Regulamento Específico



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Transcrição:

Regulamento Específico Programa Estágios Profissionais Portaria n.º 92/2011 de 28 de fevereiro, com a redação que lhe foi dada pelas Portarias n.º 309/2012, de 9 de outubro, n.º 3 B/2013, de 4 de janeiro, e n.º 120/2013, de 26 de março Versão revista em 26 de março de 2013

ÍNDICE 1.OBJETO... 3 2.CARACTERIZAÇÃO DO PROGRAMA ESTÁGIOS PROFISSIONAIS... 4 2.1 Objetivos... 4 2.2 Entidades Promotoras... 4 2.3 Destinatários... 5 2.4 Orientador de Estágio... 7 3.CARACTERIZAÇÃO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL... 8 3.1 Definição e Âmbito... 8 3.2 Contrato de Estágio... 8 3.3 Impostos e Segurança Social... 9 3.4 Duração... 9 3.5 Certificação... 9 4. VICISSITUDES DO CONTRATO DE ESTÁGIO... 10 4.1 Faltas... 10 4.2 Cessação do contrato de estágio... 11 4.3 Cessação do contrato por desistência do estagiário... 11 4.4 Desistência da entidade... 12 4.5 Suspensão do estágio... 13 5. REGIME ESPECIAL DE PROJETOS DE INTERESSE ESTRATÉGICO... 14 5.1 Enquadramento... 14 5.2 Apresentação e tramitação do pedido de reconhecimento/candidatura aos estágios... 14 5.3 Critérios de análise dos projetos de interesse estratégico... 15 5.4 Reconhecimento do projeto de interesse estratégico... 15 6. CANDIDATURAS... 16 6.1 Apresentação da candidatura... 16 6.2 Requisitos gerais das entidades promotoras... 17 6.3 Requisitos dos projetos de estágio... 18 6.4 Seleção de candidatos... 19 6.5 Impedimentos na apresentação das candidaturas e na seleção dos destinatários... 20 6.6 Análise e decisão... 20 6.7 Notificação da decisão de aprovação... 20 Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 1 de 81

6.8 Aceitação da decisão de aprovação... 21 6.9 Início dos estágios... 21 6.10 Caducidade da decisão de aprovação... 21 6.11 Indeferimento... 21 7. CUSTOS ELEGÍVEIS... 22 8. ENCARGOS COM OS ESTAGIÁRIOS... 22 8.1 Bolsa de estágio... 22 8.2 Subsídio de alimentação... 23 8.3 Despesas de Transporte... 23 8.4 Pagamentos aos Estagiários... 23 8.5 Seguro... 23 8.6 Limites de financiamento dos custos elegíveis... 23 9. COMPARTICIPAÇÃO DO IEFP... 24 9.1 Bolsa de estágio... 24 9.2 Subsídio de alimentação, despesas de transporte e seguro... 24 10. PROCESSAMENTO DO APOIO... 25 10.1 Procedimentos gerais... 25 10.2 Procedimentos para o pagamento do primeiro adiantamento... 26 10.3 Procedimentos para o pagamento do segundo adiantamento... 26 10.4 Procedimentos para o pedido do encerramento de contas... 26 11. INCUMPRIMENTO... 27 11.1 Regras gerais... 27 11.2 Redução do financiamento... 28 11.3 Normalização de irregularidades e suspensão dos pagamentos... 28 11.4 Revogação da decisão... 29 11.5 Restituições... 30 12. ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO, CONTROLO E APOIO TÉCNICO... 30 13. DISPOSIÇÕES FINAIS... 30 14. NORMA TRANSITÓRIA... 31 15.VIGÊNCIA... 31 Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 2 de 81

1. OBJETO 1.1 O presente regulamento define o regime de acesso aos apoios concedidos pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP (adiante designado por IEFP) no âmbito do Programa de Estágios Profissionais, regulamentado pela Portaria n.º 92/2011, de 28 de fevereiro, com a redação que lhe foi dada pelas Portarias n.º 309/2012, de 9 de outubro, n.º 3 B/2013, de 4 de janeiro, e n.º 120/2013, de 26 de março. 1.2 Os estágios profissionais desenvolvidos no âmbito do presente regulamento são realizados no território nacional continental, competindo às entidades com atribuições em matéria de desenvolvimento de programas de emprego e formação nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, promover programas semelhantes nas suas áreas de intervenção. 1.3 É admitida a possibilidade de realização de uma componente do estágio no estrangeiro, pelo período máximo de um terço da duração dos estágios, por períodos seguidos ou interpolados, devendo a entidade promotora indicar essa intenção no campo Quadro 5 Caracterização dos Estágios Propostos Justificação Global do Projeto do formulário de candidatura. No caso de projeto com reconhecimento de interesse estratégico este período poderá excecionalmente ser superior, mediante pedido expresso apresentado pela entidade na memória descritiva do mesmo e aprovado pelo IEFP. 1.4 As alterações ao local de estágio, as datas para realização de períodos de estágio no estrangeiro ou quaisquer outras alterações quanto a estas matérias previstas em sede de candidatura, devem ser comunicadas ao IEFP e autorizadas por este até 8 dias antes do início da sua ocorrência. 1.5 Ao abrigo do Programa Estágios Profissionais (adiante designado por Programa), entende se por estágio profissional a etapa de transição para a vida ativa que visa complementar uma qualificação preexistente através de formação e experiência prática em contexto laboral e promover a inserção de jovens ou a reconversão profissional de desempregados. 1.6 As matérias que não se encontrem previstas na Portaria n.º 92/2011, de 28 de fevereiro, com a redação que lhe foi dada pelas Portarias n.º 309/2012, de 9 de outubro, n.º 3 B/2013, de 4 de janeiro, e n.º 120/2013, de 26 de março e no presente regulamento, são resolvidas mediante a aplicação da regulamentação nacional e comunitária aplicável e através de orientações definidas internamente pelo IEFP. 1.7 Nos termos do disposto no artigo 20.º da Portaria n.º 92/2011, de 28 de Fevereiro, com a redação dada pelas Portarias n.º 309/2012, de 9 de outubro, n.º 3 B/2013, de 4 de janeiro, e n.º 120/2013, de 26 de março, o presente regulamento define o regime de acesso aos apoios concedidos pelo IEFP e cofinanciados pelo Fundo Social Europeu (FSE), através do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), inscrito no QREN, na Tipologia 5.2., do Eixo 5 Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Ativa, devendo aplicar se as disposições específicas comunitárias constantes no anexo 1 ao presente regulamento. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 3 de 81

