Resgate em Altura Apoios e Fachadas Edifícios

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Transcrição:

Resgate em Altura Apoios e Fachadas Edifícios Guia de Apoio Curso de Especialização para Quadros Técnicos e Formadores para Prestadores de Serviço AL 2015

Este documento e o seu conteúdo pertencem exclusivamente à EDP Energias de Portugal S.A. e não poderão ser reproduzidos, modificados ou divulgados a terceiros, sob qualquer forma ou por qualquer meio, sem o prévio consentimento expresso e por escrito da EDP Energias de Portugal, S.A. Este documento e o seu conteúdo são confidenciais. 2

Preâmbulo... 4 1 Apoios de Betão ou Metálicos... 5 1.1 - Montagem do equipamento de resgate em apoios de betão ou metálicos... 5 1.2 Auto resgate em apoios de betão ou metálico... 7 1.3 - Resgate assistido - Apoios de betão ou metálicos... 9 1.3.1 Resgate não acompanhado... 9 1.3.2 Resgate acompanhado... 12 2 Fachadas de Edifícios... 15 2.1 Montagem do equipamento de resgate em fachadas de edifícios... 15 2.2 Auto resgate Fachadas de edifícios... 17 2.3 Resgate assistido, não acompanhado - Fachadas de edifícios... 20 2.4 Documentos de procedimentos de segurança de referência... 23 2.5 Normas europeias de certificação aplicáveis... 23 2.6 Equipamentos de resgate, proteção e segurança e de trabalho... 24 2.6.1 Equipamento de resgate... 24 2.6.2 Equipamento de proteção e segurança... 25 2.6.3 Equipamento de trabalho... 27 3

PREÂMBULO Numa situação de emergência, no decurso de trabalho em altura na Rede de Distribuição AT, MT e BT, que envolva vítimas de acidente ou doença súbita, deverão ser acionadas medidas de autoproteção de forma a garantir a proteção dos trabalhadores, afastando-os da zona de perigo e assegurando-lhes as ações de socorro adequadas. Para o efeito, as equipas que intervêm em altura deverão dispor de equipamento de resgate em altura, capaz de ser operado por todos os elementos posicionados em altura, bem como de um elemento de apoio ao nível do solo, instruído para acesso a posto em altura e resgate. Por princípio, o equipamento de resgate deverá ser instalado no decorrer do primeiro acesso ao posto em altura, no local onde irão decorrer os trabalhos e antes do seu início, só sendo recolhido no final dos mesmos. Cabe ao responsável de trabalhos assegurar que a equipa dispõe de equipamento de resgate em altura, assumir a responsabilidade pela comunicação do sinistro, quando ocorra e conduzir as ações de socorro, até chegada dos socorros solicitados. Para assegurar efetivo socorro de vítimas resgatadas, quando necessário e até chegada de ajuda diferenciada, cada equipa de trabalho em altura deverá possuir, no mínimo, dois elementos com formação em Suporte Básico de Vida (SBV). Os procedimentos constantes do manual foram objeto de validação prática, que se encontra reproduzida nas fotos ilustrativas, as quais constituem exemplos, não impedindo a utilização de outros equipamentos com idênticas caraterísticas técnicas e funcionais, em conformidade com os requisitos de normalização e de segurança. 4

1 APOIOS DE BETÃO OU METÁLICOS 1.1 - Montagem do equipamento de resgate em apoios de betão ou metálicos 1 - Antes da subida: 1.1 - Confirmar que no percurso de acesso não existem obstáculos que impeçam ou condicionem a colocação e utilização dos equipamentos e movimentação das pessoas; 1.2 - Verificar a estabilidade do apoio, estado de conservação, profundidade de encastramento, zona envolvente, verticalidade, etc.; 1.3 - Preparar os equipamentos de proteção individual contra quedas e resgate em altura. 2 - Na subida: 2.1 - Iniciar a subida do apoio, aplicando o procedimento operacional adequado para acesso ao posto de trabalho em altura conforme indicado no Manual de Procedimentos Operacionais Prevenção do Risco de Queda em Altura e Fachadas na Rede de Distribuição em vigor na EDP Distribuição. 2.2 - Chegado à posição de trabalho, o executante deverá amarrar-se ao apoio com a corda de posicionamento do cinto de trabalho (1) e prender o amortecedor paraquedas a um ponto seguro, utilizando um estropo colocado acima da cabeça (2). (2) (2) NOTA I O amortecedor paraquedas deverá estar colocado de forma a não impedir os movimentos do executante, mas, sempre posicionado na parte exterior dos braços deste 5

