DESEMPENHO DE DOIS TIPOS DE PLATAFORMA DE COLHEDORA DE SOJA

Documentos relacionados
PERDAS NA COLHEITA MECANIZADA DA SOJA NO TRIÂNGULO MINEIRO LOSSES IN THE AUTOMATED CROP OF THE SOY IN THE MINING TRIANGLE

Prof. Dr., Curso de Agronomia, FAZU - Faculdades Associadas de Uberaba, Uberaba - MG;

DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA UTILIZANDO UM SISTEMA DE DEPOSIÇÃO DE SEMENTES POR FITA.

AVALIAÇÃO DE PERDAS NA COLHEITA DA CULTURA DA SOJA NA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL. Erlei Jose Alessio Brabosa 1, Ricardo Schmitz 2

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

DETERMINAÇÃO DAS PERDAS DE GRÃOS NA COLHEITA MECANIZADA DE SOJA UTILIZANDO PLATAFORMA CONVENCIONAL E DRAPER

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

CONSUMO DE TRATOR EQUIPADO COM SEMEADORA

REVENG p. Recebido para publicação em 14/08/2012. Aprovado em 25/09/2012.

CONTROLE ESTATÍSTICO APLICADO AO PROCESSO DE COLHEITA MECANIZADA DE MILHO.

RESPOSTA DO MILHO SAFRINHA A DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DE POTÁSSIO

Dissimilaridade de Ambientes de Avaliação de Milho, na Região Subtropical do Brasil

PERDAS QUANTITATIVAS NA COLHEITA MECANIZADA DE SOJA EM DIFERENTES CONDIÇÕES OPERACIONAIS DE DUAS COLHEDORAS

Avaliação de aspectos produtivos de diferentes cultivares de soja para região de Machado-MG RESUMO

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

Leonardo Henrique Duarte de Paula 1 ; Rodrigo de Paula Crisóstomo 1 ; Fábio Pereira Dias 2

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

CRESCIMENTO DE DIFERENTES CULTIVARES DE SOJA SUBMETIDAS A ÉPOCAS DE SEMEADURAS DISTINTAS NO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DE DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO

Tamanho e época de colheita na qualidade de sementes de feijão.

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO DE BAIXO CUSTO DE SEMENTES NA SAFRINHA 2016

PERDAS QUANTITATIVAS NA COLHEITA MECANIZADA DE MILHO SAFRINHA NA REGIÃO NORTE DE MATO GROSSO

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

Rendimento e Propriedades Físicas de Grãos de Soja em Função da Arquitetura da Planta

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

Palavras-Chave: Adubação mineral. Adubação orgânica. Cama de Peru. Glycine max.

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE VARIEDADES E HÍBRIDOS DE SORGO FORRAGEIRO NO OESTE DA BAHIA

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES VELOCIDADES NA COLHEITA DE DUAS CULTIVARES DE TRIGO (triticum aestivum)

Comportamento Agronômico de Progênies de Meios-Irmãos de Milheto Cultivados em Sinop MT 1

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

Produtividade de Genótipos de Feijão do Grupo Comercial Preto, Cultivados na Safra da Seca de 2015, no Norte de Minas Gerais.

em função da umidade e rotação de colheita

EFEITO DA DESFOLHA DA PLANTA DO MILHO NOS COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE

Palavras Chaves: Comprimento radicular, pendimethalin, 2,4-D

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

XLVI Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA 2017 Hotel Ritz Lagoa da Anta - Maceió - AL 30 de julho a 03 de agosto de 2017

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Uso da cama de Peru na substituição parcial ou total da adubação química na cultura da soja¹

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA EM AQUIDAUANA, MS.

AVALIAÇÃO DE PERDAS DE UMA COLHEDORA AXIAL NA COLHEITA DO FEIJÃO

BOLETIM TÉCNICO nº 16/2017

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

TÍTULO: AVALIAÇÃO REGIONAL DE CULTIVARES DE FEIJÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

PERFORMANCE DE NOVE GENÓTIPOS DE SOJA CULTIVADOS EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NA EMBRAPA CERRADOS

Desempenho Operacional de Máquinas Agrícolas na Implantação da Cultura do Sorgo Forrageiro

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DA COLORAÇÃO DO TEGUMENTO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012


INFLUÊNCIA DA COBERTURA MORTA NA PRODUÇÃO DA ALFACE VERÔNICA RESUMO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT

ÉPOCAS DE SEMEADURA X CULTIVARES DE SOJA NOS CARACTERES ÁREA FOLIAR, NÚMERO DE NÓS E NÚMERO DE TRIFÓLIOS

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

Produtividade e heterose de híbridos experimentais de milho em dialelo parcial

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 965

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ. Nelson da Silva Fonseca Júnior 1 e Máira Milani 2

