ANÁLISE TEMPORAL DE IMAGENS ORBITAIS COM DIFERENTES MAGNITUDES DE CHEIAS E VARIÁVEIS HIDROLÓGICAS DO RIO IVAÍ EM SEU CURSO INFERIOR, PR

Documentos relacionados
ANÁLISE DAS CHEIAS OCORRENTES NOS ANOS DE 1983 E 1990 NA PLANÍCIE ALUVIAL DO RIO IVAÍ POR MEIO DE IMAGENS ORBITAIS E VARIÁVEIS HIDROLÓGICAS

FORMAÇÃO DE CANAIS POR COALESCÊNCIA DE LAGOAS: UMA HIPÓTESE PARA A REDE DE DRENAGEM DA REGIÃO DE QUERÊNCIA DO NORTE, PR

Avaliação de larga escala temporal da concentração de sedimentos em suspensão do Alto Rio Paraná via sensoriamento remoto

Dinâmica de fluxo e dispersão de sedimentos suspensos na confluência do Rio Ivaí, PR, Brasil: um caso de inversão de fluxo

MODELAGEM NA ESTIMATIVA DE ÁREA E VOLUME DA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DE CURUAI. Vitor Souza Martins

MAPEAMENTO DA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO RIO IVAÍ/PR EM SEU CURSO INFERIOR E MÉDIO POR MEIO DE SENSORIAMENTO REMOTO

ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ESPINHARAS-PB

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO RIO PARAGUAI SUPERIOR USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO RIO PARAGUAI SUPERIOR. GROSSA

USE OF REMOTE SENSING TECHNIQUES TO IDENTIFY PALEOCHANNELS IN THE REGION OF THE CONFLUENCE IVAÍ AND PARANA RIVER, NORTHWEST OF THE STATE OF PARANA

DISTRIBUIÇÃO DIÁRIA DA PLUVIOSIDADE NA BACIA DO RIO MOURÃO-PR

Análise da distribuição espacial e temporal das chuvas aplicada ao estudo de cheias na bacia hidrográfica do rio dos Sinos/RS

Variação espaço-temporal do transporte de sedimentos do Rio Santo Anastácio, Oeste Paulista

DINÂMICA ESPACIAL DA HIDROLOGIA DA BACIA DO RIO IVAÍ. Spacial Dinamic of hydrology of River Basin Ivaí RESUMO ABSTRACT

A Abrangência das Cheias na Planície do Rio Paraná, no Complexo Baia-Curutuba-Ivinheima

1.1 - Aspectos geológicos e geomorfológicos

Este trabalho procura avaliar o regime hidrológico dos rios Paraná e Ivinheima, e

Dinâmica fluvial do rio Amazonas entre Manaus e Itacoatiara com o uso de imagens de satélite

VARIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS HIDROSEDIMENTARES E GEOMORFOLOGIA DO LEITO DO RIO IVAÍ PR, EM SEU CURSO INFERIOR

Figura 10- Mapa da Planície de Inundação para a cota de 15 m, nas proximidades da cidade de Propriá.

CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO ECORREGIÕES DO CERRADO RESUMO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS EM NÍCKOLAS C. SANTANA; LINEU NEIVA RODRIGUES

Caracterização morfométrica da unidade de planejamento do Poxim SE

CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DE UMA BACIA AFLUENTE AO RIO COMANDAÍ 1 PHYSIOGRAPHIC CHARACTERIZATION OF AN AFFLUENT BASIN COMANDAÍ RIVER

Alfredo Borges de Campos 1 Maria Gonçalves da Silva Barbalho 2 Simone de Almeida Jácomo 3.

INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO NA RESPOSTA DA VEGETAÇÃO EM SÃO JOÃO DEL-REI

Análise da Dinâmica das Margens do Rio Madeira (AM) no Período de 1987 à 2007, A Partir de Imagens de Sensores Remotos Ópticos

USO E OCUPAÇÃO DA TERRA NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA- MG ATRAVÉS DAS TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO

BATIMETRIA FLUVIAL ESTIMADA COM EQUIPAMENTO DE SONDAGEM: UM ESTUDO DE CASO NO RIO SOLIMÕES, NO CONTORNO DA ILHA DA MARCHANTARIA IRANDUBA/AM

MAPEAMENTO GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ARROIO SARANDI, SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL

Análise da paisagem e impactos causados pela ação antrópica da Bacia do Hidrográfica do Rio Vermelho GO

HIDROGRÁFICA DO MAUAZINHO, MANAUS-AM.

A INFLUÊNCIA DA GEOMORFOLOGIA NA VARIABILIDADE FLUVIOMÉTRICA: O CASO DO RIO MADEIRA BRASIL

UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS APLICADAS A ESTUDOS GEOMORFOLÓGICOS

EFEITOS DE FRENTES FRIAS NO COMPORTAMENTO CLIMÁTICO DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA (ES)

¹ Aluna de graduação Universidade Estadual de Londrina

ESTUDO PLUVIOMÉTRICO E FLUVIOMÉTRICO PRELIMINAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO EMBU-GUAÇU, SP.

Thais Moreira Alves 1 Thiago Morato de Carvalho 2

10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016

ANÁLISE DAS PRECIPITAÇÕES NO INTERVALO DE 1979 À 2009, DA SUB- BACIA DO RIO FIGUEIREDO E A SUSCEPTIBILIDADE À INUNDAÇÃO DA ÁREA URBANA DE IRACEMA-CE.

