Alegre. Câmara Municipal. de Porto PROC. N. 4768/05 PLCL N. 036/05 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Documentos relacionados
LEI COMPLEMENTAR Nº 352, de 8 de agosto de 1995.

RIO GRANDE DO NORTE LEI COMPLEMENTAR Nº 574, DE 21 DE JULHO DE 2016.

Art. 2º O Conselho Estadual de Cultura tem por competências: II - acompanhar e fiscalizar a execução do Plano Estadual de Cultura;

Do calendário dos congressos do PSB

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE POJUCA

Prefeitura da Estância de Atibaia

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais Câmpus Barbacena ESTATUTO DO CONSELHO DE PAIS

Prefeitura Municipal de Palmeiras publica:

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 1.146, DE 24 DE AGOSTO DE Cria a Aglomeração Urbana de Jundiaí-AU Jundiaí, e dá providências correlatas.

LEI N , DE 25 DE AGOSTO DE 2011

DECRETO - Nº , DE 07 DE MAIO DE 2014.

Câmara Municipal de Caçapava CIDADE SIMPATIA - ESTADO DE SÃO PAULO

Universidade Federal de São Paulo Campus São José dos Campos

REGULAMENTO INTERNO DO COLEGIADO DO CURSO MEDICINA. Seção I Do Colegiado e seus fins

LEI N o 678 / 2007 DE 26 DE JUNHO DE 2007

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 815, DE 30 DE JULHO DE 1996

PROC. Nº 1190/07 PLL Nº 024/07 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

LEI MUNICIPAL N 013/97. SÚMULA: Dispõe sobre a Instituição do Conselho Municipal de Saúde e dá outras providencias.

MUNICIPIO SANTA TEREZINHA

LEI COMPLEMENTAR Nº 599, DE 31 DE JULHO DE 2017.

MODELO DE LEI DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ CONSELHO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 180/2017 CONSU/UEAP

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 032 DE 28 DE AGOSTO DE Institui a Comissão Municipal de Emprego no âmbito do Sistema Público de Emprego e dá providências correlatas.

Prefeitura Municipal de São João del-rei

L E I M U N I C I P A L Nº 1910/95

LEI Nº TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Universidade Federal de São Paulo Comissão de Capacitação dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação REGIMENTO INTERNO

FRENTE PARLAMENTAR MISTA EM DEFESA E DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO DE BOMBEIRO CIVIL

LEI ORDINÁRIA Nº 1.121, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2018.

Câmara Municipal de Teofilândia publica:

COLÉGIO ESTADUAL DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO DO SISTEMA CONFEA/CREA - CIE-MG ESTATUTO CAPÍTULO I. Natureza, Finalidade e Composição

LEI Nº 496/2013 DE 15 DE OUTUBRO DE 2013

Estatuto PMDB Mulher ESTATUTO DO PMDB MULHER DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CAPÍTULO I Da Denominação, Sede, Composição e Diretrizes Art.

DECRETO Nº 2836 DE 06 DE NOVEMBRO DE 1996

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS - CEAO MINUTA DO REGIMENTO INTERNO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ CONSELHO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO N 123/ CONSU/UEAP

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DIRETOR DA FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADE

LEI MUNICIPAL N.º 846/07 Novo Tiradentes (RS), 19 de março de

EDITAL PARA ELEIÇÃO DA COORDENAÇÃO DO FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO LUÍS

CÂMARA MUNICIPAL DE JURANDA ESTADO DO PARANÁ

DIÁRIO OFICIAL ATOS DO PODER EXECUTIVO ITATUBA-PB, 27 DE MAIO DE PORTARIA Nº 066/2016 De 27 de MAIO de 2016.

REGIMENTO DO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

LEI Nº 2.377, DE 16 DE MARÇO DE 2007.

