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Transcrição:

DIREITO ADMINISTRATIVO: Conceito: conjunto de regras e princípios que visam reger os agentes, os órgãos e as atividades administrativas, tendentes a realizar os fins desejados pelo Estado. Fontes: 1ª Lei; 2ª Jurisprudência (súmulas vinculantes art. 103-A da CF); 3ª Doutrina; 4ª Costumes. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO O regime jurídico administrativo é composto pelo binômio prerrogativas e sujeições. As prerrogativas buscam fundamento no princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. As sujeições estão fundamentadas no princípio da indisponibilidade do interesse público. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2) Princípios explícitos na Constituição Federal: LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência). Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 2.1) Princípio da Legalidade: Por esse princípio a Administração Pública só poderá fazer aquilo que a lei autoriza ou determina. 2.2) Princípio da Impessoalidade: A Administração deverá atuar de forma objetiva, uma vez que sua finalidade será sempre a satisfação do interesse público. Art. 37, 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 2.3) Princípio da Moralidade: Esse princípio exige uma atuação ética da Administração Pública. A imoralidade poderá ser combatida pela ação de improbidade (Lei n. 8.429/92) e pela ação popular (Lei n. 4.727/65). - 1

2.4) Princípio da Publicidade: Por esse princípio a atuação administrativa deverá, em regra, ser pública como forma de permitir o conhecimento e o respectivo controle pela coletividade. Art. 5 o, Inciso XXXIII, da Constituição Federal - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 2.5) Princípio da Eficiência: A eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com qualidade, presteza, perfeição e rendimento funcional. 3) Princípios Implícitos: Princípio da supremacia do interesse público: esse princípio coloca a Administração Pública em posição de superioridade em relação aos administrados. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: O interesse público, como o próprio nome diz, pertence à coletividade de pessoas, logo é indisponível. Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade: O princípio da razoabilidade exige uma atuação administrativa adequada e necessária. O princípio da proporcionalidade consiste em uma das vertentes do princípio da razoabilidade, i.e., proporcionalidade entre os meios empregados e os fins desejados. Princípio da Autotutela; Princípio da Segurança Jurídica; Princípio da Especialização; Princípio da Motivação; Princípio da Continuidade do Serviço Público. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1) Poder Vinculado: é aquele em que a lei estabelece um único comportamento da Administração diante do caso concreto 2) Poder Discricionário: é aquele em que a lei confere ao administrador uma certa liberdade para decidir qual a conduta a ser tomada diante do caso concreto, dentre aquelas previstas na legislação, e que melhor atenda o interesse público. 3) Poder Hierárquico: visa distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes estabelecendo uma relação de hierarquia e de subordinação. 4) Poder Disciplinar: consiste no poder que possui a Administração de investigar o cometimento de infrações funcionais (relacionadas com a Administração) e aplicar penas aos seus agentes públicos e demais pessoas submetidas à disciplina do Poder Público. - 2

5) Poder Regulamentar: é aquele conferido ao Chefe do Poder Executivo para editar normas gerais e complementares à lei, visando sua fiel execução. Parcela minoritária da doutrina admite a existência do decreto autônomo, com fundamento no artigo 84, inciso VI, alíneas a e b da Constituição Federal. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (...) 6) Poder de Polícia: Em suma, Poder de Polícia é a atividade da Administração de condicionar o exercício de direitos individuais, como a liberdade e a propriedade, em benefício da coletividade. O fundamento desse poder é o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. Atributos do Poder de Polícia: I Discricionariedade: é a regra Exceção: licença II Auto-executoriedade: Esse atributo pode ser dividido em: a) Exigibilidade; b) Executoriedade. III Coercibilidade. Abuso de Poder: excesso de poder e o desvio de poder. AGENTES PÚBLICOS 1) Conceito: agente público é toda pessoa física que presta um serviço à Administração Pública, temporariamente ou não, com ou sem remuneração. 2) Classificação dos agentes públicos Os agentes públicos podem ser classificados como: I Agentes políticos; II Servidores públicos ou agentes administrativos: a) Servidores estatutários; b) Empregados públicos; - 3

c) Servidores temporários. III Particulares em colaboração com o Estado: a) Agentes delegados; b) Agentes honoríficos; c) Gestores do negócio público. Disposições constitucionais relativas aos agentes públicos. I Exigência de concurso público: a regra na Constituição Federal para a contratação de pessoal para ocupar cargo ou emprego público é que esta será por meio de um procedimento especial denominado concurso público. Vejam o que prevê o artigo 37, caput e seu Inciso II da Constituição Federal: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) As exceções a essa regra abrangem os cargos em comissão e os casos de contratação temporária. II Prazo de validade do concurso público: segundo prevê o Inciso III do artigo 37 da Constituição Federal, o prazo de validade do concurso público será de até 02 (dois) anos, prorrogável por uma vez por igual período. III Prioridade na nomeação: Art. 37, IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Atenção: se o concurso for federal, é importante ressaltar que a Lei nº 8.112/90 (Estatuto do Servidor Público Civil Federal) veda a abertura de novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade vigente. Art. 12, 2 o da Lei nº 8.112/90. Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. IV Reserva de percentual aos portadores de deficiência: a Constituição Federal prevê em seu artigo 37, Inciso VIII que a lei deverá reservar percentual de cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de deficiência, bem como definir os critérios de sua admissão. No âmbito federal, a Lei nº 8.112/90 (Estatuto do Servido Público Civil Federal) reserva o percentual de ATÉ 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. - 4