2. CARACTERIZAÇÃO DO PROGRAMA DE ESTÁGIOS PROFISSIONAIS 2.1 Objetivos Complementar e desenvolver as competências dos jovens que procuram um primeiro ou um novo emprego, de forma a melhorar o seu perfil de empregabilidade OBJETIVOS Promover a integração profissional de desempregados em situação mais desprotegida Apoiar a transição entre o sistema de qualificações e o mercado de trabalho Promover o conhecimento sobre novas formações e competências junto das empresas e promover a criação de emprego em novas áreas Apoiar a melhoria das qualificações e a reconversão da estrutura produtiva 2.2 Entidades Promotoras 2.2.1 Constituem se como entidades promotoras dos apoios previstos no presente regulamento, as pessoas singulares ou coletivas, de direito privado, com ou sem fins lucrativos, e as autarquias locais que, nos termos do disposto nos normativos específicos que criam e regulamentam os apoios, possuam condições para apresentar candidaturas e para executarem na íntegra os estágios propostos nas mesmas. 2.2.2 Para efeitos do ponto anterior, são consideradas pessoas coletivas de direito privado aquelas que, ainda que associadas à prossecução de um fim de interesse social relevante ou público, se encontrem sujeitas a um tratamento jurídico de direito privado, nos seguintes termos: a) As entidades de direito privado, criadas por particulares, sem qualquer intervenção do Estado ou de outra pessoa coletiva pública; b) As entidades em que haja intervenção do Estado ou de outra pessoa coletiva pública mas submetidas a um regime de direito privado, conforme possa resultar da lei e/ou respetivos estatutos. 2.2.3 Assim, são elegíveis as entidades que sejam total, maioritária ou meramente participadas pelo Estado ou por outra pessoa coletiva pública, nomeadamente por autarquias, desde que as entidades estejam submetidas a um regime de direito privado, equiparando se ainda a estas, as cooperativas, incluindo régies cooperativas, salvo se o contrário resultar dos seus estatutos. 2.2.4 São, também, elegíveis as entidades que cumpram o previsto no artigo 70.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto que estabelece o regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais, ou seja aquelas que adequem os seus estatutos e passem a ser sociedades comerciais. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 4 de 81

2.2.5 Não podem aceder ao Programa de Estágios Profissionais as entidades públicas empresariais (EPE), regidas pelos artigos 23.º e seguintes do Decreto Lei n.º 558/99, de 17 de dezembro, com a redação dada pelo Decreto Lei n.º 300/2007, de 23 de agosto, pela Lei n.º 64 A/2008, de 31 de dezembro e Lei n.º 55 A/2010, de 31 de dezembro. 2.2.6 Sem prejuízo do disposto no ponto 2.2.1, podem, ainda, candidatar se à presente Medida as empresas que iniciaram processo especial de revitalização, previsto no Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), aprovado pelo Decreto Lei n.º 53/2004, de 18 de março e alterado pelos Decretos Leis n.ºs 200/2004, de 18 de agosto, 76 A/2006, de 29 de março, 282/2007, de 7 de agosto, 116/2008, de 4 de julho, e 185/2009, de 12 de agosto e pela Lei n.º 16/2012, de 20 de abril, devendo entregar ao IEFP cópia certificada da decisão a que se refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 17.º C do CIRE. 2.3 Destinatários 2.3.1 Constituem se como destinatários dos apoios previstos no presente regulamento, sem prejuízo do disposto no ponto 2.3.2: a) Os desempregados inscritos no centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional, com idade entre os 25 e os 30 anos, inclusive; b) As pessoas, com idade superior a 30 anos, inscritas nos centros de emprego ou centros de emprego ou formação profissional como desempregados e em situação de procura de novo emprego, desde que tenham obtido há menos de três anos uma qualificação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) e não tenham registos de remunerações na Segurança Social nos últimos 12 meses anteriores à entrada da candidatura; c) Os desempregados que integrem família monoparental inscritos no centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional; d) Os desempregados cujo cônjuge ou pessoa com quem viva em união de facto se encontre igualmente desempregado, inscritos no centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional. 2.3.2 No caso de candidaturas apresentadas ao abrigo ao abrigo do regime especial de projetos de interesse estratégico podem, ainda, ser abrangidos os desempregados inscritos no centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional, com idade entre os 18 e os 24 anos, inclusive. 2.3.3 No caso de pessoas com deficiência e incapacidade não se aplicam os limites de idade estabelecidos nos pontos anteriores. 2.3.4 Relativamente à alínea b) do ponto 2.3.1, os requisitos são a idade, o nível de qualificação adquirido há menos de 3 anos, estar desempregado e em situação de procura de novo emprego e não ter registos de remunerações na segurança social nos últimos 12 meses, anteriores à data da candidatura. Deve considerar se pessoa desempregada e em situação de procura de novo emprego, aquela que, estando à procura de novo emprego, não exerce, à data, qualquer atividade por conta própria ou por conta de outrem. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 5 de 81