UFPA- FAMET- Brasil- Belém-

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista

VARIAÇÕES NA MORFOLOGIA DO CANAL DO RIO SANTO ANASTÁCIO COMO RESPOSTA A PROCESSOS MORFODINÂMICOS NA SUA BACIA DE DRENAGEM.

Tratamento gráfico de informação para vazão e precipitação utilizando a técnica de fichário-imagem

MANANCIAL ABASTECEDOR DE CARAGUATATUBA E SÃO

NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE

Grupo Multidisciplinar de Estudos Ambientais - GEA CEP Marechal Cândido Rondon PR, Brasil

Ciclo Hidrológico e Bacia Hidrográfica. Prof. D.Sc Enoque Pereira da Silva

Técnicas de interpretação de espectros de reflectância. Aula 5 Professor Waterloo Pereira Filho Docentes orientados: Daniela Barbieri Felipe Correa

CARACTERIZAÇÃO DA DRENAGEM FLUVIAL E A VARIABILIDADE HIDROGRÁFICAS DOS RIOS AGUAPEÍ E PEIXE, NO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

EVOLUÇÃO DA PAISAGEM NA RPPN CISALPINA: FOTOINTERPRETAÇÃO E MAPEAMENTO TEMÁTICO

45 mm EVOLUÇÃO DO MEGALEQUE DEMINI (NORTE DA AMAZÔNIA) NO QUATERNÁRIO TARDIO COM BASE NA EXTRAÇÃO DE CORPOS D ÁGUA

ESTIMATIVA DO ALBEDO E TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE UTILIZANDO IMAGENS ORBITAIS PARA O MUNICÍPIO DE BARRA BONITA SP

INSTRUMENTO DE APOIO A GESTÃO DE ZONAS INUNDÁVEIS EM BACIA COM ESCASSEZ DE DADOS FLUVIOMÉTRICOS. Adilson Pinheiro PPGEA - CCT - FURB

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - MONITORAMENTO AMBIENTAL

Geomorfologia Fluvial; Ação Antrópica; Planejamento Ambiental. KEYWORDS: Fluvial Geomorphology; Anthropogenic Action; Environmental Planning

CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO DO RIO TURVO, Médio Paranapanema

9º SINAGEO - Simpósio Nacional de Geomorfologia 21 à 24 de Outubro de 2012 RIO DE JANEIRO / RJ

SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO A ANÁLISE AMBIENTAL NO SEMIÁRIDO: A CLASSIFICAÇÃO DO USO E COBERTURA DA TERRA NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA-BA

SIMULAÇÃO DE PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS COM A UTILIZAÇÃO O MODELO SWAT NA BACIA DO RIO DAS PEDRAS (GUARAPUAVA-PR)

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A EVENTOS DE ALAGAMENTO NO MUNICÍPIO DE NITERÓI RJ

Efeito da Dragagem na Secção e na vazão do Canal Fluvial: Bacia do Córrego Sujo, Teresópolis (RJ)

ANÁLISE COMPARATIVA DE PERFIS LONGITUDINAIS DE AFLUENTES DO RIO TIBAGI (PR)

processos de formação e suas inter-relações com o ambiente. As diversas combinações de fatores (clima, relevo,

Análise Temporal De Uso/Cobertura Do Solo Na Bacia Da Represa Do Rio Salinas, Minas Gerais

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E FORMAS

Revista de Geografia (UFPE) V. 32, No. 3, REVISTA DE GEOGRAFIA (UFPE)

O Sensoriamento Remoto como Alternativa no Estudo de Áreas de Inundação: um exemplo na região de Caraguatatuba (S.P.) ROSANA OKIDA 1 PAULO VENEZIANI 2

Revista Brasileira de Geografia Física

NEOTECTÔNICA, SISMICIDADE NA BACIA DO PANTANAL E SUAS MUDANÇAS AMBIENTAIS

Revista Brasileira de Geomorfologia - v. 12, nº 2 (2011)

TÉCNICAS DE REALCE DE IMAGENS DO SENSOR LANDSAT 5 PARA IDENTIFICAÇÃO DE PALEOFORMAS NO MEGALEQUE DO RIO CUIABÁ

A INFLUÊNCIA DAS CREVASSES NA DINÂMICA DE INUNDAÇÃO DA PLANÍCIE DO ALTO RIO PARANÁ RESUMO

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO POTI: DINÂMICA E MORFOLOGIA DO CANAL PRINCIPAL NO TRECHO DO BAIXO CURSO

Espacialização das áreas de inundação nos municípios de Igrejinha e Três Coroas, bacia hidrográfica do rio Paranhana/RS

Acesse também os vídeos das palestras do dia 05/07 no canal Youtube do Sistema Labgis

AVALIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE EROSÃO DE MARGENS NO CÓRREGO DO CEDRO EM PRESIDENTE PRUDENTE, SÃO PAULO, BRASIL.

MAPEAMENTO DA INSTABILIDADE GEOMORFOLÓGICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PEQUENO/PR

MUDANÇAS DE COBERTURA VEGETAL E USO AGRÍCOLA DO SOLO NA BACIA DO CÓRREGO SUJO, TERESÓPOLIS (RJ).

