES CAPÍTULO I - Da Natureza e das Finalidades

Regimento Geral (paginas 39 a 45 com alterações introduzidas pelas Portarias 034/2002 e 052/2002)

Direito Penal III. Os crimes pertencentes a este capítulo protegem a liberdade individual das pessoas. O capítulo é dividido em quatro seções:

MANUAL PARA INSTAURAÇÃO E TRAMITAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS CETIP S.A. MERCADOS ORGANIZADOS CNPJ Nº / NIRE

SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIANIA LTDA FACULDADE PADRÃO SUMÁRIO REGULAMENTO INSTITUCIONAL DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DOS CURSOS 2 CAPÍTULO I 2

CONTRATO DE CONVIVÊNCIA DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE (IFSUL) - CÂMPUS BAGÉ

Sugestão apresentada pela Comissão Especial da ANPR. Inserção de uma parágrafo segundo no artigo 108 para incluir o seguinte dispositivo:

Ministério da Educação Universidade Federal da Integração Latino-Americana Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis PRAE. Portaria nº 03/2019/PRAE/UNILA

REGULAMENTO DISCIPLINAR DISCENTE DO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA

RESOLUÇÃO CD/FACE Nº 01/2014

Regimento do Colegiado do Curso de Bacharelado em Zootecnia

Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA. CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 73 DE 22 DE NOVEMBRO DE 2013 Estabelece o Código Disciplinar Discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia IFBA A PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA, no uso de suas atribuições e, considerando o que foi deliberado na Reunião do CONSUP, realizada em 25 de julho de 2013, quando da apreciação do Código Disciplinar Discente do IFBA, e conforme Parecer nº 436/2013-PF/IFBA, DE 14/10/2013 (Processo n 23278.001119/2012-97), RESOLVE: Art. 1º Esta Resolução constitui-se no Código Disciplinar Discente (CDD), especificando as infrações disciplinares discentes passíveis de sanção, os direitos e as garantias quanto ao processo disciplinar discente e à aplicação das respectivas sanções. 1º Este Código aplica-se a todos os discentes regularmente matriculados em cursos ou disciplinas isoladas, ou com matrícula trancada, ou inscritos em atividades de ensino, pesquisa e extensão do IFBA, quaisquer que sejam suas formas e duração, em nível de ensino fundamental, médio, profissional e superior. 2º Todas as sanções disciplinares de que trata este Código serão aplicadas conforme o disposto nesta Resolução. 3º A aplicação de sanção disciplinar, prevista neste Código, não exclui a responsabilização civil ou penal do discente infrator. Art. 2º A norma disciplinar do Instituto observa rigorosamente os princípios constitucionais, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso, a Lei nº 9.784/99 e o Código Penal, quando de sua elaboração e aplicação, os quais serão sempre consultados em caso de lacuna ou dúvidas interpretativas. Art. 3º Considera-se infração disciplinar a ação ou omissão prevista neste Código que tenha se efetivado, em todo ou em parte, ou produzido seus efeitos, em todo ou em parte, nas dependências do IFBA ou nos locais de realização de atividades relativas ao fazer acadêmico. 1º Considera-se praticada a infração disciplinar quando da ação ou omissão, ainda que seja outro o tempo do resultado.

