Imortalidade ou Ressurreição: Uma

Documentos relacionados
SUMÁRIO INTRODUÇÃO. A revelação A. A revelação em geral B. A revelação geral C. A revelação especial... 30

TEOLOGIA CRISTÃ: UMA INTRODUÇÃO À SISTEMATIZAÇÃO DAS DOUTRINAS

O que é a Escatologia Bíblica?

Treinamento de Instrutores Bíblicos. Como Ensinar Doutrinas Básicas Adventistas

O que dizem os Adventistas sobre o Seol e o Hades

O corpo físico é mau e inferior à alma?

INFERNO, HADES, SHEOL, GEENA O que é isso?

Por onde andou Jesus? (Enquanto esteve morto) 13/05/16 3

Estai sempre preparados

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA IGREJA

LIÇÃO 3 A SEGUNDA VINDA DE CRISTO O ARREBATAMENTO DA IGREJA. Prof. Lucas Neto

Escola Ryle de Teologia. Grade Curricular 1º Ano

Lição 5 ATOS 1. Atos destinado a Teófilo período 63 d.c apóstolo Pedro apóstolo Paulo Atos do Espírito Santo que Jesus operou por meio da igreja

Doutrina. a c e r c a d a : Breve Exposição das Principais Doutrinas Cristã - Introdução. Vidanova I G R E J A B A T I S T A

Evangelho Quadrangular SEEC PARANÁ

O apocalipse de João. Roteiro 21

COSMOVISÃO. vivendopelapalavra.com. Por: Helio Clemente

A ATUALIDADE DA ESCATOLOGIA. Aula 1. O interesse humano pela escatologia

Sumário. Prefácio... 13

A Igreja Adventista é uma seita ou não?

A Alma Uma perspectiva bíblica e luterana. Jörg Garbers Ms. de Teologia

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO. Jörg Garbers Ms. De Teologia

Ensino de Doutrinas. São as verdades fundamentais da Bíblia apresentadas de forma sistemática. Crenças bem definidas produzem convicções bem definidas

Módulo: QUEM É O HOMEM? Aula

Nova Estrutura do Curso: Avisos

Evangelhos e atos. Observações

A teologia da política. Dr. Rousas John Rushdoony

Lição 8 para 24 de novembro de 2018

PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA DIOCESE DE JUNDIAÍ

Aula 08 Terceiro Colegial.

Slide 2

BREVE INTRODUÇÃO À MISSÃO

No contexto da fé cristã, a teologia não é o estudo de Deus como algo abstrato, mas é o estudo do Deus pessoal revelado na Escritura.

O TEMPO OS FILHOS O DINHEIRO O TRABALHO

Título: O MUNDO INVISÍVEL - IREMOS NOS CONHECER NO CÉU? Autor: J.R.Gill. Literaturas em formato digital:

DECLARAÇÃO DE FÉ das Assembleias de Deus. Ministrante: Pastor Professor Alberto

Paulo usa a metáfora da árvore sagrada do versículo 16. Nesta ilustração reveladora, ele ressalta que, embora a maioria dos ramos (os judeus) que por

PREPARAÇÃO DA MISSA DE S. NUNO HISTÓRIA DO COLÉGIO ADVENTO E NATAL

Muitas coisas podem ser compradas com dinheiro, por exemplo, podemos comprar roupas, comida, ingressos, carros etc.

Uma Pequena Biografia

E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É me dado todo o poder no céu e na terra.

Quer estudar teologia com qualidade?

A 2 3:18 PNEUMATOLOGIA

Apêndice 2. A Atuação do Homem na Conversão

Desde o início da Epístola, o apóstolo vem preparando seus leitores para a mensagem apresentada no capítulo 14.

IV JORNADA BÍBLICO-TEOLÓGICA 2004

A volta de Jesus é iminente, pois pode acontecer a qualquer momento.

PREGAÇÃO CRISTÃ COM BASE EM TODOS OS TEXTOS DA BÍBLIA

Metanoia. arrependimento

C I C - CADASTRO DE INFORMAÇAO DO CANDIDATO

ESTUDO 3 O PRÉ-MILENISMO CORRENTES TEOLÓGICAS. Ev. Giuvan Cardoso

Panorama Bíblico O Pentateuco

Lição 3 Jesus Cristo: a garantia da justificação! Texto bíblico: Romanos Plano de aula Sugestão Didática

PROVA FINAL DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À TEOLOGIA BÍBLICA

A esperança segundo a Bíblia. Devocional. Russell Shedd

O Espírito Santo. Ontem e Hoje

A Declaração de Jerusalém

LIÇÃO 1 ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS. Prof. Lucas Neto

Doutrina dos Anjos - Angelologia

As religiões são a porta larga que conduz à perdição?