Andrea Sousa Fontes, Maria Quitéria Castro de Oliveira, Yvonilde Dantas Pinto Medeiros

ANÁLISE SINÓTICA DE UM EVENTO DE CHUVA INTENSA OCORRIDO NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL.

Estimativa do volume e massa dos processos erosivos e sedimentares do canal do médio rio Araguaia utilizando imagens Landsat TM 5 e Geoprocessamento

Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p

1. Técnicas e métodos em cartografia, geoprocessamento e sensoriamento remoto, aplicadas ao planejamento e gestão ambiental.

ENGENHARIA AMBIENTAL - Trabalho de Conclusão de Curso /02

Compartimentação Geomorfológica

OROGRAFIA DE SOLEDADE-RS COMO CAUSA DOS ALTOS VALORES PLUVIOMÉTRICOS OCORRENTES NO LOCAL

Análise das modificações da cobertura vegetal da planície fluvial do alto rio Paraná no período entre 1976 e 2007

ESTUDO DAS ANOMALIAS DE DRENAGEM COMO INDICADOR DE NEOTECTÔNICA NA BACIA DO RIO DOURADINHO, MUNICÍPIO DE LAGOA DA CONFUSÃO TO.

INFLUÊNCIA DA RETIRADA DA VEGETAÇÃO NAS VAZÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS DO RIO MADEIRA, PORTO VELHO, RO

VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL

²Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Faculdade de Formação de Professores -

USO DE IMAGENS LANDSAT TM PARA CÁLCULO DE ÁREA DO CANAL DO RIO PARANÁ SANTOS, G. B. 1 ;SOUZA FILHO, E. E 2.

ESTUDO DE VARIABILIDADE DAS PRECIPITAÇÕES EM RELAÇÃO COM O EL NIÑO OSCILAÇÃO SUL (ENOS) EM ERECHIM/RS, BRASIL.

AVALIAÇÃO DE DADOS DE ALTIMETRIA ESPACIAL PARA ESTIMATIVA DE COTAS FLUVIOMÉTRICAS SOBRE O RIO BRANCO - RORAIMA

COMPOSIÇÃO HIERARQUICA DOS CANAIS FLUVIAIS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS AGUAPEÍ E PEIXE

V SIGA Ciência (Simpósio Científico de Gestão Ambiental) V Realizado dias 20 e 21 de agosto de 2016 na ESALQ-USP, Piracicaba-SP.

AS CHUVAS NA BACIA DO PARANÁ: ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DOS ANOS DE PADRÃO HABITUAL, SECO E CHUVOSO

Denis Spoladore Ferreira 1, Carlos Alexandre Damasceno Ribeiro 1, Alexandre Cândido Xavier 1, Roberto Avelino Cecílio 1.

ANÁLISES DE ONDELETAS APLICADAS A VARIAÇÕES DE COTAS DE RIO NO BAIXO SÃO FRANCISCO (AL E SE)

USO DE SENSORES REMOTOS COM DIFERENTES

COMPARAÇÃO DE MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO PARA A ILHA DE SÃO SEBASTIÃO - SP Nº 11503

Transcrição:

Revista Geografar www.ser.ufpr.br/geografar Curitiba, v.8, n.1, p.70-85, jun/2013 ISSN: 1981-089X ANÁLISE TEMPORAL DE IMAGENS ORBITAIS COM DIFERENTES MAGNITUDES DE CHEIAS E VARIÁVEIS HIDROLÓGICAS DO RIO IVAÍ EM SEU CURSO INFERIOR, PR TEMPORAL ANALYSIS OF ORBITAL IMAGES WITH DIFFERENT MAGNITUDES OF FLOODS AND HYDROLOGIC VARIABLES ON THE LOWER COURSE OF IVAÍ RIVER, PR (Recebido em 22.05.2012; Aceito em 09.02.2013) Fabio Corrêa Alves Graduando em Geografia - UEM Maringá, PR, Brasil e-mail: alves.fabioc@gmail.com Manoel Luiz dos Santos Profº Drº do Departamento de Geografia UEM Maringá, PR, Brasil e-mail: mluisdossantos@gmail.com Resumo Eventos de cheias, com consequente propagação de inundação através do canal fluvial e sua planície podem causar prejuízos sociais e econômicos como a perda de produtividade agrícola e danos as instalações agropecuárias. A variação no regime de vazões interfere em importantes transformações na morfologia de leito do canal, no transporte de sedimentos, bem como na cobertura vegetal e conectividade com o ecossistema aquático da planície aluvial. A bacia hidrográfica do rio Ivaí é a segunda maior do Estado do Paraná, com grande importância econômica, social e ambiental para a região. O rio Ivaí é um importante tributário da margem esquerda do rio Paraná que até o momento não possui barramentos, revelando-se como importante objeto de estudo dos seus aspectos hidrodinâmicos. Apesar disso, pouco foi abordado em relação a dinâmica de suas cheias. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar as cheias ocorrentes no curso inferior deste sistema

