Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Maranhão. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Documentos relacionados
Instrução Normativa SRF nº 442, de 12 de agosto de 2004

Instrução Normativa IN nº 375, de 2323/12/2003 da Secretaria da Receita Federal.

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Piauí. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Pernambuco. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Instrução Normativa SRF nº 367, de 12 de novembro de 2003

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Amazonas. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Ceará. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Rio Grande do Norte. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Instrução Normativa SRF Nº 292, de 03 de fevereiro de 2003

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Rondônia. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

CAPÍTULO III - DO RECONHECIMENTO DO DIREITO À ISENÇÃO E DO PRAZO PARA SEU EXERCÍCIO

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Rio de Janeiro. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Alagoas. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Rio Grande do Sul. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

ICMS FRONTEIRA ANTECIPAÇÃO DO IMPOSTO ASPECTOS FISCAIS INSTRUTOR: MARCELO REOLON

CONVÊNIO ICMS 135, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2012

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Bahia. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Espírito Santo. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

ANO XXV ª SEMANA DE MAIO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 20/2014

Instrução Normativa SRF nº 605, de 4 de janeiro de 2006 DOU de

Instrução Normativa SRF nº 605, de 4 de janeiro de 2006

DECRETO Nº , DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012 Publicado no D.O.E. nº 242, de 28 de Dezembro de 2012

A ISENÇÃO DE TRIBUTOS DE PESSOAS DEFICIENTES RESUMO

O PREFEITO MUNICIPAL DE GUAPIMIRIM, Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Minas Gerais. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

LEI MUNICIPAL Nº 964, de 22 de Dezembro de 2017.

ANO XXVIII ª SEMANA DE JANEIRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 02/2017

DECRETO Nº DE 28/09/2010 DOU de 29/09/2010

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Sergipe. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

ITCD parte III IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores AUDITORIA FISCAL PROF. CHRISTIAN AZEVEDO

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Antecipação tributária do imposto - entrada de mercadoria proveniente de outra UF - SP

Prefeitura Municipal de Cocos BA Rua Presidente Juscelino, 115, Centro Cocos BA Cep Fone/Fax (77) CNPJ:

Previdenciária - Estabelecidas as normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso perante a Receita Federal do Brasil

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. INSTRUÇÃO NORMATIVA No-1.081, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010

Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Mato Grosso. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

ANTES DEPOIS O QUE MUDOU? IV em se tratando de partes e peças, integração à máquina ou ao equipamento objeto da não incidência.

ANO XXVII ª SEMANA DE JUNHO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 26/2016

LEI MUNICIPAL Nº 1106/09, de 29 de dezembro de 2009.

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA

Lei nº 5147 de DOE de

O presente Memorando sumariza as principais disposições do Convênio ICMS n 3/2018.

Carros Descontos e Isenção de ICMS e IPI para Deficientes. Adaptados a Venda

DIREITO TRIBUTÁRIO. Parcelamento Parte I. Prof. Marcello Leal

RESOLUÇÃO CONJUNTA SF/PGE N 003, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2018 (DOE de )

TABELA DE OPERAÇÕES FISCAIS

Matéria elaborada com base na legislação vigente em:

Gestão Tributária- Escrituração Fiscal- Prof.Ademir Macedo de Oliveira Senac São Paulo- Unidade 24 de Maio

Portaria CAT-46, de

Direito Previdenciário

AGENDA TRIBUTÁRIA: DE 17 A 20 DE OUTUBRO DE 2017

Altera a Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, que dispõe sobre o Simples Nacional e dá outras providências.

AGENDA TRIBUTÁRIA: DE 14 A 20 DE JUNHO DE 2018

Anexos 4. 0 Substituição Tributária Anexos Substituição Tributária das Operações com Lâmpadas Elétricas

DEPARTAMENTO JURÍDICO - FIESP ESTUDO REGIME ESPECIAL DE INCENTIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA - REIDI. [última atualização:

MEDIDA PROVISÓRIA No- 582, DE 20 DE SETEMBRO DE 2012

CAPÍTULO I Da Obrigatoriedade de Apresentação

"CAPÍTULO XXXI DO PAGAMENTO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL COM OS BENEFÍCIOS DO DECRETO Nº /17 - "REFAZ 2017"

IPI ICMS - CE/MA/PB/PE/PI/RN LEGISLAÇÃO - CE LEGISLAÇÃO - PB LEGISLAÇÃO - PE LEGISLAÇÃO - RN

Janeiro-Dezembro/2014

PORTARIA CONJUNTA PGFN/RFB Nº 3, DE 02 DE MAIO DE DOU DE 02/05/2007- EDIÇÃO EXTRA

DECRETO Nº , DE 31 DE JULHO DE 2002

A Governadora do Estado do Rio de Janeiro, Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº DE 30/05/2018

BRASÍLIA Complexo Brasil XXI SH Sul Quadra 06, Conj. A, Bloco C, 12º andar Tel. (5561)

Boletimj. a Federal. a Estadual. a IOB Setorial. a IOB Perguntas e Respostas. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros.

