MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA.

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Transcrição:

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA - ÊNFASE ELETROTÉCNICA ALEX MOISES LOPES DA SILVA ANIBAL CHAGAS JUNIOR LUIS AUGUSTO ORTEGA MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA. PROPOSTA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2013

ALEX MOISES LOPES DA SILVA ANIBAL CHAGAS JUNIOR LUIS AUGUSTO ORTEGA MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHEIRA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA. Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, apresentado à disciplina de Metodologia Aplicada ao TCC, do Curso de Engenharia Elétrica (DAELT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Eletricista. Orientador: Prof. Dr. Gilberto Manoel Alves CURITIBA 2013 2

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Barragem existente na propriedade...5 3

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...5 1.1 TEMA...5 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA...6 1.3 PROBLEMAS E PREMISSAS...6 1.4 OBJETIVOS...7 1.4.1 OBJETIVO GERAL...7 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...7 1.5 JUSTIFICATIVA...7 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO...8 1.7 CRONOGRAMA...8 REFERÊNCIAS...9 4

1 INTRODUÇÃO 1.1 TEMA Em outubro de 2013, O Sr. Pedro Proença dos Santos mostrou interesse no aproveitamento de potencial hidrelétrico em sua propriedade, o local já conta com uma antiga usina hidrelétrica sucateada, que abastecia a Usina Siderúrgica que antes operava no local. O proprietário da área onde existia a antiga Usina Siderúrgica Marumby Ltda Usimar, em posse da liberação do aproveitamento de potencial hidroelétrico pelo Águas Paraná Instituto das Águas do Paraná, procurou um grupo de alunos para avaliar a viabilidade de gerar energia com a antiga usina. Figura 1 - Barragem existente na propriedade Fonte: Autoria própria Para implantação de uma central hidrelétrica, diversas etapas precisam ser cumpridas. Tais etapas podem ser divididas em estudos gerais, medição de vazão, determinação das perdas e dimensionamento da turbina. A etapa de estudos gerais compreende, dentre outros itens, os estudos hidrológicos para determinar o 5

comportamento do curso d água onde será instalada a central geradora (SOUZA; SANTOS; BORTONI, 2009, p.25). Segundo Souza, Fuchs e Santos (1983, p.91), uma importante etapa dos estudos hidrológicos é a fluviometria, cujo objetivo é determinar o comportamento da vazão de um curso d água ao longo do tempo, apresentando os resultados em diagramas como curva-chave, fluviograma e curva de permanência. Conhecendo-se o comportamento da vazão, é possível dimensionar os vários componentes da central hidrelétrica e determinar sua potência instalada (SOUZA; SANTOS; BORTONI, 2009, p.25). 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Realizar o estudo da vazão de água do rio Rancharia, dimensionamento e especificação da caixa de tomada de água, e estabelecer a melhor condição para o aproveitamento do potencial hidroelétrico máximo possível e definir o melhor posicionamento da caixa de tomada de água. 1.3 PROBLEMAS E PREMISSAS Para a revitalização da Usina faz-se necessário conhecer a sua vazão. Como ela está localizada no rio Rancharia, pertencente à bacia hidrográfica da Ribeira no município de Rio Branco do Sul - Paraná (logo, sem monitoramento) e está desativada há um longo período, não há informações disponíveis acerca do comportamento de sua vazão nas bases de dados mantidas pelo governo brasileiro. Na falta de informações sobre a vazão, é necessário então realizar medições no local da usina. Para isto, existem diversos métodos e técnicas que podem ser empregados, com diferentes níveis de precisão e de custo (ANDRADE et al., 2010). A determinação da vazão característica de um curso d água possui caráter estatístico, admitindo-se que os eventos se repetem de forma cíclica. Dessa forma, para se determinar a vazão de projeto de um aproveitamento hidrelétrico, faz-se necessário conhecer a série histórica de vazões para o local, num período mais extenso possível (RICARDO, 2006, p.14). 6