fluvial. Para tanto, selecionaram-se imagens orbitais dos satélites Landsat 4 e 5 sensor MSS que contemplaram períodos de cheia. Além disso, na tentativa de definir os níveis de inundação na planície aluvial, foram analisadas as variáveis hidrológicas do rio Ivaí. A utilização de imagens orbitais para análise temporal de eventos de cheias do rio Ivaí possibilitaram de forma indireta a verificação de transformações ocorrentes em sua planície aluvial. A relação com variáveis hidrológicas proporcionou a caracterização preliminar da dinâmica de inundação deste importante sistema fluvial paranaense, embora tenha sido utilizado um conjunto restrito de variáveis e imagens orbitais. Verificou-se a importância da cheia de 17/01/1990, que com valores de vazão próximos a média das cheias registradas na estação fluviométrica de Novo Porto Taquara, promoveu a inundação da área em patamares mais elevados da planície aluvial, sendo também verificada na planície aluvial do alto rio Paraná e rio Ivinhema. Os valores de precipitação pluviométrica nos cursos médio e superior da bacia hidrográfica contribuíram para a elevação do nível das águas do rio e concomitantemente alimentam as cheias deste sistema fluvial. Palavras-Chave: Sistema fluvial, planície aluvial, geomorfologia fluvial, sensoriamento remoto. Abstract Flood events, with consequent propagation of flooding through the river channel and its flood plain can cause economic loss over the agricultural productivity and damages to agricultural and social installations. The variation in flow regime can cause important transformations on the morphology of the channel bed and sediments transport, also on vegetation and aquatic ecosystem connectivity on alluvial plain. The Ivaí River basin is the second largest of the State of Paraná, with economic and environmental importance to the region. The Ivaí River is a tributary of the left bank of the Paraná River, with no dams in its course, revealing itself as an important object of study of its hydrodynamic aspects. Despite this, there are few studies on the flooding dynamics. In this study were selected satellite images showing floods of MSS sensor in the 4 and 5 Landsat satellites. These images were analyzed together hydrologic variables of Ivaí River. The use of satellite images for temporal analysis of flood events of Ivaí River enabled the verification of transformations occurring in its alluvial flood plain. The relation with hydrological variables provided a preliminary characterization of flooding dynamic on the Paraná fluvial system, even if used a restricted set of variables and few satellite images. Cheking the importance of a flood event in 01/17/1990 on the Ivaí River, that even with values of flow near the average flood, measures at the fluviometric station Novo Porto Taquara, promoted flooding in higher levels of the alluvial plain, was also verified in the alluvial plain of the upper Paraná River and Ivinhema River. The values of rainfall precipitation in the middle and upper course of watershed contributed to raising the level of the Ivaí River and concomitantly feeding the floods. Keywords: Fluvial system, alluvial plain, fluvial geomorphology, remote sensing. 71

Introdução No que tange a investigação do regime hidrológico em importantes sistemas fluviais tropicais no Brasil, poucos foram os estudos, apesar do elevado potencial hídrico apresentado por este país (CLARKE et al., 2003; DESTEFANI, 2005; AQUINO et al., 2008; SOUZA FILHO, 2009). Eventos de cheias, com consequente propagação de inundação através do canal fluvial e sua planície podem causar instabilidade para o ambiente, economia e sociedade. As variações no regime de vazões interferem em importantes transformações na morfologia de leito do canal e no transporte de sedimentos, bem como na cobertura vegetal e conectividade com o ecossistema aquático da planície aluvial, como constatado por Comunello (2001); Rocha (2002); Comunello et al., (2003); Couto et al., (2010). Nem toda cheia causa inundações, sendo que a enchente é caracterizada por uma vazão grande de escoamento e as inundações são consideradas quando ocorre extravasamento das águas do canal para a planície (VILLELA e MATTOS, 1975). Além disso, podem ser encontradas dificuldades na escolha de indicadores morfológicos para a atribuição do nível de margens plenas que delimitam os processos do canal com os processos geomorfológicos da planície de inundação (FERNANDEZ, 2003). A bacia hidrográfica do rio Ivaí apresenta grande importância econômica, social e ambiental para o estado do Paraná. Além disso, este rio não possui barramentos, revelando-se como importante objeto de estudo nos seus aspectos hidrodinâmicos, embora exista, uma forte intenção do poder público para o aproveitamento do potencial hidroelétrico deste sistema fluvial. Os aspectos hidrosedimentológicos foram estudados no seu curso inferior por Biazin (2005); Barros (2006); Kuerten (2006); Kuerten et al., (2009); Santos et al., (2010), geomorfológico por Santos et al., (2008) e Morais (2010) que estudou a gênese e evolução da planície de inundação na região de sua confluência fluvial. O regime hidrológico do rio Ivaí foi estudado por Destefani (2005) que constatou na região de seu curso inferior, para a estação fluviométrica de Novo Porto Taquara entre o período de 1974-2002, uma vazão média anual de 728 m³/s e 72