2º As dependências do Instituto incluem, para os efeitos deste Código, os bens móveis e imóveis de posse ou propriedade do IFBA. 3º O fazer acadêmico inclui todas as atividades de ensino, pesquisa ou extensão ligadas ao IFBA, de caráter oficial, inclusive as realizadas fora de suas dependências. Art. 4º Constituem sanções disciplinares: I - advertência, oral e imposta em particular, não se aplicando em caso de reincidência; II - repreensão, com cópia anexada na pasta do discente; III - medida socioeducativa, cujo objetivo seja a reparação do dano material ou moral causado pela infração cometida e/ou a reelaboração de valores éticos e morais que levaram o estudante a cometer a infração em questão; IV - suspensão, implicando o afastamento do discente de todas as atividades acadêmicas por um período não inferior a 3 (três), nem superior a 25 (vinte e cinco) diasressalvada a aplicação de agravante; V - desligamento. 1º A aplicação da sanção disciplinar será anotada na pasta ou registro do discentee os pais ou responsáveis dos estudantes com idade inferior a 18 anos deverão ser prontamente notificados quanto à medida aplicada; 2º As sanções poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 3º A aplicação das sanções deverá observar os princípios contidos no Capítulo IV Das medidas socioeducativas do Estatuto da Criança e do Adolescente e no Estatuto do idoso; 4º Nenhuma sanção poderá ser aplicada com objetivo de humilhar ou segregar o estudante infrator; 5º A aplicação das medidas socioeducativas não poderá ser realizada em horários em que o estudante deva estar envolvido em atividades acadêmicas. Art. 5º Constitui objetivo do presente Código Disciplinar Discente, assegurar condições de desenvolvimento das atividades acadêmicas, não sendo permitido: I - deixar de usar uniforme nas dependências do IFBA, exceto para os alunos dos cursos superiores e graduação; II - desrespeitar ou ofender com palavras, gestos ou atos os colegas, professores e demais servidores; III - a prática de atos definidos como infração pelas leis penais; IV - o uso de meios fraudulentos, com o propósito de lograr aprovação em disciplinas curriculares ou qualquer tipo de vantagem, quer para si como para terceiros; V - Perturbar intencionalmente o desenvolvimento das aulas e demais atividades acadêmicas programadas como permanência em corredores, escadarias, rampas ou em frente a salas de aula, oficinas, laboratórios, auditórios; VI - Participar de atos conhecidos como trote que atentem contra a integridade física e/ou moral dos discentes, dentro da Instituição; 2

VII - Organizar qualquer forma de arrecadação pecuniária, distribuir impressos, divulgar folhetos, fazer comunicações públicas, venda de gêneros alimentícios ou qualquer outro produto, em nome da Instituição, sem a autorização por escrito da administração institucional; VIII - Causar intencionalmente danos ao patrimônio do IFBA ou de terceiros. Art. 6º As infrações disciplinares discentes classificam-se em: I - leves, passíveis de advertência oral e particular ou medida socioeducativa; II - médias, passíveis de advertência oral e particular, repreensão, medida socioeducativa ou suspensão; III - graves, passíveis de repreensão, medida socioeducativa ou suspensão máxima de 25 (vinte e cinco) dias, ressalvada a aplicação de agravante; IV - gravíssimas, passíveis de medidas socioeducativas, suspensão ou desligamento. 1º Serão consideradas agravantes: reincidência em infração da mesma gravidade; cometimento de infração mediante violência ou grave ameaça, com emprego de arma ou com substância inflamável, explosiva ou intoxicante; ou cometimento de infração por discente que se serve de anonimato ou de nome fictício ou suposto. 2º A ocorrência de agravante autoriza a aplicação de sanção hierarquicamente mais grave, no caso de advertência ou repreensão, ou o aumento da sanção até a metade, no caso de suspensão. 3º As medidas socioeducativas serão definidas de forma recíproca e proporcional à gravidade ou ao dano material ou moral causado pela infração. Art. 7º São infrações disciplinares discentes leves: I - proceder de modo a importunar a outrem ou causar perturbação das atividades acadêmicas; II - desrespeitar autoridade competente no exercício de suas atribuições ou regras estabelecidas pelo Instituto; III - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à pessoa ameaçada, constrangida ou exposta à iminente perigo, ou não pedir, nestes casos, o socorro da autoridade; IV - incumbir outra pessoa do desempenho de tarefa que seja de sua responsabilidade. V - utilizar qualquer aparelho eletrônico (ipod, telefone celular, agenda eletrônica, notebook, tablet, receptor, gravador, smartphones, máquinas fotográficas ou outros equipamentos similares) em sala de aula, exceto quando autorizado pelo docente para fins didáticos; Art. 8º São infrações disciplinares discentes médias: I - constranger alguém a fazer o que a lei não permite, ou a fazer o que ela não manda; II - ameaçar alguém, por palavra, escrito, gesto, ou qualquer outro meio simbólico; III - deteriorar intencionalmente coisa pública ou alheia; IV - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou patrimônio do Instituto; 3

V - provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de infração ou irregularidade, que sabe não se ter verificado; VI - recorrer a meios fraudulentos para lograr aprovação, promoção ou outra vantagem, para si ou para outrem; VII - devassar o conteúdo ou se apossar indevidamente de correspondência alheia; Art. 9º São infrações disciplinares discentes graves: I - exigir para si ou para outrem vantagem indevida; II - opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou grave ameaça; III - ofender a integridade física ou expor a perigo a vida ou a saúde de outrem; IV - praticar toda e qualquer ação de intimidação relacionada com bullying, individualmente ou em grupo, contra uma ou mais pessoas; V - vender, remeter, preparar, produzir, adquirir, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, guardar, prescrever, ministrar, fornecer bebidas alcoólicas, substâncias entorpecentes ou drogas ilícitas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar nas dependências do IFBA; VI - utilizar pessoal ou recursos materiais do Instituto em serviços ou atividades particulares; VII - constranger alguém, mediante grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda; VIII - destruir, inutilizar ou furtar coisa pública ou alheia; IX - plagiar, total ou parcialmente, obras literárias, artísticas, científicas, técnicas ou culturais em atividades desempenhadas dentro da Instituição ou em seu nome; X - apresentar, em nome próprio, trabalho que não seja de sua autoria; XI - divulgar, ceder ou comercializar, sem a autorização da autoridade competente, dados relativos a pesquisas do Instituto; XII - acessar computadores, softwares, dados, informações, redes ou porções restritas do sistema computacional do Instituto, sem a devida autorização, prejudicando, sob qualquer forma, o seu normal funcionamento; XIII - acessar sites com conteúdo pornográfico ou ilegal nos computadores da instituição, bem como enviar spams, mensagens fraudulentas, pornográficas ou ameaçadoras por meio da rede da Instituição. XIV - utilizar o nome ou símbolo do IFBA, para fins impróprios ou escusos; XV - apresentar-se publicamente nas dependências da instituição ou em atividades acadêmicas em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias entorpecentes, de modo que ponha em perigo a segurança própria ou alheia. Art. 10. São infrações disciplinares estudantis gravíssimas: I - danificar, destruir ou inutilizar o patrimônio histórico, artístico, científico, cultural ou ambiental da Instituição; 4

