Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura aumentou 6,7% em volume e 6,6% em valor em 2010

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Transcrição:

2 Contas Económicas da Silvicultura 21 28 de junho de 212 Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura aumentou 6,7% em volume e 6,6% em valor em 21 Segundo as Contas Económicas da Silvicultura, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) desta atividade em 21 registou aumentos de 6,7% em volume e 6,6% em valor, em relação a. Para este resultado contribuiu essencialmente um acréscimo de produção de 5,7% em volume e,3% em preços. O INE disponibiliza 25 anos de Contas Económicas da Silvicultura (CES) para o período de 1986 a 21, analisando sumariamente os últimos 11 anos de atividade silvícola em Portugal, em particular 21. Os resultados relativos ao ano de 21 incorporam informação disponível até ao dia 22 de Junho de 212, apresentando ainda um carácter provisório. No Portal do INE, na área da informação estatística relativa às Contas Nacionais, especificamente na secção das Contas Satélite, encontram-se publicados quadros com os resultados das CES. A atividade silvícola compreende a Silvicultura e a Exploração Florestal e está na base da fileira de atividades económicas relacionadas com a indústria transformadora da madeira e da cortiça, em particular serração de madeira, produção de pasta de papel e preparação de cortiça. longo deste período o VAB decresceu em termos médios anuais, 2,1% e 3,2%, em volume e em valor respetivamente. No que respeita ao peso relativo do VAB da silvicultura no VAB nacional, verificou-se uma perda de importância desta atividade na economia portuguesa. Em 2, o VAB da silvicultura representava,8% do VAB nacional, tendo diminuído para metade em 21 (,4%). Gráfico 1. VAB da Silvicultura 1. 8 6 4 2,8%,4% 2,% 1,6% 1,2%,8%,4%,% A ACTIVIDADE SILVÍCOLA E DE EXPLORAÇÃO FLORESTAL 2 a 21 O período entre 2 e 21 ficou marcado por um declínio progressivo da atividade silvícola. Em 2, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) atingiu o valor máximo da década, tendo terminado em 21 com um valor real inferior em cerca de 19,2%. Ao Pcorrentes Pconstantes VAB CES / VAB nacional Comparativamente a, ano que apresentou o VAB mais baixo no período em análise, a atividade silvícola de 21 registou um aumento do VAB de 6,7% em volume e 6,6% em valor. Contas Económicas da Silvicultura 21 1/8

2 2 2 A evolução do VAB silvícola no período em análise reflete, fundamentalmente, a variação da Produção. Esta compreende os produtos e serviços relacionados com as atividades de Silvicultura e Exploração Florestal (abate de árvores, remoção de madeira, descortiçamento e plantações) e também o crescimento líquido das florestas (saldo entre o acréscimo de madeira ou cortiça nas árvores e a diminuição dos povoamentos por corte, doença ou incêndios). A produção apresentou, entre 2 e 21, uma taxa de variação média anual de -2,% em volume e de -2,3% em valor, o que refletiu o efeito da diminuição dos preços no produtor. 11 1 9 8 7 6 5 Gráfico 2. Índices de preços da Madeira e Cortiça 2=1 IP Madeira para serrar IP Cortiça IP Madeira para triturar No entanto, quando comparada com, a produção do ano de 21 registou aumentos de volume (+5,7%) e de preços (+,3%), que conduziram a um acréscimo nominal desta em cerca de 6,%. Para tal, concorreram os aumentos do valor da produção de Madeira (+9,%) e de Cortiça (+6,1%) que, em grande medida, foram consequência do crescimento do volume, já que os preços observaram acréscimos ligeiros. 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Gráfico 3. Produção de Bens Silvícolas (preços correntes ) Madeira para Triturar Cortiça Madeira para Serrar Outros Em termos de estrutura da produção da silvicultura na série em análise, a Madeira e a Cortiça destacaram-se como os produtos silvícolas nacionais de maior peso relativo. No entanto, a Madeira, que se apresenta como o principal produto florestal em termos nominais, tem vindo a assumir maior importância, em detrimento da Cortiça. Se, por um lado, o preço da Cortiça registou uma tendência decrescente até, por outro, o volume de Madeira, em particular de Madeira para triturar com destino à fabricação da pasta de papel, apresentou uma subida significativa. Gráfico 4. Produção de Madeira e Cortiça (evolução da estrutura da Produção a preços correntes) 5% 4% 3% 2% 1% % Cortiça Madeira para Triturar Outros Madeira para Serrar Contas Económicas da Silvicultura 21 2/8