a média das cheias com 4019 m³/s. Segundo a mesma autora, esse rio não apresenta uma nítida caracterização de períodos de cheia e de vazante, podendo esses regimes ocorrer em qualquer época do ano, consequência de fatores como, o clima, formato da bacia, declividade e litologia. Embora Santos et al., (2010) tenha realizado um estudo recente destacando o comportamento das cheias do rio Ivaí no seu curso inferior, a análise temporal por meio de imagens orbitais que contemplem diferentes magnitudes de cheias e relação com a dinâmica de inundação ainda não foram realizadas. A utilização do Sensoriamento Remoto por imagens orbitais na identificação de grandes áreas inundáveis surge por meio de sensores passivos, como o Multi- Spectral Scanner (MSS), conforme utilizado por Smith (1997). Por não existir um monitoramento contínuo de variáveis hidrológicas na região de confluência fluvial do rio Ivaí com o canal secundário do rio Paraná, não é possível definir um nível de inundação nesta área, pelo não conhecimento da influência de ambos os sistemas fluviais. Sendo assim, a busca de dados por meio de imagens orbitais, pode tornarse uma importante fonte alternativa. Além disso, o monitoramento de forma indireta da superfície terrestre permite a caracterização de áreas até então de difícil acesso em campo. Desta forma, torna-se oportuna a investigação das cheias deste importante sistema fluvial, proporcionando assim, a identificação de diferentes situações de inundação em sua planície aluvial. Área de estudo A bacia hidrográfica do rio Ivaí é a segunda maior do estado do Paraná e abrange uma área de drenagem com aproximadamente 36.540,02km², localizandose entre as coordenadas 22º56 17-25º35 27 de latitude sul e 50º44 17-53º41 43 de longitude oeste, região sul do Brasil, Figura 1. O rio Ivaí é um importante tributário da margem esquerda do rio Paraná, nasce na confluência dos rios dos Patos e São João na região do Segundo Planalto do Paraná e percorre 73

aproximadamente 671 km de curso até desaguar nas águas do rio Paraná no Terceiro Planalto Paranaense. O clima na bacia hidrográfica apresenta dois tipos diferentes, sendo tropical ao norte e subtropical ao sul. No baixo curso do rio Ivaí a precipitação média é de 1300 mm e as temperaturas oscilam entre 22º C no verão e 18º C (ou menos) durante o inverno (PARANÁ, 1987). Figura 1 - Localização da bacia hidrográfica do rio Ivaí e a planície aluvial em seu curso inferior. Observa-se ao fundo da imagem o realce do canal fluvial na cor azul escuro, data em que foi registrado um dos menores valores de nível fluviométrico e vazão na série histórica (90 cm e 177 m³/s, respectivamente) por meio da estação fluviométrica de Novo Porto Taquara. Fonte: Base: Imagem Landsat 4 sensor MSS de 05/12/1985 na composição colorida falsa cor R4G3B1 74

O rio Ivaí na região noroeste de sua bacia hidrográfica se desenvolve sob as camadas Mesozóicas da bacia sedimentar do Paraná, representadas pela Formação do arenito Caiuá (Grupo Bauru) e por sedimentos recentes aluvionares (SOARES et al.,1980; MINEROPAR, 2000). Nos últimos 150km de canal deste rio, ele desenvolve sua planície aluvial, formada por terraços aluviais do antigo sistema do rio Ivaí que estão cerca de 5 a 8 m acima da atual planície de inundação do rio (SANTOS et al., 2008). Além disso, o canal fluvial apresenta-se com alta sinuosidade (Figura 1), recebendo forte controle litológico e tectônico, constatado recentemente por Souza Junior (2012). A planície aluvial registra inúmeros paleocanais e paleomeandros do antigo sistema meandrante deste rio. Materiais e métodos Para análise temporal de diferentes magnitudes de cheias do rio Ivaí em seu curso inferior, procurou-se imagens orbitais que contemplassem a cena e que apresentassem em menor condição de nuvens possível. No entanto, devido a sua pouca existência, foram selecionadas apenas quatro imagens orbitais de cheia referentes aos satélites Landsat 4 e 5 sensor Multispectral Scanner System (MSS) na órbita/ponto 223/076. Segundo Jensen (2009), essas imagens limitam-se a resolução espacial de 79 x 79 metros e espectral com 4 bandas 1, 2, 3 e 4, correspondendo aos comprimentos de onda do verde, vermelho e infravermelho próximo refletido. Contudo, as imagens orbitais dos satélites Landsat 4 e 5 sensor MSS disponíveis por intermédio do site: http://glovis.usgs.gov/, encontram-se georreferenciadas e com resolução espacial de 60 x 60 metros. As imagens selecionadas correspondem às datas de 05/12/1982, 15/06/1983, 21/10/1983 e 17/01/1990. Posterior a escolha das imagens, realizaram-se composições coloridas por meio do software ENVI 4.5 (RSI, 2008), permitindo assim, o realce das áreas úmidas e os diferentes alvos presentes na imagem. Com a finalidade de se apresentar a topografia e declividade da área estudada foi utilizada imagem da missão Shuttle Radar Topography Mission, 75

