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Transcrição:

4 de Março de 2004 Dia Internacional da Mulher DIA INTERNACIONAL DA MULHER O Instituto Nacional de Estatística não quis deixar de se associar à comemoração do Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, apresentando uma breve análise sobre um conjunto de indicadores demográficos e sociais que permitem caracterizar a situação actual da mulher na sociedade portuguesa. População feminina a crescer a um ritmo mais lento Em, residiam em Portugal cerca de 5,4 milhões de mulheres, o que correspondia a 51,7% da população total. No período de a registou-se um aumento gradual da população feminina, assim como da população em geral. No entanto, a partir de as diferenças entre os efectivos populacionais de homens e de mulheres tendem a atenuar-se ligeiramente. Assim, a relação de masculinidade da população tem vindo a crescer, passando de 93 em, para 94 homens por cem mulheres, em, devido ao aumento sucessivo de homens estrangeiros a residir em Portugal. Figura 1 Pirâmide etária, Portugal, a Idades 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 Em percentagem do total da população Fonte: INE, Estimativas da população residente Dia Internacional da Mulher 1/8

A tendência das taxas de crescimento efectivo anual da população feminina, ao longo do período de a, aponta para uma trajectória no sentido ascendente e quase linear, em que o valor máximo é atingido em, ou seja, 0,7%. Apesar da instabilidade do ritmo de crescimento anual no início do período considerado, a partir de as taxas referentes às mulheres foram sempre inferiores às dos homens, agravando-se ainda mais as diferenças entre os ritmos de crescimento, nos últimos anos. Figura 2 Taxas de crescimento efectivo anual (em %), Portugal, - 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0-0,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0-0,20 Fonte: INE, Revista de Estudos Demográficos 34 Envelhecimento demográfico da população feminina acentua-se ano após ano A distribuição da população feminina por grupos de idade e a sua evolução ao longo dos anos apresenta-se ligeiramente diferente da população masculina. Em Portugal, o fenómeno do envelhecimento demográfico da população feminina tende a acentuar-se ano após ano, devido ao aumento da proporção das pessoas idosas (65 e mais anos) na população total, em detrimento da população jovem (0 aos 14 anos) e /ou da população em idade activa (15 a 64 anos). No período de a, assiste-se a uma diminuição da importância relativa das mulheres jovens, cujo peso era de 18,3% em, passando para 14,9% em. Simultaneamente, e em sentido contrário, as mulheres idosas que, em, representavam 15,7% da população feminina, apresentavam em um peso de 18,8%. Em, a proporção de mulheres jovens (0 a 14 anos) era de 14,9%, a de adultas jovens (15 a 24 anos) de 12,7% e em idade activa de 53,6. Comparativamente com os homens, a maior diferença de proporções reside no grupo etário dos 65 e mais anos, devido à mortalidade masculina deste grupo etário ser mais elevada. Figura 3 Estrutura etária da população (em %), Portugal, 18,8% 14,9% 14,4% 16,8% 12,7% 0-14 14,1% 0-14 53,6% 15-24 25-64 65 + 54,8% 15-24 25-64 65 + Dia Internacional da Mulher 2/8