DENSIDADE DE SEMEADURA E POPULAÇÃO INICIAL DE PLANTAS PARA CULTIVARES DE TRIGO EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUL MARANHENSE

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

V Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE CULTIVARES DE SOJA PARA O SUL DE MINAS GERAIS NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES-MG 1

Arquitetura da Planta de Soja: Influência Sobre as Propriedades Físicas dos Grãos

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS DE TRATAMENTO DE MAPAS DE PRODUTIVIDADE. Favoni, VA 1, Tedesco, DO 2, Tanaka, EM, 3

IMPUREZAS MINERAIS DA COLHEITA MECANIZADA DA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR

DESENVOLVIMENTO DA CANA-DE-AÇUCAR (Saccharum spp.) SOBRE DIFERENTES NÍVEIS DE TRÁFEGO CONTROLADO

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE SEMEADURA NA CULTURA DO FEIJÃO

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

Produtividade de Matéria Seca de Capim Brachiaria brizantha cv. Marandu, com residual de 8 Toneladas de Cama Aviária e Diferentes Doses de Nitrogênio.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE PORTE BAIXO DE MAMONA (Ricinus communis L.) EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA EM TRÊS MUNICÍPIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES TRANSGÊNICAS DE SOJA EM CULTIVO DE SAFRINHA PARA O SUL DE MINAS GERAIS

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

PRODUTIVIDADE DE 2ª SAFRA DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTES A FERRUGEM SOB IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO

VARIABILIDADE GENÉTICA EM LINHAGENS S 5 DE MILHO

TEORES DE AMIDO EM GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA

Resultados de Pesquisa dos Ensaios de Melhoramento de Soja Safra 2008/09

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC

INTERFERÊNCIA DA VELOCIDADE E DOSES DE POTÁSSIO NA LINHA DE SEMEADURA NA CULTURA DO MILHO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

PARAMETROS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA CULTURA DO PIMENTÃO

TEORES FOLIARES DE MACRONUTRIENTES PARA O ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DE ESPAÇAMENTOS E REGULADOR DE CRESCIMENTO

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM AMBIENTES E POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIAS

CRESCIMENTO E DIÂMETRO DO CAULE DE CULTIVARES DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO SEMIÁRIDO

DANOS MECÂNICOS EM SEMENTES DE SOJA CAUSADOS POR DIFERENTES MECANISMOS DE COLHEITA 1

DESEMPENHO AGRONÔMICO DO ALGODÃO EM CONSÓRCIO COM CULTURAS ALIMENTARES E OLEAGINOSAS 1 INTRODUÇÃO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Influências das Épocas de Plantio sobre Dirceu Luiz Broch a Produtividade de Híbridos de Milho Safrinha

CULTIVARES DE SOJA NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

Cultivo de coffea canephora conduzido com arqueamento de Plantas jovens em Condição de sequeiro e irrigado

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHOS TRANSGÊNICOS E ISOGÊNICOS NA SAFRINHA 2013 EM MATO GROSSO SUL

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

Transcrição:

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES JANE VANINI FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS - FACAB CURSO DE AGRONOMIA ERICK MARINHO SAMOGIM DESEMPENHO DE DOIS TIPOS DE PLATAFORMA DE COLHEDORA DE SOJA CÁCERES - MT 2016

1 ERICK MARINHO SAMOGIM DESEMPENHO DE DOIS TIPOS DE PLATAFORMA DE COLHEDORA DE SOJA Monografia apresentada como requisito obrigatório para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo a Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Cáceres. Orientadora Profª Dra. Zulema Netto Figueiredo Coorientadora Msc Taniele Carvalho de Oliveira CÁCERES-MT 2016

2 ERICK MARINHO SAMOGIM DESEMPENHO DE DOIS TIPOS DE PLATAFORMA DE COLHEDORA DE SOJA Esta monografia foi julgada e aprovada como requisito para obtenção do Diploma de Engenheiro Agrônomo no Curso de Agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT. Cáceres, 29 de agosto de 2016 BANCA EXAMINADORA Profª Dra. Daniela Soares Alves Caldeira - (UNEMAT) Profª Msc Taniele Carvalho de Oliveira / Coorientadora - (UNEMAT) Profª Dra. Zulema Netto Figueiredo (UNEMAT) Orientadora

3 A Deus e Nossa Senhora de Aparecida; Aos meus pais James Stewart Samogim e Maria Aparecida Oliveira Marinho Samogim; A todos meus familiares; Aos meus professores, os quais sempre serão lembrados com gratidão. DEDICO