(SRTM), disponível gratuitamente no banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) por intermédio do site: http://www.dsr.inpe.br/topodata. Essas imagens foram interpoladas para a resolução espacial de 30 metros, conforme procedimentos metodológicos apresentados por Valeriano e Rossetti (2011). Posterior à seleção da imagem, recortou-se a área de interesse e foram definidos intervalos de valores, atribuindo cores as classes temáticas, visando uma melhor representação cartográfica por meio do software ArcGIS 9.3 (ESRI, 2006). Na caracterização dos diferentes níveis de água na planície aluvial, foram utilizados valores diários da série histórica de nível fluviométrico, vazão e precipitação pluviométrica (anterior e posterior à data da imagem), por meio do banco de dados da estação fluviométrica de Novo Porto Taquara (código 64693000), localizada cerca de 50km a montante da foz do rio Ivaí. Os valores de precipitação diária (mm) foram obtidos na estação pluviométrica de Novo Porto Taquara (código 2353044) distando cerca de 12km da primeira. Além disso, na tentativa de verificar a influência do rio Paraná nas cheias ocorrentes no curso inferior do rio Ivaí, foram analisados os valores de cota fluviométrica disponíveis por meio da estação de Porto São José (código 64575003) no Rio Paraná, ao norte da área estudada. No entanto, além da ausência no registro de dados no período de 1983, foi observado em relação ao período analisado neste trabalho que, o rio Paraná estava em cheia apenas no ano de 1990. As variáveis hidrológicas são disponibilizadas gratuitamente pela Agência Nacional de Águas (ANA) no site: http://www.ana.gov.br/portalsnirh/. Para todos os casos, utilizou-se do software Microsoft Office Excel 2010 no tratamento estatístico das variáveis. Resultados e discussões A região de foz do rio Ivaí (Pontal do Tigre) reflete os primeiros estágios de inundação, por estar localizada em uma área com altitudes menores que 268m e declividades inferiores a 2% respectivamente, Figura 2. Segundo Santos et 76

al.,(2008) nesta região, o rio Ivaí não apresenta diques marginais em sua margem direita, favorecendo assim, a dinâmica da inundação. Figura 2 (A) Altimetria da região de planície aluvial do rio Ivaí; (B) classes de declividade. Fonte: Base: Dados da missão SRTM A interdependência dos sistemas fluviais na região de confluência fazem com que aconteça o barramento das águas do rio Ivaí pelo canal secundário do rio Paraná, ou a situação oposta, promovendo a inundação da área e decantação de partículas, fato esse, observado por Biazin (2005). As imagens orbitais com diferentes magnitudes de cheias são ilustradas na Figura 3. Observam-se em todas elas, o realce da água (classificada com a cor azul na imagem) em diferentes situações no canal fluvial e na planície aluvial do rio Ivaí. Em 05/12/1982, na estação fluviométrica de Novo Porto Taquara, registraramse os valores de 6,45 m de cota fluviométrica diária e 1663,5 m³/s de vazão. Nesta data, não foram verificadas expressivas transformações pela água na planície, embora tenha se observado por meio das feições geomorfológicas e seu 77

posicionamento a jusante da estação fluviométrica que, a água reestabeleceu conexão nas partes baixas em paleocanais e ambientes lênticos, identificadas na imagem pelo realce nas tonalidades de cores preta e azul. Na respectiva estação, foram registrados em 21/10/1983 os valores de 6,19 m de cota fluviométrica e 1577,7 m³/s de vazão, sendo, portanto, valores inferiores quando comparados por aqueles registrados em 1982. No entanto, foi observado na imagem de 1983 que a planície aluvial revela com maior realce as feições de áreas úmidas, embora se apresente em baixa qualidade visual, Figura 3. A provável justificativa para este fato, esta em relação a resposta do sistema fluvial na planície, devido a condição hidrológica imposta nos dias que antecederam a data do imageamento pelo satélite, Figura 4. Figura 3 Eventos de cheias ocorrentes na planície aluvial do rio Ivaí; (A) 05/12/1982, (B) 15/06/1983, (C) 21/10/1983 e (D) 17/01/1990. Fonte: Imagens orbitais Landsat 4 e 5 sensor MSS na composição colorida falsa cor R4G3B1 78

Figura 4 Valores diários de cota fluviométrica (m) do rio Ivaí nos meses que ocorreram as cheias de 05/12/1982 e 21/10/1983 respectivamente, por meio da estação fluviométrica de Novo Porto Taquara (código 64693000) Verifica-se na Figura 4 que a distribuição dos valores de cota fluviométrica nos dias que antecedem a cheia de 21/10/1983 se comporta de forma crescente. Por outro lado, em 1982 os valores decrescem, justificando, portanto, o contraste entre as imagens no realce das áreas úmidas na planície aluvial. Segundo Santos et al. (2008) o profundo encaixamento do canal e a ocorrência de altos diques marginais fazem com que a planície de inundação do rio Ivaí se comporte como um terraço, sujeito a inundações somente em cheias extremas. Além disso, em virtude da atividade antrópica na modificação das feições geomorfológicas na região de planície deste rio, não se verificam o processo de rompimento de diques marginais (crevasse splay) nesta área, como encontrados, por exemplo, na planície aluvial do alto rio Paraná. As cheias do rio Ivaí são restritas, devido ao encaixamento do canal fluvial e que o transbordamento do canal principal se dá pelos tributários de pequena ordem, devido a grande altura dos diques marginais (SANTOS et al., 2010). As cheias ocorrentes nos anos de 1982 e 1983 estão relacionadas com o fenômeno El Niño como demonstram os trabalhos de Andrade e Nery (2003) e Baldo (2006). No entanto, Baldo (op. cit.) não verificou relação deste fenômeno para o ano de 1990. As imagens orbitais de 15/06/1983 e 17/01/1990 respectivamente (Figura 3) ilustram episódios de cheias extremas no curso inferior do rio Ivaí, realçando a 79