Art. 1º - O Decreto-lei nº 05, de 15 de março de 1975, passa a vigorar acrescido do art. 107-A, com a seguinte redação:


Tributos e Contribuições Federais/Previdenciária - Medida Provisória nº 783/2017, que instituiu o Pert, é convertida em lei, com emendas

Instrução Normativa SRF nº 300, de 14 de fevereiro de 2003

AGENDA TRIBUTÁRIA: DE 20 A 27 DE DEZEMBRO DE 2017

ANEXO 1 AO COMUNICADO: SEFAZ REALIZA ALTERAÇÕES NA EFD ICMS- IPI

DOE-ES de Institui o Programa de Parcelamento Incentivado de Débitos Fiscais, nas condições que especifica.

IPI ICMS - RJ LEGISLAÇÃO - RJ ANO XX ª SEMANA DE JANEIRO DE 2009 BOLETIM INFORMARE Nº 02/2009


Dispõe sobre a aplicação do regime aduaneiro especial de exportação temporária de bens ao amparo do Carnê ATA.

CONVÊNIO ICMS 50/18, DE 05 DE JULHO DE 2018

Portaria CAT 53, de

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE VARGINHA


Art. 1º A prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional será efetuada mediante apresentação de:

Ato Declaratório Executivo Coana nº 33, de 28 de setembro de 2012

LEI Nº , DE 31 DE AGOSTO DE 2015.

60% 60% 75% 75% - 40% 40% 50% 50% 0,64% 40% 40% 50% 50% 0,80% 40% 40% 50% 50% 1%

Agenda Tributária: de 20 a 26 de Abril de 2017

DECRETO Nº De 21 de Junho de 2011 D E C R E T A. CAPÍTULO I Da Nota Fiscal Eletrônica de Serviços - NF-e. SEÇÃO I Da Definição da NF-e

2º Na hipótese do inciso I do parágrafo 1º, a substituição tributária caberá ao estabelecimento da empresa industrial ou ao contribuinte substituto

Portaria ST nº 811, de 20/3/ DOE RJ de 22/3/2012

DECRETO N.º DE 11 DE MAIO DE 2010.

LEI COMPLEMENTAR Nº 306, 23 DE DEZEMBRO DE

DECRETO N 6003, de 02 de fevereiro de 2017.

AGENDA TRIBUTÁRIA: DE 18 A 24 DE AGOSTO DE 2016

MEDIDA PROVISÓRIA Nº. 669, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2015

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA N 353

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 391/2010, DE 13 DE OUTUBRO DE 2010.

TASSO & ASSOCIADOS Advocacia e Consultoria Jurídica.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.842, DE

PREFEITURA MUNICIPAL DE PAULO AFONSO Estado da Bahia. Decreto Nº 5189, de 03 de janeiro de 2017.

a Federal Boletimj Manual de Procedimentos IPI - Arrendamento mercantil ICMS - IPI e Outros 2.1 Arrendamento mercantil financeiro 1.

Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 16/2014 Maranhão // Federal IPI Isenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência.... 01 // Estadual ICMS Pagamento do imposto.... 05 // IOB Setorial Estadual Portuário - Base de cálculo reduzida nas operações internas para implantação do terminal portuário do Estado do Maranhão denominado Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).... 07 // IOB Comenta Federal IPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização.... 08 // IOB Perguntas e Respostas IPI Estorno de crédito - Furto ou roubo de insumos.... 08 Regime especial - Cigarros.... 09 ICMS/IPI Sped - EFD - Obrigatoriedade.... 09 ICMS/MA Benefício não autorizado por convênio - Crédito do imposto.... 09 IPVA/MA Código de receita estadual - Dívida ativa.... 09 Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de câmbio

