GUIA DO FORMANDO Medida Vida Ativa
ÍNDICE Enquadramento... 3 Objetivos... 3 Destinatários... 3 Direitos e Deveres do Formando... 4 A ENTIDADE... 7 Deveres da Universitas, CRL:... 7 A FORMAÇÃO... 8 Condições de funcionamento das ações de formação... 8 Horário e Duração... 8 Desenvolvimento da Formação prática em Contexto de Trabalho (FPCT)... 8 Assiduidade... 10 Avaliação e Certificação... 11 Apoios Sociais atribuídos aos formandos... 12 Contactos... 15 2
A MEDIDA VIDA ATIVA Enquadramento A Portaria n.º 203/2013, de 17 de junho cria a medida Vida Ativa Emprego Qualificado, adiante designada por Medida Vida Ativa. Esta medida pretende consolidar, integrar e aperfeiçoar um conjunto de intervenções orientadas para a ativação dos desempregados, favorecendo a aprendizagem ao longo da vida, o reforço da empregabilidade e a procura ativa de emprego, considerando as recomendações da União Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), bem como a experiência adquirida ao longo dos anos pelo serviço público de emprego. Objetivos A medida Vida Ativa pretende reforçar a qualidade e a celeridade das medidas ativas de emprego, em particular no que respeita à qualificação profissional, nomeadamente através do desenvolvimento de: Percursos de formação modular, com base em unidades de formação de curta duração (UFCD), tendo como referência, predominantemente, o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), que permitam a aquisição de competências tecnológicas de natureza específica ou transversal, bem como de competências pessoais e empreendedoras, que capitalizem, de forma gradual, para a obtenção de uma qualificação, potenciando, desta forma, a empregabilidade dos seus destinatários; Formação prática em contexto de trabalho (FPCT), que complemente o percurso de formação modular ou as competências anteriormente adquiridas em diferentes contextos pelo desempregado. Destinatários A medida Vida Ativa destina-se a desempregados inscritos nos serviços de emprego do IEFP, I.P. O formando deverá possuir habilitação mínima o Ensino Secundário completo. 3
O FORMANDO Direitos e Deveres do Formando O formando tem direito a: Participar na formação, em harmonia com os referenciais e orientações metodológicas aplicáveis, no respeito pelas condições de segurança e saúde no trabalho; Receber informação e acompanhamento psicopedagógico no decurso da ação de formação; Recusar a realização de atividades que não se insiram no objeto do curso; Usufruir dos apoios previstos no presente Guia; Beneficiar de um seguro contra acidentes, ocorridos durante e por causa da formação, na modalidade de acidentes pessoais; Obter, gratuitamente, no final da ação de formação, um certificado de qualificações e/ou um certificado de formação profissional e ver registadas na caderneta individual de competências as respetivas competências adquiridas e certificadas, nos termos da legislação e demais documentos normativos aplicáveis. O formando tem o dever de: Frequentar com assiduidade e pontualidade a ação de formação; Manter o empenho individual ao longo do processo de aprendizagem; Tratar com correção todos os intervenientes no processo formativo; Respeitar a autoridade do Formador; Cumprir as diretivas emanadas pelos órgãos de coordenação e gestão do ISEC e da Universitas, CRL, e os regulamentos internos em vigor; Guardar lealdade ao ISEC e à Universitas, CRL e, quando seja o caso, à entidade enquadradora da formação prática em contexto de trabalho, designadamente não divulgando informações sobre o equipamento, processos de produção e demais atividades de que tome conhecimento, durante e após a ação de formação; Utilizar com cuidado e zelar pela conservação dos equipamentos e demais bens que lhes sejam disponibilizados para efeitos de formação; Cumprir as disposições de segurança, higiene e saúde, determinadas pelas condições de 4