inundação da água lateralmente ao canal fluvial e no sentido a montante da foz deste rio. Apesar disso, não foram registrados valores diários de cota fluviométrica e vazão na estação fluviométrica no ano de 1983. Releva-se, portanto a atenção para a imagem de 1990, por se apresentar visualmente em ótima qualidade (mínima condição de nuvens possível) e por existirem registros diários das variáveis hidrológicas. Assim, com o valor de 12,01 m de cota fluviométrica e vazão de 3749,1 m³/s, verificou-se que a água nesta imagem, inunda áreas da planície aluvial com maior realce de feições geomorfológicas quando comparado com a imagem da cheia de 1983, Figura 5. Observa-se nesta figura, que a água reestabeleceu conexão com paleocanais e lagoas em patamares mais elevados da planície e com proximidade a unidade terraço aluvial cartografada por Santos et al., (2008). Segundo Biazin (2005) os maiores picos de vazões máximas do segmento inferior do rio Ivaí, para a Estação do Novo Porto Taquara, aconteceram nos anos de 1976, 1983, 1987, 1990 e 1993, bem como com maior ocorrência nos meses de janeiro e maio. Além disso, com uma vazão de 3749,1 m³/s, esta cheia aproximou-se da média das cheias na estação (4019 m³/s), demonstrando uma inundação histórica, sendo também verificada na planície de inundação do alto rio Paraná e rio Ivinhema como já abordado nos trabalhos de Comunello (2001); Meurer (2003) e Comunello et al., (2003). Sendo assim, esta cheia também foi influenciada pelo rio Paraná, que se encontrava nesta data com o valor de 7,88 cm de cota fluviométrica diária, por meio da estação fluviométrica de Porto São José (código 64575003). Os valores diários de cota fluviométrica (m) e precipitação pluviométrica (mm) do mês de janeiro de 1990 se encontram no gráfico da Figura 6. Verifica-se na figura, que os valores de cota fluviométrica acompanham os picos de subida e descida de precipitação. Isso demonstra, por exemplo, a contribuição da precipitação na elevação do nível das águas no canal fluvial, sendo que os maiores valores pluviométricos ocorreram nos dias que antecedem a data do imageamento pelo satélite. 80

Figura 5 - Eventos de cheias no curso inferior do rio Ivaí, com inundação em patamares mais elevados de sua planície aluvial nas datas de 15/06/1983 (A) e 17/01/1990 (B). Fonte: Imagens orbitais Landsat 4 e 5 sensor MSS na composição colorida falsa cor R4G3B1 Figura 6 Valores diários de cota fluviométrica (m) e precipitação pluviométrica (mm) do mês de janeiro de 1990, pela estação fluviométrica e pluviométrica de Novo Porto Taquara (códigos 64693000 e 2353044) 81

Considerações finais A utilização de imagens orbitais para análise temporal de eventos de cheia do rio Ivaí, possibilitaram de forma indireta a análise das transformações ocorrentes em sua planície aluvial. A relação com variáveis hidrológicas proporcionou uma caracterização preliminar da dinâmica de inundação deste importante sistema fluvial paranaense em seu curso inferior, embora tenha se utilizado de um conjunto restrito de variáveis. Contudo, a utilização de imagens orbitais e variáveis hidrológicas poderão proporcionar a cartografia da área estudada e delimitação de áreas inundáveis. Foi verificada a importância da cheia ocorrente em 17/01/1990, que promoveu a inundação da área em patamares elevados da planície aluvial do rio Ivaí, realçando com maior detalhamento as feições geomorfológicas. Essa cheia foi influenciada a partir do evento conjunto ocorrente nos rios Ivaí, Paraná, bem como no Ivinhema, conforme constatado por meio do referencial teórico. Observou-se a importância da variável precipitação e sua influência na elevação das águas do canal fluvial. Além disso, para estudos posteriores, deve ser considerado a importância do lençol freático na elevação das águas do canal fluvial e sua contribuição nas cheias, embora não tenha sido utilizado na discussão do presente trabalho. Referências ANDRADE, A.R.; NERY, J.T. Análise da precipitação pluviométrica diária, mensal e interanual da bacia hidrográfica do Rio Ivaí, Brasil. Investigaciones Geográficas, Boletín del Instituto de Geografía. UNAM, México, n. 52, p. 7-30, 2003. AQUINO, S.; LATRUBESSE, E.M.; SOUZA FILHO, E.E. Relações entre o regime hidrológico e os ecossistemas aquáticos da planície aluvial do rio Araguaia. Acta Scientiarum Biological Sciences, v 30, n. 4. p. 361-369, 2008. BALDO, M.C. Variabilidade pluviométrica e a dinâmica atmosférica na bacia hidrográfica do rio Ivaí. 2006. 153p. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Estadual Paulista UNESP. Presidente Prudente, 2006. 82