2.3.5 Relativamente aos destinatários previstos nas alíneas c) e d) do ponto 2.3.1 não existem restrições quanto à idade e ao nível de qualificação dos mesmos. 2.3.6 O QNQ Anexo 2 ao presente regulamento, encontra se regulado pela Portaria n.º 782/2009, de 23 de julho que entrou em vigor em 1 de outubro de 2010. 2.3.7 São elegíveis como destinatários os cidadãos oriundos de países da União Europeia, desde que: a) Seja reconhecido o grau académico, através de equivalência dada por um estabelecimento de ensino nacional, ou outra entidade competente; b) Sejam detentores de certificado de registo de residência e documento de identificação válido (bilhete de identidade ou passaporte). 2.3.8 Os cidadãos nacionais de países terceiros podem aceder ao programa desde que: a) Obtenham o reconhecimento do grau académico, através de equivalência dada por um estabelecimento de ensino nacional ou outra entidade competente; b) Possuam título que permita a sua residência em Portugal e que o habilite a inscreverse como candidato a emprego ou como utente. 2.3.9 As condições de elegibilidade, referidas nos pontos 2.3.7 e 2.3.8, devem ser aferidas à data da candidatura, pelo que devem estar reunidas nesse momento, não existindo relação direta entre a duração do estágio e o prazo dos vistos e autorizações (designadamente porque podem estes vir a ser renovados). 2.3.10 Durante todo o período de desenvolvimento do estágio, os estagiários referidos no ponto 2.3.1 não podem exercer qualquer tipo de atividade profissional, por conta própria ou por conta de outrem. 2.3.11 As pessoas que se encontrem nalguma das situações previstas no ponto 2.3.1 que frequentem ou tenham frequentado um estágio profissional financiado por fundos públicos, só podem frequentar um novo estágio, se entre o primeiro estágio e o segundo estágio reforçarem as suas competências através da aquisição de um novo nível de qualificação nos termos do QNQ (anexo 2), ou seja, desde que adquiram um novo nível de qualificação após a conclusão do primeiro estágio, exceto nos casos referenciados no ponto 3.5.2 deste regulamento, ou, tenham obtido uma qualificação em área diferente e o novo estágio ser nessa área. 2.3.12 Outras situações aplicáveis: a) Os estagiários desempregados que se encontrem a receber as prestações de desemprego, podem aceder ao programa, devendo as prestações ser suspensas, de acordo com a alínea a) do n.º 1 do art.º 52.º do Decreto lei n.º 220/2006, de 3 de novembro, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto lei n.º 72/2010, de 18 de junho, durante todo o período de estágio, recebendo o estagiário apenas o valor da bolsa de estágio e retomando a prestação de desemprego no fim do estágio. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 6 de 81

b) Os bolseiros de investigação que se encontrem ao abrigo do Estatuto publicado pela Lei n.º 40/2004, de 18 de agosto, devem ser considerados jovens à procura do primeiro emprego, desde que os descontos para a Segurança Social tenham sido efetuados ao abrigo do Regime de Seguro Voluntário, situação que deve ser obrigatoriamente comprovada pelo Centro de Emprego ou do Centro de Emprego e Formação Profissional da área de realização do estágio, através das folhas de descontos para a segurança social. c) Os candidatos que possuam o Estatuto de Trabalhador Estudante antes da data da seleção para o Programa Estágios Profissionais podem continuar a beneficiar desse regime. Aqueles que antes da referida data não possuam esse Estatuto não beneficiarão do mesmo, durante o desenvolvimento do estágio, apenas podendo justificar as faltas motivadas pela prestação de provas de avaliação, de acordo com o previsto na alínea c) do artigo 249.º por remissão para o artigo 91.º do Código do Trabalho. 2.3.13 As condições de acesso dos destinatários são aferidas à data da apresentação da candidatura. 2.4 Orientador de estágio 2.4.1 A entidade promotora deve designar um orientador para cada estágio proposto, competindo lhe, nomeadamente: a) Realizar o acompanhamento técnico e pedagógico do estagiário, supervisionando o seu progresso face aos objetivos indicados no plano individual de estágio; b) Avaliar os resultados obtidos pelo estagiário ao longo e no final do estágio, devendo, para o efeito, utilizar o Relatório de Acompanhamento e Avaliação do Estagiário (anexo 10). 2.4.2 Cada orientador não deve ter mais de cinco estagiários a seu cargo. a) O limite dos estagiários a acompanhar por orientador deve ser respeitado, mesmo que coexistam vários projetos passaporte na mesma entidade empregadora. b) No caso de coexistirem na mesma entidade empregadora projetos de estágios no âmbito do Programa Estágios Profissionais (Portaria n.º92/2011, de 28 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 309/2012, de 9 de outubro, n.º 3 B/2013, de 4 de janeiro, e n.º 120/2013, de 26 de março) e no âmbito das medidas Passaportes Emprego (Portaria n.º 225 A/2012, de 31 de julho, alterada pela Portaria n.º 65 B/2013, de 13 de fevereiro e retificada pela Declaração de Retificação n.º 18/2013, de 26 de março), o número total de estagiários por orientador, no seu conjunto, não pode ultrapassar 5. 2.4.3 O orientador deve ter, preferencialmente, vínculo à entidade promotora. Quando tal não for possível, a entidade pode recorrer à contratação externa. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 7 de 81

2.4.4 O IEFP deve emitir parecer sobre a aceitação do orientador de estágio proposto pela entidade promotora, O parecer sobre o perfil do orientador de estágio, deverá ter por base a avaliação curricular, devendo ainda ponderar se estão reunidas as condições para exercer as competências que lhe estão cometidas durante todo o período de estágio. 2.4.5 Pode ser admitida a substituição do orientador de estágio, por motivos devidamente justificados pela entidade promotora e aceites pelo IEFP. Para o efeito, são aplicados os procedimentos definidos quanto à designação e aceitação do orientador de estágio e a decisão cabe ao centro de emprego da área de realização do estágio. 3. CARACTERIZAÇÃO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL 3.1 Definição e âmbito Considera se estágio profissional a etapa de transição para a vida ativa que visa complementar uma qualificação preexistente através de formação e experiência prática em contexto laboral, e promover a inserção de jovens ou reconversão profissional de desempregados. 3.1.1 O estágio profissional traduz se numa forma de transição para a vida ativa e não deve consistir na ocupação de posto de trabalho. 3.1.2 São abrangidos pela presente medida, os estágios que tenham como objetivo o cumprimento de requisitos adicionais e específicos para acesso a títulos profissionais. 3.1.3 Não são abrangidos pela presente medida: a) Os estágios curriculares de quaisquer cursos; b) Os estágios cujo plano requeira perfil de formação e competências nas áreas da medicina e da enfermagem, pertencentes aos seguintes códigos da Classificação Portuguesa de Profissões (CPP): a) Sub Grupo 2.2.1 Médicos b) Sub Grupo 2.2.2 Profissionais de enfermagem. 3.1.4 Os estágios devem ser executados na íntegra e exclusivamente pelas entidades promotoras dos mesmos, ou seja, pelas entidades que se candidatam ao programa, e decorrer em instalações por elas geridas, salvo nos casos em que a sua atividade económica seja desenvolvida em regime de consultoria ou prestação de serviços, ou ainda quando haja uma relação contratual ou comercial com entidade terceira, devendo esta entidade reunir as condições de acesso ao Programa de Estágios Profissionais. 3.2 Contrato de Estágio 3.2.1 Os destinatários que efetuem um estágio no âmbito do Programa Estágios Profissionais, celebram com a entidade promotora um Contrato de Estágio, conforme modelo anexo (Anexo 3), reduzido a escrito e em triplicado, sendo o original para a entidade promotora, uma cópia para o estagiário e outra para o centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 8 de 81

