Teor de MO e Densidade de solos

Documentos relacionados
MECÂNICA DOS SOLOS PROF. AUGUSTO MONTOR LISTA DE EXERCÍCIOS 1

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - Laboratório de Mecânica dos Solos ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS

AULA 2: INTRODUÇÃO A MECÂNICA DOS SOLOS. MECÂNICA DOS SOLOS Prof. Augusto Montor

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - O ESTADO DO SOLO - ÍNDICES FÍSICOS

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações

Notas de aula prática de Mecânica dos Solos I (parte 5)

ENSAIOS DE LABORATÓRIO

3) Todo solo é passível de receber uma grande edificação? (explique)

Mecânica dos solos AULA 4

Mecânica dos Solos I 14/03/2016. Índices Físicos dos Solos. 3.1 Fases do Solo

ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS Aula 02

Notas de aula prática de Mecânica dos Solos I (parte 1)

Ensaios e Caracterização de Materiais. Prof. Lucas Máximo Alves. Aula Prática 4. Determinação dos Limites de Atterberg. Procedimento Experimental.

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

PRÁTICAS PARA A DISCIPLINA LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2 AGREGADOS

DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA

Artigo produzido na disciplina de Mecânica dos Solos I do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Unijuí - Santa Rosa 2

Classificação dos Solos

SOLO. Matéria orgânica. Análise Granulométrica

Camila Bolognes Couto Pahl Bióloga e Laboratorista UFMS Disciplina Transporte de Sedimentos Prof. Dr. Teodorico Alves Sobrinho

Massa Específica. Massa Específica MASSA ESPECÍFICA. Massa Específica Aparente ou Unitária. Massa Específica Real ou Absoluta.

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

Agregados - determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo RESUMO 0 PREFÁCIO ABSTRACT 1 OBJETIVO SUMÁRIO 2 REFERÊNCIAS

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Compacidade das Areias, Consistência das Argilas e Classificação dos Solos

CLASSIFICACÃO E IDENTIFICACÃO DOS SOLOS

II E X E R C Í C I O S E S T A D O D O S O L O

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS

Compacidade das areias e Limites de Atterberg

TC-033 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS

ME-63 MÉTODOS DE ENSAIO DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE IN SITU COM EMPREGO DE CILINDRO DE CRAVAÇÃO

Classificação dos Solos do Ponto de Vista da Engenharia

Título do Trabalho ESTUDO DO APROVEITAMENTO DO CASCALHO DE PERFURAÇÃO DE POÇOS COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO.

Caracterização Física do Solo da Cidade de Palmeira dos Índios - AL

AULA 3: O ESTADO DO SOLO - ÍNDICES FÍSICOS E

Fundação Carmel itana Mário Pal mério MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II LABORATÓRIO 02. Professor: Yuri Cardoso Mendes

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Profª Aline Cristina Souza dos Santos

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Profª Aline Cristina Souza dos Santos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

II - O ESTADO DO SOLO

AGREGADOS. Ms = k. Mh ( ms = massa seca e ma = massa de agua no agregado)

AULA 4: CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS. MECÂNICA DOS SOLOS Prof. Augusto Montor

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

CARACTERIZAÇÃO GOTÉCNICA DE SOLOS PARA SUBSÍDIO AO PROJETO DE BARRAGEM DE TERRA

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (Dispersão Total)

CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DE MATERIAL DE DRAGAGEM DO CANAL DE ACESSO AO PORTO DO RIO GRANDE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

PEF3305 Mecânica dos Solos e das Rochas I Experimento P Laboratório

Solo-cimento UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. SNP38D53 Técnicas de Melhoramento de Solos

4 Caracterização Geotécnica dos Sedimentos

AULA PRÁTICA 4 Série de sólidos

DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO

Capítulo 3 Professora: Ariel Ali Bento Magalhães

4 Caracterização física, química e mineralógica dos solos

CURSO DE EDIFICAÇÕES PROFº ANDERSON ALENCAR

AULA 2 TC-033 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS. Prof. Caroline Tomazoni 08/03/2018

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

5. Caracterização do Solo

ÍNDICES FÍSICOS DOS SOLOS

Material de apoio. Índices físicos. Índices físicos entre três as fases

I) Comparação da precisão em medidas volumétricas

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Agregados determinação do inchamento de agregado miúdo

Devido a heterogeneidade os solos e a grande variedade de suas aplicações, é praticamente impossível

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO. Disciplina: GCS 104 FÍSICA DO SOLO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA

ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO DE RCD DA REGIÃO NOROESTE DO RS 1 TESTS OF CHARACTERIZATION OF RCD SOIL IN THE NORTHWEST REGION OF RS

4 Caracterização Física, Química, Mineralógica e Hidráulica

LABORATÓRIO NP EN DETERMINAÇÃO DA MASSA VOLÚMICA E DA ABSORÇÃO DE ÁGUA

Laboratório de Mecânica dos Solos. Primeiro Semestre de 2017

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

CLASSIFICAÇÃO GEOTÉCNICA: CARACTERIZAÇÃO DO SOLO DO BAIRRO VILA ISABEL NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ MG

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

AVALIAÇÃO UNIFICADA 2016/1 ENGENHARIA CIVIL/6º PERÍODO NÚCLEO I CADERNO DE QUESTÕES

Água de adesão = faixa de umidade que vai de 0% a aproximadamente 30%.

