Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal. 3º Quadrimestre Poder Judiciário

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Transcrição:

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal 3º Quadrimestre - 2014 Poder Judiciário Julho de 2015

Pág. 02 Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do DF - poder Judiciário Introdução O terceiro quadrimestre de 2014, referente ao período fiscal que vai de janeiro a dezembro de 2014, foi marcado pela predominante ampliação das despesas líquidas com pessoal (DLP) em relação à receita corrente líquida (RCL) nos Tribunais de Justiça dos estados brasileiros. Na comparação com o terceiro quadrimestre de 2013, dos 26 estados da Federação e o Distrito Federal, 16 aumentaram o percentual de gasto com pessoal. Esse é um resultado diferente do ocorrido no 2º quadrimestre do ano passado, quando a maior parte dos tribunais estaduais havia reduzido o percentual de gastos com pessoal em relação à receita corrente líquida. Como pode ser percebido no Gráfico 1, no 3º quadrimestre de 2014, nenhum dos tribunais de Justiça dos estados da Federação e do Distrito Federal ultrapassou o limite máximo ou mesmo o limite prudencial com despesas de pessoal. No entanto, os tribunais da Bahia (5,68%) e do Rio de Janeiro (5,62%) estão muito próximos deste limite e, inclusive, já ultrapassaram o limite de alerta. Espírito Santo e Paraíba estão no limite de alerta, de 5,4%. O Amazonas é o estado com a situação fiscal mais tranquila, uma vez que gasta com pessoal apenas 3,57% da RCL do estado. Cabe lembrar que os limites legais para fins de apuração fiscal no Distrito Federal são diferentes dos outros estados, uma vez que o TJDF considera como parâmetro a RCL do governo federal e não a distrital. Por isso, a relação entre DLP e RCL é bem mais baixa do que nos estados. GRÁFICO 1 Despesa Líquida com Pessoal em relação à receita corrente líquida nos estados brasileiros Poder Judiciário 3º Quadrimestre 2014 2

Pág. 03 Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do DF - poder Judiciário Região Norte Na região Norte do país, apenas o Pará e o Tocantins apresentaram aumento na relação entre a despesa líquida com pessoal (DLP) e a receita corrente líquida (RCL) no 3º quadrimestre de 2014, em relação ao mesmo quadrimestre de 2013. No caso do Pará, saiu de 4,03% para 4,10% e, no Tocantins, de 5,26% para 5,30%. Nesses dois casos, houve aumento no gasto com pessoal em proporção maior do que o aumento da RCL. O Amazonas foi onde houve a maior queda da relação entre a DLP e a RCL - de 4,06% para 3,57%. Isso se deu tanto em função do aumento da RCL quanto da queda do gasto com a folha no período considerado. Nos demais estados da região, o aumento do gasto com pessoal foi em menor proporção que o aumento da receita corrente líquida. 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% GRÁFICO 2 Despesa líquida de pessoal em relação à receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual 5,33% 5,16% 5,26% 5,30% 4,50% 3,86% 4,20% 4,06% 4,03% 4,10% 3,92% 3,72% 3,85% 3,57% Acre Amapá Amazonas Pará Rondônia Roraima Tocantins 3º 2013 3º 2014 TABELA 1 Variação Real da despesa líquida de pessoal e da Receita Corrente Líquida Poder Judiciário Estadual 3º Quadrimestre de 2013 ao 3º Quadrimestre de 2014 UF Var RCL Var DLP DLP/RCL 3º/2014 Acre 8,46% 4,46% 3,72% Amapá 10,94% 3,67% 4,20% Amazonas 0,51% -11,59% 3,57% Pará 3,43% 5,16% 4,10% Rondônia 7,68% 4,27% 5,16% Roraima 8,97% 7,27% 3,85% Tocantins 7,26% 8,09% 5,30% 3

Pág. 04 Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do DF - poder Judiciário Região Nordeste No Nordeste, apenas o Rio Grande do Norte e Sergipe tiveram redução da despesa líquida de pessoal (DLP) em relação à receita corrente líquida (RCL). Isso se explica pela redução de 2,8% e 0,15%, respectivamente, da DLP no 3º quadrimestre de 2014 em relação ao mesmo quadrimestre de 2013, além do aumento na RCL. A situação fiscal continua crítica no TJ da Bahia, pois a DLP está a apenas 0,02 p.p do limite prudencial permitido pela Lei Complementar 101/2000 e já está muito acima do limite de alerta. Se comparado ao 2º quadrimestre de 2014, a situação daquele estado está pior, uma vez que, naquele quadrimestre, a DLP equivalia a 5,51% da RCL. Os maiores crescimentos da DLP, em termos reais, foram verificados em Alagoas (11,85%) e no Ceará (10,96%). Quanto à arrecadação, nenhum estado da região apresentou queda na RCL no período. Entretanto, com exceção do RN e de SE, a receita corrente líquida cresceu proporcionalmente menos que a DLP em todos os estados da região. 6,00% 5,00% 4,00% GRÁFICO 3 Despesa líquida de pessoal em relação à receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual 5,68% 5,63% 5,33% 5,35% 5,45% 5,40% 5,14% 4,90% 5,06% 5,08% 5,29% 4,79% 4,88% 4,96% 4,74% 4,77% 4,57% 4,20% 3,00% 2,00% 3º 2013 3º 2014 1,00% 0,00% Alagoas Bahia Ceará Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Sergipe 4