desenvolvimento da formação; Sempre que os danos produzidos resultem de comportamento doloso ou gravemente negligente, suportar os custos de substituição ou reparação das instalações, dos equipamentos e materiais que utilizar no período de formação, fornecidos pela entidade formadora e, quando seja o caso, à entidade enquadradora da formação prática em contexto de trabalho; Responder, pela forma e no prazo solicitado, a todos os inquéritos formulados pela entidade formadora e/ou pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP. Abster-se da prática de jogos de azar ou fortuna nas instalações da Universitas, CRL; Não utilizar equipamentos de comunicação telefónica e de som (walkman, discman, leitor de MP3, leitor de minidisc, etc.) durante o período das sessões. Qualquer equipamento deste tipo deverá estar desligado nesse período, sendo este preceito extensivo a todos os intervenientes na sala; Não fumar no interior das instalações, mesmo nos espaços ao ar livre; Não comer nem beber dentro da sala de aula; Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das sessões de trabalho, ou poderem causar danos físicos ou psicológicos aos formandos ou a terceiros; Informar a Universitas, CRL, sempre que houver alteração dos dados inicialmente fornecidos (Cartão do cidadão, residência, ); Apresentar a sua identificação sempre que lhe seja solicitado; Utilizar indumentárias compatíveis com uma Instituição que prepara pessoas para a sua inserção social e profissional. Não é permitido ao Formando, sob pena de lhe serem aplicadas sanções disciplinares: Introduzir, guardar ou consumir bebidas alcoólicas, estupefacientes ou outras substâncias proibidas, nas instalações da Universitas, CRL, ou da enquadradora da formação prática em contexto de trabalho Apresentar-se e permanecer nas instalações de formação em estado de embriaguez ou em situação que denote consumo de substâncias proibidas. O não cumprimento, pelo formando, dos deveres a que está obrigado poderá provocar a denúncia do contrato de formação. 5
O formando tem ainda a obrigação da manutenção da procura ativa de emprego durante todo o período de formação, incluindo a formação prática em contexto de trabalho, devendo esta procura ativa de emprego decorrer fora dos horários da formação. 6
A ENTIDADE Deveres da Universitas, CRL: Planear, organizar, desenvolver e controlar a qualidade técnico-pedagógica da formação; Proceder à admissão de formandos, no respeito pelas normas definidas; Constituir a equipa técnico-pedagógica, de acordo com os requisitos exigidos pela formação, prestando a informação necessária sobre a medida e o contexto institucional em que a mesma decorre; Acompanhar as atividades formativas desenvolvidas pelas entidades enquadradoras da formação prática em contexto de trabalho; Garantir um acompanhamento psicopedagógico dos formandos, que atenda à diversidade dos seus perfis individuais, bem como desenvolver estratégias criativas e adequadas à sua motivação e integração nos processos de aprendizagem, favorecendo a aquisição de conhecimentos e competências conducentes à conclusão da formação com sucesso; Facultar aos formandos o acesso aos benefícios e equipamentos sociais compatíveis com a ação frequentada; Respeitar e fazer respeitar as condições de segurança e saúde no trabalho. 7
A FORMAÇÃO Condições de funcionamento das ações de formação Horário e Duração As ações de formação, desenvolvidas pela Universitas, CRL, através do ISEC Instituto Superior de Educação e Ciências, no âmbito da Medida Vida Ativa têm a duração de 300 horas, teóricas e teórico-práticas e decorrem em regime laboral, com uma carga horária configurada numa das seguintes modalidades, de forma a permitir ao formando manter uma procura ativa de emprego: Entre 6 e 7 horas de formação por dia, ao longo de 4 dias da semana, ficando um dia inteiramente livre, num máximo de 25 horas letivas por semana; Até 5 horas de formação por dia, ao longo de 5 dias da semana, ficando meio dia livre todos os dias. N.º total de dias com sessões teóricas e teórico-práticas: 50 dias, ao longo de 12,5 semanas No final da formação, o formando desenvolverá um período de Formação Prática em Contexto de Trabalho (estágio) de 360 horas, com uma carga horária semanal máxima de 35 horas. Desenvolvimento da Formação prática em Contexto de Trabalho (FPCT) A Formação Prática em Contexto de Trabalho será desenvolvida em contexto real de trabalho em entidades devidamente credenciadas, com as quais a Universitas e o ISEC celebraram protocolos de estágio. Com vista à possibilidade dos formandos manterem uma procura ativa de emprego durante o período de FPCT, será reservado um dia por semana para esse efeito. Assim, a FPCT será desenvolvida durante quatro dias e meio por semana, com 3 horas às sextas-feiras. Após a FPCT, serão realizadas duas sessões, nas instalações do ISEC, onde se desenvolverão temas como: Empreendedorismo - Ideias e oportunidades de negócio Plano de negócio criação de micronegócios 8