Art. 5 o, 2 o da Lei nº 8.112/90. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. V Direito à livre associação sindical dos servidores públicos civis: a Constituição Federal, em seu artigo 37, Inciso VI, garante ao servidor público civil o direito à livre associação sindical. Trata-se de direito garantido ao servidor público civil, pois aos militares esse direito é vedado nos termos do artigo 142, Inciso IV da Constituição Federal: Art. 142, IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) VI Direito de greve: segundo o artigo 37, Inciso VII da Constituição Federal, o servidor público poderá exercer o direito de greve nos termos e nos limites definidos em lei específica. Trata-se de norma constitucional de eficácia limitada, i.e., não auto-aplicável, pois depende de edição de regulamentação legal. Como ainda não existe lei regulamentando o exercício do direito de greve do servidor público, esse direito não poderá ser efetivado. Mais uma vez, aos militares é vedado o direito de greve, conforme prevê o artigo 142, Inciso IV da Constituição Federal, acima transcrito. Em razão da demora na elaboração de lei regulamentadora do direito de greve dos servidores públicos, a tendência do Supremo Tribunal Federal é de decidir pela aplicação da Lei nº 7.783/89, que regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Mandados de Injunção nºs 712, 608 e 670). VII Teto remuneratório: conforme prevê o artigo 37, Inciso XI da Constituição Federal, os agentes públicos não poderão receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal STF. Trata-se do chamado teto absoluto. Por outro lado, existe ainda o chamado subteto, isto é: a) nos Municípios nenhum servidor poderá ganhar mais do que o Prefeito; b) nos Estados e no Distrito Federal: b1) no Poder Executivo nenhum servidor poderá ganhar mais do que o Governador do Estado ou do Distrito Federal; b2) no Poder Legislativo nenhum servidor poderá ganhar mais do que os Deputados estaduais ou distritais; b3) no Poder Judiciário nenhum servidor poderá ganhar mais do que os Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça (eficácia suspensa deste dispositivo pela liminar concedida na ADIN nº 3854). VIII Irredutibilidade de vencimentos e subsídios: os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos ou empregos públicos são irredutíveis, nos termos do artigo 37, Inciso XV da Constituição Federal. IX Acumulação de cargos públicos: em regra, não se admite. Exceções a essa regra: a) Artigo 37, Inciso XVI da CF: podem acumular tanto duas remunerações (em atividade), quanto uma remuneração (atividade) e um provento (aposentadoria), se houver compatibilidade de horário: - 5

a1) dois cargos de professor; a2) um cargo de professor com outro de técnico ou científico; a3) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. b) Artigo 37, 10 da CF: podem acumular: b1) um provento (aposentadoria) e uma remuneração (atividade) de cargo eletivo; b2) um provento (aposentadoria) e uma remuneração (atividade) de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração. c) Artigo 38, Inciso III da CF: podem acumular a remuneração de servidor da Administração Direta, autárquica ou fundacional com a remuneração com o mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de horários. Não havendo esta compatibilidade, o servidor deverá afastar-se do cargo, emprego ou função pública e optar pela remuneração de vereador ou de servidor. O artigo 38 prevê ainda que o servidor público da Administração Direta, autárquica ou fundacional não poderá acumular a sua remuneração e deverá afastar-se do cargo, emprego ou função pública em se tratando de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, bem como de Prefeito. No último caso, poderá optar pela remuneração de servidor ou de Prefeito. X Obrigatoriedade do regime jurídico único: O Supremo Tribunal Federal, na concessão da liminar na ADI nº 2.135, restabeleceu a situação original, ou seja, impôs a obrigatoriedade do regime jurídico único. XI Estabilidade: é a garantia de permanência do servidor no serviço público, quando preenchidos os requisitos constitucionais do artigo 41: a) aprovação em concurso público para cargo de provimento efetivo; b) efetivo exercício das atividades públicas pelo período de 03 (três) anos; e c) aprovação em estágio probatório. XII Disponibilidade: a Constituição Federal, em seu artigo 41, 3º estabelece que em caso de extinção do cargo público ou de declaração de sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, recebendo remuneração proporcional ao tempo de serviço, até o seu adequado aproveitamento em outro cargo. XIII Aposentadoria: é o direito a inatividade remunerada. A Emenda Constitucional nº 41/2003 instituiu a contribuição do inativo, i.e., no Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos, além da contribuição do respectivo ente público e dos servidores da ativa, deverão contribuir também os aposentados e os pensionistas. Modalidades de aposentadoria: a) Aposentadoria por invalidez: em regra será com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, salvo se a invalidez for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, assim definida na forma da lei (Ex: AIDS, câncer...); b) Aposentadoria compulsória: ocorrerá quando o servidor atingir 70 anos de idade. Os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição, salvo se o servidor preencheu os requisitos que autorizam a aposentadoria voluntária com proventos quase integrais (requisitos a seguir); c) Aposentadoria voluntária com proventos quase integrais - Requisitos: 1 o ) mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público; 2 o ) 05 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria; 3 o ) Se homem, 35 anos de contribuição e 60 anos de idade; Se mulher, 30 anos de contribuição e 55 anos de idade. - 6

Se o servidor comprovar que atuou exclusivamente como professor no exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em 05 anos. Assim, são requisitos da aposentadoria voluntária de servidor professor: 1 o ) mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público; 2 o ) 05 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria; 3 o ) Se homem, 30 anos de contribuição e 55 anos de idade; Se mulher, 25 anos de contribuição e 50 anos de idade. d) Aposentadoria voluntária com proventos proporcionais - Requisitos: 1 o ) mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público; 2 o ) 05 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria; 3 o ) Se homem, 65 anos de idade; Se mulher, 60 anos de idade. - 7