Pág. 05 TABELA 2 Variação real da despesa líquida de pessoal e da receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual - 3º Quadrimestre de 2013 ao 3º Quadrimestre de 2014 UF Var RCL Var DLP DLP/RCL 3º/2014 Alagoas 2,73% 11,85% 4,57% Bahia 5,51% 6,41% 5,68% Ceará 2,08% 10,96% 5,33% Maranhão 4,42% 5,89% 5,14% Paraíba 2,72% 4,50% 5,45% Pernambuco 1,18% 2,25% 4,79% Piauí 0,82% 4,96% 5,08% Rio Grande do Norte 1,13% -2,80% 4,77% Sergipe 1,85% -0,15% 5,29% Região Sudeste No Sudeste, a situação melhorou no Espírito Santo. A despesa líquida de pessoal (DLP) naquele estado, que representava 5,67% da RCL no 3º quadrimestre de 2013, passou para 5,44% no 3º quadrimestre de 2014. Essa melhora se explica pela maior variação da RCL em relação ao aumento da DLP. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a piora da situação é explicada pela queda da RCL somada ao aumento da despesa com pessoal. Em Minas, a situação se manteve praticamente estável na comparação com o 3º quadrimestre de 2013 (Gráfico 4). GRÁFICO 4 Despesa líquida de pessoal em relação à receita corrente líquida - Poder Judiciário Estadual 6,00% 5,00% 5,67% 5,44% 5,24% 5,25% 5,62% 5,02% 4,32% 4,59% 4,00% 3,00% 2,00% 3º 2013 3º 2014 1,00% 0,00% Espírito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo 5

Pág. 06 TABELA 3 Variação Real da despesa líquida de pessoal e da receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual - 3º Quadrimestre de 2013 ao 3º Quadrimestre de 2014 Var RCL Var DLP DLP/RCL 3º/2013 UF Espírito Santo 5,06% 0,88% 5,44% Minas Gerais 3,86% 4,00% 5,25% Rio de Janeiro -7,99% 3,00% 5,62% São Paulo -1,48% 4,72% 4,59% Região Centro-Oeste No Centro-Oeste, todos os estados (com exceção de Mato Grosso) e o Distrito Federal apresentaram crescimento da despesa líquida de pessoal (DLP) superior ao aumento da Receita Corrente Líquida (RCL). Isso, logicamente, repercutiu no crescimento da relação entre a DLP e a RCL. Goiás é o estado que está mais distante do limite prudencial. Apesar de ter aumentado, a DLP - representou apenas 4,09% da RCL do estado no 3º quadrimestre de 2014. 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% GRÁFICO 5 Despesa líquida de pessoal em relação à receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual 0,19% 0,21% 3,96% 4,09% 5,05% 5,00% 4,43% 4,51% Distrito Federal Goiás Mato Grosso Mato Grosso do Sul 3º 2013 3º 2014 TABELA 4 Variação Real da despesa líquida de pessoal e da receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual - 3º Quadrimestre de 2013 ao 3º Quadrimestre de 2014 UF Var RCL Var DLP DLP/RCL 3º/2013 Distrito Federal -8,03% 2,00% 0,21% Goiás 2,68% 6,21% 4,09% Mato Grosso 5,31% 4,33% 5,00% Mato Grosso do Sul 4,60% 6,62% 4,51% 6

