ADOPÇÃO FASES DO PROCESSO EM PORTUGAL

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Transcrição:

1. CANDIDATURA Entrega de formulário e documentação nos Serviços de Adopção. O processo não tem qualquer tipo de custo. Informações em: Segurança Social http://www2.seg-social.pt/left.asp?03.06.01.02.02 Santa Casa da Misericórdia de Lisboa http://www.scml.pt/default.asp?site=social&sub=&id=2&mnu=13&layout=

2. ENTREVISTA Feita nos Serviços de Adopção. Primeiro encontro entre a equipa de adopção e a pessoa ou casal candidato. Conversa informal que serve para conhecer as motivações para a adopção e aferir a pretensão relativamente à criança a adoptar.

3. ENTREVISTA Feita nos Serviços de Adopção. Segundo encontro entre a equipa de adopção e a pessoa ou casal candidato. Conversa informal para aprofundar o conhecimento da pessoa ou casal candidato, amadurecer o tema das motivações para a adopção e conversar sobre historial e características genéricas das crianças para adopção, a fim de possibilitar a reflexão sobre a pretensão.

4. TESTES E QUESTIONÁRIOS Feitos nos Serviços de Adopção. Terceiro encontro entre a equipa de adopção e a pessoa ou casal candidato. Serve para efectuar uma série de testes psicométricos e questionários que vão validar ou fundamentar a avaliação efectuada pela equipa de adopção relativamente à pessoa ou casal candidato.

5. ENTREVISTA Feita em casa da pessoa ou casal candidato. Quarto encontro entre a equipa de adopção e a pessoa ou casal candidato. Serve para aferir as condições de habitabilidade da casa da pessoa ou casal candidato e aprofundar os temas anteriormente conversados, bem como aferir formas de estar e de conviver com uma criança.

6. APROVAÇÃO DA CANDIDATURA Feita por carta do Serviço de Adopção. Após 6 meses, passadas as etapas de entrevistas e testes, a pessoa ou casal candidato recebe a aprovação ou rejeição da sua candidatura.

7. ESPERA Esta é a fase da espera... A pessoa ou casal adoptante aguarda o telefonema com a notícia de que há uma criança compatível com a sua pretensão.

8. TELEFONEMA No dia em que a pessoa ou casal adoptante recebem o telefonema é marcada uma reunião com a equipa de adopção. Esta serve para conhecer a(s) criança(s). É uma apresentação feita em papel. Os adoptantes obtêm um conjunto de informação escrita e verbal (e umas fotografias) que vão ler/ver/analisar e decidir se querem ficar com a(s) criança(s) proposta(s).

9. DECISÃO A partir desta apresentação, a pessoa ou casal adoptante tem 2 a 3 dias para decidir se quer, ou não, ficar com a criança. Durante este tempo é possibilitado o acesso a todos os técnicos que acompanharam a criança (médicos, assistentes sociais, psicólogos ou educadores) para clarificar todas as dúvidas que os futuros pais possam ter relativamente à sua criança.

10. ÁLBUM DE FAMÍLIA Nesta etapa é pedido aos adoptantes que façam um pequeno Álbum de Família que contenha uma fotografia dos membros do agregado familiar que vivem na casa que a criança virá a habitar. Isto serve para que a criança conheça a sua família antes de a conhecer propriamente, para que ela não estranhe aqueles estranhos nas apresentações.

11. INTEGRAÇÃO Depois da decisão passa-se à integração da criança na família. Esta integração é feita entre 3 a 5 dias e deve contar com a total disponibilidade dos pais. Não são feitas visitas à criança antes deste momento. Contem com 3 a 5 dias intensivos de criança e emoções. O tempo da integração pode variar conforme os casos, as crianças, os pais e a apreciação dos técnicos envolvidos no processo.

12. LEGALIDADES Entra-se em período de pré-adopção. A criança está com os pais, em casa. O Serviço de Adopção emite um certificado de pré-adopção com que os pais adoptivos podem tratar de: - Licença de parentalidade por adopção - Registo na Segurança Social para abono de família - Registo no Centro de Saúde ou médico assistente

13. PERÍODO DE PRÉ-ADOPÇÃO Dura 6 meses a partir do dia em que a criança vai para casa. Durante este período são agendadas visitas da equipa de adopção à família para acompanhar a integração da criança. Decorridos estes 6 meses é elaborado um relatório com as conclusões da equipa de adopção e as recomendações para a adopção plena. Este relatório acompanha a petição para o tribunal.

14. PETIÇÃO A petição para adopção plena é elaborada por um advogado e é acompanhada de: - Certidões de nascimento do agregado familiar - Relatório de pré-adopção - Indicação de 3 testemunhas Aqui devem constar pedidos especiais (nome próprio). É a pessoa ou o casal adoptante que vai entregar a petição ao Tribunal de Família e Menores.

15. AUDIÊNCIA Depois de entregue a petição no Tribunal de Família e Menores, aguarda-se a marcação da audiência que é comunicada por carta. A audiência é feita no gabinete do/a juiz/a, em privado. As pessoas convocadas (mãe/pai ou pais e testemunhas) são chamadas e ouvidas individualmente. As perguntas são feitas de forma a aferir se o que consta da petição e relatório correspondem à verdade.

16. SENTENÇA A sentença do Tribunal de Família e Menores é enviada por correio para casa da família. Desde o início do período de pré-adopção até este momento pode decorrer cerca de 1 ano. Uma vez recebida a sentença, se for favorável à adopção, há que esperar que seja enviada pelo tribunal para o Instituto de Registos e Notariado para se poder proceder ao registo da criança.

17. REGISTO Dois a três meses após a recepção da sentença em casa deve contactar-se o Instituto de Registos e Notariado (Linha Registos 707 20 11 22) para saber se aquela já chegou aos serviços, a fim de se fazer o registo da criança na Conservatória do Registo Civil. A certidão de nascimento original da criança fica trancada em segredo de justiça.

18. ALTERAÇÕES DEFNITIVAS Depois do registo da criança, há que tratar de: - Emissão de novo Cartão de Cidadão - Alteração do nome na Segurança Social - Alteração do nome no Centro de Saúde - Alteração do nome na escola - Outras

NOTA Os processos de adopção em Portugal estão, hoje, ligeiramente diferentes do descrito neste documento. ARTIGO http://www.sabiasque.pt/familia/infancia/537...html http://www.sabiasque.pt/familia/infancia/537-adopcao-em-portugal-parte-1-dimensao-processual.html