II - praticar violência que resulte lesão corporal grave, gravíssima ou morte; III - praticar estupro ou atentado violento ao pudor; IV - constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa, inclusive em espaços cibernéticos quando envolver o nome ou os símbolos da instituição; V - praticar, induzir ou incitar, por qualquer meio, a discriminação ou preconceito de raça, sexo, cor, etnia, religião ou procedência nacional, inclusive em espaços cibernéticos quando envolver o nome ou os símbolos da instituição; VI - valer-se do nome e símbolos da Instituição para lograr proveito pessoal ou de outrem. Art. 11. Na aplicação das sanções serão consideradas a natureza e a gravidade da falta cometida, os danos que dela provierem, as circunstâncias atenuantes e/ou agravantes, bem como os antecedentes do discente. Art. 12. Ao Diretor do Campus, ao qual o discente está vinculado, caberá a iniciativa de apuração das faltas disciplinares previstas neste Código, mediante processo administrativo, constituindo comissão disciplinar, quando tratar-se de infração grave ou gravíssima, no prazo de 30 (trinta) dias consecutivos a contar da ciência da falta. 1º No caso de Cursos ou Programas em regime de corresponsabilidade, considerar-se-á o aluno vinculado ao Campus circunstancialmente responsável pela Coordenação do Curso ou Programa. 2º A comissão disciplinar será composta por, no mínimo, três membros: um ou dois componentes da equipe multidisciplinar (pedagogo, psicólogo ou assistente social) e um ou dois docentes, preferencialmente ligado(s) ao curso em que esteja(m) matriculado(s) o(s) estudante(s) denunciado(s), indicado(s) pela Direção Geral do Campus em que ocorreu/ocorreram o(s) fato(s) objeto(s) de denúncia. 3º A presença de todos os membros da comissão é indispensável para a realização de todos os procedimentose estes deverão comprometer-se formalmente com o sigilo quanto às informações obtidas ao longo do processo de sindicância. 4º A autoridade pessoalmente ofendida, se houver, fica impedida de participar do processo disciplinar, em qualquer de suas fases, sendo substituída, quando necessário, pela autoridade imediatamente superior, ou por seu substituto legal no caso do Reitor. 5º As denúncias deverão ser formuladas por escrito e endereçadas à Direção Geral do Campus, contendo a identificação do denunciante, do denunciado e a narração dos fatos tidos como infração, de forma sigilosa. 6º Se os fatos narrados não configurarem evidente infração disciplinar, a denúncia será arquivada. 5

Art. 13. Recebida a denúncia e constituída a comissão, esta terá prazo de 30 (trinta) dias consecutivos para concluir seus trabalhos, a partir da data do ato que a constituir, sendo admitida uma única prorrogação, por igual período. Art. 14. Cabe à comissão disciplinar proceder às diligências convenientes, ouvindo em audiência as partes e, se houver, as testemunhas, objetivando a coleta de provas, e recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritoslevando em consideração os fatores psicológicos, culturais, sociais, econômicos, políticos, dentre outros fatores subjetivos do(s) indivíduo(s) envolvido(s). 1º O denunciado será citado, com cópia da denúncia e do ato de designação da comissão disciplinar, para, no prazo de 10 (dez) dias consecutivos, apresentar sua defesa por escrito. 2º Se houver mais de um denunciado, o prazo para apresentar defesa será comum e de 15 (quinze) dias consecutivos. 3º A arguição de suspeição ou impedimento de membro da comissão disciplinar deverá ser efetuada dentro do prazo de defesa, sob pena de preclusão. 4º Se o denunciado estiver em local ignorado, ocultar-se para não receber a citação, ou citado, não se defender, ser-lhe-á designado defensor dativo para apresentar a defesa, observando os prazos contidos nos parágrafos anteriores, a partir da designação, sendo comprovado que houve tentativas de entregar a citação em três ou mais dias. 5º É assegurado ao discente o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e, quando se tratar de prova pericial, formular quesitos. 6º A comissão disciplinar poderá indeferir pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. 7º A comissão disciplinar elaborará relatório com parecer conclusivo e o encaminhará ao Diretor Geral do Campus, especificando a falta cometida, sua gravidade, o autor e as razões de seu convencimento, ou recomendando o arquivamento. 8º Recebido o processo, o Diretor do Campus proferirá decisão fundamentada, dentro do prazo de 3 (três) dias consecutivos, podendo ser renovado, por igual período, mediante justificativa explícita. 9º Em caso de desligamento, o Diretor Geral do Campus encaminhará os autos ao Reitor, para aplicação da sanção, nos termos do Art. 30, inciso VIII(verificar, no novo Regimento, número do artigo e inciso-do que compete ao/à Reitor/a), do Regimento Interno da Instituição. 10 Quando a falta estiver capitulada na Lei Penal, será remetida cópia com autenticação administrativa dos autos à autoridade competente pelo Diretor Geral do Campus. Art. 15. Caberá pedido de reconsideração à autoridade julgadora do ato que impuser sanção disciplinar, no prazo de 10 (dez) dias consecutivos a contar da ciência do interessado, com efeito suspensivo. 6