Outros considerados pertinentes e condutores do sucesso dos formandos na procura de emprego. 9
Assiduidade A falta é entendida como a ausência do formando durante um bloco de formação, sendo classificada como justificada ou injustificada. Desde que devidamente comprovadas, serão justificadas as faltas motivadas por: 1. Doença do formando, devendo esta ser declarada pelo médico; 2. Isolamento profilático, determinado por doença infectocontagiosa de pessoa que coabite com o formando, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente; 3. Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento de familiar previsto no estatuto dos funcionários públicos; 4. Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia seguinte; 5. Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa efetuar-se fora do período das sessões; 6. Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que, comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa, devidamente declarado, pelo médico; 7. Comparência a consultas pré-natais, período de parto e amamentação, tal como definido na Lei nº 90/2001, de 20 de Agosto; 8. Ato decorrente da religião professada pelo formando, desde que o mesmo não possa efetuar-se fora do período das sessões e corresponda a uma prática comummente reconhecida como própria dessa religião; 9. Preparação ou participação em competições desportivas de formandos integrados no subsistema do alto rendimento, nos termos da legislação em vigor, bem como daqueles que sejam designados para integrar seleções ou outras representações nacionais, nos períodos de preparação e participação competitiva; 10. Participação em atividades associativas, nos termos da lei; 11. Cumprimento de obrigações legais; 12. Outro facto impeditivo da presença na Formação, desde que, comprovadamente, não seja imputável ao formando ou seja, justificadamente, considerado atendível pelo responsável da formação. Todas as outras ausências serão consideradas faltas injustificadas. 10
Assiduidade e pontualidade As faltas justificadas e injustificadas não podem exceder 10% da carga horária total da formação (percurso de formação em sala e FPCT), ou seja, 30 horas para a componente em sala de aula e 48 horas para a Formação Prática em Contexto de Trabalho. Compete, porém, à equipa técnico-pedagógica avaliar, em cada situação concreta e em função dos regulamentos em vigor, o tratamento a dar às falhas de assiduidade e/ou pontualidade que, no caso dos desempregados subsidiados ou dos beneficiários do RSI, na falta de justificação atendível, deve implicar a perda daqueles subsídios. Até ao limite máximo de 5% da carga horária total da formação, ou seja 15 horas para a componente em sala de aula e 24 horas para a Formação Prática em Contexto de Trabalho, as faltas justificadas não se traduzem na perda do apoio social atribuído ao desempregado. O formando que ultrapasse o limite de 10% das faltas justificadas e injustificadas, nos termos acima referidos, só poderá continuar a frequentar a formação mediante parecer favorável da Equipa Formativa, que terá em conta, nomeadamente, os seguintes aspetos: Evolução do processo de aprendizagem do formando; Os fatores que condicionam o grau de integração do formando no ambiente da entidade formadora, bem como as implicações da concretização no seu projeto pessoal e profissional. Avaliação e Certificação Avaliação dos formandos As UFCD são avaliadas individualmente, numa escala de 0 a 20 valores; A avaliação da FPCT é qualitativa (muito bom; bom; suficiente; insuficiente). Certificação dos formandos As UFCD concluídas com sucesso são objeto de certificação no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações, podendo dar lugar: - à emissão de um certificado de qualificações, no caso de percursos de formação que integrem apenas UFCD do CNQ; 11