Prof. José Darcísio Pinheiro Presidente

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO CONSELHO SUPERIOR

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

LEI 1575/2017. A Câmara Municipal de Pinhalão, Estado do Paraná, aprovou e eu, Sergio Inácio Rodrigues, Prefeito Municipal sanciono a seguinte Lei:

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE VARGINHA REGIMENTO INTERNO. Comitê de Investimentos VARGINHA (MG) 2014

DECRETO Nº , DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013.

MINUTA DO PROJETO DE LEI QUE CRIA O CONSELHO MUNICIPAL DE TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL

LEI Nº690 DE 11 DE ABRIL DE Capítulo I Das Disposições Preliminares. Capítulo II Da Composição

Regimento do Conselho de Saúde do Hospital Sofia Feldman / Fundação de Assistência Integral a Saúde

PREFEITURA MUNICIPAL DE VERA CRUZ

Cria o Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social e dá outras providências.

DECRETO Nº 9.864, DE 27 DE JUNHO DE 2019 Publ.: DOU de 28/06/19

Fórum Permanente UFRJ Acessível e Inclusiva

REGULAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO SUPERIOR EM TECNOLOGIA DE GESTÃO DO TURISMO. CAPÍTULO I Da Natureza e Composição

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE RIO GRANDE DA SERRA SP CAPÍTULO I DA INSTITUIÇÃO

LEI COMPLEMENTAR Nº 760, DE 1º DE AGOSTO DE Estabelece diretrizes para a Organização Regional do Estado de São Paulo

a) - insumo em processo produtivo ou para consumo final; c) - meio de suporte de atividades de produção ou consumo.

PORTARIA INTERMINISTERIAL No , DE 11 DE NOVEMBRO DE 2010

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE Criado pela Lei Municipal nº 277/92 Lei Federal 8.142/90

3º O Secretário-Executivo do Conselho Curador será substituído pelo Vice-Presidente da FEAM

RESOLUÇÃO ARES-PCJ Nº 01, de 21 de novembro de 2011

PROPOSTA DE REGIMENTO DA COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA DAS FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IGUAÇU UNIGUAÇU CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADES

RESOLUÇÃO Nº 75/99 - CEPE R E S O L V E: CAPÍTULO I. Das Finalidades CAPÍTULO II. Da Natureza Jurídica e Objetivos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM REGULAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Estado do Rio Grande do Norte PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕES Gabinete do Prefeito

REGULAMENTO NEABIs IFRS

LEI Nº , DE 14 DE JANEIRO DE 2015

Art. 2º - Cada Setor é representado no Conselho Deliberativo por 3 (três) membros titulares.

ESTATUTO CONSELHO REGIONAL DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DA AMSOP MICROREGIÃO DE FRANCISCO BELTRÃO CAPITULO I

Lei do Estado de Pernambuco nº , de

PROJETO DE LEI Nº 538/2016

RESOLUÇÃO Nº 057/2017 DE 18 DE AGOSTO DE 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE TABOCAS DO BREJO VELHO CNPJ (MF) /

Câmara Municipal de Presidente Alves

Presidência da República Subchefia para Assuntos Jurídicos

R E S O L V E PORTARIA N 023/2005/FEST

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO N 01/2013

Propostas de modificação da Lei nº4409

CÂMARA MUNICIPAL DE JURANDA ESTADO DO PARANÁ

Prefeitura Municipal de Santa Cruz da Vitória publica:

Art. 1º Aprovar o Regimento Interno do Departamento de Engenharia Química e Estatística DEQUE, anexo a esta Resolução.

CAPÍTULO I Das disposições Gerais

REGULAMENTO GERAL DO COLEGIADO DO CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA CAPÍTULO I DA NATUREZA E COMPOSIÇÃO

Prefeitura Municipal de Valente-BA. A Prefeitura Municipal de Valente, Estado Da Bahia, Visando a Transparência dos Seus Atos Vem PUBLICAR.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 98/2009

REGULAMENTO DO CONSELHO DEPARTAMENTAL DO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MATEMÁTICA

Estado de Mato Grosso Prefeitura Municipal de Nobres CNPJ: / LEI MUNICIPAL Nº 1.282/2013 DE 21 DE OUTUBRO DE 2013.