RESOLVENDO SEUS PROBLEMAS DO PASSADO: FOCO EM LEMBRANÇAS DO PASSADO

CURSO BÍBLICO INICIAL Lição 1: SALVAÇÃO

Módulo III O que anuncia a Catequese?

Curso de Teologia Prof. Márcio Ruben. Capítulo 2. Esta matéria trata da Bíblia: Sua formação, seu desenvolvimento e seu fechamento.

LIÇÃO 3 - O DIA DO SENHOR. Prof. Lucas Neto

PROVA FINAL DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À TEOLOGIA BÍBLICA

Unitarianos discutem questões doutrinárias através de Hangouts. Acompanhe

TEMA-PROBLEMA. A experiência religiosa como afirmação do espaço espiritual do mundo FENÓMENO UNIVERSAL

ESCOLA DA FÉ Paróquia Santo Antonio do Pari Aula 7: Jesus, o Filho de Deus - 2ª parte.

LIÇÃO 13 HAVERÁ UMA SEGUNDA VINDA DE JESUS? Prof. Lucas Neto

Direitos reservados à

LIÇÃO 11 DESPERTEMOS PARA A VINDA DE UM GRANDE REI

1. Disse Jesus: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim jamais terá sede. Jo 6,35

autoridade sobre as nações, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser (Lc 4.6). Embora Deus seja soberano e Satanás não possa fazer nada

QUEM É DEUS? OS NOMES DE DEUS. Todos os verdadeiros cristãos creem num Deus trinitário, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

SUMÁRIO. Esboço analítico Prefácio Introdução Abreviaturas... 26

PORQUE CREIO NO REINO MILENAR

Slide 2

MORTE E ETERNIDADE. Estudo Bíblico

02 DOUTRINA DE CRISTO

Fatos passados e verdades atuais

PASSOS PARA A SALVAÇÃO I - OUVIR A PALAVRA DE DEUS - (Rm 10.17)

Preparado por: Pr. Wellington Almeida. LIÇÃO O Filho de Davi. O Evangelho. Mateus

Cartas de Paulo continuação

Aula 7 : 22/Mar/2015. Te m a d a A u l a O Evangelho de João Proclamando Fé em Jesus como única fonte de salvação

ESTUDO BÍBLICO PROFESSOR

Sumário. Prefácio, 13. Primeira parte - Fundamentação, 15

REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA (LECTIO DIVINA) Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm Reflexões e Ilustração de Pe. Lucas de Paula Almeida, CM

Título: O CÂNTICO DOS CÂNTICOS DO NOIVO Autor: C. E. LUNDEN. Literaturas em formato digital:

MESTRADO EM TEOLOGIA

(DEUTERONÔMIO ARA)

Título: CHAPTER A DAY (JUDAS) Autor: NORMAN BERRY. Literaturas em formato digital:

ESTUDOS SOBRE IGREJA

Prefácio aos alunos...7 APRESENTAÇÃO À IGREJA...9. Lição 25 A identidade da Igreja Lição 28 As celebrações da Igreja Batismo nas Águas...

CREMOS NA NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO CURSO DE FORMAÇÃO DE LÍDERANÇA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM MOSSORÓ

Sumário. O propósito de Atos A obra missionária é a prioridade da igreja O Espírito Santo é o executivo da obra missionária...

RESENHA. STEFANOVIC, Ranko. Revelation Of Jesus Christ: Commentary on the Book of Revelation. Berrien Springs, EUA: Andrews University Press, 2002.

Princípios básicos do NT

Transcrição:

Imortalidade ou Ressurreição: Uma Abordagem Bíblica Sobre a Natureza Humana e o Destino Eterno Natan Fernandes Silva 1 BACCHIOCCHI, Samuele. Imortalidade ou Ressurreição: Uma Abordagem Bíblica Sobre a Natureza Humana e o Destino Eterno. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2007 Samuele Bacchiocchi, teólogo adventista italiano, radicado nos Estados Unidos, graduou-se em Teologia, no Newbold College, na Inglaterra, fez um Mestrado em Divindade na Andrews University, Michigan, EUA. Ele foi o primeiro não católico a concluir estudos doutorais na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, em 425 anos de existência daquela instituição, recebendo, inclusive, uma medalha de ouro do Papa Paulo VI, por obter a distinção acadêmica summa cum laude. Serviu como missionário na Etiópia e atuou como Professor na Andrews University, até 2000. Dedicou-se a realizar seminários e a escrever livros sobre alguns assuntos controversos, tanto no seio do adventismo como do cristianismo em geral. O livro Imortalidade ou Ressurreição, que é um dos seus livros controvertidos, é composto, formalmente, por uma Introdução e sete Capítulos. A edição brasileira traz dois Prefácios: um, de autoria de Amin Rodor, teólogo sistemático brasileiro, e outro, de Clark Pinnock, erudito canadense. Na Introdução (p. 1-6), Bacchiocchi alista duas razões principais pelas quais escreveu o livro: (1) é que, mesmo sob 1 Doutorando em Teologia Sistemática pela Universidad Adventista del Plata, professor de Teologia Sistemática e História Eclesiástica no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia da Bahia 165