2 PRODUÇÃO DE MADEIRA Gráfico 5. Produção de Madeira para Serrar A exploração económica da produção de Madeira tem dois destinos industriais principais: a serração, cujo principal escoamento é a indústria do mobiliário, e a trituração, para o fabrico de aglomerados ou pasta de papel. A produção de Madeira para Serrar, que engloba principalmente madeira de espécies florestais resinosas, nas quais se destaca o pinheiro bravo, é essencialmente dirigida ao fabrico de mobiliário, podendo, no entanto, ser utilizada pela indústria de papel ou aglomerados. Este tipo de madeira apresentou, no período em análise, o seu valor máximo de produção no ano 2 e diminuiu significativamente até, estabilizando em níveis mais baixos até 21. Em e, a Madeira para Serrar observou uma desvalorização, dada a menor qualidade dos toros de madeira de pinheiro bravo causada pela doença do nemátodo e as consequentes restrições à exportação. Apesar da recuperação deste tipo de madeira em termos de volume, em 21 o valor de produção foi ligeiramente inferior ao do ano anterior (-1,%). Esta evolução foi reflexo dos cortes efetuados para aproveitamento de árvores no âmbito das medidas de controlo da doença do nemátodo. Com efeito, verificou-se um aumento do volume vendido de madeira de pinho à indústria de serração (+6,1%), acompanhado por uma diminuição do seu preço (-6,7%). 25 2 15 1 5 Preços correntes Preços constantes Por outro lado, a Madeira para Triturar, constituída fundamentalmente pelo eucalipto, a espécie folhosa mais cultivada em Portugal, apresentou uma tendência crescente a partir de, tendo atingido em o pico de disponibilidade, em resultado dos incêndios de grandes dimensões que devastaram a floresta nacional no ano de. Esta situação de catástrofe natural conduziu a um aumento do valor de vendas deste tipo de madeira à indústria transformadora. Ao contrário de, que se afastou da tendência de crescimento em volume e em preço da Madeira para Triturar, o ano de 21 apresentou uma variação positiva da produção. Verificaram-se acréscimos de 11,1% em volume e 14,9% em valor. De facto, nesse ano registou-se um aumento da capacidade produtiva da indústria de pasta de papel, pelo que a necessidade de matéria-prima para constituição de stocks nas fábricas aumentou, com um consequente aumento do preço. Contas Económicas da Silvicultura 21 3/8