Prefeitura Municipal de Rio Claro Estado de São Paulo

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DAR PARECER ÀS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO RELACIONADAS À REFORMA POLÍTICA (PEC 182, DE 2007, E APENSADAS)

REGULAMENTO DO CONSELHO DOCENTE DO COLÉGIO ANCHIETA

PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL CÂMARA MUNICIPAL DE BARCELOS

VALDÉSIO ROQUE DELLA BETTA, Prefeito de Charrua, Estado do Rio Grande do Sul, no uso das atribuições conferidas pela Lei Orgânica do Município,

CONSELHO DE CONSUMIDORES DA CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A. AUDIÊNCIA PÚBLICA 001/ Regimento Interno, aprovado em 24 de maio de 2012:

Transcrição:

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS O Projeto de Lei Complementar que apresentamos não é uma proposição apenas deste Vereador. É fruto de uma construção conjunta com as mais diversas entidades representativas dos artesãos. Estiveram presentes na sua elaboração: a Associação dos Artesãos do Rio Grande do Sul, a Associação dos Artesãos do Brique da Redenção, a Associação dos Artesãos da Feira de Artesanato da Praça da Alfândega, a ARTEMATRIA, a Associação dos Expositores da Feira de Sábado da José Bonifácio, a Associação Gaúcha dos Artesãos, a Associação da Feira de Artesãos do Brique de Sábado da José Bonifácio, a Cooperativa dos Artesãos do Rio Grande do Sul, a Associação dos Artesãos Santo de Casa, a Associação dos Artesãos da Feira de Artesanato da Usina do Gasômetro. Elas representam a ampla maioria dos expositores de artesanato existentes em nossa cidade. Antes tudo, cabe-nos dizer que a atividade artesanal existe desde os primórdios da humanidade. No início, eram os bens produzidos para facilitar a vida nas comunidades primitivas, tais como ferramentas, armas rudimentares, peças de barro ligadas à culinária, cestas para transporte de frutos e raízes, e lógico, as primeiras vestimentas de couro. Com o passar dos anos, o artesanato passou a expressar a criatividade e as manifestações culturais que valorizavam as raízes, os hábitos e costumes dos povos. Observando as características de cada peça produzida, podemos identificar a diversidade cultural, a origem territorial e o tempo de cada povo na longa história da evolução humana. O artesanato chegou no Brasil antes mesmo de seu descobrimento pelos povos europeus. Os povos indígenas sãos os precursores desta técnica. Depois, vieram as experiências trazidas pelos portugueses, espanhóis, italianos, alemães, holandeses, ingleses. Também do povo negro, trazido do continente africano e transformado em escravo em nossas terras. Todo este rico processo contribuiu para que nosso país se tornasse multirracial e, mais ainda, multicultural. A história continua e, alguns séculos depois, o artesanato ganhou expressão ainda maior em Porto a partir da segunda metade do século XX. Mais precisamente, no início dos anos 70, quando um grupo de artesãos se reuniu e começou a organizar a primeira feira de artesanato de rua, realizada, inicialmente, na calçada da Praça Dom Feliciano. Posteriormente, transferida pelo Poder Público para o final da Rua dos Andradas e, depois, para a Rua General Câmara. No final daquela década, finalmente os artesãos conquistaram seu primeiro espaço definitivo, na Praça da Alfândega, onde hoje temos uma das mais conhecidas feiras de artesanato de nossa cidade. Depois, no início dos anos 80, veio a feira de artesanato do Brique da Redenção, conhecido no país inteiro.