4 AGRADECIMENTOS A Deus, Nossa Senhora Aparecida e Santo Expedito a quem eu mais recorri nos momentos de desespero. A Universidade do Estado de Mato Grosso e ao curso de Agronomia do Campus Universitário Jane Vanini, pela oportunidade da realização do curso. Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) pela concessão das bolsas de estudo. Aos meus amados pais James Stewart Samogim e Maria Aparecida Oliveira Marinho Samogim por todo amor, carinho e sabedoria que me passaram durante toda minha vida. Agradeço por me apoiarem em todas as minhas escolhas e me incentivarem a continuar a buscar sempre mais. Aos meus avôs Leonildo Samogim, Leonor de Freitas Samogim e Dirce Oliveira Marinho que são exemplo de pessoas honestas e batalhadoras. A minha orientadora Zulema Netto Figueiredo por ter me acolhido em seu projeto de pesquisa e dividir comigo todo seu conhecimento. Obrigado pelos conselhos durante essa trajetória. A minha Coorientadora Taniele Carvalho de Oliveira pela paciência e dedicação durante todos esses anos de bolsista. Muito obrigado! Aos colegas que me ajudaram na coleta dos dados e aos colaboradores da fazenda Tamboril por ceder o espaço para realização do trabalho. A professora, Daniela Soares Alves Caldeira, que se colocou à disposição de participar como banca avaliadora de trabalho de conclusão de curso. A minha amiga e namorada Lori Murakami pelo companheirismo e paciência durante todo esse tempo, sua presença foi de grande importância na minha trajetória. Aos meus amigos e amigas que sempre estiveram presentes, Géssica Brugnhago, Irenizia Quinteiro, Nelson Azambuja, Rodolfo Silva Rios, Eurandir Alves Junior, José Antônio Dartora Junior e Raphael Ranzani. Levarei todos vocês para sempre no meu coração. A todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para que eu chegasse até esse momento. Meu muito obrigado!

5 A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio Martin Luther King

6 RESUMO A colheita é uma das etapas mais importantes na agricultura devido ao seu alto valor agregado, compreendendo operações de alto custo. Uma boa colheita contribui para o retorno dos investimentos realizados em todo o ciclo produtivo de uma cultura. No mercado de colhedoras de soja atualmente estão disponíveis dois tipos de plataforma de corte um com sistema helicoidal e outro com sistema de esteira transportadora, entretanto poucas pesquisas foram realizadas sobre esses tipos de plataforma. Diante disso, o trabalho teve como objetivo avaliar as perdas quantitativas de colhedoras de soja com diferentes plataformas de corte com relação às velocidades de deslocamento e à capacidade operacional das mesmas. O experimento foi conduzido na fazenda Tamboril, no município de Pontes e Lacerda, estado de Mato Grosso durante a colheita da safra 2014/15 de soja. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizado (DBC) em esquema fatorial 2x4, com 4 repetições para cada tratamento, sendo os tratamentos compostos por duas colhedoras de marca e plataforma de corte diferentes, operando a quatro velocidades de deslocamento distintas (4,0; 5,0; 6,0 e 7,0 km h -1 ), e velocidade do rotor axial de 700 rpm. Cada parcela possuía 50 m de comprimento e 10 m de largura. Foram analisadas as perdas naturais, perdas provocadas pela colhedora (plataforma de corte, mecanismos internos e perdas totais) e a capacidade de campo teórica de cada colhedora. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e à comparação de médias, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados encontrados mostram que a colhedora com sistema de plataforma com esteira transportadora apresenta menor quantidade de perda total quando comparada à plataforma com condutor helicoidal. Observou-se que com o aumento da velocidade de deslocamento da colhedora ocorre o aumento das perdas, tanto na plataforma quanto nos mecanismos internos. Na velocidade de 5 km h -1 a colhedora com sistema de esteira transportadora apresentou perda 35,52% menor que a colhedora com sistema de condutor helicoidal. A colhedora com o sistema de esteira transportadora na velocidade de 7 km h -1 apresentou um rendimento 0,9 ha h -1 maior que a colhedora com condutor helicoidal. Com isso é possível concluir que a colhedora com sistema de esteira apresenta uma menor quantidade de perdas totais e maior rendimento na colheita quando comparada à colhedora que utiliza plataforma com condutor helicoidal. Palavras-chave: Perdas na colheita, Plataforma draper, (Glycine max (L.) merrill)

7 SUMÁRIO ARTIGO RESUMO... 08 ABSTRACT... 08 1. INTRODUÇÃO... 09 2. MATERIAL E MÉTODOS... 10 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 13 4. CONCLUSÃO... 16 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 16