2 2 2 Gráfico 6. Produção de Madeira para Triturar Gráfico 7. Cortiça 25 2 4 35 3 15 1 25 2 15 5 1 5 Preços correntes Preços constantes preços correntes preços constantes PRODUÇÃO DE CORTIÇA A extração de Cortiça evoluiu de forma decrescente entre 2 e 21, não tendo retomado os níveis de produção de 2, ano em que os preços foram muito elevados. Efetivamente, o estado de envelhecimento de alguns montados e a diminuição dos preços pagos ao produtor contribuiu para uma situação de redução da CONSUMO INTERMÉDIO. RÁCIOS CONSUMO INTERMÉDIO/PRODUÇÃO Por oposição ao ano de, o Consumo Intermédio (CI) da silvicultura apresentou, em 21, uma evolução crescente em termos nominais (+4,6%), em resultado, sobretudo, do crescimento do volume (+3,3%). extração de cortiça desde então. Todavia, atualmente, o relançamento deste produto nos mercados nacional e internacional, sob a forma de rolhas, material de isolamento acústico e térmico ou acessórios de moda, tem conduzido a uma recuperação da produção. Assim, por oposição a, ano em que se reteve na árvore cortiça passível de extração dado o seu baixo 1.4 1.2 1. 8 6 4 2 Gráfico 8. Consumo Intermédio (preços correntes) 3,% 25,% 2,% 15,% 1,% 5,% preço, em 21 verificaram-se acréscimos do volume e,% valor de produção, em cerca de 4,% e 6,1%, respetivamente. CI Produção CI / Produção A relação entre o CI e a Produção, através do rácio CI/Produção, revela que os últimos anos foram desvantajosos, em termos económicos, para o produtor florestal. De facto, observou-se um acréscimo entre Contas Económicas da Silvicultura 21 4/8

2 e 21 de 7,1 p.p. (passando de 2,6% a 27,7%), o que traduz uma situação adversa à atividade. Os resultados deste indicador podem ser complementados com a análise da relação entre os preços da Produção e do CI ( tesoura de preços ), a qual revela uma evolução desfavorável para o produtor, em todos os anos em análise, com exceção para. Com efeito, o custo dos meios de produção teve um impacto bastante negativo na atividade florestal, dado que a evolução dos preços da produção não acompanhou o aumento daqueles, em particular o custo da energia. Em 21, apesar da relação entre os preços na produção e as despesas correntes da atividade se manter desvantajosa, observou-se uma ligeira melhoria face a. 15 1 95 9 85 Gráfico 9. Tesoura de Preços (IP Produção / IP Consumo Intermédio) 94,9 9,6 14,2 94,2 97,9 99, As ajudas à florestação e reflorestação são classificadas como Subsídios aos produtos, pelo que, de acordo com a metodologia das CES (e das Contas Nacionais) são contabilizadas no valor da produção, uma vez que esta é valorizada a preços de base 1. Os Outros subsídios à produção atribuídos têm como objetivo apoiar a formação profissional, a perda de rendimento do produtor e a beneficiação de superfícies florestais, não se encontrando diretamente relacionados com o volume de produção. Na atividade silvícola, estes últimos assumem menor expressão que os Subsídios aos produtos. Para o período em análise, o total de ajudas pagas à produção aumentou até, ano em que também a Taxa de apoio à Produção (rácio Total de ajudas pagas à produção / Produção) apresentou o valor mais elevado (6,7%). A partir desse ano, a tendência foi de decréscimo, embora interrompida em. Os Subsídios aos produtos destacaram-se no total de ajudas, tendo sido responsáveis, em 21, pela diminuição de apenas,2 p.p. da Taxa de apoio (5,1%) relativamente a. Os Outros subsídios à produção, embora com pequena expressão, viram o seu valor substancialmente aumentado, em função de medidas de apoio à melhoria produtiva dos povoamentos florestais. IP Produção / IP CI AJUDAS À PRODUÇÃO SILVÍCOLA Segundo o Manual de Contas Económicas da Agricultura e Silvicultura 97 (Rev. 1.1), os subsídios compreendem os Subsídios aos produtos e os Outros subsídios à produção. 1 O preço de base é o preço no produtor adicionado dos subsídios ao produto e deduzido dos impostos ao produto. Contas Económicas da Silvicultura 21 5/8