3.2.2 O contrato de estágio tem obrigatoriamente de ser celebrado em data anterior ou na data de início do estágio, que deve ocorrer apenas após o centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, ter efetuado os procedimentos descritos no ponto 6.4. 3.3 Impostos e Segurança Social 3.3.1 A relação jurídica decorrente da celebração do contrato de estágio é equiparada, para efeitos de segurança social, a trabalho por conta de outrem. 3.3.2 As bolsas de estágio são passíveis de tributação em sede de IRS e sujeitas a contribuições para a Segurança Social (Taxa Social Única TSU), nos termos dos respetivos normativos e procedimentos. 3.3.3 O IEFP não comparticipa as contribuições devidas pela entidade promotora à Segurança Social. 3.3.4 Quando o IEFP detete, em sede de acompanhamento, o incumprimento destas obrigações, reportará tal facto às entidades competentes. 3.3.5 Para efeitos de cumprimento da obrigação contributiva considera se base de incidência todas as prestações auferidas pelos estagiários, independentemente de serem objeto de comparticipação pública, nos exatos termos em que o sejam para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem, conforme o disposto no art.º 44.º e seguintes do Código dos Regimes Contributivos. 3.4 Duração 3.4.1 Os estágios promovidos no âmbito do presente regulamento têm a duração de 12 meses, não prorrogáveis, sem prejuízo do disposto na alínea a) do ponto 5.4.1. 3.4.2 Os estágios só devem iniciar se depois de concluído o processo de seleção, previsto no ponto 6.4 promovido pelo centro de emprego da área de realização do estágio, e depois de celebrado o respetivo contrato de estágio. 3.4.3 Os Estágios Profissionais são desenvolvidos de acordo com o regime da duração e horário de trabalho, descansos diário e semanal, feriados, faltas, segurança, higiene e saúde no trabalho aplicável à generalidade dos trabalhadores da entidade promotora. 3.4.4 No âmbito do Programa de Estágios Profissionais não existe direito a férias, nem atribuição do respetivo subsídio, assim como subsídio de natal. 3.5 Certificação 3.5.1 No termo do estágio a entidade promotora deve entregar ao estagiário um certificado comprovativo de frequência e avaliação final ou certificado de conclusão de estágio profissional, de acordo com os modelos que se apresentam no anexo 4. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 9 de 81

3.5.2 No caso dos destinatários que sejam detentores de qualificação de nível 3 do QNQ, a conclusão do estágio com avaliação final positiva dá lugar à obtenção do nível 4 de qualificação do QNQ, nos termos da Portaria n.º 782/2009, de 23 de Julho, o qual deve constar do certificado previsto no ponto anterior. 4. VICISSITUDES DO CONTRATO DE ESTÁGIO 4.1 Faltas 4.1.1 As faltas são justificadas ou injustificadas, de acordo com o regime aplicável para a generalidade dos trabalhadores da entidade promotora. 4.1.2 O estagiário é excluído do programa nas seguintes situações, cessando o respetivo contrato de estágio: a) Se o número de faltas injustificadas atingir os 5 dias seguidos ou interpolados; b) Se, com exceção da situação prevista no ponto 4.5.1, o número total de faltas justificadas, atingir os 15 dias seguidos ou interpolados. 4.1.3 São descontados, no valor da bolsa de estágio, no subsídio de alimentação e nas despesas de transporte, os valores correspondentes às seguintes faltas: a) As faltas injustificadas; b) As faltas justificadas por motivo de acidente, desde que o estagiário tenha direito a qualquer compensação pelo seguro de acidentes de trabalho; c) Outras faltas justificadas, nos mesmos termos em que tal aconteça para a generalidade dos trabalhadores da entidade promotora. 4.1.4 Para efeitos de cálculo do valor a descontar na bolsa de estágio e no subsídio de alimentação, devem utilizar se as seguintes fórmulas: Montante total da Bolsa 30 x N.º de dias de faltas Montante Diário do Subsídio de Alimentação e Despesas de Transporte x N.º de dias de faltas 4.1.5 O controlo da assiduidade dos estagiários é efetuado através do preenchimento, pela entidade promotora, de mapa de assiduidade dos estagiários, que deve constar do processo técnico pedagógico. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 10 de 81

4.1.6 Para efeitos do disposto no ponto anterior, deve ser utilizado o formulário Mapa de Assiduidade dos Estagiários, disponível para o efeito na Área Pessoal da Entidade, no Portal do NETemprego, na opção CANDIDATURAS ELETRÓNICAS / Download Documentos. 4.2 Cessação do Contrato de Estágio 4.2.1 O contrato de estágio pode cessar por mútuo acordo escrito, por denúncia de qualquer das partes, ou por caducidade. 4.2.2 A cessação por mútuo acordo deve ser efetuada através de documento escrito assinado por ambas as partes, de forma expressa e inequívoca, no qual se menciona a data de celebração do acordo e do início da sua produção de efeitos. 4.2.3 A denúncia por qualquer das partes deve ser comunicada à outra parte e ao centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, por carta registada, com antecedência mínima de 15 dias consecutivos, e com a indicação do respetivo motivo, sem prejuízo da eventual responsabilidade civil ou criminal a que houver lugar. 4.2.4 O contrato cessa por caducidade, no termo do prazo, por impossibilidade superveniente, absoluta e definitiva do estagiário frequentar o estágio ou da entidade promotora lho proporcionar, bem como por efeito de faltas nos seguintes termos: a) Se o número de faltas injustificadas atingir os 5 dias seguidos ou interpolados; b) Se, com exceção da situação prevista no ponto 4.5.1, o número total de faltas justificadas, atingir os 15 dias seguidos ou interpolados. 4.2.5 O contrato cessa ainda, por caducidade, quando decorrido o prazo de 12, 15, 18 ou 24 meses após o início do estágio, incluindo se neste prazo os seis meses de suspensão, previstos no ponto 4.5.1. 4.2.6 A cessação do contrato, por qualquer das formas previstas no ponto 4.2.4, com exceção da situação do termo do prazo do estágio, deve ser comunicada ao centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, pela entidade promotora, no máximo até ao dia seguinte ao do início da respetiva produção de efeitos, mediante carta registada. 4.3 Cessação do contrato por desistência do estagiário 4.3.1 Os estagiários podem desistir dos estágios, desde que notifiquem por escrito e por carta registada com antecedência de 15 dias consecutivos, quer a entidade quer o centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, devendo para tal justificar quais os motivos que levam a essa desistência. 4.3.2 É admissível a substituição de um estagiário nas seguintes circunstâncias: a) Não ter decorrido mais do que um mês de estágio, desde o início do mesmo até ao momento em que ocorre a desistência; Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 11 de 81