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : isenção : veículos destinados a pessoas com deficiência... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2130-2 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-02583 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI Isenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência SUMÁRIO 1. Introdução 2. Beneficiários 3. Automóveis nacionais 4. Prazo para utilização 5. Documentação 6. Autorização para aquisição 7. Indeferimento do pedido 8. Estabelecimento industrial ou equiparado a industrial 9. Restrições à fruição do benefício fiscal 10. Alienação efetuada antes de 2 anos da aquisição do veículo 11. Falecimento do beneficiário 12. Considerações finais 1. Introdução A legislação prevê a concessão de isenção do IPI para os automóveis de passageiros destinados a pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas. Neste texto, examinaremos as disposições legais e os requisitos para a fruição desse benefício fiscal, com fundamento na Lei nº 8.989/1995 e na Instrução Normativa RFB nº 988/2009. (Lei nº 8.989/1995; Instrução Normativa RFB nº 988/2009) 2. Beneficiários As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 anos, poderão adquirir com isenção do IPI, até 31.12.2016, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, automóvel de passageiro ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI). Nota Consideram-se representantes legais os pais, os tutores e os curadores, conforme definido pelo Código Civil Brasileiro - Lei nº 10.406/2002 (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 11, VI). O direito à aquisição do veículo com o benefício da isenção poderá ser exercido apenas uma vez a cada 2 anos, sem limite do número de aquisições Para efeito de fruição do benefício, considera-se pessoa portadora de: a) deficiência física: aquela que apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando- -se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho das funções; e b) deficiência visual: aquela que apresenta acuidade visual igual ou menor que 20/200 (tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º, ou ocorrência simultânea de ambas as situações. A condição de pessoa portadora de deficiência mental severa ou profunda, ou de autista, será atestada conforme critérios e requisitos definidos pela Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2/2003. Considera-se adquirente do veículo com isenção a pessoa portadora de deficiência ou o autista, que deverá praticar todos os atos necessários à fruição do benefício, diretamente ou por intermédio de seu representante legal. Ressalte-se que a isenção do IPI para deficientes não se aplica às operações com arrendamento mercantil (leasing). (Lei nº 8.989/1995, art. 1º, caput, IV, 1º a 3º; Código Civil - Lei nº 10.406/2002; Decreto nº 3.298/1999, arts. 3º e 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 2º, caput, 1º, 2º e 5º, e art. 14; Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2/2003) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 MA16-01

3. Automóveis nacionais A isenção do IPI é aplicada a automóveis de fabricação nacional. Contudo, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio de diversas soluções de consulta, entre as quais a de nº 46/2008, a seguir reproduzida, expõe o entendimento no sentido de que o benefício fiscal também se aplica aos automóveis estrangeiros, quando importados de países em relação aos quais, por meio de acordo ou convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha sido garantida igualdade de tratamento, quanto aos tributos internos, para o produto importado, originário do país em questão e o nacional. MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 46 de 01 de Fevereiro de 2008 ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: ISENÇÃO. VEÍCULOS ADQUIRIDOS POR PORTA- DORES DE DEFICIÉNCIA FÍSICA. A isenção do IPI prevista no art. 1º, inciso IV, da Lei nº 8.989, de 1995, e alterações, incorporada ao art. 52, inciso IV, do RIPI em vigor, Decreto nº 4.544, de 2002, contempla, em regra, veículos nacionais, assim entendidos aqueles que resultem das operações de industrialização mencionadas no art. 4º do mesmo RIPI, realizadas no Brasil. O benefício, no entanto, estende-se aos veículos estrangeiros, quando importados de países em relação aos quais, através de acordo ou convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha sido garantida igualdade de tratamento, quanto aos tributos internos, para o produto importado, originário do país em questão, e o nacional. Tal ocorre, por exemplo, nas importações provenientes de países integrantes do Mercosul, por força do art. 7º do Tratado do Mercosul, promulgado pelo Decreto nº 350 de 1991, contanto que se trate de veículos que atendam às normas de origem aplicáveis àquele tratado e contem com a pertinente certificação de origem. [...] (Solução de Consulta nº 46/2008) 3.1 Manutenção do crédito fiscal É assegurada a manutenção do crédito do IPI relativo: a) às matérias-primas, aos insumos (produtos intermediários e material de embalagem) efetivamente utilizados na industrialização dos automóveis saídos com isenção do estabelecimento industrial; e b) ao imposto pago no desembaraço aduaneiro de automóvel de passageiros originário e procedente de países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), saído do estabelecimento importador de pessoa jurídica fabricante de automóveis da posição 87.03 da TIPI, com isenção do imposto. (Lei nº 8.989/1995, art. 4º) 4. Prazo para utilização O direito à aquisição do veículo com o benefício da isenção poderá ser exercido apenas uma vez a cada 2 anos, sem limite do número de aquisições. Em qualquer hipótese, esse prazo: a) deverá ser obedecido para uma nova aquisição de veículo com isenção do IPI; e b) terá como termo inicial a data de emissão da nota fiscal da aquisição anterior com isenção do IPI. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 2º, 3º e 4º) 5. Documentação Para fins de habilitação à fruição da isenção, a pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou o autista, deverá apresentar, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, formulário de requerimento (modelo constante no Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 988/2009) à unidade da RFB de sua jurisdição, dirigido ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), acompanhado dos seguintes documentos: a) laudo de avaliação, na forma dos Anexos IX, X ou XI da Instrução Normativa RFB nº 988/2009, emitido por prestador de: a.1) serviço público de saúde; ou a.2) serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde (SUS); também poderá ser considerado, para fins de comprovação da deficiência, laudo de avaliação obtido: a.2.1) no Departamento de Trânsito (Detran) ou em suas clínicas credenciadas, desde que contenham todas as informações constantes dos anexos referidos na letra a ; a.2.2) por meio de serviço social autônomo, sem fins lucrativos, criado por lei, fiscalizado por órgão dos Poderes Executivo ou Legislativo da União, observados os modelos de laudo constantes dos anexos referidos na letra a ; b) Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial da pessoa portadora de deficiência ou do autista, apresentada diretamente ou por intermédio de seu representante legal, compatível com o valor do veículo a ser adquirido; 16-02 MA Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

c) cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do beneficiário da isenção, caso ele seja o condutor do veículo; d) cópia da CNH de todos os condutores autorizados; e) declaração de que o serviço médico privado é integrante do SUS ou de que o serviço médico é credenciado no Detran, se for o caso; f) documento que comprove a representação legal da pessoa deficiente ou autista; e g) cópia da nota fiscal relativa à última aquisição de veículo com isenção do IPI ou a via da autorização anteriormente concedida e não utilizada. Notas (1) Em caso de dúvida quanto ao conteúdo do Laudo de Avaliação, o Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) poderá, motivadamente, requerer a apresentação de novo laudo, a ser emitido por outra entidade entre as anteriormente descritas (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 10). (2) O modelo da Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial consta no Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 988/2009. (3) Os modelos das declarações citadas na letra e constam nos Anexos XII e XIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009. O Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) verificará a regularidade fiscal dos impostos e contribuições administrados pela RFB, exceto quanto à contribuição previdenciária do contribuinte individual. Será objeto de declaração do interessado, sob as penas da lei, nos termos dos Anexos XIV ou XV: a) a condição de não contribuinte do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); ou b) a situação de regularidade quanto à contribuição previdenciária, na hipótese em que o interessado seja contribuinte individual do RGPS. Na hipótese de o portador de deficiência ou o autista, beneficiário da isenção, não ser o condutor do veículo, por qualquer motivo, este deverá ser dirigido por condutores autorizados pelo requerente, conforme identificação constante do Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009. Poderão ser indicados até 3 condutores autorizados, sendo permitida a sua substituição por meio de apresentação de nova identificação. A indicação de condutores não impede que a pessoa portadora de deficiência conduza o veículo, desde que esteja apta. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, arts. 3º e 10, Anexos II, VIII, XII e XIII) 6. Autorização para aquisição O Delegado da DRF ou da Derat emitirá, em 2 vias, autorização (conforme modelo previsto no Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 988/2009), em nome do beneficiário, para que o requerente adquira o veículo com a isenção do IPI, sendo que uma via lhe será entregue, mediante recibo aposto na outra via, a qual ficará anexada ao processo. O original da via será entregue pelo interessado ao distribuidor autorizado, sendo remetido ao fabricante ou ao estabelecimento equiparado a industrial. O prazo de validade da autorização será de 180 dias contados da sua emissão, sem prejuízo da possibilidade de formalização de novo pedido pelo interessado, na hipótese de não ser utilizada dentro desse prazo. No caso de novo pedido, a autoridade fiscal poderá, a seu juízo, aproveitar os documentos já entregues à RFB. (RIPI/2010, arts. 597 e 598; Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 4º) 7. Indeferimento do pedido Caso não se verifique o cumprimento dos requisitos estabelecidos na legislação, o AFRFB poderá, antes do indeferimento do pedido, intimar o requerente a regularizar a situação no prazo de 30 dias, contados da data da ciência do interessado. Transcorrido o prazo citado sem que haja a regularização, o pedido será indeferido, por meio de despacho fundamentado. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 5º) 8. Estabelecimento industrial ou equiparado a industrial O estabelecimento industrial ou equiparado a industrial só poderá dar saída aos veículos com isenção quando estiver de posse da autorização emitida pela RFB. Na nota fiscal de venda do veículo, que deverá ser emitida em nome do beneficiário, deverá ser indicado, no quadro Dados Adicionais do campo Informações Complementares, o valor do IPI desonerado e a observação Isento do Imposto sobre Produtos Industrializados - Lei nº 8.989, de 1995, autorização nº, conforme processo administrativo nº. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 6º, caput, 1º e 2º) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 MA16-03