2 2 Gráfico 1. Ajudas pagas e Taxa de apoio à produção Gráfico 11. Rendimento Empresarial Líquido 6 5 4 4,3% 3 2 1 6,7% 5,1% 8% 6% 4% 2% 1 8 6 4 % 2 Subsídios ao produto Outros subsídos à produção Total de Ajudas à produção / Produção RENDIMENTO EMPRESARIAL LÍQUIDO FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO Refletindo o comportamento da Produção e do VAB, o Rendimento Empresarial Líquido (REL) da atividade silvícola de 21 aumentou cerca de 1,4% em relação a, contrariando a tendência decrescente observada desde 2. Este indicador exprime o rendimento da silvicultura e é determinado subtraindo ao VAB os outros custos da atividade (Consumo de capital fixo, Remunerações a pagar, Outros impostos à produção e Rendas e Juros a pagar) para além do CI e adicionando os Outros subsídios à produção e os Juros a Receber. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou uma tendência decrescente desde 2, apesar de ter registado variações positivas em alguns anos (, e 21). A evolução da FBCF ficou fundamentalmente a dever-se à sua componente Não Florestal (bens de equipamento, construção, etc.), predominante até. A FBCF em Florestação e Reflorestação (eucalipto, sobreiro e pinheiro manso) observou o seu ponto máximo em (+36,5%), em resultado da replantação das extensas áreas destruídas com os incêndios de grandes proporções que marcaram e. No ano de 21, apesar do aumento nominal de 5,2% da FBCF não florestal, ocorreu uma inversão no peso relativo das componentes da FBCF. Na realidade, a FBCF em Florestação e Reflorestação ganhou importância na sequência de despesas associadas à manutenção de plantações, tendo contribuído para um aumento da FBCF total de 9,5% em volume e 1,6% em valor. Contas Económicas da Silvicultura 21 6/8

2 Gráfico 12. FBCF (preços correntes) TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL As Transferências de Capital correspondem às 11 9 7 5 3 1-1 ajudas que se destinam a apoiar medidas de investimento na atividade silvícola e de exploração florestal. Este tipo de apoio ao produtor florestal decresceu desde, tendo apresentado o valor mais baixo em FBCF em Florestação e Reflorestação FBCF em Produtos não Florestais FBCF total 21. Contas Económicas da Silvicultura 21 7/8

Notas Explicativas Referência metodológica As CES têm por referência técnica obrigatória o Manual das Contas Económicas da Agricultura e Silvicultura 97 (Rev. 1.1), edição de 2, Eurostat. Sendo uma Conta Satélite, a metodologia utilizada tem como suporte o Sistema Europeu de Contas 1995 (SEC 95) e, por via deste, o Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas (SCN 93). Recentemente, as CES foram integradas, ao nível do EUROSTAT, num quadro global de informação económica e ambiental da floresta, designado por Contas Integradas Ambientais e Económicas da Silvicultura. Cálculo do Crescimento das Florestas A série de CES tem subjacente a metodologia de cálculo do Crescimento das Florestas (o qual contribui para a estimativa da Produção e do VAB da Silvicultura) desenvolvida pela ex-direcção Geral dos Recursos Florestais, que teve como referência o Inventário Florestal Nacional 1995-98. A atualização dos resultados desta metodologia através da incorporação dos dados do Inventário Florestal Nacional atualmente em curso (IFN 212) pode determinar a revisão desta série. Revisões das CES de As revisões das CES de refletem a atualização da informação de base utilizada e, sobretudo, a incorporação dos resultados das Contas Nacionais finais anuais do INE referentes a, entretanto publicadas. Os quadros seguintes indicam as principais revisões efetuadas. Contas Económicas da Silvicultura versão de Junho 212 e versão de Julho 211 Unidade: (preço s co rrentes) (preço s ano anterio r) Julho 211 Junho 212 var (%) Julho 211 Junho 212 var (%) Produção da Silvicultura 888,86 879,61-1,% 897,99 919,6 2,4% Consumo Intermédio 267,96 247,38-7,7% 234,78 252,94 7,7% Valor Acrescentado Bruto 62,9 632,23 1,8% 663,92 666,12,3% Rendimento Empresarial Líquido 394,76 41,16 3,9% // // // Contas Económicas da Silvicultura 21 8/8