6 4 2 Figura 4 Estrutura etária da população (em %), Portugal, a 0-14 15-24 25-64 65+ A proporção das mulheres em idade activa (15 a 64 anos) apresenta uma tendência decrescente a partir de, como resultado, sobretudo, da acentuada diminuição de mulheres com idades entre os 15 e 24 anos. Os valores dos índices de dependência e de envelhecimento da população residente confirmam o processo de envelhecimento demográfico que Portugal atravessa. O índice de dependência total, traduzido pelo número de jovens e de idosos por cada cem indivíduos em idade activa, era, em, de 51 mulheres e de 45 homens. Neste mesmo ano, o índice de envelhecimento (relação entre a população jovem e a idosa) situou-se em 126 mulheres e 86 homens idosos por cada cem jovens. Quadro 1 Índices de envelhecimento (por cem indivíduos), Portugal, a 86 90 94 98 103 107 111 115 118 122 124 126 58 61 64 67 70 72 75 78 80 84 85 86 6 4 2 0-14 15-24 25-64 65+ Para o envelhecimento demográfico da população residente em Portugal e em particular da feminina, contribuiu a baixa de natalidade e o aumento da esperança de vida. Portugal é actualmente um país de baixa natalidade e de baixa fecundidade. A baixa de natalidade que se verifica desde o início dos anos sessenta foi acompanhada pelo adiar da maternidade, isto é, as mulheres têm menos filhos e cada vez mais tarde. Entre e, as taxas de natalidade apresentam algumas oscilações anuais, sendo de 11,7 por mil habitantes, em, e de 11,0 por mil habitantes, em. No mesmo período, o índice sintético de fecundidade permaneceu inferior ao necessário para assegurar a substituição das gerações (2,1 crianças por mulher). De a, este índice apresenta uma diminuição anual constante até atingir o valor mais baixo em, 1,41 crianças por mulher, recuperando posteriormente até. Em apresenta um valor mais elevado, 1,47 crianças por mulher. Figura 5 Evolução do Índice Sintético de Fecundidade (nº médio de crianças por mulher) Portugal, a 1,60 1,55 1,50 1,45 1,40 1,35 1,30 Dia Internacional da Mulher 3/8

continuam a retardar a idade média à maternidade Alguns indicadores demográficos permitem confirmar uma mudança de atitude face à conjugalidade e à maternidade. A evolução da idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho, ou de um filho, confirma o adiar da maternidade. Entre e, as mulheres retardaram a idade média à maternidade em cerca de dois anos. Em, a idade média ao nascimento do primeiro filho foi de 27 anos e a de um filho foi de 29 anos. As mulheres casam em média com menor idade do que os homens. Em, a idade média da mulher ao primeiro casamento foi de 26 anos, menos dois anos que os homens. Figura 6 Evolução das idades médias, em anos, Portugal, a 30 Idade Média ao 1º Casamento 3 28 28,0 26 24 22 26,0 24,0 22,0 Idade média ao nascimento do 1º filho Idade média ao nascimento de um filho Fonte: INE, Revista de Estudos Demográficos 32 e 34 Esperança de vida das mulheres superior à dos homens A esperança de vida à nascença continua a aumentar em Portugal e é superior nas mulheres. Em, o número de anos que uma mulher podia esperar viver, em média, era de 80,6 anos e de 73,7 anos nos homens. Entre e, a esperança de vida aumentou 2,6 anos para as mulheres e 2,9 anos para os homens. 81,0 76,0 71,0 66,0 61,0 Figura 7 Esperança de vida à nascença (em anos), Portugal, /92 a /02 /92 /93 /94 /95 /96 /97 /98 /99 /00 /01 /02 81,0 76,0 71,0 66,0 61,0 /92 /93 /94 /95 /96 /97 /98 /99 /00 /01 /02 O aumento da esperança de vida tem sido transversal a todas as idades, destacando-se os aumentos ocorridos na população que atingiu os 20 e os 45 anos. A partir dos quarenta anos os ganhos em anos de vida foram sempre superiores nas mulheres, embora com tendência a atenuar-se. Entre e o aumento de anos de vida nas mulheres e nos homens que sobreviveram até aos 50 anos foi praticamente idêntico, 1,9 anos. Em, estimava-se que as mulheres que atingiram os 65 anos passam a viver em média mais cerca de 19 anos. Dia Internacional da Mulher 4/8