2.3 Colocar a corda de serviço num ponto seguro utilizando, um estropo (3). (3) 3 - Instalação do equipamento de resgate. 3.1 Elevar o equipamento de resgate (corda, descensor, mosquetão e estropo) com o auxílio da corda de serviço; 3.2 - Colocar o estropo num ponto seguro acima da cabeça (enforcar no caso de apoio de betão BT, usando cinta reforçada contra arestas) e fixar a corda de resgate através do mosquetão (1); (1) 3.3 Colocar o descensor na corda de resgate, conforme indicação na gravura impressa no equipamento (descensor). 6

1.2 Auto resgate em apoios de betão ou metálico Situação: O executante está a realizar trabalhos em altura num apoio quando sofre uma indisposição. Por sua iniciativa decide efetuar o auto resgate, utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de resgate). Procedimento operacional para permitir o auto resgate. Execução do Auto Resgate: 1. Fixa ao arnês de segurança, através da argola peitoral ou dorsal, o paraquedas deslizante (1) existente na corda linha de vida (opcional); 2. Prende na argola peitoral do arnês (2) o descensor aplicado na corda de resgate através do mosquetão de modo a poder controlar a pressão sobre a alavanca durante o movimento de descida; 3. Liberta do apoio a corda de posicionamento do cinto de trabalho; 7

4. Confirma que o arnês está preso ao descensor e desprende o amortecedor paraquedas do ponto seguro; (4) 5. Inicia a descida, controlando com uma mão a pressão sobre a alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre da corda de resgate para controlar a velocidade de descida, se necessário (4); 6. Utiliza os pés para manter o corpo afastado do apoio (5); 7. Caso esteja a utilizar o paraquedas deslizante da corda linha de vida (opção indicada em 1), em simultâneo com o ponto 5, então acompanha visualmente o movimento do paraquedas deslizante (6) e, se for necessário, auxilia-o na descida; 8. Ao chegar ao solo o responsável de trabalhos assume o auxílio ao resgatado. Liberta-o do equipamento de proteção individual (EPI) (7), deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex. oleado seco, (8) permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado (ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos (9); 9. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos chama o 112 e informa sobre o estado do resgatado; 10. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV); 11. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30 o e as pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS) (10), até à chegada dos socorros solicitados. (10) 8

1.3 - Resgate assistido - Apoios de betão ou metálicos 1.3.1 Resgate não acompanhado Situação: O executante, em conjunto com outro colega, está a realizar trabalhos em altura num apoio quando se verifica que está em estado de inconsciência. O outro colega decide resgatar o executante inconsciente, utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de resgate). Procedimento operacional para permitir o resgate não acompanhado. Execução do resgate não acompanhado 1. Os colegas que desenvolvem as atividades de resgate verificam as condições de segurança; 2. O resgatador que se encontra no cimo do apoio coloca ou confirma que: Uma extremidade da corda de resgate está aplicada num estropo a um ponto seguro acima da cabeça (1); (2) (3) (2) O descensor está aplicado na corda de resgate (2); (1) 3. O resgatador retira a corda de resgate do estropo (1) e prende neste o descensor pela argola através de um mosquetão (3); 4. O resgatador prende o mosquetão da corda de resgate na argola peitoral do arnês do resgatado com o auxílio do mosquetão (4). Caso o arnês possua argola de ancoragem abdominal A junto ao cinto (5), deverá neste caso, aplicar o descensor na argola A; (4) (5) 9