-2- A partir do exemplo destas conquistas, surgiram a Feira de Sábado da José Bonifácio, o Brique de Domingo da Usina do Gasômetro, a loja de artesanato existente no Mercado Público e tantos outros espaços que consolidaram o artesanato como uma atividade que potencializa a geração de renda e trabalho para milhares de pessoas, mantém vivo o patrimônio da cultura popular de nossa cidade, contribui com a inclusão social. Os artesãos se diferenciam de outras formas de produção ou comercialização relacionadas com a economia formal. Podemos dizer que são produtores e guardiões do patrimônio cultural da humanidade. E por este reconhecimento da sociedade é que lutam. Neste sentido, a instituição do Conselho Municipal do Artesanato em Porto, com ampla representação da Sociedade Civil e do Poder Público, contribuirá para a organização dos artesãos e seus espaços de comercialização e exposição, valorizando a cultura popular e fomentando a qualificação da atividade artesanal. Porto, cidade que possui algumas das mais famosas exposições de artesanato do Brasil, está em dívida com seus artesãos, que querem, mais do que atenção, ser protagonistas das políticas públicas voltadas ao seu setor. Por isto, rogamos aos nossos Pares a aprovação desta importante proposição, construída de maneira coletiva e representativa. Sala das Sessões, 4 de agosto de 2005. VEREADOR ALDACIR OLIBONI /js

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Autoriza o Executivo Municipal a instituir o Conselho Municipal do Artesanato, criar Comissão Provisória destinada a organizar a 1ª Conferência Municipal do Artesanato e dá outras providências. Art. 1º Fica o Executivo Municipal autorizado a instituir o Conselho Municipal do Artesanato (COMARTE), instância colegiada entre o Poder Público e a Sociedade Civil, com poder normativo e deliberativo sobre a política municipal do artesanato. Art. 2º Compete ao Conselho Municipal do Artesanato: I. deliberar sobre a política municipal do artesanato; II. fixar diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal do Artesanato para o Município, aprovado através de Conferência Municipal do Artesanato; III. fixar critérios para ocupação de espaços públicos destinados para a exposição e comercialização de artesanato no Município, resguardados os direitos conquistados através de espaços públicos já regulamentados para este fim; IV. deliberar sobre programas de fomento ao artesanato no Município de Porto ; V. realizar o cadastramento de entidades representativas dos artesãos com sede no Município, bem como associações e entidades de caráter público ou privado que tenham como ênfase a produção e o fomento ao artesanato; VI. elaborar seu Regimento Interno; VII. convocar, ordinariamente, a cada dois anos, para realizar a eleição dos representantes da Sociedade Civil no Conselho e deliberar sobre o plano municipal do artesanato, ou, extraordinariamente, por maioria absoluta de seus membros, para deliberar sobre assuntos relacionados ao artesanato, a Conferência Municipal do Artesanato;

-3- VIII. incentivar a realização de cursos, estudos e pesquisas com o objetivo de fomentar a qualificação das técnicas de produção e comercialização artesanal; IX. apresentar ao Executivo Municipal propostas relacionadas com o fomento e valorização do Artesanato no Município ; X. receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denúncias, reclamações, sugestões e outras demandas dos artesãos e do público em geral atinentes à atividade artesanal no Município. Art. 3º O Conselho Municipal do Artesanato será composto por 29 (vinte e nove) membros titulares e seus respectivos suplentes e constituir-se-á por: I. PODER PÚBLICO: a) 05 (cinco) representantes do Executivo Municipal indicados pelo Prefeito Municipal dentre os servidores lotados em órgãos municipais responsáveis pelo desenvolvimento econômico, social e cultural, meio ambiente, planejamento urbano, turismo, transportes e circulação; b) 02 (dois) representantes do Executivo Estadual indicados pelo Governador dentre servidores lotados em órgãos estaduais responsáveis pelo fomento ao artesanato, turismo e segurança pública; c) 01 (um) representante indicado pelo Executivo Federal dentre os servidores lotados em órgão federal responsável pelo fomento ao artesanato; d) 02 (dois) representantes do Legislativo Municipal indicados pela Mesa Diretora da Câmara Municipal. II. SOCIEDADE CIVIL: a) 15 (quinze) membros titulares e 05 (cinco) membros suplentes entre os artesãos regularmente filiados a uma entidade representativa dos artesãos com atuação no âmbito do Município, eleitos através de Conferência Municipal do Artesanato; b) 04 (quatro) representantes de diferentes associações de moradores com atuação no entorno de uma ou mais feiras de artesanato, eleitos por seus pares em Conferência Municipal do Artesanato. 1º Para efeitos da alínea a do inciso II deste artigo, serão observados os seguintes critérios: I. estarão aptos a votar todos os artesãos que comprovarem filiação a uma entidade representativa dos artesãos com atuação no Município e apresentarem, no ato de seu cadastramento, sua Carteira de Ar