Quadro 2 Esperança de vida às diversas idades (em anos), Portugal, a e 0 anos e 20 e 45 e 65 e 70 e 80 Anos H M H M H M H M H M H M /92 70,8 78,0 52,5 59,2 30,1 35,2 14,3 17,5 11,1 13,6 6,0 7,2 /96 71,7 79,0 52,9 59,9 30,6 35,9 14,7 18,1 11,4 14,1 6,1 7,5 /01 73,4 80,4 54,4 61,1 31,8 37,0 15,6 19,0 12,2 14,9 6,8 8,2 /02 73,7 80,6 54,6 61,3 31,9 37,1 15,7 19,2 12,3 15,0 6,9 8,2 Fonte: INE, Estimativas da população residente Morrem menos mulheres As taxas de mortalidade nas mulheres têm sido mais baixas do que nos homens traduzindo o fenómeno da sobremortalidade masculina. No entanto, as diferenças tendem a atenuar-se ligeiramente nos últimos anos. Figura 8 Taxas de mortalidade (por mil habitantes), Portugal, a 12,00 11,00 10 9,00 8,00 7,00 6,00 12,00 11,00 10 9,00 8,00 7,00 6,00 Fonte: INE, Estimativas da população residente Em, as taxas de mortalidade eram, respectivamente para as mulheres e para os homens de 9,6 e 11,3, por mil habitantes, verificando-se em para valores muito semelhantes, 9,5 (nas mulheres) e 11,1 por mil habitantes (nos homens). Em, as doenças do aparelho circulatório foram a principal causa de morte nas mulheres, 44,2% do total de mulheres faleceram desta causa, contribuindo particularmente as doenças cerebro-vasculares (23,1%). Em segundo lugar, posicionavam-se as mortes causadas por tumores malignos, tendo falecido 18,0% do total de mulheres por esta causa, no mesmo ano, destacando-se o tumor da mama (3,3%). Para 2050 prevê-se uma redução de efectivos femininos na população residente De acordo com os resultados das projecções da população residente, e tendo em conta o cenário base, prevê-se até 2050 uma redução das mulheres para 4,8 milhões em Portugal, o que representa 51,4% do total da população. Esta evolução traduz a redução de cerca de 600 mil mulheres para este horizonte temporal. Destaca-se para 2050 a redução das proporções de mulheres jovens e adultas e um forte aumento da proporção de mulheres idosas que quase duplica, apontando estas projecções para um agravamento substancial do envelhecimento da população portuguesa. Espera-se ainda um ganho substancial no número de anos de vida, prevendo-se que a esperança de vida à nascença das mulheres seja de 85 anos e a dos homens de 79 anos. Dia Internacional da Mulher 5/8

Quadro 3 - Projecções demográficas para a população feminina, Portugal, 2050 Grupos etários Índice de Índice de Anos Total 0-14 15-64 65 e + envelhecimento dependência total 5 377 218 14,9 66,3 18,8 126 51 2050 4 777 442 12,4 53,3 34,3 276 88 Fonte: INE, Projecções de população residente, Portugal, -2050 Crescimento acentuado na população activa feminina Em 2003, Portugal contava com 2,5 milhões de mulheres e de 2,9 milhões de homens a exercer uma actividade económica. Ao longo do período de a 2003, verificou-se que a população feminina activa cresceu a um maior ritmo, ou seja 8,3% contra 3,6% nos homens. No mesmo ano, 2,9 milhões de mulheres não tinham actividade económica, das quais se destacam as estudantes que representavam 30,2% do total de mulheres inactivas e as reformadas (28,6%). Taxas de actividade das mulheres inferiores às dos homens No período de a 2003, observou-se uma maior participação da mulher no mercado de trabalho, facto expresso no aumento gradual das taxas de actividade, embora mantendo-se, sempre inferiores às dos homens. As diferenças entre as taxas de actividade das mulheres e dos homens têm vindo a atenuar-se, sendo de 15,3 pontos percentuais em e passando para 11,5 pontos percentuais, em 2003. 6 55,0 5 45,0 4 35,0 3 Figura 9 Taxas de actividade (em %), Portugal, a 2003 2003 6 55,0 5 45,0 4 35,0 3 2003 Fonte: INE, Inquérito ao Emprego Nas mulheres adultas jovens, com idades compreendidas entre os 15 e 24 anos, as taxas de actividade apresentam uma tendência de decréscimo entre e 2003, (à semelhança dos homens), facto este, provavelmente ligado ao prolongamento da escolaridade, enquanto que nos outros grupos etários as taxas de actividade são sempre crescentes. Ao contrário entre os homens as taxas de actividade são sempre decrescentes com excepção do grupo etário com mais de 44 anos. Dia Internacional da Mulher 6/8