8 AVALIAÇÃO DE DOIS TIPOS DE PLATAFORMA DE COLHEDORA DE SOJA Erick Marinho Samogim 1 Preparado de acordo com as normas da Revista Engenharia na Agricultura - Versão preliminar RESUMO No mercado de colhedoras de soja atualmente estão disponíveis dois tipos de plataforma de corte uma com sistema helicoidal e outro com sistema de esteira transportadora, entretanto poucas pesquisas foram realizadas sobre esses tipos de plataforma. Diante disso o trabalho teve como objetivo avaliar as perdas quantitativas de colhedoras de soja com diferentes plataformas de corte com relação às velocidades de deslocamento e à capacidade operacional das mesmas. O experimento foi conduzido durante a colheita da safra 2014/15 de soja, na fazenda Tamboril, no município de Pontes e Lacerda, estado de Mato Grosso. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos causalizados, avaliando quatro velocidades de deslocamento da colhedora (4 km h -1, 5 km h -1, 6 km h -1 e 7 km h -1 ), e dois tipos de plataforma. Foram analisadas as perdas naturais, perdas provocadas pela colhedora (plataforma de corte, mecanismos internos e perdas totais) e capacidade de campo teórica de cada colhedora. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e a comparação de médias, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados encontrados mostram que a colhedora com o sistema de plataforma com esteira transportadora apresenta menor quantidade de perda total e um rendimento na colheita maior que com a plataforma com condutor helicoidal. Palavras chaves: Perda na colheita, Plataforma draper, (Glycine max (L.) merrill) ABSTRACT EVALUATION OF TWO TYPES OF SOYBEAN HARVESTER HEADER In the soybean harvester market are currently available two types of cutting deck with the helical system and the other with the conveyor system, but little research has been done on these types of platform. In view of this work aimed to evaluate the quantitative losses of soybean harvesting machines with different cutting decks regarding the travel speed and the operational capacity of the same. The experiment was conducted during harvest soybean crop 2014/15, the Tamboril farm in the municipality of Pontes e Lacerda, State of Mato Grosso. We used the experimental design of causalizados blocks, evaluating four forward speeds of the harvester (4 km h -1, 5 km h -1, 6 km h -1 and 7 km h -1 ), the natural losses were analyzed, loss caused by the harvester (cutting deck, internal mechanisms and total losses) and was also evaluated the theoretical field capacity of each harvester. Data were submitted to analysis of variance by F test and comparison of means by Tukey test at 5% probability. The results show the harvester with the platform conveyor system presents a smaller amount of total loss and in most crop yield when compared with the platform helical conductor. Keywords: harvest losses, draper header, (Glycine max (L.) merrill)

9 INTRODUÇÃO A soja (Glycine max (L.) merrill) é uma leguminosa rica em proteínas e vitaminas que atualmente tem sua demanda em alta e valor de mercado expressivo. A produção da cultura vem crescendo a cada dia tanto em área plantada quanto em produtividade (EMBRAPA, 2011). No Brasil os estados com maior produção na safra 2014/15 foram o de Mato Grosso, com 49.236,1 mil toneladas, Paraná com 37.052,7 mil toneladas e Rio Grande do Sul com 32.799,2 mil toneladas, colhidos em área de plantio de 13.445,1; 9.531,3 e 8.543,2 mil hectares respectivamente (CONAB, 2015). A necessidade de se adotar a colheita mecanizada foi devido ao aumento da população mundial e a necessidade de se produzir mais alimentos. A primeira colhedora de cereais foi fabricada no Estado de Michingan, EUA, em 1836, por Moore e Hascall. Esta colhedora não obteve sucesso neste estado, porém foi utilizada com sucesso no Estado da Califórnia em 1854. Nesse mesmo Estado, em 1880, iniciou-se a produção em escala comercial de colhedoras. Atualmente o mercado disponibiliza colhedoras com uma alta capacidade operacional com o intuito de diminuir o tempo da cultura no campo após o ponto de colheita (Castro e Ferreira, 2007). O processo de colheita deve ser realizado no momento em que a cultura atinge seu ponto de maturidade fisiológica, assim o produtor terá grãos de melhor qualidade e maior facilidade para a colheita desse material no campo. De acordo com Lima (2008) a colheita é uma das etapas que apresenta maior importância na agricultura devido ao seu alto valor agregado, compreendendo operações de alto custo e sua boa execução contribui para o retorno dos investimentos realizados em todo o ciclo produtivo de uma cultura. De acordo com Mesquita et al. (2011) relataram que dentre os fatores que ocasionam perdas no processo de colheita a velocidade é um dos fatores que mais influenciam. Essas perdas também podem estar associadas ao tempo de uso da máquina, altura da plataforma de corte, umidade dos grãos, desenvolvimento da cultura ou a ocorrência de plantas daninhas (AMADEU, 2013). Diversos trabalhos realizados apontam que, dependendo das condições de colheita, as perdas de grãos podem superar 120 kg ha -1 em condições extremas, sendo que o nível tolerável de perdas de 60 kg ha -1 (ZANDONADI et al., 2015).