Composição dos Solos

FÍSICA. Por que você se sente mais leve quando está imerso ou parcialmente imerso na água?.

Plasticidade e Consistência dos Solos. Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin

Laboratório de Física I. Experiência 2 Determinação de densidades. 1 o semestre de 2017

4) Movimento da Água no solo - Bibliografia. 4) Movimento da Água no solo

Laboratório de Física I. Experiência 2 Determinação de densidades. 1 de fevereiro de 2018

Aula prática 1: Materiais de laboratório, exatidão e precisão. 1. Material de laboratório

AREIA BASE PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ARGILA AFS PELO MÉTODO DO LAVADOR CONTÍNUO DE ARGILA

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO SOLO UTILIZADO EM CAMADAS DE COBERTURA NO ATERRO SANITÁRIO DE CAUCAIA-CEARÁ

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Agregados - Terminologia. Termos relativos à natureza. Termos relativos à natureza. ABNT NBR 9935:2011 Agregados Terminologia. Rocha.

LABORATÓRIO NP EN DETERMINAÇÃO DA MASSA VOLÚMICA E DA ABSORÇÃO DE ÁGUA

CÓDIGO: IT822. Estudo dos Solos CRÉDITOS: 4 (T2-P2) INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Notas de aulas de Mecânica dos Solos I (parte 6)

AGREGADOS. 8. Principais propriedades físicas dos agregados:

COMPACTAÇÃO 05/04/ COMPACTAÇÃO PRINCÍPIOS GERAIS TC-033 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS AULA 3. Prof. Caroline Tomazoni

Determinação de lipídios em leite e produtos lácteos pelo método butirométrico

SELEÇÃO E MANUSEIO DE REAGENTES E OUTROS PRODUTOS QUÍMICOS

Transcrição:

Teor de MO e Densidade de solos 29/01/2012 Prof. Patrício Pires patricio.pires@gmail.com

Introdução 2 1ª Parte Dia Mês Aula Programação Apresentação do Curso. 4 1ª Coleta e preparação de amostras. Caracterização de solos: Caracterização Táctil Visual; 11 2ª Caracterização Granulométrica; Dezembro Determinação do Teor de Umidade / Método da estufa. Limites de consistência: Limite de Liquidez; 18 3ª Limite de Plasticidade; Limites de Contração. Determinação do teor de matéria orgânica; Por queima em mufla a 440 C Peso específico dos solos: Peso específico real dos grãos; 29 Janeiro 4ª Peso específico aparente pelos métodos: Anel biselado; Parafina; Cilindro de cravação. o Determinação do teor de umidade por métodos expedidos de campo. 5 Fevereiro 5ª Prova Parcial 01 / Entrega de Relatórios

3

4

5

Dragagem: aproveitamento de 6 resíduos para aterro. FIGURA 4.14 MODELO BATIMÉTRICO 2D COM PONTOS DE AMOSTRAGEM DE MATRIZ SILTOSA.

Teor de matéria orgânica 7 (a) pontos A1-P2 e A1-P3. (b) pontos da Área 2. Figura 4.4 Amostras acondicionadas nas caixas plásticas ao chegarem ao laboratório. (a) pontos A1-P2 e A1-P3 e (b) pontos da Área 2. (a) lançamento da draga. (b) transferência da amostra para o saco plástico. (c) amostra de sedimento coletada acondicionada no saco plástico. (a) ponto A2-P1. (b) ponto A2-P3. FIGURA 4.5 AMOSTRAS SECAS AO AR, ANTES DE SEREM DESTORROADAS: (A) PONTO A2-P1 E (B) PONTO A2-P3. (a) capota fechada. (b) capota aberta.

Teor de matéria orgânica 8 Tabela 4.3 Resultados dos ensaios realizados nas amostras da Área 1. Ponto LL (%) LP (%) IP (%) Gs Granulometria (%) Pedregulho Areia Silte Argila w (%) MO (%) A1-P2 - - - 2,605 0,0 89,2 9,7 1,1 0,73 6,85 A1-P3 - - - 2,626 0,0 88,0 9,4 2,6 0,56 4,67 A1-P3A 130,2 NP - 2,398 0,0 26,7 59,6 13,7 7,90 44,94 A1-P4 - - - 2,627 0,0 86,1 10,1 3,8 0,78 6,38 A1-P5 - - - 2,617 0,3 93,6 5,4 0,7 0,28 1,31 A1-P6 - - - 2,624 0,0 87,3 9,8 2,9 0,72 4,94 A1-P7 - - - 2,607 0,0 87,9 9,5 2,6 1,25 5,45 Ponto Nomenclatura Classificação Sigla A1-P2 Areia mal graduada com silte SP-SM A1-P3 Areia bem graduada com silte SW-SM A1-P3A Silte orgânico com areia OH A1-P4 Areia siltosa SM A1-P5 Areia mal graduada com silte SP-SM A1-P6 Areia siltosa SM A1-P7 Areia siltosa SM

9

Densidade natural/aparente: Método da Parafina OBJETIVO: Determinar a massa específica aparente de amostras indeformadas de solo, com emprego da balança hidrostática, sendo aplicável somente a materiais que possam ser adequadamente talhados..

