PORCELLANIDAE (DECAPODA, ANOMURA} DE SANTA CATA RINA E RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.* ABSTRACT

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Transcrição:

PORCELLANIDAE (DECAPODA, ANOMURA} DE SANTA CATA RINA E RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.* Berenice Maria Gomes da Silva** Adriana da Costa Braga*** Fernando D'lncao*** ABSTRACT Eight species of porcelain crabs from Santa Catarina and Rio Grande do Sul States, Brazi 1, are redescribed and ilustrated; a key for identification is presented. Pachycheles chubutensis Boschi, 1963 is reported for the first time for Brazil. Petrolisthes galathinus (Bosc, 1801) is new record for Santa Catarina. INTRODUÇÃO Os caranguejos porcelanídeos assemelham-se aos caranguejos verdadeiros, porém as antenas muito desenvolvidas e o último par de pereiópodos, entre outras coisas, os diferenciam dos Decapoda Brachyura. A família Porcellanidae é um grupo que aparece em grande diversidade de habitats, desde sob pedras e algas no mesolitoral até como comensais de algumas espécies de fundos duros (anêmonas) e moles (estrelas do mar). A família está amplamente distribuída em todo o litoral brasileiro. Dos gêneros citados para o Brasil, apenas Pisidia e Mega/obrachium não foram registrados para os dois estados do sul do país (Coelho & Ramos, 1972). Os gêneros abrangidos neste estudo foram propostos por STI MPSON ( 1858): Petrolisthes, Pisosoma, Raphidopus, Pachycheles, Megalobrachium, Minyocerus, Po/yonix e Porce/lana (sensu strictu) sendo reconhecido Porcelane/la (White), todos * Aceito para publicação em 24.Xl.1989. Contribuição n9 6 do Laboratório de Carcinologia do Departamento de Oceanografia, Fundação Universidade do Rio Grande (FURG). "'* Departamento de Oceanografia - FURG, Caixa Postal 474, 96200, Rio Grande, RS, Brasil; Bolsista do CNPq (Proc. 804801-86). *** Departamento de Oceanografia - FURG, Caixa Postal 474, 96200, Rio Grande, RS, Brasil.

132 SILVA, B.M.G. da et alii antes incluídos em Porcellana (Lamarck, 1801). RATHBUN (1900) e BOONE (1930, 1931) contribuíram com dados diferentes à sinonímia, descrição e distribuição geográfica de diversas espécies. HAIG ( 1956, 1960, 1966) estudou as espécies do Pacífico Oriental, Atlântico Ocidental e Atlântico Su 1. GORE ( 1970, 197 4) e GORE & ABELE (1976) estudaram as espécies da região do Caribe e costa pacífica do Panamá. Deve-se ainda ressaltar os estudos de RICKNER (1975),WERDING (1973, 1977, 1978, 1982, 1984) e LOCKINGTON (1978) concernentes às áreas da costa leste do México, Santa Marta (Colômbia) e costa oeste da América do Norte, respectivamente. Para o Brasil, RODRIGUES-DA-COSTA (1960, 1964) descreveu várias espécies novas e relatou a ocorrência e distribuição dos Porcellanidae do litoral brasileiro. COÊ LHO ( 1963/4) publicou uma lista dos porcelanídeos do litoral de Pernambuco e estados vizinhos, incluindo chave de identificação para gêneros e espécies. Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os Porcellanidae no Brasil, registram-se as espécies que ocorrem no litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e apresenta-se chave de identificação. MATERIAL E MÉTODOS O material examinado encontra-se na Coleção do Laboratório de Carcinologia, Departamento de Oceanografia, Universidade do Rio Grande (FURG); Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo (M ZSP). O material da coleção (FURG) é proveniente de coletas particulares de alunos e colaboradores e, principalmente, de coletas realizadas pelo navio oceanográfico "Atlântico Sul" durante os seguintes projetos: Projeto Crustáceos - Bioecologia da Lagoa dos Patos; Projeto Crustáceos; Avaliação dos Recursos Pelágicos li; Pesca de Fundo e Projeto Talude. As medidas de comprimento e largura da carapaça correspondem na sua porção maior, sendo expressas em mi I ímetros. O material foi identificado com auxílio das chaves e descrições disponíveis na literatura. Chave dos gêneros da Família PORCELLANIDAE dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Brasil. 1. Carapaça subquadrada, parede lateral da carapaça formada por várias peças (2 ou mais) separadas por espaços membranosos; fronte triangular ou transversa em vista dorsal; sem del"!tes projetados; freqüentemente com um distinto tufo de cerdas; nunca distintamente trilobado em vista dorsal; quel ípodos robustos, de tamanho desigual....................................... Pachycheles Stimpson, 1858. Carapaça ovalada, subtriangular ou alongada; parede lateral da carapaça quase sempre inteira; quando dividida em peças; a fronte é distintamente tridentada em vista dorsal; com dentes projetados; sem tufos de cerdas; trilobado em vista dorsal; quel ípodos de tamanho aproximadamente igual................................ 2