b) Estarem reunidas, no entendimento do IEFP, as condições para o cumprimento não desvirtuado, no período restante, do Plano Individual de Estágio aprovado. 4.3.3 O centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional deve pronunciar se sobre o pedido de substituição do estagiário, no prazo máximo de 5 dias úteis após o mesmo. 4.3.4 A substituição do estagiário deve ocorrer no prazo máximo de 20 dias seguidos, contados a partir da data de efetivação da desistência. 4.3.5 Nas restantes situações de desistências de estagiários, deve ser finalizado o processo com o devido encerramento de contas do pedido. 4.3.6 Quando a desistência do estagiário não seja efetuada no prazo definido no ponto 4.3.1, salvo motivo atendível, ou seja considerada injustificada, ou quando os motivos justificativos não sejam atendíveis, o mesmo não pode ser indicado pelo IEFP para preencher nova oferta de estágio, antes de decorridos 12 meses. 4.3.7 Quando a desistência do estagiário seja justificada, nomeadamente por doença ou por impossibilidade, que lhe não seja imputável, de cumprimento do disposto no Plano Individual de Estágio, o estagiário pode ser indicado pelo IEFP para preencher outra oferta de estágio adequada, o qual terá a duração indicada no projeto de estágio. 4.4 Desistência da entidade 4.4.1 Antes de proferida a decisão de aprovação Caso a entidade pretenda desistir, na totalidade, da candidatura apresentada deve efetuar o seguinte procedimento: Em www.netemprego.gov.pt, selecionar Entidade e indicar nome de utilizador e palavra chave; Na página seguinte selecionar a opção Consultar/Gerir Candidaturas e Processos; De seguida, no separador Candidaturas Submetidas selecionar a opção Comunicar Desistência Total na linha que corresponde à candidatura em questão. Os procedimentos descritos no ponto anterior são aplicáveis apenas a processos no Estado verificado e sobre os quais não recaiu ainda decisão. 4.4.2 No decurso do estágio 4.4.2.1 A entidade promotora pode desistir dos estágios desde que comunique ao estagiário e ao centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, por carta registada, com antecedência mínima de 15 dias consecutivos, o respetivo motivo. 4.4.2.2 Nas situações de desistência em que não haja lugar à substituição dos estagiários, deve ser finalizado o processo de estágio, com o devido encerramento de contas do pedido. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 12 de 81

4.4.3 Substituição do estagiário a pedido da entidade 4.4.3.1 É admissível a substituição de um estagiário nas seguintes circunstâncias, cumulativas e verificadas pelo IEFP através do centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio: a) Não ter decorrido mais do que um mês de estágio, desde o início do mesmo até ao momento em que ocorre a desistência; b) Estarem reunidas, no entendimento do IEFP, as condições para o cumprimento não desvirtuado, no período restante, do Plano Individual de Estágio aprovado. 4.4.3.2 O centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional deve pronunciar se sobre o pedido de substituição do estagiário, no prazo máximo de 5 dias úteis, contados a partir do respetivo pedido. 4.4.3.3 Para o efeito deve analisar os motivos expostos pelo estagiário que comunica a desistência ou pela entidade que solicita a substituição do estagiário. Caso considere os motivos aceitáveis, pode o estagiário ser substituído, desde que se verifiquem as circunstâncias previstas no ponto 4.4.3.1. 4.4.3.4 A substituição do estagiário deve ocorrer no prazo máximo de 20 dias seguidos, contados a partir da data de efetivação da desistência. 4.5 Suspensão do estágio 4.5.1 A entidade promotora pode suspender o estágio, mediante autorização do IEFP, quando ocorra uma das seguintes situações: a) Por facto a ela relativo, nomeadamente encerramento temporário do estabelecimento onde o mesmo se realiza, durante um período não superior a um mês; b) Por facto relativo ao estagiário, nomeadamente, em caso de doença, maternidade ou paternidade, durante um período não superior a 6 meses. 4.5.2 Para efeitos do disposto no ponto anterior, a entidade promotora deve comunicar previamente ao IEFP, por escrito, os fundamentos e a duração previsível do período de suspensão, sendo a decisão tomada no prazo de cinco dias úteis após o pedido. 4.5.3 A autorização de suspensão do estágio só pode ser concedida desde que não comprometa o cumprimento integral do plano individual de estágio. 4.5.4 Durante a suspensão do estágio não é devida a bolsa de estágio, nem o pagamento de alimentação e despesas de transporte. 4.5.5 No dia imediato à cessação do impedimento que levou à suspensão por facto relativo ao estagiário, este deve apresentar se à entidade promotora para retomar o estágio. 4.5.6 A suspensão do estágio não altera a sua duração, apenas pode adiar a data do seu termo, desde que não ultrapasse os 12, 15, 18 ou 24 meses após o seu início, respetivamente nos casos de estágios com a duração de seis, nove, 12 ou 18 meses. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 13 de 81