Princípio de Arquimedes O princípio de Arquimedes afirma que todo corpo submerso em um fluido experimenta um empuxo vertical e para cima igual ao peso de fluido deslocado.

Execução do ensaio 1. Retira-se um torrão para realização do ensaio e pesa-se (W t ). Sabemos que: V t =??? t W V t t 2. Mergulha-se o torrão dentro de uma panela contendo parafina aquecida (±60ºC). Pesa-se o torrão + Parafina: W (tor+par) 3. Peso da Parafina: W par = W (tor+par) -W t

4. Determina-se o volume da parafina: par = 0,89 par tf/m³ V W par par 5. Determina-se o peso submerso do torrão + parafina (W sub(tor+par) ). 6. Determina-se o peso da água deslocada: W w(deslocada) = W (tor+par) -W sub(tor+par) 7. Volume do solo + parafina: w fc Temperatura V sp W w w 8. Volume de solo: V t = V sp V par Finalmente: t W V t t

Determinação da massa específica aparente da parafina 1. Talhar um corpo-de-prova de parafina previamente derretida em banho-maria, de forma a se evitar superaquecimento, e resfriada, utilizando-se faca e espátula, até que se obtenha uma conformação aproximadamente esférica, com diâmetro mínimo de 5 cm. Cuidados devem ser tomados para que não haja presença de bolhas de ar no interior do corpo-de-prova. Determinar a sua massa M paraf. 2. Amarrar o corpo-de-prova com a linha, deixando uma extensão para nela se fixar um contrapeso de massa previamente determinada quando totalmente imerso em água M cpi.

3. Fixar o conjunto assim formado na moldura acoplada ao prato da balança e imergi-lo totalmente na água. Após certificar-se de que não há bolhas de ar retidas nas paredes do corpo-deprova e do contrapeso, determinar a massa do conjunto imerso na água, M ci. 4. Calcular a massa específica da parafina, utilizando a expressão: paraf M. / ( M M M ) paraf paraf 5. A massa específica aparente da parafina, média de pelo menos três determinações. w cpi ci

17

Ensaio de determinação do peso específico real Peso específico real Peso do solo seco s W V s s Volume dos sólidos Refere-se somente a fase sólida do solo, isto é, as partículas do solo (grãos), e não ao composto solo (grãos + água + ar). Volume dos sólidos: Princípio de Arquimedes Volume de água deslocado pelo corpo é igual ao seu próprio volume. O solo deve estar totalmente saturado.

Ensaio de determinação do peso 19 específico real

Ensaio de determinação do peso específico real O peso do picnômetro com água destilada é tomado de um gráfico.

Solos arenosos Procedimento: 1. Homogeneizar a amostra e pesar cerca de 60g. Quando o picnômetro for de 1000 ml deve-se dobrar a quantidade de material. 2. Secar a amostra em estufa até constância de peso e determinar seu peso seco. 3. Colocar a amostra dentro do picnômetro calibrado e cheio até a metade com água destilada e sem ar. 4. Aplicar vácuo pelo menos 15 minutos, agitando o picnômetro em intervalo de tempos regulares. 5. Deixar o picnômetro em repouso para que sua temperatura entre em equilíbrio com a do meio ambiente.

6. Adicionar água até a marca de calibração, utilizando um conta-gostas. 7. Secar o exterior do frasco e o interior do gargalo acima do nível de água. Pesar o frasco com água e solo. 8. Após verificar se o conteúdo do picnômetro está em uma temperatura uniforme, registrar a temperatura. Com esse valor obtém-se na curva de calibração o peso do picnômetro cheio de água.

Solos coesivos Procedimento: 1. Colocar cerca de 50g da amostra no copo de dispersão e adicionar água destilada até formar uma pasta fluida uniforme. Acrescentar mais água destilada até cerca da metade do volume do copo e dispersar por 15 min. 2. Transferir a amostra para o picnômetro com o auxílio do funil de vidro, lavando-se o copo de dispersão e o funil para completa remoção do material. 3. Adicionar água destilada até cerca da metade do volume do picnômetro. Colocar o picnômetro em banho-maria durante 30min no mínimo, adicionando-se água destilada para compensar a evaporação. O banhomaria é um método mais energético na retirada de ar aderente ao solo. 4. Deixar o picnômetro em repouso 5. Adicionar água até a marca de calibração