Porcellanidae (Decapoda, Anomura) de... 133 2. Artículo basal da antena pequeno, não alcança a margem da carapaça; artículos antenais móveis, com livre acesso à orbita; fronte triangular muito proeminente em vista dorsal; quelípodos comprimidos dorso-ventralmente, aproximadamente do mesmo tamanho, sem esculturas conspícuas; carapaça sem espinhos mesobranquiais; télson geralmente com 7 placas............................. Petrolisthes Stimpson, 1858. Artículo basal da antena fortemente pronunciado para a frente e em contato com a margem da carapaça, impedindo que os artículos móveis entrem na órbita; fronte arredondada, tridentada ou lobulada; quel ípodos delicados, aproximadament de mesmo tamanho; télson com 7 placas...................................... 3 3. Dáctilo das pernas ambulatórias armado com fortes e finos espinhos; carapaça distintamente mais larga do que longa; fronte arredondada; quel ípodos não robustos e sem ornamentação... Po/yonix Stimpson, 1858. Dáctilo das pernas ambulatórias com extremidade espiniforme e pequenos espinhos acessórios móveis na margem inferior; fronte marcadamente tridentada em vista dorsal; carapaça geralmente mais longa do que larga; quel ípodos não muito robustos e sem esculturas muito conspícuas........................................ 4 4. Carapaça alongada, aproximadamente 1/4 mais longa do que larga; fronte fortemente tridentada em vista dorsal, um forte espinho na margem lateral; (artículos móveis da antena reduzidos, flagelo rudimentar, comprimento total subigual ou igual a largura dos olhos).................................. Minyocerus Stimpson, 1858. Carapaça ligeiramente mais longa do que larga; sem espinho na margem lateral, no máximo com um lóbulo na margem lateral do ângulo epibranquial........................................ Porcel/ana Lamarck, 1801. Chave das espécies do gênero Pachycheles Stimpson, 1858. 1. Machos sem pleópodos. Carpo e palma com fileiras de grandes tubérculos achatados; espaço entre eles preenchido por curta pubescência... P. monilifer Dana, 1852. Machos com pleópodos. Carpo e palma sem fileiras de grandes tubérculos achatados; espaço entre eles com curta pubescência; (quel ípodos com granulação muito fina e pouco proeminente)............................................. 2 2. Télson (machos e fêmeas) com 5 placas; granulação evidente na superfície dos quelípodos, com fileiras irregulares de tubérculos, mais salientes no carpo................................. P. haigae Rodrigues-da-Costa, 1960. Télson (machos e fêmeas) com 5 ou 7 placas, as das fêmeas bem divididas, ou só as placas látero-posteriores semi-divididas, superfície dos quell'podos com granulação menos evi dente e geralmente coberta de cerdas... P. chubutensis Boschi, 1963. Pachycheles monilifer {Dana, 1852) {Figs. 1, 10)