5. Opcionalmente, o resgatador utiliza uma talha fixada (5) num ponto seguro acima da cabeça e na argola peitoral do arnês do resgatado (5), elevando-o um pouco até aliviar a tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado; 6. O resgatador coloca a corda auxiliar (ou de manobra) na argola dorsal do arnês do resgatado (6); 7. O resgatador liberta do apoio a corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado e retira a talha da argola (6) peitoral no arnês do resgatado; 8. O resgatador confirma que o resgatado está preso à corda de resgate desprende o seu amortecedor paraquedas (7); 9. O resgatador inicia a descida do resgatado, controlando com uma mão a pressão sobre a alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre da corda de resgate para controlar a velocidade de descida, se necessário; 10. O responsável dos trabalhos, no solo, controla a corda auxiliar (ou de manobra), de modo a manter o resgatado afastado do apoio (8); 11. Ao chegar ao solo o responsável de trabalhos assume o auxílio ao resgatado. Liberta-o do equipamento de proteção (8) individual (EPI), deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex. oleado seco (9), permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado (ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos; 12. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos chama o 112 e informa sobre o estado do (9) resgatado; 13. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV); (7) (5) 10

14. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30 o e as pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS)(10), até à chegada dos socorros solicitados. (10) (10) 11

1.3.2 Resgate acompanhado Situação: O executante, em conjunto com outro colega, está a realizar trabalhos em altura num apoio quando se verifica que está em estado de inconsciência. O outro colega decide resgatar o executante inconsciente, utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de resgate). Procedimento operacional para permitir o resgate acompanhado. Execução do resgate acompanhado (A). 1. O resgatador fixa o seu arnês de segurança, através da argola dorsal, ao paraquedas deslizante existente na corda (1) linha de vida (1); 2. O resgatador que se encontra no cimo do apoio coloca ou confirma que: Uma extremidade da corda de resgate está aplicada num estropo a um ponto seguro acima da cabeça (2); O descensor está aplicado na corda de resgate (3); (3) (1) 3. O resgatador prende o arnês do resgatado pela argola peitoral (2) ao descensor, que está aplicado na corda de resgate, através do mosquetão (4) de modo a poder controlar a pressão sobre a alavanca durante o movimento de (4) (A) Caso o resgatado esteja sozinho no apoio, o resgatador deverá subir ao apoio aplicando o procedimento operacional adequado para acesso ao posto de trabalho em altura conforme indicado no Manual de Procedimentos Operacionais Prevenção do Risco de Queda em Altura e Fachadas na Rede de Distribuição em vigor na EDP Distribuição e executa o procedimento de resgate conforme descrito. 12

descida ( B ). Caso o arnês possua argola de ancoragem abdominal A junto ao cinto (5), deverá neste caso, aplicar o descensor na argola A; 4. O resgatador prende a argola peitoral do seu arnês diretamente no mosquetão do descensor (6); 5. Opcionalmente, o (4) (5) resgatador utiliza uma (7) (6) talha ( C ) fixada num ponto seguro acima da cabeça e na argola (7) peitoral do arnês do resgatado, elevando-o um pouco até aliviar a tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado (7); 6. O resgatador coloca a corda auxiliar (ou de manobra) na argola dorsal do arnês do resgatado (8),(opcional) (D) ; 7. O resgatador liberta do apoio a corda de (8) posicionamento do cinto de trabalho do resgatado e em seguida a sua e retira a talha da argola peitoral do arnês do resgatado; 8. O resgatador confirma que o arnês do resgatado está preso ao descensor e (8) (9) desprende o amortecedor paraquedas do resgatado e em seguida o seu, dos respetivos pontos seguros (9); (B) A utilização de uma cinta de extensão colocada entre a argola peitoral do arnês, através de um mosquetão, e a argola do descensor facilita a operação de descida do resgatador, pois coloca o resgatado numa cota inferior ao resgatador. (C) Caso seja necessário aliviar a tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado para permitir a sua retirada, o resgatador, nesta situação, poderá utilizar uma talha embora esta não constitua um elemento de segurança. Nesta fase do resgate, o resgatado continua ligado ao sistema de paraquedas e ao equipamento de resgate. (D) Recomendado para situações onde exista 1 elemento para prestar apoio a partir do solo. 13