BARROS, C.S. Dinâmica sedimentar e hidrológica na confluência do rio Ivaí com o rio Paraná, município de Icaraíma- PR. 2006. 69p. (Mestrado em Geografia), Universidade Estadual de Maringá-UEM, Maringá, 2006. BIAZIN, P.C. Característica Sedimentar e Hidrológica do Rio Ivaí em sua Foz com o Rio Paraná, Icaraíma - PR. 2005. 70p. Dissertação (Mestrado em Análise Regional e Ambiental, Departamento de Geografia), Universidade Estadual de Maringá UEM. Maringá, 2005. CLARKE, R.T.; TUCCI, C.E.M.; COLLISCHONN, W. Variabilidade temporal no regime hidrológico da bacia do rio Paraguai. Revista brasileira recursos hídricos. v. 8. n.1. p. 201-211, 2003. COMUNELLO, E. Dinâmica de inundação de áreas sazonalmente alagáveis na planície aluvial do alto rio Paraná. 2001. 47p. Dissertação (Mestrado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais) Departamento de Biologia, Universidade Estadual de Maringá UEM, Maringá, 2001. COMUNELLO, E.; SOUZA FILHO, E.E.; ROCHA, P.C.; NANNI, M.R. Dinâmica de inundação de áreas sazonalmente alagáveis na planície aluvial do alto rio Paraná: estudo preliminar. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, XI, Belo Horizonte. Anais, São José dos Campos: INPE, 2003. COUTO, E.V.; HAYAKAWA, E.H.; SOUZA FILHO, E.E. Diagnóstico dos efeitos causados pelas cheias excepcionais de 1982/1983 sobre a planície inundacional do alto rio Paraná (PR-MS). GEOMAE - Geografia, Meio Ambiente e Ensino. v.1, n.1, p.83-99, 2010. DESTEFANI, E.V. Regime hidrológico do rio Ivaí PR. 2005. 93p. Dissertação (Mestrado em Geografia), Universidade Estadual de Maringá UEM. Maringá, 2005. ESRI. ArcGIS Desktop 9.2. Guides Book. 2006. FERNANDEZ, O.V.Q. Determinação do nível e da descarga de margem plena em cursos fluviais. Boletim da Geografia. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 21. Pg. 97-109, 2003. JENSEN, J. Sensoriamento Remoto do Ambiente: Uma Perspectiva em Recursos Terrestres: tradução: EPIPHANIO J. C. N. (coordenador)... (et. al.). 2. ed. São José dos Campos: Parêntese, 2009. KUERTEN, S. Variação longitudinal das características sedimentares e hidrológicas do rio Ivaí - PR em seu curso inferior. 2006. 97p. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Estadual de Maringá UEM. Maringá, 2006. KUERTEN S.; SANTOS, M.L.; SILVA, A. Variação das características hidrosedimentares e geomorfologia do leito do Rio Ivaí PR, em seu curso inferior. Revista Geociências, v 28, n. 2, p. 143 151, 2009. 83

MEURER, M. Análise dos regimes de cheias dos rios Paraná e Ivinhema, na região de Porto Rico, PR. Geografia, Rio Claro, v. 28, n.2, p.185-195, 2003. MINEROPAR. Atlas geológico do Estado do Paraná. Curitiba, CD-ROM, 2000. MORAIS, E.S. Evolução da planície de inundação e confluência do rio Ivaí e rio Paraná na região do pontal do tigre, Icaraíma PR: Uma abordagem geomorfológica. 2010. 65p. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Estadual de Maringá- UEM. Maringá, 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Instituto de Terras, Cartografia e Floresta. Atlas do estado do Paraná. Curitiba: UFPR, 1987. ROCHA, P.C. Dinâmica dos Canais no Sistema Rio-Planície Fluvial do Alto Rio Paraná, nas Proximidades de Porto Rico-PR. 2002. 171p. Tese (Doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais) - Universidade Estadual de Maringá- UEM. Maringá, 2002. RSI. Environment for Visualizing Images - ENVI. ver. 4.5. Boulder, CO, USA: ITT Industries. 2008. SANTOS, M.L.; STEVAUX, J.C.; GASPARETTO, N.V.L.; SOUZA FILHO, E. E. Geologia e geomorfologia da planície aluvial do rio Ivaí em seu curso inferior. Revista brasileira de Geomorfologia, v.9, n.1, p. 23 34, 2008. SANTOS, M.L.; KUERTEN, S.; GASPARETTO, N.V.L. Variação longitudinal da hidrodinâmica, morfologia do canal e carga sedimentar do baixo curso do rio Ivaí - Paraná, Brasil. In: V Congresso Nacional de Geomorfologia, Porto. Volume de actas/ proceedings do V Congresso Nacional de Geomorfologia. Porto: Associação Portuguesa de Geomorfologia, v. 1, p. 151-156, 2010. SMITH, L.C. Satellite remote sensing of river inundation area, stage, and discharge: a review.hydrological Process, 11:1427-1439, 1997. SOARES, P.C.; LANDIM, P.M.B.; FÚLFARO, VJ.; SOBREIRO NETO, A.F. Ensaio de caracterização estratigráfica do Cretáceo no estado de São Paulo: Grupo Bauru. Revista Brasileira de Geociências, 1980, 10(3): 177-185. SOUZA FILHO, E.E. Evaluation of the Upper Paraná River discharge controlled by reservoirs. Revista Brasileira de Biologia, Brazilian Journal of Biology, vol. 69, no. (2 suppl), p. 707-716. 2009. SOUZA JUNIOR, M.D. Efeitos tectônicos na formação da paisagem da bacia hidrográfica do rio Ivaí, curso inferior. Dissertação do Manoel. 2012, 125p. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Estadual de Maringá UEM, Maringá, 2012. 84

VALERIANO, M.M.; ROSSETTI, D.F. Topodata: Brazilian full coverage refinement of SRTM data. Applied Geography (Sevenoaks) v. 32, p. 300-309, 2011. VILLELA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 245p, 1975. 85