134 SILVA, B.M.G. da et alii Redescrição. Fronte triangular, trilobulada em vista dorsal, com um lóbulo mediano pronunciado. Fronte com tufo de pêlos. Artículo basal da antena grosseiro, com tubérculo na margem anterior; 29, 39 artículos e flagelo lisos. Placa epimeral constituída por uma peça grande anterior e outras posteriores menores. Oue I ípodos desiguais, superfície áspera; palma e carpo com fileiras de tubérculos achatados, curta pubescência entre eles; margem interna do carpo com 3 tubérculos; mero rugoso. Pernas ambulatórias cobertas por longos pêlos plumosos. Télson (machos e fêmeas) composto por 5 placas. Ausência de pleópodos nos machos. Distribuição. Atlântico ocidental: EUA (Flórida), México, Antilhas, Venezuela e Brasil (até Santa Catarina); Pacífico oriental: Equador. Material examinado: BRASIL. Santa Catarina: Ilha do Arvoredo, 1Ô, 4,20mm, 19, 3,70mm, 1-9, 3,15mm, 30.V.1984, F. D'lncao col., (FURG-661); ltapema, 1Ó, 7,00mm, 11.1987, J. Felipe col., (FURG-387). Pachyche/es haigae Rodrigues-da-Costa, 1960 (Figs. 2, 11) Redescrição. Carapaça subquadrada, regiões não bem delimitadas. Fronte triangular em vista dorsal, com tufo de pêlos. Órbitas rasas, ângulo orbital interno arredondado. Artículo basal da antena com protuberância na margem anterior; 29 artículo levemente granulado na margem anterior; 39 artículo liso. Placa epimeral composta por uma placa anterior maior, uma posterior menor e, às vezes, outras menores. Ouelípodos robustos, desiguais, glabros com granulação evidente; dedo fixo do quelípodo maior podendo apresentar um tubérculo grande na região proximal, seguido de 2 a 5 tubérculos menores; dedo móvel do quelípodo maior podendo apresentar um tubérculo grande na região proximal, seguido de 8 a 9 tubérculos menores ou uma fileira de 1 O a 12 tubérculos menores de mesmo tamanho, estando o tubérculo maior ausente; presença de tufo de pêlos na base do dedo fixo do quelípodo maior; carpo com fileiras irregulares de tubérculos, mais evidentes próximo a borda inferior; margem interna do carpo lobular, com número variável de dentes (2, 3 ou 4); margem interna do mero projetando-se em um lóbulo subtriangular arredondado na extremidade. Pernas ambulatórias com estrias; 1 espinho na margem inferior do própodo, próximo à articulação com o dátilo. Dátilo espiniforme e com fileira de espinhos na margem inferior; própodo com 4 espinhos na margem inferior, 2 alinhados medianamente e 2 na margem que se articula com o dátilo, pêlos dispersos por todos os artículos. Télson (machos e fêmeas) com 5 placas. Presença de pleópodos nos machos.

Porcellani dae (Decapoda, Anom ura) de. 135 Distribuição. Atlântico ocidental: Brasil (de Pernambuco até Rio Grande do Sul) Uruguai e Argentina. Material exami nado. BRASIL. Santa Catarina: Il ha do Ar voredo, 3d, 2,80-6,20mm, 19. 3,65mm, 19' (ovígera), 4,10mm, 30.V.1984 F. D'lncao cal., (FURG-664); Rio Grande do Sul: Rio Grande (Molhe Oeste), ld, 6.40mm, 19 (ovígera), 6,90mm, 15.Xl.1985, M. Maida cal. (FURG-354); (Canal Rio Grande; bóia n9 12), lld, 6,30-8,00mm, 169 (13 (ovígeras), 6,90-9.40mm, 1.1963, L. Barcellos col. (FU RG-382); (Pareei do Carpinteiro, 32 º 15'S, 51 º 47'W), 6Ó, 3,90-12,30mm, 3<? (ovígeras), 9,50-12,60mm, V.1986, Projeto Talude, (FURG- 417). Pachycheles chubutensis Boschi, 1963 (Figs. 3,4, 17-21) Redescrição. Carapaça subquadrada, ligeiramente ru fosa, com alguns tufos de cerdas na região hepática. Fronte triangular em vista dorsal, com tufo de pêlos. Órbitas bem marcadas. Artículo basal da antena com protuberância na margem anterior, 2? artículo levemente granulado na margem anterior; 3!=> artículo liso. Placa epimeral composta por uma placa anterior grande, uma posterior pequena e, às vezes, outras pequenas. Ouel ípodos robustos, com granulação fina, pouco proeminente, totalmente cobertos por tufos de cerdas plumosas e algumas não plumosas (a densidade e distribuição dessas cerdas pode variar); dedos do quelípodo maior apresentando variação no número, tamanho e disposição dos tubérculos; o dedo fixo pode apresentar 1 tubérculo maior na porção proximal seguido de 3 a 6 tubérculos menores, ou 1 tubérculo maior em posição mediana seguido de 3 a 6 tubérculos menores, ou o tubérculo grande ausente e uma fileira de 8 a 15 tubérculos de mesmo tamanho; o dedo móvel pode apresentar uma fileira de 8 a 14 tubérculos de mesmo tamanho (o maior ausente), ou 1 tubérculo proximal desenvolvido seguido de 5 a 12 tubérculos menores; dedos do quelípodo menor com a margem cortante; mecha de cerdas entre os dedos, margem interna do carpo com 2, 3 ou 4 lóbulos de tamanḥo variável; margem interna do mero projetando-se em um grande tubérculo serrilhado. Pernas ambulatórias cobertas por cerdas longas e plumosas. Dátilo terminado em forte espinho, com fileira de espinhos na margem inferior; própodo com 4 espinhos na margem inferior, 2 alinhados medianamente e 2 na margem que se articula com o dátilo. Na descrição original (BOSCHI, 1963), consta 7 placas no télson dos machos, 5 placas no das fêmeas e, em alguns exemplares fêmeas, duas placas pequenas posteriores parcialmente divididas. BREMEC & CAZZANIGA (1984) citam fêmeas com 7 placas no télson. No material estudado, observou-se todos estes tipos de télson e, em alguns exemplares machos, a presença de 5 placas. (HERINGIA. Sér.Zool., Porto Alegre (69 ):131-146, 22 dez. 1989