-4- tesão, emitida pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social (FGTAS), ou outra que venha a substituí-la; II. estarão aptos a serem votados até 03 (três) artesãos indicados por sua entidade representativa, desde que comprovem sua filiação à respectiva entidade e apresentem, no ato de seu cadastramento, sua Carteira de Artesão, emitida pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social (FGTAS), ou outra que venha a substituí-la; III. considerar-se-ão eleitos membros titulares os 15 (quinze) artesãos que receberem o maior número de votos apurados na Conferência Municipal do Artesanato e membros suplentes os 05 (cinco) artesãos com votação subseqüente. Art. 4º O mandato no Conselho dos representantes da Sociedade Civil terá a duração de 02 (dois) anos. Art. 5º As reuniões ordinárias do Conselho Municipal do Artesanato ocorrerão mensalmente e as extraordinárias a qualquer tempo, sendo convocadas com, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas de antecedência. Art. 6º Na primeira reunião após o processo de eleição, o Conselho Municipal do Artesanato elegerá sua Mesa Diretora, que terá a seguinte composição: I. Presidente; II. Primeiro Vice-Presidente; III. Segundo Vice-Presidente; IV. Primeiro Secretário; V. Segundo Secretário. Parágrafo único. A composição da Mesa Diretora deverá levar em consideração as diferentes representações do Conselho Municipal do Artesanato de que trata o art. 3º desta Lei Complementar. Art. 7º O Conselho Municipal do Artesanato criará, através de seu Regimento Interno, mecanismos para a criação de comissões permanentes e provisórias. Art. 8º A função de membro do Conselho Municipal do Artesanato é considerada de interesse público e não será remunerada.

-5- Art. 9º O Executivo Municipal designará o órgão responsável pelo suporte administrativo ao Conselho Municipal do Artesanato. Art 10. Fica instituída a Comissão Provisória, que será presidida por representante do Executivo Municipal e integrada por representante da Câmara Municipal indicado por sua Mesa Diretora e 01 (um) representante indicado pela diretoria das seguintes entidades dos artesãos do Município A- legre: I. Associação dos Artesãos do Rio Grande do Sul; II. Associação dos Artesãos do Brique da Redenção; III. Associação dos Artesãos da Feira de Artesanato da Praça da Alfândega; IV. ARTEMATRIA; V. Associação dos Expositores da Feira de Sábado da José Bonifácio; VI. Associação Gaúcha dos Artesãos; VII. Associação da Feira de Artesãos do Brique de Sábado da José Bonifácio; VIII. Cooperativa dos Artesãos do Rio Grande do Sul; IX. Associação dos Artesãos Santo de Casa; X. Associação dos Artesãos da Feira de Domingo da Usina do Gasômetro. Parágrafo único. O Conselho Municipal do Artesanato deverá ser instalado no prazo máximo de 12 (doze) meses após a regulamentação desta Lei Complementar. Art 11. O Executivo Municipal regulamentará esta Lei Complementar a partir da data de sua publicação. Art. 12. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.