RELATÓRIO INFORMATIVO

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Transcrição:

RELATÓRIO INFORMATIVO 1. Dados profissionais: Nome: Sandra Raposo Anna Virgínia Muniz Machado Titulo Profissional: Engenheiro Civil 2. Dados dos objetivos da viagem: Finalidade da Viagem: Representar o CONFEA na Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável : A Engenharia Civil e o Ambiente Construido e 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE, em Sliema e Valetta, entre os dias 5 a 7 de maio de 2011. De acordo com a Decisão Plenária Nº 0580/2011 (*), foram indicadas a Suplente de Conselheiro Federal Enga. Sandra Raposo para representar o Plenário do CONFEA e a Presidencia, e a Enga. Anna Virginia Machado para atual em representação ao Colégio de Entidades Nacionais CDEN, por indicação da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental- ABES. (*)Ementa: Referenda a Portaria AD 137, de 2011 que aprovou "ad referendum" do Plenário a Deliberação nº 128/2011-CAIS que deliberou por constituir missão representativa do Sistema Confea/Crea com o objetivo de participar da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: Engenharia Civil e o Ambiente Construído, concomitante à 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis ECCE, em Valeta Malta, entre os dias 05 a 07 de maio de 2011 e deu outras providências.

Local: Hotel Le Meridien, Sliema, e Hotel Fenicia, Valetta, Malta Entidade Promotora do Evento: European Council of Civil Engineers- ECCE Período do evento:5-7 de maio de 2011 Definição dos objetivos a serem alcançados, indicando como e onde serão aplicadosos conhecimentos adquiridos: Cumprir com a Agenda determinada para os eventos citados acima. Programação das atividades previstas: Descrito no Anexo 1 3. Relatório Técnico: Descrição detalhada da realização do evento, anexando folder, destacando os resultados e conhecimentos adquiridos, no desempenho da missão Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: A Engenharia Civil e o Ambiente Construido 5/5/2011 De acordo com a programação prevista foram apresentadas palestras e trabalhos técnicos sobre os temas : Educaçào em Engenharia Civil, Transporte, Planejamento e infraestrutura, sustentabilidade na construçào, eficiencia energética. e engenharia estrutural.

Suplente de Conselheiro Federal Enga. Sandra Raposo representante do Plenário do CONFEA e a Presidencia, e a Enga. Anna Virginia Machado represente ao Colégio de Entidades Nacionais CDEN, por indicação da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, participam da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: A Engenharia Civil e o Ambiente Construido Nas palavras de Vincent Cassar ( Presidente da Câmara de Arquitetos e Engenheiros Civis de Malta, o principal objetivo da instituição é apoiar os membros a alcançar excelência e na prática da arquitetura e engenharia no interesse da comunidade. Os desafios apresentados aos designers e projetistas de ambientes construidos, requerem muito esforço. A concepção de eficiência energética, o uso de fontes renováveis de energia, a redução dos gases CO2, etc, estão mobilizando os profissionais no sentido do desenvolvimento de novos padrões de projeto e de execução na engenharia civil.

A mudança de paradigma criou a necessidade de um quadro de profissionais com capacidade de desenvolver novas soluções e requisitos para que tenham a habilidade para alcançar a um modelo de desenvolvimento sustentável, tendo em consideração os aspectos ambientais, sócioeconômicos e culturais. Destaca ainda que o desenvolvimento urbano reflete nossas aspirações sociais e econômicas, e que o desenvolvimento econômico dependerá cada vez mais de padrões ambientais. Gorazd Humar, Presidente do Conselho Europeu de Engenheiros Civis Gorazd Humar, Presidente do Conselho Europeu de Engenheiros Civis menciona em sua palestra a importância de coincidir a realização da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável : A Engenharia Civil e o Ambiente Construido com a 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE, principalmente pela locação escolhida, uma ilha, onde cada intervenção deve ser cuidadosamente planejada.