Pág. 07 Região Sul A tendência de forte expansão na DLP no poder Judiciário do Paraná, verificada nos dois últimos boletins, se manteve. No 3º quadrimestre de 2014, a DLP do TJPR cresceu 8,17% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso fez com que o percentual de comprometimento da RCL com a DLP passasse de 4,5% para 4,54%. O aumento só não foi maior devido ao grande aumento da RCL do estado (7,04%). No Rio Grande do Sul, constata-se também que a DLP cresceu em maior proporção que a RCL. Já em Santa Catarina, o aumento da DLP foi inferior à ampliação da RCL, contribuindo para a queda da relação entre a DLP e a RCL para 5,12% no 3º quadrimestre de 2014. 5,40% 5,20% GRÁFICO 6 Despesa líquida de pessoal em relação à receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual 5,19% 5,12% 5,00% 4,80% 4,60% 4,54% 4,50% 4,74% 4,80% 3º 2013 3º 2014 4,40% 4,20% 4,00% Paraná Rio Grande do Sul Santa Catarina TABELA 5 Variação Real da despesa líquida de pessoal e da receita corrente líquida Poder Judiciário Estadual - 3º Quadrimestre de 2013 ao 3º Quadrimestre de 2014 UF Var RCL Var DLP DLP/RCL 3º/2013 Paraná 7,04% 8,17% 4,54% Rio Grande do Sul 2,05% 3,30% 4,80% Santa Catarina 5,54% 3,99% 5,12% 7

Pág. 08 Possibilidade de gasto De acordo com a Lei Complementar 101/2000, o Judiciário Estadual pode desprender, a título prudencial, 5,7% da receita corrente líquida (RCL) do estado para a despesa líquida com pessoal (DLP). Nenhum dos Tribunais de Justiça no país atingiu o limite prudencial, no período analisado, e alguns possuem uma margem muito boa para reajustes. O estado do Amazonas é o que possui o maior percentual possível de ampliação das despesas com pessoal - 59,73%. Em termos monetários, o estado de São Paulo é o que tem o maior valor disponível para gasto (R$ 1,5 bilhão). Apenas 10 dos 26 estados da Federação, além do Distrito Federal, podem ampliar os gastos com pessoal em mais de 20%. Por outro lado, há estados com uma situação bastante delicada. A Bahia só tem condições de ampliar o gasto com pessoal em 0,38%, o que corresponde a pouco mais de R$ 5,5 milhões, valor quase insuficiente para cobrir o crescimento vegetativo dessa instituição. E o TJRJ só poderia aumentar em 1,45% os gastos, o que equivale a um montante de R$ 37,5 milhões. TABELA 6 Gasto possível para atingir limite prudencial permitido pela LRF UF DLP/RCL Reajuste Possível 3º/2014 (5,7% RCL) Gasto Possível Amazonas 3,57% 235.302.809,29 59,73% Acre 3,72% 84.435.664,09 53,17% Roraima 3,85% 51.394.428,00 47,87% Goiás 4,09% 252.951.998,89 39,28% Pará 4,10% 234.591.115,00 39,01% Amapá 4,20% 60.126.270,57 35,57% Mato Grosso do Sul 4,51% 96.326.199,72 26,37% Paraná 4,54% 327.617.864,16 25,44% Alagoas 4,57% 67.217.768,55 24,62% São Paulo 4,59% 1.508.694.678,70 24,25% Distrito Federal 0,21% 311.272.641,52 22,81% Rio Grande do Norte 4,77% 68.991.803,19 19,60% Pernambuco 4,79% 168.888.522,17 19,10% Rio Grande do Sul 4,80% 258.553.285,69 18,82% Mato Grosso 5,00% 76.590.057,21 14,05% Piauí 5,08% 38.495.248,58 12,22% Santa Catarina 5,12% 103.784.909,75 11,37% Maranhão 5,14% 57.245.257,39 10,98% Rondônia 5,16% 28.614.845,68 10,48% Minas Gerais 5,25% 215.093.621,50 9,00% Sergipe 5,29% 24.312.411,72 7,68% Tocantins 5,30% 24.095.308,10 7,48% Ceará 5,33% 53.713.475,73 6,99% Espirito Santo 5,44% 30.456.958,32 4,74% Paraíba 5,45% 18.855.177,42 4,68% Rio de Janeiro 5,62% 37.545.000,24 1,45% Bahia 5,68% 5.559.769,74 0,38% Nota: 1) O limite prudencial permitido para o Distrito Federal é de 0,26125% da RCL da União 8