5. REGIME ESPECIAL DE PROJETOS DE INTERESSE ESTRATÉGICO 5.1 Enquadramento 5.1.1 As entidades promotoras referidas no ponto 2.2 podem apresentar ao IEFP pedido de reconhecimento de projeto de interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região, tendo como objetivo dinamizar e fomentar a criação de postos de trabalho. 5.1.2 O pedido de reconhecimento projeto de interesse estratégico deve ser efetuado nos termos dos pontos seguintes. 5.2 Apresentação e tramitação do pedido de reconhecimento/candidatura aos estágios 5.2.1 As entidades promotoras que pretendam o reconhecimento de interesse estratégico do projeto devem selecionar no formulário de candidatura ao Programa Estágios Profissionais Regime Especial de Projetos Interesse Estratégico através do Portal referido no ponto 6.1.2. 5.2.2 O Sistema de Gestão de Candidaturas (SGC) emite uma notificação à entidade, tendo em vista a formalização do pedido de reconhecimento, que deve ocorrer no prazo de 10 dias úteis, após a receção da notificação. 5.2.3 Quando a entidade quiser pedir o reconhecimento do interesse estratégico para a economia nacional, deve apresentar requerimento dirigido ao respetivo delegado regional, conforme modelo anexo ao Regulamento Especifico (anexo 5), acompanhado de memória descritiva do projeto, com a respetiva descrição sintética que fundamente o seu interesse estratégico para a economia nacional. 5.2.4 Quando a entidade quiser pedir o reconhecimento do interesse estratégico para a economia de determinada região, envolvendo um ou vários concelhos da mesma região, deve apresentar requerimento dirigido ao correspondente Delegado Regional, conforme modelo em anexo ao Regulamento Específico (anexo 6), acompanhado de memória descritiva do projeto, com a respetiva descrição sintética que fundamente o seu interesse estratégico para a economia da região. 5.2.5 Quando se trate de projeto a implementar em mais de um concelho de diferentes regiões, a entidade deve solicitar o reconhecimento do interesse estratégico do projeto para as diversas regiões, apresentando requerimento, referido na alínea a), nas respetivas delegações regionais. 5.2.6 Compete à Delegação Regional emitir um parecer e enviar a proposta ao Conselho Diretivo (CD) do IEFP, para decisão. 5.2.7 Da decisão do CD é dado conhecimento à Delegação Regional que notifica a entidade. 5.2.8 Em caso de aprovação, a Delegação Regional notifica a entidade da decisão de aprovação e envia o termo de aceitação da decisão de aprovação. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 14 de 81

5.2.9 Nos termos do ponto 5.2.3 a memória descritiva do projeto deve incluir, designadamente: a) A apresentação, descrição, localização e objetivos do projeto; b) O tipo e o montante do investimento associado; c) O número de postos de trabalho a criar; d) O número de estagiários a envolver no projeto; e) As perspetivas de contratação futura destes estagiários. 5.3 Critérios de análise dos projetos de interesse estratégico Para efeitos de reconhecimento de projeto de interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região, bem como para a determinação da duração do estágio e da comparticipação pelo IEFP na bolsa de estágio, devem ser tidos em conta os seguintes critérios: a) Ligação efetiva a projeto de investimento, relativo à criação de nova empresa ou expansão de empresa existente* *no caso de um projeto comum de estágios apresentado por diversas entidades promotoras, este critério não se aplica. b) Inserção em setor de atividade ligado essencialmente à exportação devidamente justificada na respetiva candidatura. Quando tal não se verifique, o reconhecimento será de interesse regional CRITÉRIOS c) Projeto envolver um mínimo de 25 estagiários* *no caso de um projeto comum de estágios apresentado por diversas entidades promotoras, o n.º de estagiários deve reportar se ao projeto e não a cada uma das entidades d) Estágios integrados de forma coerente no projeto e) Perspetiva de aumento das competências dos estagiários e da respetiva empregabilidade, evidenciados na candidatura f) Classificação mínima de 70%, de acordo com o modelo de avaliação dos projetos utilizado pelo IEFP 5.4 Reconhecimento do projeto de interesse estratégico 5.4.1 Reconhecido o estatuto de interesse estratégico, de âmbito nacional ou regional, as entidades promotoras, independentemente da sua dimensão e natureza jurídica, estão sujeitas às disposições constantes no presente regulamento, beneficiando de um regime especial que implica as seguintes especificidades: a) O estágio pode ter a duração de seis, nove, 12 ou 18 meses, não prorrogáveis; b) Podem ser abrangidos os desempregados inscritos nos centros de emprego ou centros de formação profissional, com idade entre os 18 e os 24 anos, inclusive. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 15 de 81

5.4.2 São ainda considerados como de interesse estratégico para a economia nacional, os projetos aos quais foi atribuído o estatuto de Projetos de Potencial Interesse nacional (PIN), nos termos do Decreto Lei n.º 174/2008, de 26 de agosto, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto Lei n.º 76/2011, de 20 de junho, pelo que essas entidades estão dispensadas de apresentar novo pedido de reconhecimento ao abrigo da Portaria n.º 309/2012, de 9 de outubro. 5.4.3 A entidade pode prosseguir a candidatura aos estágios profissionais, mesmo que não tenha sido atribuído o reconhecimento de interesse estratégico, desde que assegure os requisitos aplicáveis ao regime geral do Programa. 5.4.4 Caso a entidade pretenda desistir da candidatura, deve comunicar essa intenção ao IEFP (via ofício ou e mail). 5.4.5 O reconhecimento de interesse estratégico é atribuído ao projeto, independentemente do número de candidaturas que a entidade venha a apresentar, e a validade do reconhecimento deverá corresponder ao período de implementação do projeto (este período é indicado pela entidade na memória descritiva que fundamentou o pedido de reconhecimento). 5.4.6 Nos casos em que as entidades apresentem várias candidaturas, exige se que a primeira candidatura relacionada com o projeto de interesse estratégico preveja abranger um mínimo de 25 estagiários, sendo que o reconhecimento é atribuído por decisão do CD, aquando da aprovação da primeira candidatura. 5.4.7 As candidaturas seguintes, relacionadas com o mesmo projeto, não necessitam de decisão do CD, atendendo a que o reconhecimento do interesse estratégico já foi atribuído aquando da análise da primeira candidatura. Deste modo, estas candidaturas são aprovadas pela Delegação Regional. 5.4.8 Pode ainda ser considerado de interesse estratégico o projeto comum de estágios apresentado por diversas entidades promotoras, não se aplicando, neste caso, o critério definido na alínea a) do Quadro dos Critérios de Análise dos projetos de interesse estratégico referido no ponto 5.3, e devendo o número mínimo de 25 estagiários reportarse ao projeto e não a cada uma das entidades. 6. CANDIDATURAS 6.1 Apresentação da candidatura 6.1.1 As candidaturas são apresentadas nos períodos definidos pelo IEFP, na sequência de deliberação do Conselho Diretivo e divulgados no respetivo Portal. 6.1.2 As candidaturas ao Programa Estágios Profissionais são apresentadas pelas entidades promotoras, nos períodos definidos e publicitados pelo IEFP, através do através do preenchimento do formulário eletrónico disponível, designadamente, no Portal do IEFP (www.iefp.pt) ou do Portal do NETemprego (www.netemprego.gov.pt), disponível no serviço de Candidaturas Eletrónicas a Medidas de Emprego Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 16 de 81