10 Samogim et al., (2015) avaliando perdas na colheita de soja na região sudoeste de Mato Grosso com colhedora de plataforma com esteira transportadora encontrou valores de perdas abaixo de 50 kg ha -1. O tipo de plataforma é um fator importante na hora de adquirir uma colhedora. Gobbi et al. (2014) afirmam que a plataforma com tecnologia de esteira transportadora draper proporcionou melhoria no desempenho da colhedora de soja em relação a colhedora equipada com plataforma convencional tipo caracol. Com isso, a utilização desse tipo de plataforma, propicia redução das perdas (plataforma e total) assim como alimentação mais uniforme do sistema de trilha, melhorando o desempenho da colhedora (NIETIEDIT, 2011). Quanto ao desempenho, a capacidade de campo teórica, é aplicada a máquinas e implementos que, para executarem uma operação agrícola, devem se deslocar cobrindo uma determinada área (MIALHE, 1974) A otimização do desempenho das colhedoras é um fator importante, pois, trata-se de máquinas com elevado custo operacional. Dessa forma, um método preciso de calcular o desempenho das colhedoras auxilia os usuários a selecionar corretamente a sua capacidade, bem como o equipamento requerido para o transporte da cultura (MOLIN et al., 2006). Gobbi et al. (2014) avaliando duas colhedoras com plataformas diferentes, observaram que a colhedora com plataforma tipo convencional apresentou rendimento de 5,4 ha h -1, já a colhedora tipo esteira transportadora apresentou rendimento de 6,1 ha h -1 e também menor quantidade de perdas por hectare. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar as perdas quantitativas de colhedoras de soja com diferentes plataformas de corte em função da velocidade de deslocamento e a capacidade operacional. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido em área comercial da fazenda Tamboril, com coordenadas geodésicas de latitude 15 05 35,2 S e longitude 59 29 50,7 W, localizada no município de Pontes e Lacerda, Mato Grosso, Brasil. O clima segundo classificação de Köppen é tropical quente e úmido, com inverno seco (Aw), com temperatura média anual de 24,5 C e pluviosidade média de 1527 mm ao ano (EMBRAPA, 1992). A cultivar de soja colhida foi a Codetec 246, apresentando população de 220.000 plantas por hectare. Todos os tratos culturais foram realizados de acordo com as necessidades da

11 cultura. Devido ao planejamento da fazenda os grãos foram colhidos com umidade acima do recomendado 18%, sendo que a faixa ideal de colheita seja 12 a 14%. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizado (DBC) em esquema fatorial 2x4, com 4 repetições para cada tratamento, sendo os tratamentos compostos por duas colhedoras de marca e plataforma de corte diferente (Quadro 1), operando a quatro velocidades de deslocamento distintas (4,0; 5,0; 6,0 e 7,0 km h -1 ), e velocidade do rotor axial de 700 rpm. Cada parcela possuía 50 m de comprimento e 10 m de largura. Foram avaliadas as perdas de grãos de soja ocasionadas pelos tipos de plataforma de corte, pelo sistema de trilha, separação e limpeza e perdas totais. Quadro 1. Especificações das colhedoras e plataformas de corte utilizadas no experimento. Pontes e Lacerda, Mato Grosso, 2015. COLHEDORA IDADE/ANO PLATAFORMA LARGURA/ PLATAFORMA (m) Massey Ferguson 9790 2014 Esteira transportadora 10,6 John Deere 9670 STS 2012 Condutor helicoidal 9,1 As avaliações durante a colheita consistiram em perdas naturais que para avaliação utilizou-se uma armação de 1m 2 conforme a metodologia descrita por Portella (2000) e perdas referentes à máquina utilizou-se uma armação de 2m 2 conforme a metolodogia descrita por Mesquita et al. (2011) e citada por Figueiredo et al. (2015) consistindo dos seguintes passos: a) Perdas naturais (PN) Foram realizadas antes de iniciar a colheita na parcela, medições em locais distintos, colocando-se uma armação de 1m 2 no sentido transversal ao plantio e coletando-se os grãos e as vagens caídas dentro da armação. b) Perdas na plataforma de corte (PPC) A colhedora em funcionamento na parcela de coleta, depois parada até jogar toda o resíduo para fora da máquina, retrocede a uma distância igual ao seu comprimento, sendo colocada a armação de 2m 2, na frente da colhedora, onde foram coletados os grãos, inclusive