136 SIL V A, B.M.G. da et alii Distribuição. Atlântico ocidental: Brasil (Santa Catarina até Rio Grande do Sul), primeira citação para o litoral brasileiro e Argentina. A espécie não foi citada para o Uruguai. Material examinado. BRASIL. Santa Catarina: Porto Belo, 4Ô, 6,60-9,80mm, 7 <.j? (6 ovígeras), 6, 70-11,20mm, IV.1974, F. D'lncao col., (FURG-381); Rio Grande do Sul: Ri o Grande (Pareei do Carpinteiro; 32 15'S, 51 47'W), 5Ô, 6,55-10,35mm, 6<i:' (ovígeras), 5,35-13,35mm, 27.1.1984, P.C.-BEL AP, (FURG-325); 3ô, 3,00-10,60mm, 1<i:', 13,20mm, V.1986, Projeto Talude, (FURG-418); Albardão, 1Ó, 10,25mm, 1Ó, 11,80mm, 1 (ovígera), 12,25mm, 1<.i? (ovígera), 12,80mm, barco pesqueiro col., (FURG-371); (32 º 00'S, 5 1 º 33' W), 6d, 9,40-13,90mm, 5 9 (vígeras), 8,85-15,00mm, (FL;lRG-370); (33 º 54' S, 52 38' W), 3Ô, 9,00-11,60mm, 4 (ovígeras), 9,80-12,70mm, Vlll.1968, Projeto GEDIP Est. 394, (MZSP-7194); 5Ó, 6,80-11,10mm, 6<i:', (5 ovígeras), 8,30-12,40mm, Vlll.1968, Projeto GEDIP, Est. 394, ( MZSP-7193). Chave das espécies do gênero Petrolisthes Stimpson, 1858 1. Carpo dos quel ípodos armado com 3 dentes pontiagudos, inclinados e separados; carapaça com rugas transversais não pilosas...... P. armatus ( Gibbes, 1850) Carpo dos quel ípodos com 4 dentes ou espinhos; carapaça com rugas transversais pilosas... P. galathinus Bosc, 1801 Petrolisthes armatus (G ibbes, 1850) (Figs. 5, 16) Redescrição. Carapaça aproximadamente tão longa quanto larga, transversalmente rugosa, rugas mais proeminentes nas regiões látero-branquiais. Fronte triangular em vista dorsal. Margem lateral da carapaça terminando anteriormente em fino espinho hepático, seguido de um espinho epibranquial. Olhos bem desenvolvidos. Placa epimeral inteira. Ouelípodos ligeiramente desiguais, amplos e achatados dorso-ventralmente, cobertos por pequenas rugas em toda superfície; área interna da extremidade cortante de ambos os dedos articuláveis e área basal dos dedos fixos, densamente setosa, aveludada, não visível em vista externa dos quelípodos; carpo dos quelípodos com 3 dentes agudos na margem interna e uma série de espinhos voltados para a frente na margem externa; mero com margem interna em forma de espinho e único e diminuto espinho na margem externa. Mero das pernas com 3 ou mais espinhos na margem anterior; nos dois primeiros pares de pernas um espinho subdistal na margem látero-posterior; própodo com 4 espinhos na margem inferior, 2 alinhados medianamente e 2 na margem que se articula com o dátilo; dátilo com 3 espinhos na margem inferior.. Télson composto por 7 placas (machos e fêmeas). Machos com pleópodos.