8.1 Acessórios opcionais O IPI incidirá normalmente sobre quaisquer acessórios opcionais que não sejam equipamentos originais do veículo adquirido. Considera-se original do veículo todo o equipamento, essencial ou não ao seu funcionamento, que integre o modelo fabricado e disponibilizado para venda pela montadora, de acordo com o código expedido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cadastrado no Sistema Nacional de Trânsito. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 6º, 3º e 4º) 9. Restrições à fruição do benefício fiscal A aquisição do veículo com isenção realizada por pessoa que não preencha as condições estabelecidas na legislação, bem como a utilização do veículo por pessoa que não seja beneficiária da isenção, salvo o condutor autorizado (conforme Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009), em benefício daquela, sujeitará o adquirente ao pagamento do IPI dispensado, acrescido de juros e multa de mora, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 7º, Anexo VIII) 10. Alienação efetuada antes de 2 anos da aquisição do veículo 10.1 Adquirente que satisfaça os requisitos para o gozo da isenção A alienação ocorrida antes de 2 anos da aquisição do veículo com o benefício de isenção dependerá de autorização do Delegado da DRF ou da Derat, na forma dos Anexos VI ou VII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009, e somente será concedida se comprovado que a transferência será feita para pessoa que satisfaça os requisitos estabelecidos pela legislação, ou que foram cumpridas as obrigações descritas no subitem 10.2. Para efeitos da transferência: a) o alienante e o adquirente deverão apresentar formulário de requerimento, bem como os documentos comprobatórios de que o adquirente satisfaz os requisitos para a fruição da isenção (item 2); e b) o alienante deverá apresentar cópia das notas fiscais emitidas pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. Nota O modelo de requerimento de que trata a letra a consta no Anexo III da Instrução Normativa RFB nº 988/2009. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 8º, caput, 1º, Anexo III) 10.2 Adquirente que não satisfaça os requisitos para o gozo da isenção Para a autorização da alienação de veículo adquirido com o benefício, a ser efetuada antes de 2 anos da sua aquisição, para pessoa que não satisfaça os requisitos estabelecidos na legislação, o alienante deverá apresentar, além de requerimento na forma do Anexo IV da Instrução Normativa RFB nº 988/2009: a) uma via do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) correspondente ao pagamento do IPI; e b) cópia da nota fiscal emitida pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, por ocasião da saída do veículo. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 8º, 2º, Anexo IV) 10.2.1 Pagamento do imposto No caso de alienação de veículo adquirido com o benefício, efetuada antes de 2 anos da sua aquisição, para pessoa que não satisfaça os requisitos estabelecidos na legislação, o IPI dispensado deverá ser pago: a) sem acréscimo de juros de mora, se efetuada com autorização do Delegado da DRF ou da Derat; b) com acréscimo de juros e multa de mora, se efetuada sem autorização do Delegado da DRF ou da Derat, mas antes de iniciado procedimento de fiscalização; c) com acréscimo da multa de ofício de 75% do valor do IPI dispensado e dos juros de mora, se efetuada sem autorização do Delegado da DRF ou da Derat; ou d) com acréscimo da multa de ofício de 150% do valor do IPI dispensado e dos juros moratórios, na hipótese de fraude. Nota O termo inicial para a incidência dos acréscimos legais é a data da emissão da nota fiscal de saída do veículo do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 9º, parágrafo único). (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 9º) 11. Falecimento do beneficiário Em caso de falecimento do beneficiário depois de concedida a autorização, sem que o veículo tenha sido adquirido, o direito à isenção será extinto, não sendo transferido em nenhuma hipótese. A transferência por sucessão de propriedade de veículo adquirido com benefício fiscal há menos de 2 anos sujeitará o sucessor ao pagamento do IPI dispensado, acrescido de juros de mora, salvo se este 16-04 MA Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