166 Natan Fernandes Silva ataque dos eruditos bíblicos, a crença na existência consciente após a morte está adquirindo maior aceitação popular (p. 2); e (2) como os estudos eruditos na área são técnicos e limitados, ele pretende apresentar uma relação entre os estudos técnicos e a linguagem compreensível ao homem comum. Também ele fala do procedimento a ser usado, do método e do estilo, além de fazer referência ao prefaciador (Clark Pinnock), os reconhecimentos e a própria expectativa a ser alcançada pelo livro. No capítulo 1, intitulado O debate sobre a natureza e o destino humanos (p. 7-25), Bacchiocchi apresenta os dois principais pontos de vista sobre a natureza e destino humano: (1) dualismo clássico e holismo bíblico, indicando que aquele pensamento está vivendo sob ataque, o que tem trazido preocupação aos defensores da visão que separa corpo e alma. Nas p. 16-23, o Autor mostra as implicações tanto do dualismo quanto do holismo e suas consequências para questões bíblicas de grande importância como, por exemplo, a parousia. O ponto de vista bíblico da natureza humana (p. 27-68) é o título do capítulo 2. Nele, Bacchiocchi desenvolve a argumentação apresentando a natureza humana desde a criação, com cada elemento que compõe o ser humano, explorando, inclusive, de forma bastante didática, a terminologia técnica da principal língua original do Antigo Testamento, o hebraico. Ele trabalha termos como corpo, carne, coração e espírito e os sustenta com várias passagens bíblicas. O capítulo 3 chama-se A visão da natureza do homem no Novo Testamento (p. 69-111). Nesta parte, o Autor explora, principalmente os termos gregos que vêm com uma carga de significados diferente do seu conteúdo semítico, como sejam: alma, espírito e corpo, mostrando que, especialmente, as duas primeiras palavras não representam entidades imateriais que sobrevivem à morte do último ( corpo ). Em A visão bíblica da morte, capítulo 4 (p. 113-144), Bacchiocchi passa em revista um histórico da crença na sobrevivência da alma e examina o entendimento bíblico da natureza da morte (p. 114). Ele toma as Escrituras com o propósito de analisar passagens bíblicas que geralmente têm sido exploradas para defender a imortalidade natural. Das p. 124 Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia

a 141, o Autor discute sobre a natureza da morte, servindo-se de textos bíblicos, concluindo que a crença tradicional e popular de que a morte não é a cessação da vida para a pessoa integral, mas a separação da alma imortal do corpo, pode ser identificada com a mentira de Satanás É certo que não morrereis (Gn 3:4) (p. 140). No capítulo 5, O estado dos mortos (p. 145-184), o teólogo apresenta o que dizem o Antigo e o Novo Testamento sobre o tema. Ele discute a questão de traduções de termos originais e seus significados, como sheol (hebraico) e hades (grego), bem como os episódios mais explorados pelos que acreditam no dualismo corpo-alma, apontando uma interpretação de cada passagem, conforme seu contexto cultural. Sob o título Inferno: tormento eterno ou aniquilamento? (capítulo 6, p. 185-241), o Autor questiona qual o significado mais apropriado se deve ao termo inferno, oferecendo algumas alternativas e uma análise que levam a um posicionamento que não venha conflitar com a visão holística do ser humano: (1) uma visão metafórica, que considera o inferno como m lugar onde o sofrimento é mais mental do que físico ; (2) ponto de vista universalista do inferno, que o transforma num fogo expurgador e refinador que, por fim, possibilita que toda pessoa consiga chegar ao Céu ; e (3) a interpretação do aniquilamento em relação ao inferno, um lugar de dissolução final e destruição de perdidos. Alguns intitulam este ponto de vista de imortalidade condicional (p. 187). Ao analisar cada uma delas, Bacchiocchi conclui que: (1) tentar tornar o inferno mais humano, metaforizando-o, mantém ainda a visão de um Deus que tortura os malfeitores infindavelmente, o que sustenta elementos da visão tradicional do inferno (p. 213); (2) a questão universalista, em que Deus salvará a todos, embora atraente à primeira vista, toma um caminho contrário ao ensino geral das Escrituras e passa a não considerar que, embora Deus queira salvar a todos, nem todos aceitam a salvação oferecida (p. 215 e 216). Portanto, resta a terceira opção, o aniquilacionismo, que, embora contrário à maioria, tem tido fortes razões bíblicas que o sustentem. Das p. 221 a 232, o escritor apresenta a linguagem de destruição na Bíblia, mostrando que destruir não é sinônimo de atormentar e torturar. 167