1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo Geral Medir a vazão do Rio da Usina e estudar a topografia do terreno, afim de dimensionar a usina com o melhor aproveitamento do potencial hidroelétrico. 1.4.2 Objetivos Específicos ` Pesquisar literatura pertinente a instalação de micro, mini e pequenas Centrais Hidrelétricas. Levantar os principais métodos de medição citados na literatura; Comparar os métodos de medição de vazão quanto a precisão e exequicidade; Medir a vazão do rio para calcular o potencial disponível, pesquisar e compara-la com a bacia hidrográfica de outras usinas da mesma. Aferir com os dados da bacia fornecidos pelo Instituto das Águas do Paraná. 1.5 JUSTIFICATIVA Estudar a quantidade de vazão de um rio ou córrego para a implantação de centrais hidrelétricas, objetiva obter a potência ou energia hidráulica a ser fornecida. Segundo Stano Junior, Bitencourt e Tiago Filho (2007, p.8), para se estimar a energia hidráulica de um aproveitamento hidráulico duas variáveis são necessárias: a queda bruta e a vazão. Porém, segundo Andrade et al. (2010), a diferença de cota é obtida com boa precisão, ficando a precisão da energia hidráulica dependendo basicamente da precisão obtida na medição da vazão. Por isso a importância da utilização de mais de um método para a medição de vazão. Souza, Fuchs e Santos (1983, p.103) citam métodos de medição de vazão que para serem aplicados precisam que os locais onde serão feitas as medições, possuam determinados atributos, como um canal construído, por exemplo. Isso mostra que o ponto de medição de vazão também é um fator de seleção para o método que será empregado. A vazão de projeto de um aproveitamento hidrelétrico precisa ser obtida via 7

análise da série histórica de vazões médias diárias ou mensais, para um período o mais longo possível (RICARDO, 2006, p.14). Como não temos um registro histórico da vazão do rio, vem a necessidade de comparar com dados existentes nas proximidades da bacia. Pois de acordo com ANEEL (2002), a regionalização hidrológica pode ser definida como o processo de transferência de informações de um local para outro, dentro de uma área com comportamento hidrológico semelhante. 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO No Capítulo 1 será feita a introdução ao tema, onde serão apresentados os objetivos, as motivações e a justificativa para a realização do trabalho. O Capítulo 2 apresentará uma revisão bibliográfica sobre o tema para levantar os principais métodos de medição de vazão encontrados na literatura com suas principais características. No Capítulo 3 serão apresentados os materiais e métodos para a medição da vazão para a usina a ser construída. No Capítulo 4 constará os resultados da medição e uma análise dos dados obtidos. No Capítulo 5 serão apresentadas as conclusões do presente trabalho. 1.7 CRONOGRAMA Tabela 1 - Cronograma de realização do trabalho. Etapas 2013 2014 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 1 Estudar os métodos de medição de vazão X X X 2 Pesquisar literatura pertinente X X X X X X X X X X 3 Levantar os recursos materiais necessários X X 4 Realizar as medições X X X 5 Padronizar os dados X X 6 Apresentar os resultados obtidos X X 7 Apresentação da Tese X Fonte: Autoria própria 8

REFERÊNCIAS ALVES, Gilberto M. Avaliação da viabilidade de aplicação de uma microcentral hidrelétrica, para atender consumidores localizados em regiões isoladas. 2007. 156 f. Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2007. ANEEL AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Regionalização das Vazões. TUCCI, C.E.M. (coord.). IPH / UFRGS. Porto Alegre. 254p. 2002. ANDRADE, Luiz A.; MARTINEZ, Carlos B.; FILHO, Jair N.; AGUIRRE, Luis A. Estudo comparativo dos métodos de medição de vazão uma aplicação em comissionamento de turbinas hidráulicas. Centro de Pesquisas em Hidráulica e Recursos Hídricos, Universidade Federal de Minas Gerais, p. 73-79, 2010. PITON, Cristiane L. Evolução tecnológica nas medições de vazões em rios. 2007. 67 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Curso de Engenharia Civil. Faculdade Dinâmica das Cataratas, Foz do Iguaçu, 2007. RICARDO, Mateus. Transposição de dados hidrológicos para a determinação da vazão de projeto de micro e minicentrais hidrelétricas: estudo de caso. PCH Noticias & SHP News. N.28. Itajubá: 2006. SOUZA, Zulcy; FUCHS, Rubens D.; SANTOS, Afonso H. M. Centrais hidro e termelétricas. São Paulo: Edgard Blücher; Itajubá-MG: Escola Federal de Engenharia, 1983. STANO JUNIOR, Ângelo; BITENCOURT, Valdinéia Aparecida; TIAGO FILHO, Gilberto Lúcio. Hidráulica. 1ªed. Itajubá: FAPEPE, Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas CERPCH, 2007. 9