9. O resgatador inicia a descida, controlando com uma mão a pressão sobre a alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre da corda de resgate para controlar a velocidade de descida, se necessário (10); 10. O resgatador utiliza as pernas para afastar o resgatado do apoio (11); (10) (11) 11. O responsável dos trabalhos, no solo, controla a corda auxiliar (ou de manobra), de modo a manter o resgatado afastado do apoio (12),(opção indicada no ponto 6); 12. O resgatador em simultâneo com o ponto 9, acompanha visualmente o movimento do paraquedas deslizante e se for necessário auxilia-o na descida (13); 13. Quando o resgatado chega ao solo, o responsável de trabalhos assume o auxílio ao mesmo. Liberta-o do equipamento de proteção individual (EPI)(14), deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex. oleado seco, permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado (ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos; 14. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos chama o 112 e informa sobre o estado do resgatado; 15. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV); 16. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30 o e as pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS)(15), até à chegada dos socorros solicitados. (12) (13) (14) (15) 14

2 FACHADAS DE EDIFÍCIOS 2.1 Montagem do equipamento de resgate em fachadas de edifícios 1 - Antes da subida: 1.1 - Confirmar que no percurso de acesso não existem obstáculos que impeçam ou condicionem a colocação e utilização dos equipamentos e movimentação das pessoas; (1) 1.2 - Verificar a estabilidade da fachada (estado de conservação), da escada (espiamento ou amarração (E) ), (1) etc.; 1.3 - Preparar os equipamentos de proteção individual contra quedas e resgate em altura. 2 - Na subida: 2.1 - Iniciar a subida da escada aplicando o procedimento operacional adequado para acesso ao posto de trabalho em altura conforme indicado no Manual de Procedimentos Operacionais Prevenção do Risco de Queda em Altura e Fachadas na Rede de Distribuição em vigor na EDP Distribuição; 2.2 - Chegado à posição de trabalho o executante deverá amarrar-se à escada com a corda de posicionamento do cinto de trabalho (2) e prender o (2) (3) ( E ) - Na impossibilidade de utilizar guilhos para espiar a escada, deverão ser aplicados, na base da fachada ou no pavimento, chumbadores com olhal temporários. No final, os furos deverão ser convenientemente tapados. 15

amortecedor paraquedas, no topo da escada, entre o 1º e 2º degrau, utilizando um estropo (3); 2.3 Colocar a corda de serviço num ponto seguro, utilizando o montante livre no topo da escada, entre o 1º e 2º degrau, através de um estropo (4); (4) 3 - Instalação do equipamento de resgate. 3.1 Elevar o equipamento de resgate (corda, descensor, mosquetão e estropo) com o auxílio da corda de serviço; 3.2 - Colocar o estropo no montante livre, no topo da escada, entre o 1º e 2º degrau e fixar a corda de resgate ao mesmo através de mosquetão (5); (5) (5) 3.3 Colocar o descensor na corda de resgate, conforme indicação na gravura impressa no equipamento (descensor), (6). (6) (6) (6) (6) 16

2.2 Auto resgate Fachadas de edifícios Situação: O executante está a realizar trabalhos em altura, numa fachada, quando sofre uma indisposição. Por sua iniciativa decide efetuar o auto resgate, utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de resgate). Procedimento operacional para permitir o auto resgate. Execução do Auto Resgate: 1. Fixa o arnês de segurança, através da argola peitoral ou dorsal, ao paraquedas deslizante existente na corda linha de vida (1), (opcional) ( F ); (1) 2. Prende na argola peitoral do arnês o descensor aplicado na corda de resgate através do mosquetão de modo a poder controlar a pressão sobre a alavanca durante o movimento de descida (2); (2) ( F ) - Para que possa ser utilizada, a linha de vida terá de ficar suspensa, com um peso junto à base que a mantenha na vertical e facilite o deslizamento do paraquedas deslizante. 17