- à emissão de um diploma com a conclusão de uma qualificação; - à emissão de um certificado de formação profissional, no caso de percursos de formação que integrem apenas UFCD extra CNQ; - ao registo das competências na caderneta individual de competências; - à atribuição dos créditos respetivos às UFCD frequentadas e concluídas com aproveitamento ou às equivalências obtidas. Avaliação da formação No final de cada UFCD, cada formando procederá ao preenchimento de uma ficha que avalia o grau de satisfação relativamente à formação ministrada no que concerne, nomeadamente, aos conteúdos e objetivos da ação, à relevância das matérias ministradas, às condições do seu desenvolvimento e ao desempenho dos formadores. Apoios Sociais atribuídos aos formandos (cf. Despacho Normativo n.º 12/2012, de 21 de maio e Despacho Normativo n.º 6/2013, de 24 de maio) Bolsa de Formação - (apoio não atribuído a desempregados beneficiários de subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego e rendimento social de inserção); o O valor mensal da bolsa de formação a pagar é calculado em função do n.º de horas de formação frequentadas, de acordo com a seguinte fórmula: Vbp = Nhf x Vb x 12(meses) 52 (semanas) x 30 (horas) o Valor aproximado de 1,13 /hora de formação Subsídio de refeição Vbp=Valor mensal da bolsa de formação a pagar; Nhf=Número de horas de formação frequentadas pelo formando; Vb=Valor da bolsa (35% do IAS) IAS= 419,22 o A atribuir nos dias em que o período de formação seja igual ou superior a 3 horas; o Em espécie, quando existe refeitório no local onde decorre a formação; o No valor de 4,27 / dia. Despesas ou Subsídio de Transporte 12
Em alternativa ao pagamento das despesas de transporte, pode ser atribuído um subsídio até ao limite máximo mensal de 10% do IAS, nas seguintes situações, mediante requerimento do interessado: a. na impossibilidade de utilização de transporte público coletivo, por exemplo, quando se verifique a sua inexistência ou quando os horários praticados sejam incompatíveis com o horário da formação, devendo ser considerado o tempo despendido com o transporte de menores a cargo; b. quando o valor do subsídio requerido for inferior, pelo menos em 10%, ao custo com o transporte público coletivo, tomando como referência o valor dos títulos de transporte ou do passe social quando este exista, e, cumulativamente, o tempo despendido nas viagens diárias de ida e volta seja superior a 120 minutos, sem considerar os eventuais tempos de ligação entre transportes. c. Uma vez que as despesas que decorram da situação identificada na alínea b) apenas poderão ser equacionadas num quadro de exceção, devidamente fundamentado, casuisticamente, e mediante autorização prévia do IEFP, I.P. Para estas situações deverá ser instruído um processo, por formando, com todos os elementos comprovativos, para submeter a análise e decisão. d. A título excecional, quando se confirmem as condições previstas no n.º 20 do artigo 12.º do Despacho normativo n.º 4/2008, de 24 de janeiro, com as respetivas alterações, o valor do subsídio de transporte pode atingir o valor máximo de 12,5% do IAS, mediante autorização prévia. Subsídio de acolhimento Atribuível quando os formandos comprovem que, por motivos de frequência da formação, necessitam de confiar a terceiros filhos menores e adultos dependentes. O valor a atribuir será até ao limite máximo mensal de 50% do IAS, ou seja, até ao valor máximo mensal de 209,61. NOTA: O somatório dos apoios (incluindo os que são atribuídos em espécie) não pode ultrapassar o valor de 70% do IAS, ou seja, 293,45 por formando. Nos casos em que não houver lugar à atribuição de bolsa de formação, designadamente, quando se trate de formandos beneficiários de prestações sociais (subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego e rendimento social de inserção), conforme previsto no Despacho normativo n.º 6/2013, de 24 de 13
maio, deve ser observado o mesmo limite, considerando, para efeitos de cálculo, o valor de bolsa a que teriam direito. 14
Contactos Sempre que necessitar poderá entrar em contacto connosco: Secretariado de apoio à direção (edifício C, 1º piso) email: malagoa@isec.universitas.pt Telefone: 217 541 310 Morada: Universitas, Cooperativa de Ensino Superior e Investigação Científica, CRL. ISEC Instituto Superior de Educação e Ciências Alameda das Linhas de Torres, 179 1750-142 Lisboa Planta do Campus 15