Figura 10 Evolução das taxas de actividade por grupos etários ( em %), Portugal, a 2003 10 10 8 8 6 6 4 4 2 2 2003 2003 15-24 25-34 35-44 44 e + 15-24 25-34 35-44 44 e + Fonte: INE, Inquérito ao Emprego Em 2003, havia 2,3 milhões de mulheres empregadas em Portugal e 2,8 milhões de homens na mesma situação. Comparativamente a, o volume de mulheres empregadas aumentou 7,0%, enquanto que nos homens o aumento foi mais reduzido (1,9%). Maior parte de mulheres empregadas no sector dos Serviços No mesmo ano, a maior parte das mulheres empregadas, ou seja, 20,2% pertenciam à profissão Pessoal dos serviços e vendedores, enquanto que a maior parte dos homens (29,1%) eram Operários, artífices e trabalhadores similares. Neste mesmo ano, a maior percentagem de mulheres e homens empregados trabalhavam no sector de actividade dos Serviços: 45,9% de mulheres e 66% de homens. O número médio de horas semanais efectivas da população empregada diminuiu entre e 2003. Em média, as mulheres trabalharam 35 horas semanais em, passando para 33 horas, em 2003. Os homens trabalharam mais horas neste período, sendo de 40 horas a carga horária semanal em, e de 38 horas, em 2003. Salários médio mais baixos nas mulheres empregadas Em 2003, as mulheres a trabalhar por conta de outrém, auferiam um salário médio de 577 euros, salário este inferior ao dos homens (687 euros). Entre e 2003 o salário médio da mulher aumentou 125 euros e o dos homens 133 euros, tendo no entanto, a variação percentual entre estes dois anos sido maior (27,6%) no salário médio auferido pelas mulheres do que no dos homens (23,9%). Taxas de desemprego mais elevadas nas mulheres Em Portugal, apuraram-se em 2003, 183 mil mulheres e 162 mil homens desempregados. Relativamente a, verificou-se um crescimento de 28,6% no volume de mulheres desempregadas e de 45,0% de homens desempregados. Entre e 2003, as taxas de desemprego das mulheres foram sempre superiores às dos homens, apresentando as diferenças uma tendência de agravamento nos últimos anos. A evolução das taxas de desemprego apresenta-se em forma de ciclos, em que a taxa mais elevada se verificou em, 8,2% nas mulheres e 6,4% nos homens, sendo o ano de 2003 uma fase crescente do último ciclo, com valores de 7,3% nas mulheres e de 5,6% nos homens. Dia Internacional da Mulher 7/8

Figura 11 - Evolução das taxas de desemprego (em %), Portugal, a 2003 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 2003 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 2003 Fonte: INE, Inquérito ao Emprego Do total de mulheres desempregadas constata-se que a maioria (53,0%) detinha o 1º e 2º ciclo do ensino básico (contra 50,2% nos homens). Figura 12 População desempregada por nível de instrução (em %), Portugal, 2003 3 25,0 2 15,0 1 5,0 Nenhum Básico-1º ciclo Básico-2º ciclo Básico-3º ciclo Secundário Superior M H Fonte: INE, Inquérito ao Emprego Para uma análise mais exaustiva sobre o tema o INE dispõe de um vasto conjunto de dados estatísticos, estudos e publicações, alguns disponíveis no site www.ine.pt. Nota: A informação demográfica, incluindo as Estimativas de População Residente de 2003 serão disponibilizadas em Junho de 2004, razão que determinou que o último ano de análise fosse. Em relação às outras variáveis analisaram-se os dados referentes aos últimos anos disponíveis. Por questões de arredondamentos a soma das parcelas pode não coincidir com o total. Dia Internacional da Mulher 8/8