satisfizer os requisitos estabelecidos na legislação para o gozo da isenção. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, arts. 12 e 13, caput, 1º) 12. Considerações finais Para efeito de fruição do benefício de isenção: a) não se considera alienação a alienação fiduciária em garantia de veículo adquirido pelo beneficiário da isenção, nem a sua retomada pelo proprietário fiduciário, em caso de inadimplemento ou mora do devedor; b) considera-se alienação, sendo alienante o proprietário fiduciário, a venda realizada por este a terceiro, do veículo retomado; c) não se considera mudança de destinação a tomada do veículo pela seguradora quando, depois de efetuado o pagamento de indenização em decorrência de furto ou roubo, o veículo furtado ou roubado for posteriormente encontrado; d) considera-se mudança de destinação se, no caso da letra c, ocorrer: d.1) a integração do veículo ao patrimônio da seguradora; ou d.2) a sua transferência a terceiros que não preencham os requisitos previstos na legislação, necessários ao reconhecimento do benefício; e) considera-se data de aquisição a da emissão da nota fiscal de venda ao beneficiário. No caso da letra d, a mudança de destinação do veículo antes de decorridos 2 anos contados da data de aquisição pelo beneficiário somente poderá ser feita com prévia autorização do Delegado da DRF ou da Derat, observado o descrito no item 10, devendo o responsável pela mudança de destinação recolher o IPI dispensado, acrescido dos encargos previstos na legislação, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 11) N a Estadual ICMS Pagamento do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Prazo de pagamento no regime normal 3. Vencimento em dia não útil 4. Prazo de pagamento no regime de antecipação 5. Pagamento do imposto nas operações interestaduais com mercadorias destinadas a contribuintes não inscritos no CAD-ICMS 6. Penalidades 1. Introdução O ICMS deve ser pago no local da operação ou da prestação, em estabelecimento bancário autorizado ou em repartição arrecadadora, por meio de documento de arrecadação ou guia própria. Ao titular da Receita Estadual é facultado determinar que o imposto seja pago em local diferente daquele onde ocorrer o fato gerador, ressalvado o direito do município à participação no produto do imposto. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 MA16-05

Neste texto vamos tratar dos prazos de vencimento e da forma de pagamento do ICMS no Estado do Maranhão. 2. Prazo de pagamento no regime normal O pagamento do ICMS pelos contribuintes sujeitos à apuração por período será feito até o 20º dia do mês subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores. Na importação do exterior de mercadorias desembaraçadas no território maranhense, o pagamento do ICMS ocorrerá no momento do desembaraço aduaneiro. Na hipótese de entrada de bens e serviços oriundos de outras Unidades da Federação e destinados a ativo fixo ou consumo, o pagamento do ICMS, relativo ao diferencial de alíquotas, ocorrerá no momento da entrada do bem ou da utilização do serviço neste Estado. O pagamento do ICMS, nessa hipótese, ocorrerá por meio de documento de arrecadação específico. (RICMS-MA/2003, art. 69) 2.1 Regime de substituição tributária Na ausência de um prazo específico, o pagamento do ICMS retido na fonte pelo regime de substituição tributária, nas operações internas, ocorrerá no mesmo prazo mencionado no 1º parágrafo deste item. (RICMS-MA/2003, art. 69, 5º) 2.2 Contribuintes atacadistas O pagamento do ICMS pelos contribuintes atacadistas credenciados para a fruição dos benefícios previstos no Anexo 1.5 do RICMS-MA/2003 será feito até o dia 20 do mês subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores. (RICMS-MA/2003, art. 69, 6º) 2.3 Empresas de transporte aéreo O recolhimento do imposto pelas empresas de transporte aéreo será efetuado, parcialmente, no mês subsequente ao da prestação dos serviços: a primeira parcela, em percentual não inferior a 70% do valor devido no mês anterior ao da ocorrência dos fatos geradores, será paga até o dia 10, e a sua complementação será paga até o último dia útil. O disposto neste subitem não se aplica às prestações de serviços efetuadas por táxi aéreo e congêneres. (RICMS-MA/2003, art. 70) 3. Vencimento em dia não útil Quando o prazo de recolhimento tiver vencimento em dia não normal de expediente na localidade em que deva ser cumprida a obrigação tributária, ficará prorrogado para o 1º dia útil subsequente. Nota A critério do titular da Receita Estadual ou mediante regime especial concedido pela área de tributação, em casos excepcionais, os prazos previstos neste texto poderão ser prorrogados. (RICMS-MA/2003, art. 71) 4. Prazo de pagamento no regime de antecipação O pagamento do ICMS pelos contribuintes sujeitos ao regime de antecipação será feito antes da saída da mercadoria ou da prestação do serviço. Nas operações que exijam a emissão de Nota Fiscal do Produtor ou Nota Fiscal Avulsa Eletrônica o pagamento do imposto far-se-á exclusivamente através da rede bancaria credenciada e de seus correspondentes, ou ainda, mediante empresa responsável pela captura e transmissão de transações de cartões de débito. O disposto neste item aplica-se também às operações internas com mercadorias fornecidas por qualquer contribuinte a não contribuinte do imposto, observado o seguinte: a) o valor indicado na nota fiscal será acrescido do percentual de 30%; b) o imposto a recolher será o valor resultante da aplicação da alíquota vigente para as operações internas sobre a base de cálculo definida na letra anterior; c) o recolhimento do imposto será efetuado em documento de arrecadação específico; d) o valor agregado referido na letra a constará no campo Informações Complementares da nota fiscal; e) o cumprimento da formalidade prevista na letra anterior, pelo contribuinte, permite o recolhimento do imposto até o dia 20 do mês subsequente ao da operação. Nas vendas destinadas a pessoas naturais identificadas por nome, endereço e CPF, não se aplica o disposto na letra a deste item. (RICMS-MA/2003, art. 72) 16-06 MA Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