168 Natan Fernandes Silva O capítulo final, o 7º. (p. 243-294), A consumação da redenção, fala da segunda vinda de Cristo como o evento que encerra toda questão que envolve o bem e o mal, onde a ressurreição e o juízo final resolverão todo o assunto sobre salvos e perdidos. Aqueles desfrutarão da vida eterna, enquanto esses serão destruídos, aniquilados para sempre. Bacchiocchi conclui seu livro com um apelo para que se atente de que há necessidade de recuperar o holismo bíblico (p. 292). Há uma característica didática extremamente positiva no livro de Bacchiocchi: cada capítulo apresenta uma conclusão em forma de resumo, facilitando ao leitor uma espécie de revisão do assunto. Além disso, uma representativa bibliografia apoia o conteúdo de cada capítulo, muito embora se perceba que a base mesma do texto seja bíblica. Algumas declarações chamam a atenção e merecem ser apresentadas, entre várias, como, por exemplo: A morte é vista no Antigo Testamento como o esvaziamento da alma de toda a sua vitalidade e força (p. 44). Concluímos que a partida da alma é uma metáfora para a morte muito provavelmente associada à interrupção do processo de respiração (p. 46). Semelhantemente, o retorno da alma é uma metáfora para a restauração da vida, indicando que a pessoa começou a respirar novamente (p. 65). É digno de nota que Paulo nunca emprega psychê-alma para denotar a vida que sobrevive à morte (p. 79). [...] a imortalidade é um dom divino aos salvos e não uma possessão humana natural (p. 140). Comentando sobre Malaquias 4:1, Bacchiocchi escreve: Aqui a imagem do fogo que tudo consome e que não deixa nem raiz, nem ramos sugere combustão integral e destruição, não tormento eterno (p. 192). Respondendo possivelmente àqueles que argumentam sobre o fato de que boa parte dos judeus atualmente crê na imortalidade da alma, o teólogo esclarece: O judaísmo palestino via a morte como um sono inconsciente da pessoa inteira e destacava a necessidade da ressurreição final do corpo. [...] A segunda escola de pensamento é o judaísmo helenístico, grandemente influenciado pelo dualismo grego. [...] Nos Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia

escritos dos judeus helenistas encontramos claras referências à sobrevivência e imortalidade da alma (p. 69-70). Considerando como um todo, o trabalho de Samuele Bacchiocchi é inteiramente consistente com seu pensamento geral sobre a natureza humana. Partindo desde a própria origem do ser humano na criação como descrita em Gênesis 2:7, ele desenvolve toda a sua argumentação na ideia de que o homem não recebeu nenhum elemento que trouxesse característica de uma entidade imortal, invisível, que tenha capacidade de sobreviver à morte do corpo. E, como disse Amin Rodor, no Prefácio em português: Tal obra representa enorme contribuição para a clarificação do assunto. Discutido com sólida argumentação bíblica e precisão lógica, o autor desacredita a noção da imortalidade, que historicamente representou um considerável fardo dogmático na consciência da igreja cristã e um obstáculo à compreensão do evangelho. Além disto, a ideia da imortalidade, por séculos, foi um elemento inibidor da escatologia bíblica, minando, por exemplo, a fé no segundo advento e na ressurreição, além de se tornar uma porta aberta para os enganos associados a ela (p. v). A leitura deste livro me ajudou a compreender mais ainda alguns elementos bíblicos sobre a natureza humana e solidificou a compreensão de que se o homem tem a imortalidade inerentemente ele não necessita de Deus para continuar existindo, de maneira imortal. Quando se considera a questão da imortalidade condicional, reconhece-se que imortalidade somente pode ser atributo daquele que vive para todo o sempre e que isso só pode acontecer também àquele a quem Ele quiser concedê-la, através de Jesus Cristo (Jo 3:16). 169