Porcellanidae (Decapoda, Anomura) de... 137 Distribuição. Atlântico ocidental: USA (desde Connecticut) até o Brasil (Santa Catarina); Atlântico oriental: desde o Senegal até Angola. Ilha da Ascensão; Pacífico oriental: USA (desde o Golfo da Califórnia) até o Peru, incluindo as Ilhas Galápagos; Indo-Pacífico. Material examinado. BRASIL. Santa Catarina: Porto Belo, 3Ó, 6,60-11,25mm, 1..;, 8,90mm, 29. IV.1973, F. D'lncao col., (FURG-379). Petrolisthes ga/athinus (Bosc, 1801) (Figs. 6, 15) Redescrição. Carapaça convexa em ambas as direções, áspera, com rugas transversais pilosas proeminentes e regiões bem definidas. Fronte triangular em vista dorsal, com sulco mediano preenchido por pubescência. Espinho supra-orbital presente (não distinguível em exemplares grandes), ângulo pós-orbital projetado em pequenos dentes em forma de espinho; presença de espinho epibranquial. Olhos bem desenvolvidos. Artículo basal da antena lobulado, terminando em espinho; 2P e 3P artículos ligeiramente rugosos; flagelo liso. Placa epimeral inteira. Ouelípodos grandes, ligeiramente desiguais, totalmente cobertos por fortes estrias pilosas que continuam até os dedos, onde se transformam em pequenas rugas; palma larga e achatada; margem interna entre os dedos com pubescência; margem interna do carpo com 4 a 6 fortes dentes serrilhados na extremidade, margem externa do carpo com fila de espinhos e pêlos; mero com forte lóbulo serrilhado no ângulo distal interno e pequenos espinhos no ângulo distal externo. Pernas rugosas e com pêlos; mero do 1P e 2P pares de pernas com 6 a 9 espinhos na margem anterior e 1 espinho pósterodistal; mero do 3P par de pernas com 4 a 7 espinhos na margem anterior; dátilo espiniforme com 3 espinhos enfileirados na margem inferior; própodo com 3 espinhos alinhados medianamente na margem inferior e 2 na margem que se articular com o dátilo. Télson composto por 7 placas. Presença de pleópodos nos machos. Distribuição. Atlântico ocidental: USA, Carolina do Norte (Cabo Hateras) até o Brasi 1 (Santa Catarina), nova ocorrência para este estado. Pacífico oriental: Canal do Panamá, Costa Rica ao Equador. Material examinado. BRASIL. Santa Catarina: Porto Belo (Bombinhas), 1 <;>. 8,30mm, 25.V.1986, (FURG-373); 1Ô, 19,45mm, 11.1967,J. Felipe col., (FURG-372). Polyonix gibbesi Haig, 1956 (Figs. 7, 12)

138 SILVA, B.M.G. da et alii Redescrição. Carapaça lisa, transversalmente oval, mais larga do que longa. Fronte não proeminente em vista dorsal, margem ligeiramente sinuosa, seguida paralelamente de uma leve elevação. Olhos é órbitas pequenos. Antena delgada; artículo basal liso e fortemente projetado para a frente; artículos móveis lisos, sem contôto com a órbita. Placa epimeral inteira. Ouelípodos desiguais, longos e "torcidos"; margem externa aproximadamente reta; palma dos quelípddos com franja de pêlos plumosos na margem externa; margem interna da palma convexa; dedos do quelípodo maior em forma de gancho, cruzados na porção terminal; dátilo falciforme, dente maior na porção proximal; dedo fixo com dente maior na região mediana, sendo ambos os dedos cortantes; dedos do quelípodo menor, retos e cortantes, terminando em forma de gancho. Carpo tão longo quanto a palma, margem interna em forma de crista. Mero subcúbico, finamente rugoso sob aumento. Pernas com pêlos esparsos; dátilo com 4 espinhos córneos na margem inferior e com espinhos menores na parte distal do própodo; margem inferior do mero do 2P e 3P pares de pernas com fileira de espinhos. Télson composto por 7 placas. Machos com pleópodos. Distribuição. Atlântico ocidental: USA (Massachussetts até a Flórida), Brasil (Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul) e Uruguai. Material examinado. BRASIL. São Paulo: São Sebastião (P. Araçá), 1 ô, 6,75mm, 1 ó, 7,90mm, 5-:;'(2 ovígeras), 3, 15-12,GOmm, 30.V 11.1965, J.C. Freitas cal., (MZSP-6962). Minyocerus angustus (Dana, 1852) (Figs. 8, 14) Redescrição. Carapaça mais longa que larga. Fronte tridentada em vista dorsal, sendo o dente mediano igual ou um pouco maior que os laterais. Presença de forte espinho epibranquial. Placa epimeral inteira. Ouelípodos alongados, delgados. Carpo provido de espinhos na margem interna. Mero com um grande e forte espinho no ângulo superior interno. Carapaça com ligeira pubescência. Télson (machos e fêmeas) formado por 7 placas. Distribuição. Atlântico ocidental: desde Honduras (América Central) até o Brasil (Santa Catarina, Florianópolis, Desterro). Material examinado. BRASIL.Alagoas: Maceió, 1Ó, 3,10mm, 1Ó, 3,50mm, 1 <.i?, 3,50mm, 1 <.i? (ovígera), 4,00mm, 18.111.1985, jmzsp-6749). Porcellana sayana (Leach, 1820) (Figs. 9, 13)