1º Atingindo a decisão mais de um denunciado, o prazo para apresentar reconsideração será comum e de 20 (vinte) dias consecutivos. 2º O pedido de reconsideração interrompe o prazo recursal, e deverá ser decidido em 5 (cinco) dias consecutivos, renováveis, por igual período, mediante justificativa explícita, serão aplicadas pelo: I - Diretor Geral do Campus, para advertência, repreensão, medida socioeducativa e suspensão; II - Reitor, para desligamento. Art. 16. Caberá recurso fundamentado, no prazo de 10 (dez) dias consecutivos a contar da ciência do interessado, com efeito suspensivo, do ato que impuser ou mantiver, após pedido de reconsideração, sanção disciplinar. 1º Havendo mais de um denunciado a ser punido, o prazo para apresentar recurso será comum e de 20 (vinte) dias consecutivos. 2º O recurso será dirigido ao Reitor, quando se tratar de ato do Diretor Geral do Campus, e ao Conselho Superior CONSUP, quando se tratar de ato do Reitor. 3º O recurso deverá ser decidido dentro de 30 (trinta) dias consecutivos e terá preferência na pauta do respectivo conselho. 4º Será considerado julgado o recurso com a maioria simples dos votos dos presentes à sessão do respectivo conselho. Art. 17. O processo disciplinar estudantil prescreve em 245 (duzentos e quarenta e cinco) dias. Parágrafo único O prazo prescricional corre a partir da data em que o fato se tornou conhecido e reinicia com a abertura de processo disciplinar. Art. 18. A instituição deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando for constatada: I - presença de ilegalidade, dolo ou fraude na condução do processo disciplinar discente; II - superveniência de novas provas, não existentes ou não acessíveis quando da aplicação de sanção disciplinar. 1º Para cumprimento do previsto no caput, a Instituição poderá agir de ofício ou a requerimento das partes interessadas e arroladas na sindicância disciplinar. 2º O processo disciplinar reiniciará na instância em que foi proferida a última decisão. 3º Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade. Art. 19. Fica assegurado ao estudante direito de ampla defesa e ao contraditório, conforme Constituição Brasileira, devendo sempre atender ao Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, da Lei nº 9.784/99, a LDB e a legislação vigente. 7

Art. 20. As sanções aplicadas serão registradas pela CORES/GRA, sendo estas canceladas, após o decurso de 2 (dois) anos, se o discente não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Art. 21. A punibilidade por ato sujeito a sanção penal não exclui a sanção disciplinar nem a sanção de natureza civil, quando cabíveis. Art. 22. As disposições do Código Penal, da Lei 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Lei 10741/2003 (Estatuto do Idoso) e da Lei 8112/90 (Lei do Regime Jurídico dos Servidores Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais), esta última nos aspectos processuais, serão aplicadas subsidiariamente a este Código, no que couber. Art. 23. Os casos omissos desta Resolução serão resolvidos pelo Conselho Superior do Instituto Federal da Bahia. Art. 24. Os prazos desta Resolução serão contados em dias consecutivos, excluindo o dia de início e incluindo o dia final. Parágrafo único Aqueles prazos que terminarem nos dias em que não haja expediente serão prorrogados até o dia útil subsequente. Art. 25. O inteiro teor desta Resolução será ostensivamente divulgado pela Administração da Instituição, objetivando tornar públicas as suas disposições. Art. 26. Esta Resolução entra em vigor nesta data e deverá ser revisada, no período de um ano, após o início da sua vigência. AURINA OLIVEIRA SANTANA Presidente do CONSUP 8