Pág. 09 ANEXO QUADRO 1 Despesa líquida de pessoal em relação à receita corrente líquida 3º quadrimestre de 2013 a 3º quadrimestre de 2014 Região UF 2013 2014 3º Quadr 1º Quadr 2º Quadr 3º Quadr Acre 3,86% 3,65% 3,53% 3,72% Amapá 4,50% 4,31% 4,11% 4,20% Amazonas 4,06% 3,82% 3,72% 3,57% Norte Pará 4,03% 4,01% 3,99% 4,10% Rondônia 5,33% 5,26% 5,26% 5,16% Roraima 3,92% 3,92% 3,77% 3,85% Tocantins 5,26% 5,18% 5,16% 5,30% Alagoas 4,20% 4,25% 4,37% 4,57% Bahia 5,63% 5,66% 5,51% 5,68% Ceará 4,90% 4,97% 5,08% 5,33% Maranhão 5,06% 5,05% 4,97% 5,14% Nordeste Paraíba 5,35% 5,33% 5,37% 5,45% Pernambuco 4,74% 4,78% 4,83% 4,79% Piauí 4,88% 4,96% 5,01% 5,08% Rio Grande do Norte 4,96% 4,87% 4,65% 4,77% Sergipe 5,40% 5,36% 5,35% 5,29% Espírito Santo 5,67% 5,30% 5,22% 5,44% Sudeste Minas Gerais 5,24% 5,23% 5,31% 5,25% Rio de Janeiro 5,02% 5,60% 5,54% 5,62% São Paulo 4,32% 4,33% 4,48% 4,59% Distrito Federal 0,19% 0,19% 0,20% 0,21% Centro-Oeste Goiás 3,96% 4,00% 4,12% 4,09% Mato Grosso 5,05% 4,82% 4,97% 5,00% Mato Grosso do Sul 4,43% 4,57% 4,65% 4,51% Paraná 4,50% 4,41% 4,51% 4,54% Sul Rio Grande do Sul 4,74% 4,71% 4,82% 4,80% Santa Catarina 5,19% 5,14% 5,12% 5,12% 9

Pág. 10 QUADRO 2 Limites previstos para cada esfera de poder e cada ente da Federação em termos percentuais (%) União Estados Municípios Máximo Prudencial Máximo Prudencial Máximo Prudencial Executivo (1) 40,90 38,86 49,00 46,55 54,00 51,30 Legislativo 2,50 2,38 3,00 2,85 6,00 5,70 Judiciário (2) 6,00 5,70 6,00 5,70 - - Ministério Público 0,60 0,57 2,00 1,90 - - Total 50,00 47,50 60,00 57,00 60,00 57,00 Fonte: Lei Complementar nº 101 de maio de 2000 Obs.: a) Destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional nº 19, (do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima), repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar; descritos da seguinte forma (Decreto nº 3.917/2001): 1) 0,275% para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; 2) 0,092% para o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios; 3) 0,160% para o ex-território de Roraima; 4) 0,273% para o ex-território do Amapá; 5) 2,200% para o Distrito Federal. b) Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites foram repartidos entre seus órgãos, de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao exercício de 2000 (LRF, art. 20, 1º). 10

Pág. 11 QUADRO 3 Legislação acerca dos limites O que acontece quando o Limite Prudencial e o Limite Máximo são ultrapassados? Diz a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000): Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre. Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite [máximo], são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso: I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição; II - criação de cargo, emprego ou função; III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias. Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos 3o e 4o do art. 169 da Constituição. 1o No caso do inciso I do 3 o do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária. 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá: I - receber transferências voluntárias; II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal. 4o As restrições do 3 o aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20. 11

Pág. 12 Rua Aurora, 957-1º andar - Centro 01209-001 - São Paulo - SP PABX: (011) 3821-2199 Fax: (011) 3821-2179 Presidente: Zenaide Honório Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - SP Vice-presidente: Luis Carlos de Oliveira Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo Mogi das Cruzes e Região - SP Secretário Executivo: Antônio de Sousa Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Osasco e Região - SP Diretor Executivo: Alceu Luiz dos Santos Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Máquinas Mecânicas de Material Elétrico de Veículos e Peças Automotivas da Grande Curitiba - PR Diretor Nacional: Bernardino Jesus de Brito Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo - SP Diretora Executiva: Cibele Granito Santana Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas - SP Diretor Executivo: Josinaldo José de Barros Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Materiais Elétricos de Guarulhos Arujá Mairiporã e Santa Isabel - SP Diretora Executiva: Mara Luzia Feltes Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramentos Perícias Informações Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul - RS Diretora Executiva: Maria das Graças de Oliveira Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco - PE Diretor Executivo: Paulo de Tarso Guedes de Brito Costa Sindicato dos Eletricitários da Bahia - BA Diretora Executiva: Raquel Kacelnikas Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo Osasco e Região - SP Diretor Executivo: Roberto Alves da Silva Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo - SP Diretor Executivo: Ângelo Máximo de Oliveira Pinho Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - SP Direção Técnica Diretor técnico: Clemente Ganz Lúcio Coordenadora executiva: Patrícia Pelatieri Coordenadora administrativa e financeira: Rosana de Freitas Coordenador de educação: Nelson de Chueri Karam Coordenador de relações sindicais: José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de atendimento técnico sindical: Airton Santos Coordenadora de estudos e desenvolvimento: Ângela Maria Schwengber Elaboração: Rede Servidores 12