Porcellanidae (Decapoda, Anomura) de... 139 Redescrição. Carapaça geralmente um pouco mais longa que larga, comprimida; parede lateral da carapaça com uma proeminência um pouco atrás da base da antena; carapaça quase lisa, com delicadas dobras oblíquas nos lados; grupos de pêlos dispersos; sem regiões bem definidas. Fronte tridentada. Olhos bem desenvolvidos. Ranhura cervical levemente marcada, terminando ântero-lateralmente em recorte denteado na extremidade da carapaça. Antena lisa, fina; artículo basal projetado para a frente em projeção espiniforme; artículos móveis afastados da órbita. Placa epimeral inteira. Ouelípodos achatados, delicadamente pregueados, com grupos de pêlos esparsos; dedos curtos e curvados; margem externa dos quel ípodos com longas cerdas; ângulo ântero-distal do carpo em forma de espinho; espinho achatado na margem interna do carpo; ângulo distal do mero em forma de espinho; carpo e mero com pêlos dispersos na margem externa. Primeiros três pares de pernas com pêlos dispersos; dátilo terminando em forte espinho e com 3 espinhos enfileirados na margem inferior; própodo com 4 espinhos na sua margem inferior, 2 alinhados medianamente e 2 na margem que se articula com o dátilo. Télson (machos e fêmeas) composto por 7 placas. Machos com pleópodos. Distribuição. Atlântico ocidental: USA (Carolina do Norte, Cabo Hateras), Golfo do México, Antilhas e América do Sul, até o Rio Grande do Sul, Brasil. Material examinado. BRASIL. Rio Grande do Sul: Albardão, 17Ó, 3,40-7,50mm, 25<:i? (4 ovígeras), 3,85-8,65mm, 20.Vll.1979, barco pesqueiro col., (FURG-344); Sarita, 1Ó, 5,10mm, 1Ó, 5,80mm, 1<i?. 6,30mm, Xl.1974, barco "Zeus" col., (FURG-672); Plataforma RS, (31 39'S, 50 º 57'W), 1Ó, 5,70mm, 1Ó, 7,60mm, 3<j? (1 ovígera), 5,20-6,15mm, 23.IX.1981, P. Pesca de Fundo, (FURG-343); (31 57'S, 51 09'W), 7Ó, 4,80-7,75mm, 12<:i? (1 O ovígeras), 5,30-7, 1 Omm, 16.1.1982, P. Pesca de Fundo, (FURG-330); (31 13' S, 52 31',W), 1 OÓ, 6,30-9.45mm, 14 ';' (11 ovígeras), 4,00-8,70mm, 14.1.1986, P. Pesca de Fundo, (FURG-326); (32 º 03'S, 51 º 14'W), 1Ó, 4,35mm, 1Ô, 7,35mm, 4 <:i? (1 ovígera), 2,80-4,65mm, 26.111.1982, Projeto Crustáceos, (FURG-340); (32 07'S, 51 15'W), 1 Ó, 3,00mm, 4 Y, 4,55-5,15mm, 03.Vlll.1983, Projeto Crustáceos, (FURG-580); (32 10'S, 51 12'W), 1Ô, 3,35mm, 1Ô, 7,15mm, 4'? (1 ovígera), 2,65-7,00mm, 16.111.1982, Projeto Crustáceos, (FURG-342); Pareei do Carpinteiro (32 º 15' S, 51 º 47'W), 1 Ó, 6,35mm, 27.1.1984, PC-BE LAP, (FURG-356); (32 º 26'S, 52 º 00'W), 10Ô, 3,30-6,75mm, 18';l, 3,75-6,15mm, 23.IV.1981, P. Pesca de Fundo (FURG-338); (32 º 32' S, 51 º 25'W), 80, 3,20-8,00mm, 12<:i? (6 ovígerao;), 2,80-7,00mm, 18.111. 1982, Projeto Crustáceos col., (FURG-341); (33 º 46'S, 51 º 54'W), 1 Ó, 6,40mm, 1ô: 6?0mm, 1 <j?' (ovígera), 8,00mrn, 1 e,;, 5.45mm, 28.IV.1981, P. Pesca de Fundo, (FURG-337); (33 48'S, 52 º 46'W), 10Ó, 4,70-7,20mm, 20<:i? (10 ovígeras), 3,50-7,00mm, 26.IV.1981, P. Pesca de Fundo, (FURG-329); (33 º 53'S, 53 º 02'W), 4d': 4,60-6,15mm, 39 (2 ovígeras), 4,80-6,15mm, 26. IV.1981, P. Pesca de Fundo, (FURG-336); (34 02' SI. 52 46'W), 33Ó, 2, 10-8,45mm, 20'? (6 ovígeras), 2,5-9,8mm, 26.IV.1981, (FURG-334).