12 os que se encontravam nas vagens. Para encontrar as perdas na plataforma de corte, foram tomado este número e subtraído do resultado das perdas naturais de grãos. c) Perdas separação e limpeza (PSL) Após a coleta das perdas na plataforma dentro da armação de 2m 2 a colhedora continuou seu trajeto por cima da armação e será coletado as perdas na separação e limpeza da colhedora. d) Perda total (PT) A perda total da colhedora é o resultado das perdas obtidas na plataforma de corte e das obtidas na trilha, nos saca-palha e nas peneiras. soja. Figura 1. Armação de 2,0 m 2 para a determinação das perdas de grãos na colheita de As perdas foram quantificadas por meio da coleta de todos os grãos sobre o solo, vagens que continham grãos e plantas que possuíam vagens com grãos, dentro da armação. Os valores da massa de grãos que estavam dentro da armação foram pesados e convertidos em kg ha -1. A partir dos dados obtidos calculou-se a capacidade de campo teórica de acordo com Mialhe (1974), pela Equação 1. CcT = (Lc. Vd. ef) / 10 (1) em que, CcT = Capacidade de campo teórica (ha h -1 ) Lc = Largura de corte teórica da máquina (m) Vd = Velocidade de deslocamento teórica da máquina (km h -1 ) ef = Eficiência de campo

13 Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e a comparação de médias, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, por meio do programa estatístico Sisvar (FERREIRA, 2012). RESULTADOS E DISCUSSÕES No Quadro 2 são apresenta-se a análise de variância mostrando que não houve interação entre os fatores analisados, e que avaliados separadamente não houve diferença significativa, com exceção da variável perda total (PT) que mostrou diferença estatística entre as colhedoras estudadas. Quadro 2. Análise de variância descritiva para as variáveis perdas provocadas pela plataforma de corte (PPC), separação e limpeza (PSL) e perda total (PT), em função da velocidade de deslocamento e do tipo plataforma das duas colhedoras. Pontes e Lacerda, Mato Grosso, 2015. F.V. GL QUADRADOS MÉDIOS PPC PSL PT Colhedora (C) 3 1833,27 ns 98,28 ns 2697,62 * Velocidade (V) 1 2725,98 ns 549,62 ns 5723,69 ns C x V 3 1428,73 ns 213,78 ns 2015,03 ns RESIDUO 3 759,18 152,35 324,62 TOTAL 31 975,30 155,04 1211,31 MÉDIA - 68,15 22,26 90,42 CV (%) - 45,82 55,93 38,49 ns Não significativo. * Significativo ao nível de 5% de probabilidade. Os coeficientes de variação CV (%) apresentaram valores elevados para todas as características avaliadas com amplitude de 38,49% a 55,93% e de acordo com Vieira (2006) experimentos conduzidos a campo podem apresentar CV em torno de 30%. Estes resultados podem ser justificados devido a variação ambiental e umidade dos grãos durante a colheita. Entretanto os valores obtidos estão dentro do limite encontrado por outros autores como. Câmara et al. (2007) e Compagnon et al. (2012). Observa-se no Quadro 3 que a variável perda provocada pela plataforma de corte (PCC), separação e limpeza (PSL), não diferiram com relação à colhedora utilizada. No entanto