3. Desprende o amortecedor paraquedas do ponto seguro; 4. Liberta da escada a corda de posicionamento do cinto de trabalho; 5. Inicia a descida controlando com uma mão a pressão sobre a alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre da corda de resgate para controlar a velocidade de descida, se necessário (3); (3) (3) 6. Utiliza os pés para manter o corpo afastado da fachada (4); 7. Caso esteja a utilizar o paraquedas deslizante da corda linha de vida (opção indicada em 1), em simultâneo com o ponto 5, então acompanha visualmente o movimento do paraquedas deslizante e, se for necessário, auxilia-o na descida (5); (5) (4) (3) 8. Ao chegar ao solo o responsável de trabalhos assume o auxílio ao resgatado. Liberta-o do equipamento de proteção individual (EPI)(6), deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex. oleado seco, permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado (ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos; 9. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos (6) chama o 112 e informa sobre o estado do resgatado; 10. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV); 18

11. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30 o e as pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS) (7), até à chegada dos socorros solicitados. (7) (7) 19

2.3 Resgate assistido, não acompanhado - Fachadas de edifícios Situação: O executante está a realizar trabalhos em altura numa fachada, quando se verifica que está em estado de inconsciência. O outro colega decide resgatar o executante inconsciente, utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de resgate). Procedimento operacional para permitir o resgate não acompanhado. Execução do resgate não acompanhado 1. Os colegas que desenvolvem as atividades de resgate verificam as condições de segurança; 2. O resgatador sobe a escada e coloca ou confirma que: Uma extremidade da corda de resgate está aplicada num estropo a um ponto seguro (1); O descensor está aplicado na corda de resgate (2); (1) (2) 3. O resgatador retira a corda de resgate do estropo (1) e prende neste o descensor pela argola através de um mosquetão (3); (3) (3) 20

4. O resgatador prende o mosquetão da corda de resgate na argola peitoral do arnês do resgatado com o auxílio do mosquetão (4); 5. Opcionalmente, o resgatador coloca uma talha ( G ) num ponto seguro, utilizando o estropo de fixação da corda de resgate, por exemplo, e na argola (4) (5) peitoral do arnês do resgatado, (5) elevando-o um pouco até aliviar a tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado (5); 6. O resgatador coloca a corda auxiliar (ou de manobra) na argola dorsal do arnês do resgatado (opcional); 7. O resgatador liberta da escada a corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado e retira a talha da argola peitoral no arnês do resgatado; (6) 8. O resgatador confirma que o resgatado está preso à corda de resgate e liberta o amortecedor paraquedas do mesmo; 9. O resgatador inicia a descida, controlando com uma mão a pressão sobre a alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre da corda de resgate para controlar a velocidade de descida, se necessário (6); 10. O responsável dos trabalhos, no solo, controla a corda auxiliar (ou de manobra), de modo a manter o resgatado afastado da fachada, (opção (6) indicada em 6); ( G )- Caso seja necessário aliviar a tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado para permitir a sua retirada, o resgatador, nesta situação, poderá utilizar uma talha embora esta não constitua um elemento de segurança. Nesta fase do resgate, o resgatado continua ligado ao sistema de paraquedas e ao equipamento de resgate. 21

11. Ao chegar ao solo o responsável de trabalhos ou o resgatador assume o auxílio ao resgatado. Liberta-o do equipamento de proteção individual (EPI) (7), deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex. oleado seco, permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado (ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos; 12. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos chama o 112 e informa sobre o estado do resgatado; 13. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV); (8) 14. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30 o e as pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS) (8), até à chegada dos socorros solicitados. (7) (8) 22

2.4 Documentos de procedimentos de segurança de referência DPS 38.008-3-1 EDP Manual de Procedimentos Operacionais Prevenção do Risco de Queda em Altura, em Apoios e Fachadas na Rede de Distribuição; DPS 38.008-3 EDP - Manual de Segurança para Prevenção do Risco de Queda em Altura - Trabalhos em Altura em Apoios e Fachadas; FSS 03.01 Trabalhos com escadas portáteis; FSS 03.02 Trabalhos em apoios metálicos; FSS 03.07 Trabalhos em apoios. 2.5 Normas europeias de certificação aplicáveis Equipamento Norma de certificação Dispositivos ascensores/ descensores EN 341/12841 Dispositivos antiquedas deslizantes aplicados a linha de vida flexível EN 353-2 Cintas EN 354 Absorvedores de energia EN 355 Cinto de trabalho e corda de posicionamento de trabalho EN 358 Arnês de segurança EN 361 Mosquetões/ conectores EN 362 Acessórios de segurança de ancoragem EN 567 Dispositivos de ancoragem EN 795 Dispositivos de elevação para resgate EN 1496 Arneses para resgate EN 1497 23