140 SILVA, B.M.G. da et alii AGRADECIMENTOS Ao Dr. Gustavo Augusto Schmidt de Melo, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, pelo empréstimo de exemplares, pelo incentivo e pela minuciosa revisão do manuscrito. À laboratorista Lúcia Maria Gularte Lanau pela criteriosa colaboração no preparo do material. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOONE, L. 1930. Scientific results of the cruises of the yachts '"Eagle and Ara, 1921-1928:', William K. Vanderbilt, commanding. Crustacea: Anomura, Macrura, Schizopoda, lsopoda, Amphipoda, Mysidacea, Cirripedia, and Copepoda. Bul. Vanderbilt Mar. Mus., Huntington, 3:1-221, pl.1-83. --. 1931. A collection of anomuran and macruran Crustacea from the Bay of Panama and the fresh waters of the Canal Zone. Bul. Amar. Mus. Nat. Hist., New York,63(2):137-89, text-fig. 1-23. BOSCH 1, E.E. 1963. Sobre dos especies de Pachycheles de la Argentina. Neotropica, Buenos Aires, 9(28):31-7, text-fig.1-3. BREMEC, C.S. & CAZZANIGA, N.J. 1984. ConsideracionessobrePachycheleshaigae Rodrigues da Costa, 1960 y P. chubutensis Boschi, 1963 en Monte Hermoso ( República Argentina) (Crustacea, Anomura, Porcellanidae). lheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, (64):149-62. COÊ LHO, P.A. 1963/1964. Lista dos Porcellanidae (Crustacea, Decapoda, Anomura) do litoral de Pernambuco e dos estados vizinhos. Trab. lnst. Oceanogr. Univ. Recife, Recife, 5/6:51-68. COÊLHO, P.A. & RAMOS, M.A. 1972. A constituição e a distribuição da fauna de decápodes do litoral leste da América do Sul entre as latitudes de 5 º N e 39 S. Trab. Oceanogr. Univ. Fed. Pe., Recife, 13: 133-236. GORE, R.H. 1970. Pachycheles cristobalensis sp.nov., with notes on the porcellanid crabs of the southwestern Caribbean. Bul. Mar. Sei., Coral Gables, 20(4) :957-70. --. 1974. On a small collection of porcellanid crabs from the Caribbean Sea (Crustacea, Decapoda, Ano mura). Buli. Mar. Sei., Coral Gables, 24(3) :700-21. GORE, R.H. & ABE LE, L.G. 1976. Shallow water porcelain crabs from the Pacific coast of Panama and adjacent Caribbean waters (Crustacea: Anomura: Porcellanidae). Smithsonian Contributions to Zoology, Washington, (237): 1-30. HAIG, J. 1956. The Galatheidea (Crustacea Anomura) of the Allan Hancock Atlantic Expedition with a review of the Porcellanidae of the western north Atlantic. Allan Hancock Atantic Exped., Los Angeles, 8: 1-43. --. 1960. The Porcellanidae (Crustacea Anomura) of the eastern Pacific. Allan Hancock Pacif. Exped., Los Angeles, 24: 1-440. --. 1966. Porcellanid crabs (Crustacea Anomura). Resultats Scientifique des Campagnes de la "Calypso", 7(2):351-8. LOCKINGTON, W.N. 1878. Remarks upon the Porcellanidea of the west coast of North America. Ann. Mag. Nat. Hist., Ser. 5, London, 2: 394-406. RATHBUN, M.J. 1900. Results of the Branner-Agassiz Expedition to Brazil. 1, The decapod and stomatopod Crustacea. Proc. Wash. Acad. Sei., Washington, 2: 133-56, pi. 8. RICKNER, J.A. 1975. Notes on members of the Family Porcellanidae (Crustacea: Anomura) collected on the east coast of Mexico. Proc. Biol. Soe. Wash., Washington, 88(16):159-66.