14 ocorreu diferença significativa para perdas totais (PT) em que a colhedora MF 9790/2014 (C1) apresentou menores índices de perdas quando comparada à colhedora JD 9670 STS/2012 (C2). Este resultado pode ser devido a colhedora (C1) apresentar o sistema de esteira transportadora que disponibiliza uma alimentação mais rápida e uniforme diminuindo o tempo do material na plataforma e também uma melhor trilha da soja dentro da máquina, influenciando diretamente na diminuição dos níveis de perda total. ALENCAR et al. (2015) encontraram diferenças significativas para as médias de grãos perdidos com colhedoras de plataforma com esteira, apresentando menores perdas quando comparadas às colhedoras com plataforma com condutor helicoidal. Quadro 3. Teste de médias para as variáveis perdas provocadas pela plataforma de corte (PPC), separação e limpeza (PSL) e perda total (PT), provocadas pela colhedora em função da velocidade de deslocamento e do tipo plataforma das duas colhedoras. Pontes e Lacerda, Mato Grosso, 2015. FATORES PPC PSL PT ------------- Kg ha -1 ------------- Colhedora (C) MF 9790 / 2014 (C1) 58,92 a 18,12 a 77,04 a JD 9670 STS / 2012 (C2) 77,38 a 26,40 a 103,79 b Velocidade (V) 4,0 km/h (V1) 50,17 a 17,08 a 68,84 a 5,0 Km/h (V2) 66,82 a 18,67 a 91,43 a 6,0 Km/h (V3) 74,35 a 25,66 a 94,46 a 7,0 km/h (V4) 81,28 a 27,64 a 106,94 a Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. As perdas provocadas pala plataforma de corte não apresentaram diferença significativa para nenhuma das velocidades de deslocamento da colhedora. Entretanto as maiores medias provocadas foram encontradas quando a colhedora trabalhava na velocidade de 7 km h -1, com média de perda de 81,28 kg ha -1. Em contrapartida, as menores medias de perdas ocorreram quando a colhedora operava em uma velocidade de 4 km h -1 obtendo uma perda média de 50,17 kg ha -1. Os resultados são semelhantes aos encontrados por Gobbi et al. (2014), onde observaram que com o aumento da velocidade de deslocamento da colhedora se obtém uma maior quantidade de perdas tanto na plataforma quanto totais.

15 Os níveis de perdas durante a colheita estão acima do limite aceitável de 60 kg ha -1, entretanto, esse fato pode ter ocorrido devido à alta umidade e o manejo pré-colheita. Os dados são próximos aos encontrados por SCHANOSKI et al. (2011) que avaliando perdas durante a colheita mecanizada de soja encontraram valores médios de 81,2 kg ha -1. Observa-se no Quadro 4 que quando se utilizou a velocidade de 5 km h -1 a colhedora com sistema de esteira apresenta uma diminuição da perda total de 35,52% quando comparada a plataforma com condutor helicoidal. A diminuição das perdas totais quando se compara os dois tipos de plataforma são semelhantes ao encontrado por Gobbi et al. (2014), que observaram diminuição de 39,6% nas perdas totais quando se utiliza colhedora com sistema de esteira transportadora. Quadro 4. Perdas totais para cada tipo de plataforma e cada velocidade de colheita. Pontes e Lacerda, Mato Grosso, 2015. Maquinas 4 km h -1 5 km h -1 6 km h -1 7 km h -1 PT (kg ha -1 ) MF 9790 (C1) 60,43 71,68 76,53 99,54 JD 9670 STS (C2) 77,26 111,18 112,39 114,33 Diferença % 21,78 35,52 31,90 12,93 Conforme a Figura 1 a colhedora com o sistema de esteira transportadora apresentou capacidade de campo teórica maior do que a plataforma com condutor helicoidal, pois dispõe de uma plataforma 1,5 metros maior diminuindo assim o tempo de colheita do material no campo.

16 Figura 1. Capacidade de campo teórica para colheita de soja. A colhedora com o sistema de esteira transportadora na velocidade de 4 km h -1 apresentou um rendimento de 0,5 ha h -1 a mais que a colhedora com condutor helicoidal, e na velocidade mais alta de 7 km h -1 apresentou um rendimento de 0,9 ha h -1 a mais do que a colhedora com condutor helicoidal. No estado de Mato Grosso, onde os produtores costumam realizar a colheita na velocidade de 7 km h -1 devido à grande quantidade de área plantada, a colhedora com esteira transportadora torna-se uma vantagem pois, além do produtor obter um ganho de rendimento de 0,9 ha h -1, ainda é possível diminuir suas perdas totais de 12,93%. CONCLUSÕES A colhedora com o sistema de plataforma esteira transportadora apresenta uma menor quantidade de perda total quando comparada à plataforma de condutor helicoidal. A plataforma de esteira transportadora apresenta a capacidade de campo teórica maior que a plataforma de condutor helicoidal. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALENCAR, R. G.; HOLTZ, V. JARDIM, C. C. S.; SOKOLOWSKI, K. J. O.; SOUSA, R. F. Perdas na colheita de soja utilizando plataforma de corte com transportador helicoidal e