5. Pagamento do imposto nas operações interestaduais com mercadorias destinadas a contribuintes não inscritos no CAD-ICMS O pagamento do ICMS nas operações interestaduais de entrada de mercadorias neste Estado destinadas a contribuintes não inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CAD-ICMS) será exigido na 1ª unidade da Receita Estadual por onde as mercadorias circularem. O imposto a ser recolhido na forma deste item resultará da diferença entre a alíquota interna deste Estado e a utilizada pelo Estado de origem da mercadoria na referida operação. O imposto cobrado deverá ser recolhido em Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais (Dare) específico. Nota O disposto neste item não se aplica às mercadorias acompanhadas de notas fiscais cujo imposto já tenha sido cobrado com a alíquota plena no Estado de origem e cujo volume não caracterize intuito comercial. (RICMS-MA/2003, arts. 73 e 74) 6. Penalidades O descumprimento das obrigações principal e acessórias previstas na legislação tributária, apurado mediante procedimento fiscal cabível, sem prejuízo do pagamento do valor do imposto, quando devido, sujeitará o infrator a multas. A multa será de 30% do valor do imposto, quando o contribuinte deste Estado deixar de recolher no prazo legal, no todo ou em parte, o imposto correspondente, tendo emitido documentos fiscais e efetuado os lançamentos no livro próprio. (RICMS-MA/2003, art. 561) N a IOB Setorial Estadual Portuário - Base de cálculo reduzida nas operações internas para implantação do terminal portuário do Estado do Maranhão denominado Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) Fica reduzida, até 31.12.2016, a base de cálculo do ICMS em 50%, nas operações internas com máquinas, equipamentos e aparelhos, bem como suas partes, peças e demais insumos, com a finalidade de implantação do terminal portuário do Estado do Maranhão denominado Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) e de linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão, destinadas aos contribuintes listados a seguir: Nº ORDEM CONTRIBUINTE CNPJ INSCRICÃO ESTADUAL 01 AMAGGI & LD COMMODITIES TERMINAIS PORTUÁRIOS S/A 15.143.827/0002-02 12.407.917-2 02 CORREDOR LOGISTICA E INFRAESTRUTURA S/A 15.114.494/0002-93 12.406.820-0 03 GLENCORE SERVIÇOS S/A 08.236.381/0003-86 12.407.414-6 04 TERMINAL CORREDOR NORTE S/A 14.907.194/0002-07 12.408.462-1 05 INTEGRAÇÃO MARANHENSE TRANSMISSORA DE ENERGIA S/A 14.871.900/0002-08 12.393.442-7 06 ATE XVI TRANSMISSORA DE ENERGIA S/A 17.330.163/0003-05 12.414.339-3 07 ATE XX TRANSMISSORA DE ENERGIA S/A 18.274.502/0003-38 12.417.759-0 (RICMS-MA/2003, Anexo 1.4, art. 21) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 MA16-07