Ele defende o papel do engenheiro civil, como o primeiro de muitos profissionais que podem trazer adequadas soluções para a sociedade moderna, no sentido da melhoria da qualidade de vida, com uma atuação mais ativa e socialmente comprometida. A apresentação de Richard Coackley (Vice Presidente Senior da Institution of Civil Engineers, Reino Unido), destaca que Malta, como uma ilha no Mar Mediterrâneo, reflete as desafios globais da falta de água e da falta de energia. Engenheiros se deparam com a tarefa de abordar questões de sustentabilidade e segurança da água, enfrentar os desafios da resistência à seca e a interdependência de infraestrutura. A segurança da água está sob pressão do crescimento populacional, urbanização, crescimento econômico e os as modificações no estilo de vida, que vem junto com estes aspectos. De acordo com Richard Coackley, a água é considerada como um recurso livre, sendo que apenas tratamento, processamento e distribuição são atualmente pagos em seu país. O valor real deste recurso requer mais atenção, já que a água possui um valor econômico, social e ambiental. É importante que todos esses sejam considerados ao tentar calcular o valor dela. Existem necessidades concorrentes para a água; imperativos econômicos, sociais e ambientais, e estes precisam ser gerenciados corretamente. A demanda competitiva da água agricultura, industria e uso doméstico- não

pode ser subestimado. De acordo com o palestrante, a agricultura demanda 70% da água doce de fontes superficiais e subterrâneas. O uso da água na indústria representa aproximadamente 24%, e como os países em desenvolvimento continuam a industrializar-se, a demanda deve crescer. A necessidade de água para atender a crescente demanda de carne deverá pressionar ainda mais os recursos hídricos. Uma vaca demanda 15,500 litros de água por kilo, enquanto o milho apenas demanda 900 litros de água por kilo. De acordo com os dados das Nações Unidas, estima-se que 59 % da população mundial estará vivendo em áreas urbans em 2030. Isto criará uma competição adicional pelo uso água como um recurso, e haverá menos água disponível para agricultura, que terá o preço de seus produtos aumentados. Todos estes aspectos envolvendo água,energia e o setor de alimentos, envolvem governos, engenheiros, instituições profissionais, e a necessidade de promover o gerenciamento dos recursos hídricos. Isto inclui os usos de tecnologia e a disseminação efetiva da temática relacionada com a escassez de água ao público. Uma mudança comportamental basea-se nesta ação. Fatores como a necessidade do reúso e reciclagem da água, uso de desalinização podem contribuir para reduzir a pressão, entre outros aspectos. O palestrante, que durante a realização da 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE seria proclamado como Presidente Honorário, destacou o desafio a ser enfrentado pelos profissionais no cenário futuro de elevada demanda pelo recurso hídrico, e a necessidade de mudança de paradigmas em articulação com a sociedade.

Cabe também destacar a apresentação sobre Educação e Engenharia Civil apresentada por Iacint Manoliu ( Universidade Técnica de Engenharia Civil de Bucharest, Romênia) apresentando o Processo Bolonha, com a implementação da Declaração de Bolonha, assinado em 19 de Junho de 1999, por ministros da educação de 29 países, que busca promover uma padronização na formação do engenheiro civil. No ano acadêmico de 1999-2000 existiam básicamente dois sistemas, sendo que na europa continental era oferecido por diferentes instituições programas de longa duração (4,5-5 6 anos) e programas de curta duração 3-3,5 4 anos). Já na aglo-saxonica um sistema de dois níveis era oferecido, com um primeiro degrau com 3-4 anos de duração, oferecendo o diploma de Bacharel, seguido de uma segunda etapa que atribui o título de Mestre em Engenharia, que viria a habilitar o profissional.

A EUCEET (European Civil Engineering Education and Trainning) é um grupo temático iniciado em 1997, que conduz projetos nesta area com apoio da Comissão Européia, defende a mudança do sistema de longa duração (

programas de 5 ou 6 anos) para um sistema de 2 níveis com programas do tipo Bacharel-Master. Em 2009-2010 a maioria dos países já havia aderido ao Protocolo do Bolonha. A adoção de um sistema de formação do engenheiro que possa estar referenciado em toda a Europa num mesmo padrão assume importância significativa para a mobilidade profissional. Atualmente, os cidadãos da Comissão Européia têm permissão de trabalho nos diferentes países. No caso de profissionais, já está definido o reconhecimento das capacidades nos diferentes países. Caberá ao ECCE estabelecer como será a identificação profissional. Este tema estará também na pauta da 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE. 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE

Em contato com o Presidente do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE, Gorazd Humar, as representantes do CONFEA foram convidadas a participar da atividade onde seriam discutidos aspectos diversos do funcionamento do Conselho, e outros assuntos de importância para os profissionais, destacando-se a aderência ao Protocolo de Bolonha, e a mobilidade profissional entre os países. Fernando Branco, Representante de Portugal, Sandra Raposo, Anna Virginia Machado, Representantes do CONFEA, e Gorazd Humar, Presidente do Conselho Europeu de Engenheiros Civis Conforme apresentado nas palestras anteriores, cabe ao Conselho definir o formato de uma carteira que indique a qualificação do profissional de forma a indicar sua habilitação e formação, refletindo as variações da formação profissional nos diversos países. Durante reuniões informais com os representantes dos diversos países verificou-se que o mercado europeu está desaquecido, com baixa oferta de postos de trabalho para engenheiros civis. A mobilidade profissional, definida

pela Comissão Européia, deverá facilitar a locação destes profissionais nos diversos países. Suplente de Conselheiro Federal Enga. Sandra Raposo representante do Plenário do CONFEA e a Presidencia, e a Enga. Anna Virginia Machado represente ao Colégio de Entidades Nacionais CDEN, por indicação da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, participam da 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE 4. Proposições / Recomendações a serem aplicadas no sistema pela experiência adquirida: O mercado da Engenharia é globalizado, com instituições multinacionais, normas técnicas com características internacionais, o que indica ao CONFEA, a necessidade de acompanhar os movimentos deste mercado, dada a influência e interação com os profissionais que atuam no Brasil. O tamanho que a Engenharia brasileira assume no cenário internacional nos dias de hoje, aumenta esta responsabilidade, uma vez que o Brasil está no

centro das atenções do mercado internacional, tendo atraído profissionais oriundos do mercado europeu. Por outro lado, o processo que hoje ocorre na Comissão Européia com a mobilidade de profissionais muito se assemelha ao que deverá ser vivenciado pelas instituições brasileiras no ambiente o MERCOSUL no futuro. Neste sentido, a participação no ECCE poderá agregar experiência para a atuação do sistema CONFEA. Conforme contato com Fernando Branco, representante de Portugal, existe uma modalidade em que o CONFEA poderá formalmente participar Ca ECCE, na qualidade de observador, como instituição congênere que atua fora da Comissão Européia, sem a necessidade de anuidade. Desta forma, recomendamos a formalização da participação do CONFEA nesta instituição, ampliando assim a troca de experiências nesta área. 5. Conclusão: O sistema profissional europeu é realizado por instituições de caráter privado, não sendo obrigatório o registro. O modelo adotado é distinto do adotado no Brasil, não havendo fiscalização do exercício. As diferentes modalidades de cursos de formação do engenheiro, ainda persistem até hoje, mas tem caminhado para uma padronização com 2 níveis -3 anos de bacharelado e 2 anos de mestrado- devido ao acordo firmado no Protocolo de Bolonha. O formato adotado no Brasil está mais próximo daquele adotado em Portugal, agregando habilitação ao egresso após 5 anos de estudo, sendo que o Mestrado seria possível apenas após este curso. O contato com diversos representantes indicou que o mercado europeu atualmente não oferece muitas oportunidades de empregabilidade.

A Comissão Européia permite a mobilidade de trabalhadores e o reconhecimento profissional em todos os países. Este foi um dos aspectos discutidos durante a 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE, que busca estabelecer documento profissional que possa indicar as qualificações, considerando especificidades de formação. Cabe ainda destacar a importância atribuída aos aspectos ambientais na atuação do engenheiro civil, quer na inclusão dos parâmetros de eficiência energética e economia da água nas edificações, quer no desenvolvimento de atividades de planejamento e gestão de recursos hídricos. A evolução da participação do CONFEA para um membro formal, ainda que na qualidade de observador, permitirá uma continuidade na relação com a ECCE, melhor planejamento das missões e possibilitando conhecer melhor as experiências européias. Informamos ainda que os custos relativos à inscrição participação na Conferência e na Reunião, foram pagos diretamente à organização em Malta, para posterior reembolso.