6.1.3 Para acesso ao serviço de Candidaturas Eletrónicas a Medidas de Emprego e respetiva submissão do formulário de candidatura, é necessário o registo prévio da entidade no Portal NETemprego. 6.1.4 Do formulário de candidatura consta o Perfil de Competências e Plano Individual de Estágio, por estagiário, o Currículo do Orientador de Estágio e o Currículo do Estagiário quando proposto pela entidade promotora. 6.1.5 A informação constante do formulário de candidatura, referente aos valores do seguro de acidentes de trabalho, do subsídio de alimentação e despesas de transporte do estagiário (nos casos aplicáveis), indicado pela entidade promotora, determina o cálculo dos apoios a conceder, devendo por isso ser indicados corretamente. 6.1.6 Após a submissão eletrónica da candidatura a entidade poderá acompanhar a evolução do estado da mesma, consultar notificações enviadas pelos serviços do IEFP, assim como anexar documentos que lhe são solicitados, através da sua Área Pessoal, utilizando as seguintes opções disponíveis para o efeito no Portal do NETemprego: a) CONSULTAR NOTIFICAÇÕES/MENSAGENS Consultar Notificações; Consultar Mensagens. b) CANDIDATURAS ELECTRÓNICAS Submeter Candidaturas; Consultar Candidaturas; Anexar Documentos à Entidade, Download Documentos. 6.1.7 As entidades promotoras não podem, para os mesmos custos, incluindo a sua comparticipação na bolsa de estágio, apresentar candidaturas a mais de uma entidade financiadora. 6.2 Requisitos gerais das Entidades Promotoras 6.2.1 Podem aceder aos apoios previstos no presente regulamento as entidades promotoras referidas no ponto 2.2 que cumpram as obrigações legais e regulamentares a que se encontrem vinculadas, nomeadamente as fiscais e contributivas. 6.2.2 Sem prejuízo do disposto no ponto anterior, constituem se, ainda, como entidades promotoras, as empresas que iniciaram processo especial de revitalização, previsto no Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, aprovado pelo Decreto Lei n.º 53/2004, de 18 de março e alterado pelos Decretos Leis n.ºs 200/2004, de 18 de agosto, 76 A/2006, de 29 de março, 282/2007, de 7 de agosto, 116/2008, de 4 de julho, e 185/2009, de 12 de agosto e pela Lei n.º 16/2012, de 20 de abril, devendo entregar ao IEFP cópia certificada da decisão a que se refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 17.º C do CIRE. 6.2.3 Consideram se reunidos os requisitos de acesso através da declaração da entidade constante no formulário de candidatura, na qual se compromete a não prestar falsas declarações. 6.2.4 A verificação da situação contributiva regularizada perante a administração tributária deve ser efetuada mediante: a) Consentimento da entidade ao IEFP, no formulário de candidatura e nos termos do ponto 6.2.6, para consulta on line da mesma, Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 17 de 81

Ou b) Disponibilização, na área pessoal da entidade, das respetivas certidões comprovativas. 6.2.5 Para conceder a autorização para consulta on line da situação regularizada perante a administração tributária, devem ser dados os seguintes passos: Após ter entrado no site das finanças www.portaldasfinancas.gov.pt, deve registarse (caso ainda não o tenha feito). Se já possui a Senha de Acesso deve introduzir os seus dados (N.º Contribuinte e Senha); Na página inicial escolher Outros Serviços; Em Outros Serviços/Autorizar, selecionar Consulta Situação Tributária; Registar o NIPC do IEFP (501442600) 6.2.6 Para verificação da situação contributiva regularizada perante a segurança social, a entidade deve declarar no formulário de candidatura, que autoriza o IEFP a consultar a informação disponibilizada pelos serviços competentes da segurança social. 6.2.7 O consentimento ou a disponibilização referidos no ponto anterior são obrigatórios em sede de submissão de candidatura, sob pena de esta ser não ser considerada. 6.2.8 Os comprovativos dos restantes requisitos de acesso devem constar obrigatoriamente do processo técnico das entidades promotoras. 6.3 Requisitos dos projetos de estágio 6.3.1 A apreciação das candidaturas aos apoios previstos no presente regulamento deve obedecer, nomeadamente, aos seguintes critérios de apreciação: Requisitos dos projetos de estágio Critérios de análise das candidaturas Critério Análise a) Desemprego registado no Concelho de realização do estágio/população Avaliar o rácio desemprego registado no Concelho de realização do estágio/população residente em idade ativa face à média nacional; b) Desemprego registado na área profissional e grupo etário Avaliar o desemprego registado na área profissional (de acordo com a Classificação Nacional em vigor) e grupo etário c) Enquadramento do estágio na entidade promotora Avaliar se o estágio proposto se enquadra na(s) atividade(s) económica(s) da entidade promotora d) Coerência dos projetos de estágios propostos Avaliar da qualidade técnica, nomeadamente quanto à coerência entre o perfil de competências da função e os conteúdos dos Planos Individuais de Estágio, bem como a conformidade da área profissional face à área de formação, do estágio Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 18 de 81