Porcellanidae (Decapoda, Anomura) de... 141 RODRIGUES-DA-COSTA, H. 1960. Pachycheles haigae, nueva especie de la Familia Porcellanidae (Crustacea, Anomura). Neotropica, Buenos Aires, 6(19):20-4. --. 1964. Nota prévia sobre os Porcellanidae da costa brasileira. An. Acad. Bras. Ciênc., Rio de Janeiro, 36(4):404-R, 405-R. STIMPSON, W. 1858. Prodromus descriptionis animaliurn evertebratorum... Pars VI 1. Crustacea Anomura. Proc. Acad. Nat. Sei. Philad., Philadelphia, 10:225-52. WERDING, B. 1973. Porcellanid crabs of the lslas dei Rosario, Caribbean coast of Colombia, with a description of Petrolisthes rosariensis new species (Crustacea: Anomura). Bul. Mar. Sei., Coral Gables, 32(2):439-47. --. 1977. Los porcelanidos (Crustacea: Anomura: Porcellanidae) de la region de Santa Marta, Colombia. An. lnst. lnv. Mar. Punta Betin, Santa Marta, 9: 173-214. --. 1978. Los porcelanidos (Crustacea: Anomura: Porcellanidae) de la region de Acandi (Gnlfo de Uraba), con algunos encuentros nuevos de la region de Santa Marta (Colombia). An. lnst. lnv. Mar. Punta Betin, Santa Marta, 10: 213-21. --. 1982. The porcellanid crabs of the lsla Gorgona, Pacific coast of Colombia, with a description of C/astotoechus gorgonensis sp. nov. (Crustacea: Anomura). An. lnst. lnv. Mar. Punta Betin, Santa Marta, 12:57-70. 1984. Porcelanidos (Crustacea: Anomura: Porcellanidae) de la lsla de Providencia. Colombia. An. lnst. lnv. Mar. Punta Betm, Santa Marta, 14:3 16.

142 SILVA, B.M.G. da et alii Figs. 1-2: 1. Pachycheles monilifer (Dana, 1852), macho, vista dorsal; 2. P. haigae Rodri gues-da-costa, 1960, macho, vista dorsal.

Porcellanidae (Decapoda, Anomura) de... 143 Figs. 3-4: Pachycheles chubutensis Boschi, 1963. 3. macho, vista dorsal; 4. fêmea, vista dorsal.

144 SILVA, B.M.G. da et alii Fig.5 Figs. 5-6: 5. Petrolisthes armatus (Gibbes, 1850). macho vista dorsal; 6. P. galathinus (Bosc, 1801 ), macho, vista dorsal. IHEAINGIA. Sér.Zool., Porto Alegre (69):131-146, 22 dez. 1989

Porcellanidae (Decapoda, Anomura) de... 145 Figs 7-8: 7. Polyonix gibbesi Haig, 1956, fêmea, vista dorsal; 8. Minyocerus angustus (Dana, 1852), macho, vista dorsal. IHERINGIA. Sér.Zool., Porto Alegre (69):131 146, 22 dez. 1989

146 SILVA, B.M.G. da et alii _15,16 _10 12,13 11,14 _19-20 --17, 18,21 Figs. 9-21: 9. Porcellana savana (Leach, 1820), fêmea, vista dorsal; 10-16. Télson, vista externa. 1 O. Pachvcheles monilifer; 11. P. haigae; 12. Po/yonix gibbesi; 13. Porcel/ana savana; 14. Minvocerus angustus; 15. Petrolisthes ga/athinus; 16. P. armatus; 17-21. Pachycheles chubu tensis. 17. macho com 5 placas; 18. macho com 7 placas; 19. fêmea com 5 placas (duas placas látero-posteriores parcialmente divididas); 20. fêmea com 7 placas; 21, fêmea com 5 placas. (Escalas, 1mm).