ANEXO I CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES DISCENTES CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES INFRAÇÕES LEVE Proceder de modo a importunar a outrem ou causar perturbação das atividades acadêmicas; Desrespeitar autoridade competente no exercício de suas atribuições ou regras estabelecidas pelo Instituto; Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à pessoa ameaçada, constrangida ou exposta a iminente perigo, ou não pedir, nestes casos, o socorro da autoridade; Incumbir outra pessoa do desempenho de tarefa que seja de sua responsabilidade. Utilizar qualquer aparelho eletrônico (ipod, telefone celular, agenda eletrônica, notebook, tablet, receptor, gravador, smartphones, máquinas fotográficas ou outros equipamentos similares) em sala de aula, exceto quando autorizado pelo docente para fins didáticos; MÉDIA Constranger alguém a fazer o que a lei não permite, ou a fazer o que ela não manda; Ameaçar alguém, por palavra, escrito, gesto, ou qualquer outro meio simbólico; Deteriorar intencionalmente coisa pública ou alheia; Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou patrimônio do Instituto; Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de infração ou irregularidade, que sabe não se ter verificado; Recorrer a meios fraudulentos para lograr aprovação, promoção ou outra vantagem, para si ou para outrem; Devassar o conteúdo ou se apossar indevidamente de correspondência alheia; 9

GRAVE Exigir para si ou para outrem vantagem indevida; Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou grave ameaça; Ofender a integridade física ou expor a perigo a vida ou a saúde de outrem; Praticar toda e qualquer ação de intimidação relacionada com bullying, individualmente ou em grupo, contra uma ou mais pessoas; Vender, remeter, preparar, produzir, adquirir, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, guardar, prescrever, ministrar, fornecer bebidas alcoólicas, substâncias entorpecentes ou drogas ilícitas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar nas dependências do IFBA; Utilizar pessoal ou recursos materiais do Instituto em serviços ou atividades particulares; Constranger alguém, mediante grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda; Destruir, inutilizar ou furtar coisa pública ou alheia; Plagiar, total ou parcialmente, obras literárias, artísticas, científicas, técnicas ou culturais em atividades desempenhadas dentro da Instituição ou em seu nome; Apresentar, em nome próprio, trabalho que não seja de sua autoria; Divulgar, ceder ou comercializar, sem a autorização da autoridade competente, dados relativos a pesquisas do Instituto; Acessar computadores, softwares, dados, informações, redes ou porções restritas do sistema computacional do Instituto, sem a devida autorização, prejudicando, sob qualquer forma, o seu normal funcionamento; Acessar sites com conteúdo pornográfico ou ilegal nos computadores da instituição, bem como enviar spams, mensagens fraudulentas, pornográficas ou ameaçadoras por meio da rede da Instituição. Utilizar o nome ou símbolo do IFBA, para fins impróprios ou 10

escusos; Apresentar-se publicamente nas dependências da instituição ou em atividades acadêmicas em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias entorpecentes, de modo que ponha em perigo a segurança própria ou alheia. GRAVÍSSIMA Danificar, destruir ou inutilizar o patrimônio histórico, artístico, científico, cultural ou ambiental da Instituição; Praticar violência que resulte lesão corporal grave, gravíssima ou morte; Praticar estupro ou atentado violento ao pudor; Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa, inclusive em espaços cibernéticos quando envolver o nome ou os símbolos da instituição; Praticar, induzir ou incitar, por qualquer meio, a discriminação ou preconceito de raça, sexo, cor, etnia, religião ou procedência nacional, inclusive em espaços cibernéticos quando envolver o nome ou os símbolos da instituição; Valer-se do nome e símbolos da Instituição para lograr proveito pessoal ou de outrem. 11

ANEXO II CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES DISCENTES E SANSÕES PASSÌVEIS CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES LEVE SANSÕES PASSÍVEIS - Advertência oral e particular; - Medida Socioeducativa - Advertência Oral e Particular; MÉDIA - Repreensão; - Medida Socioeducativa; - Suspensão. - Repreensão; GRAVE - Medida Socioeducativa; - Suspensão máxima de 25 (vinte e cinco) dias, ressalvada a aplicação de agravante. - Medida Socioeducativa; GRAVÍSSIMA - Suspensão; - Desligamento. 12