Requisitos dos projetos de estágio Critérios de análise das candidaturas Critério Análise e) Conformidade do orientador Avaliar a conformidade do orientador, tendo em conta as competências que lhe estão atribuídas f) Evolução recente dos trabalhadores ao serviço da entidade Avaliar a pertinência dos estágios propostos g) Integração de estagiários Avaliar a perspetivas de emprego dos estagiários na entidade, tendo em consideração os dados relativos ao histórico de integração de ex estagiários e às perspetivas de empregabilidade indicadas pela entidade para os estagiários em questão h) Relação entre o número de estagiários e o número de empregados da entidade promotora A relação deve ser adequada á organização da entidade promotora, não podendo causar entropia no desenvolvimento do processo produtivo 6.3.2 O suporte da decisão sobre as candidaturas aos apoios previstos no presente regulamento contém obrigatoriamente uma descrição da apreciação efetuada face a cada um dos critérios aplicáveis. 6.4 Seleção de candidatos 6.4.1 Cabe ao centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, em articulação com as entidades promotoras, recrutar e selecionar os candidatos a abranger pelo Programa Estágios Profissionais. 6.4.2 A articulação pode revestir as seguintes formas: a) A entidade promotora realiza uma pré seleção do(s) candidato(s), de acordo com os seus critérios internos, e os requisitos legalmente estabelecidos; apresenta os ao IEFP, conjuntamente com a candidatura, e indica os dado(s) do(s) candidato(s) no Perfil de Competências. Depois de notificada a respetiva decisão de aprovação pelo IEFP, o centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, deverá confirmar o cumprimento dos requisitos dos candidatos propostos, a fim de proceder à sua seleção final, propondo à entidade a correspondente substituição sempre que se verifique a sua inelegibilidade. b) A entidade promotora não propõe qualquer candidato, aquando da formalização da candidatura, pelo que, depois de notificada a respetiva decisão de aprovação, procede ao recrutamento e seleção do(s) estagiário(s) de entre os candidatos inscritos nos seus ficheiros, apresentando o(s) à entidade promotora, no sentido de, conjuntamente, se concretizar a seleção final do(s) mesmo(s). Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 19 de 81

6.4.3 O perfil do candidato deve ajustar se ao perfil de competências da função, em termos de habilitações académicas, competências técnico profissionais e sócio relacionais, assim como de qualificação profissional, de acordo com o solicitado pela entidade promotora. 6.4.4 Aos candidatos selecionados para preencher uma vaga de estágio deve ser dado conhecimento do respetivo Plano Individual de Estágio. 6.5 Impedimentos na apresentação das candidaturas e na seleção dos destinatários As entidades promotoras ficam impedidas de selecionar destinatários deste Programa com quem que tenham estabelecido, nos últimos 12 meses que precedem a data de apresentação da candidatura, uma relação de trabalho (contrato de trabalho), de prestação de serviços ou estágios de qualquer natureza, exceto estágios curriculares ou obrigatórios para acesso a profissão. 6.6 Análise e decisão 6.6.1 Compete ao IEFP: a) A seleção dos candidatos, em conjunto com as entidades promotoras; b) A instrução, análise e aprovação das candidaturas; c) O acompanhamento e avaliação dos estágios; d) O pagamento das verbas correspondentes aos custos a comparticipar pelo IEFP. 6.6.2 A análise e decisão das candidaturas são efetuadas no prazo máximo de 25 dias seguidos, contados a partir da data da apresentação das mesmas, mediante a aplicação das grelhas com critérios de avaliação e graduação de candidaturas (anexo 7) devendo ter em conta os requisitos das entidades promotoras e dos projetos previstos nos pontos 6.2 e 6.3 do presente regulamento, cuja descrição consta obrigatoriamente do suporte da decisão. 6.6.3 O prazo definido no ponto anterior suspende se sempre que sejam solicitados, pelo IEFP, elementos adicionais, desde que imprescindíveis para a tomada da decisão, terminando a suspensão com a cessação do facto que lhe deu origem. 6.6.4 Os elementos e informações em falta ou adicionais solicitados pelo IEFP, quer através da Área Pessoal da entidade promotora, quer por ofício, no âmbito da análise das candidaturas, necessários à tomada de decisão, devem ser apresentados no prazo de 10 dias úteis, contados desde o dia seguinte à data do pedido na Área Pessoal ou à data da receção do ofício. 6.6.5 Sem prejuízo do disposto no ponto 6.6.2, o prazo de 25 dias seguidos para a análise e decisão das candidaturas apresentadas por entidades reconhecidas ao abrigo do regime especial de projetos de interesse estratégico, inicia se a partir da data de receção da notificação da atribuição do reconhecimento. 6.7 Notificação da decisão de aprovação A decisão da aprovação das candidaturas e a emissão das respetivas comunicações às entidades promotoras deve ser efetuada através de carta registada. Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 20 de 81

6.8 Aceitação da decisão de aprovação 6.8.1 As entidades promotoras devem devolver o respetivo Termo de Aceitação da Decisão de Aprovação (anexo 8), devidamente assinado, no prazo de 15 dias consecutivos, contados a partir do dia imediatamente a seguir à data da receção da notificação de aprovação, sob pena de a decisão caducar, salvo se a entidade promotora apresentar justificação que seja aceite pelo IEFP. 6.8.2 O termo de aceitação da decisão de aprovação deve ser assinado pela entidade promotora, nos seguintes termos: a) No caso de pessoas singulares, o signatário deve indicar o número, data e entidade emitente do respetivo bilhete de identidade ou documento equivalente emitido pela autoridade competente de um dos países da União Europeia ou do passaporte; b) No caso de pessoas coletivas, deve ser objeto de reconhecimento por semelhança com menções especiais, devendo as assinaturas de quem tem poderes para obrigar a entidade promotora ser reconhecidas, nessa qualidade e com poderes para o ato, por notário, advogado, solicitador ou câmara de comércio ou indústria, ou através de selo branco no caso das entidades ou organismos da Administração Pública, nos termos da legislação em vigor. 6.9 Início dos Estágios Todas as folhas devem ser rubricadas e autenticadas, incluindo anexos. O estágio só pode ter início após a comunicação da decisão de aprovação da candidatura e após o centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional da área de realização do estágio, ter verificado os requisitos de acesso dos candidatos a estágio propostos no formulário de candidatura, ou, ter efetuado o ajustamento de candidatos selecionados pelo centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional, sob pena de não se poder dar sequência à decisão de aprovação respetiva. 6.10 Caducidade da decisão de aprovação A decisão de aprovação proferida relativamente aos estágios apresentados caduca nos seguintes casos: 6.11 Indeferimento a) Não devolução do termo de aceitação da decisão de aprovação dentro do prazo estabelecido, salvo apresentação de motivo justificativo que seja aceite pelo IEFP; b) Desistência da realização dos estágios antes de efetuado o adiantamento do apoio por parte do IEFP; c) Não ter ocorrido o início de nenhum estágio profissional no prazo de 90 dias após a data da aceitação da decisão, constante do respetivo Termo de Aceitação, salvo apresentação de motivo justificativo que seja aceite pelo IEFP. São objeto de indeferimento e consequente arquivamento os processos que não reúnam as condições necessárias para serem financiadas, nos termos da legislação e do presente regulamento, designadamente por: Programa Estágios Profissionais l Regulamento Específico Página 21 de 81