2.6 Equipamentos de resgate, proteção e segurança e de trabalho 2.6.1 Equipamento de resgate Equipamento de resgate Exemplo Ficha técnica Sistema de resgate em altura descensor, corda de diâmetro adequado e mosquetão Especificação do fabricante EN341/353/362/1496 Talha de 240 dan FT MO 320B-BT Cinta de extensão com alças nas extremidades Especificação do fabricante EN 354 Mosquetão de rosca FT 1.1.13 Corda linha de vida em corda com diâmetro de 10 a 12 mm, equipada com paraquedas deslizante e mosquetão de dupla segurança numa das extremidades FT 1.1.14 Estropo de cinta em poliamida 23 mm, com comprimento 0,60 metros ou superior FT 55-MT-A/D 24

2.6.2 Equipamento de proteção e segurança Equipamento de proteção e segurança Exemplo Ficha técnica Arnês de segurança com cinto de trabalho incorporado FT 1.1.4 Capacete de proteção (deverá dispor de francalete) FT 1.2.1 Calçado de proteção com rasto antiderrapante FT 1.6.2 Corda linha de vida em corda com diâmetro de 10 a 12 mm, equipada com paraquedas deslizante e mosquetão de dupla segurança numa das extremidades FT 1.1.14 Mosquetão de dupla segurança de grande abertura, manobrável à distância e com encaixe para vara de manobra FT 1.1.13 Mosquetão de dupla segurança com cordão de manobra à distância e encaixe para vara de manobra FT 1.1.13 Paraquedas com absorvedor de energia e mosquetões nas extremidades FT 1.1.3 Paraquedas em Y com absorvedor de energia e mosquetões de grande abertura FT 1.1.8 25

Equipamento de proteção e segurança Exemplo Ficha técnica Manga de proteção para corda Especificação do fabricante EN 358 Corda de posicionamento no cinto de trabalho com regulador FT 1.1.2 FT 1.1.12 Punho ascensor/descensor para resgate em altura Especificação do fabricante EN 341/12841 Sistema de resgate em altura Especificação do fabricante EN341/353/362/1496 Vara de manobra telescópica e isolante com comprimento de 7,5 metros ou superiores FT 2.0.3 Estropo de cinta em poliamida 23 mm, com comprimento 0,60 metros ou superior FT 55-MT-A/D Mosquetão de rosca FT 1.1.13 Corda auxiliar de manobra com diâmetro de 10 mm FT 62-MT-A/D 26

2.6.3 Equipamento de trabalho Equipamento de trabalho Exemplo Ficha técnica Escada portátil extensível com último lanço isolante Especificação do fabricante EN 131/IEC CD61478 Escada portátil auto suportada Especificação do fabricante EN 131/IEC CD61478 Escada vertical de elementos de encaixar FT 73-MT-A/D Adaptador de apoio de escada a postalete ou esquinas de fachadas Especificação do fabricante EN 131 Plataforma adaptável a degrau de escada portátil Especificação do fabricante EN 131 27

Equipamento de trabalho Exemplo Ficha técnica Plataforma de apoio de pés adaptável a degrau de escada portátil Especificação do fabricante EN 131 Corda de serviço com diâmetro de 12 mm FT 62-MT-A/D Corda de espiamento de diâmetro 15 mm (ou superior) FT 65A-AT-A/D Marreta Especificação do fabricante Guilhos metálicos para fixação no solo de comprimento 1,20 a 2,00 metros Especificação do fabricante Chumbadores com olhal para ancoragem, portáteis ou permanentes, de aplicação em fachada ou no pavimento Especificação do fabricante EN 795 28