a IOB Comenta Federal IPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização As infrações à legislação do IPI são apuradas mediante processo administrativo fiscal. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância de preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, ou por atos administrativos de caráter normativo destinados a completá-lo. Note-se que a responsabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Não se considera espontânea, entretanto, a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. Todavia, o estabelecimento industrial ou o a ele equiparado, submetido à ação fiscal por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), poderá pagar, até o 20º dia subsequente à data de recebimento do termo de início de fiscalização, o tributo já declarado, de que for sujeito passivo como contribuinte ou responsável, com os acréscimos legais aplicáveis nos casos de procedimento espontâneo. Os débitos não recolhidos nos prazos previstos na legislação estão sujeitos à multa de mora à razão de 0,33% por dia de atraso, calculada a partir do 1º dia útil subsequente ao do vencimento do débito até o dia em que ocorrer o seu efetivo recolhimento, limitada a 20%. Sobre o respectivo débito incidem juros de mora calculados à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do 1º dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o último dia do mês anterior ao do recolhimento e de 1% no mês do recolhimento. (RIPI/2010, arts. 548 a 554) N a IOB Perguntas e Respostas IPI Estorno de crédito - Furto ou roubo de insumos 1) Em casos de furto ou roubo de matéria-prima, é exigido o estorno do respectivo crédito fiscal na apuração do IPI? Sim. Devem ser anulados, mediante estorno na escrita fiscal, não só os créditos de matérias-primas como também de produtos intermediários, material de embalagem e de quaisquer outros produtos que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma sorte. (RIPI/2010, art. 254, IV) 16-08 MA Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Regime especial - Cigarros 2) Os importadores e as pessoas jurídicas que industrializam cigarros e cigarrilhas podem optar pelo Regime Especial de Apuração e Recolhimento do IPI apenas por um dos seus estabelecimentos? Não. A opção pelo regime especial de apuração e recolhimento do IPI, nos termos do Decreto nº 7.555/2011, será exercida pela pessoa jurídica em relação a todos os seus estabelecimentos. (Decreto nº 7.555/2011, art. 6º, caput) ICMS/IPI Sped - EFD - Obrigatoriedade 3) Quais são as empresas obrigadas à Escrituração Fiscal Digital (EFD)? A EFD é de uso obrigatório por todos os contribuintes do ICMS e do IPI, ressalvadas as hipóteses de dispensa previstas na legislação. O Protocolo ICMS nº 3/2011 fixou, em sua cláusula primeira, o prazo de obrigatoriedade da EFD para todos os estabelecimentos de contribuintes, com efeitos desde 1º.01.2014. Ficam dispensados da EFD os estabelecimentos de: a) microempreendedor individual (MEI) optante pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei); b) microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma do 1º do art. 20 da Lei Complementar nº 123/2006. Para os estabelecimentos mencionados na letra b (ME e EPP), a dispensa da Escrituração Fiscal Digital encerrar-se-á em 1º.01.2016, quando estarão obrigados à EFD, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade da Federação. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, 1º; Protocolo ICMS nº 3/2011, cláusulas primeira e segunda) ICMS/MA Benefício não autorizado por convênio - Crédito do imposto 4) Qual procedimento deverá ser utilizado nas aquisições de bens e mercadorias com benefício fiscal não autorizado por convênio? Será cobrado antecipadamente na 1ª unidade fazendária deste Estado, por onde circulem as mercadorias, o ICMS complementar correspondente à diferença entre a alíquota interestadual prevista para a operação e o valor do crédito admitido, ainda que a mercadoria ou o bem esteja beneficiado com diferimento. O recolhimento do ICMS ocorrerá na unidade fazendária mencionada e será realizado por meio do Documento de Arrecadação da Receita Estadual (Dare), com indicação do Código de Receita Estadual 112. (Portaria Gabin nº 523/2009, art. 2º) IPVA/MA Código de receita estadual - Dívida ativa 5) Qual é o código a ser utilizado para o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) inscrito em dívida ativa? Foi incluído o código 117 - IPVA - Dívida ativa - Imposto, multa e juros - na Tabela de Codificação de Receitas Estaduais, relativa ao sistema de arrecadação estadual. O referido código entrou em vigor em 03.03.2014. (Portaria Gabin nº 62/2014) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 MA16-09