com correia transportadora In. XXIX CONGRESSO BRASILEIRO DE AGRONOMIA, 29.,2015, Foz do Iguaçu. Anais. Foz do Iguaçu: CBA, [2015]. 17 AMADEU, F. Perdas na colheita mecanizada de grãos: Rehagro. 2013. Disponível em: <http://www.rehagro.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=2574>. Acesso em: 27 fev. 2015. CAMARA, F. T.; SILVA, R. P.; LOPES, A.; FURLANI, C. E. A.; GROTTA, D. C. C.; REIS, G. N. Influência da área de amostragem na determinação de perdas totais na colheita de soja. Revista Ciência e Agrotecnologia [online]. 2007, vol.31, n.3, pp. 909-913. CASTRO, L. H. S.; FERREIRA, J. A. Colhedora Axial. 2007. Trabalho Acadêmico da disciplina Análises de Máquinas Agrícolas Faculdades Associadas de Uberaba, Uberaba, 2007. Disponível em:< http://pt.scribd.com/doc/74786177/colhedora-axial-jose-arantes- Leonardo-Humberto>. Acesso em: 15, nov. 2015. COMPAGNON, A. M.; SILVA, R. P.; CASSIA, M. T.; GRAAT, D.; VOLTARELLI, M. A. Comparação entre métodos de perdas na colheita mecanizada de soja. Scientia Agropecuária, n. 3, p.215 223, 2012. CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento de safra brasileira: grãos, terceiro levantamento, junho de 2015. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/olalacms/uploads/arquivos/15_06_11_09_00_38_boletim_graos_ junho_2015.pdf > Acesso em: 04, ago. 2015. EMBRAPA. Clima das regiões do Brasil levantamento de 1961 a 1990. 1992. Disponível em: < http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/clima.htm>. Acesso em: 20, jun. 2016. EMBRAPA. Tecnologias de produção de soja região central do Brasil 2012 e 2013. 21. ed. Londrina: Embrapa Soja, 2011. 261p.

18 FERREIRA, F.A. Sistema SISVAR para análises estatísticas. Lavras: Universidade Federal de Lavras. Disponível em: <http://www.dex.ufla.br/~danielff/softwares.htm>. Acesso em: 10, jun. 2012. FIGUEIREDO, Z.N.; ZANDONADI, R. S.; RUFFATO, S.; SILVA, R. P.; OLVEIRA, T. C.; SAMOGIM, E. M. Avaliação de Perdas na colheita de soja. Cuiabá: Associação dos Produtores de soja e milho de Mato Grosso, 2015 19 p. GOBBI, F. T.; ZANDONADI, R. S.; PINTO F. A. C. Desempenho de colhedoras de grãos utilizando plataforma de corte com condutor helicoidal e esteira transportadora. In: XLIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 43.,2014, Campo Grande. Anais. Campo Grande: CONBEA, [2014]. LIMA, C. M. Desempenho de colhedoras de uma e duas fileiras, semi-montadas para colheita mecanizada direta de milho. 2008. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2008. Disponível em:< http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11148/tde.../carlosmagno.pdf> Acesso em: 15 nov. 2015. MESQUITA, C. M.; COSTA, N. P.; MANTOVANI, E. C.; ANDRADE, J. G. M.; FRANÇA NETO, J. B.; SILVA, J. G.; FONSECA, J. R.; GUIMARÃES SOBRINHO, J. B. Monitoramento das perdas de grãos na colheita de soja. Londrina: Embrapa Soja, 2011. 14p. MIALHE, L. G. Manual de mecanização agrícola. São Paulo: Editora Agronomica Ceres, 1974. 301 p MOLIN, J. P.; MILAN, M.; NESRALLAH, M. G. T.; CASTRO, C. N.; GIMENEZ, L. M. Utilização de dados georreferenciados na determinação de parâmetros de desempenho em colheita mecanizada. Revista Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 26, n. 3, p. 759-767, 2006.

NIETIEDT, G. H.; SCHLOSSER, J. F.; BOLLER, W., Test Drive - Draper HiFlex. Cultivar Máquinas, v. 10, p. 26-30, 2011. 19 PORTELLA, J. A. Colheita de grãos mecanizada: implementos, manutenção e regulagem. Viçosa: Aprenda Fácil, 2000. 190p. SAMOGIM, E. M. FIGUEIREDO, Z. N.; OLIVEIRA, T. C.; VANINI, J. M. B.; DRANCA, L. V. M. Influência da velocidade na perda da colheita mecanizada de soja. In: XLIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 44., 2015, Aguas de São Pedro. Anais. Aguas de São Pedro: CONBEA, [2015]. SCHANOSKI, R.; RIGHI, E. Z.; WERNER, V. Perdas na colheita mecanizada de soja (Glycine max) no município de Maripá-PR. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.15, n.11, p.1206-1211, nov. 2011. ZANDONADI, R. S.; RUFFATO, S.; FIGUEIREDO, Z, N. Perdas na colheita mecanizada de soja na região médio-norte de mato grosso: safra 2012/2013. Revista Nativa, Sinop, v. 03, n. 01, p. 64-66, jan./mar. 2015. VIEIRA, S. Análise de Variância: (ANOVA), 1ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 204 p., 2006.