²Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Faculdade de Formação de Professores -
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- Oswaldo Peixoto Fidalgo
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1 VERIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ESTIAGEM NO PERÍODO DE JANEIRO A FEVEREIRO DE 2014, ATRAVÉS DE DADOS DA ESTAÇÃO CLIMATOLÓGICA URBANA EXPERIMENTAL DO DGEO/FFP/UERJ E DE IMAGENS DO SENSOR DO SATÉLITE GOES. BRUM, Thamyres Cristine Farias. 1 ; FARIA, R.A.M²; COSTA, Bruno Lopes ³ 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Faculdade Formação de Professores thamyres.farias02@gmail.com ²Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Faculdade de Formação de Professores - rfariageo@hotmail.com ³Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Faculdade de Formação de Professores - brunolopescosta@gmail.com INTRODUÇÃO Durante o período de Janeiro a Fevereiro de 2014, segundo os dados da estação climatológica, ocorreu uma estiagem de chuvas no município de São Gonçalo, localidade onde se encontra a Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O estudo da variabilidade e de caracterização climática de uma determinada região pode ser utilizado de diversas formas, visando melhorias para a população assim como a propria segurança da mesma, isso quando trabalhamos com áreas sucetíveis a riscos como movimentos de massa. A utilização de pesquisas deste tipo possibilitam um melhor planejamento habitacional e urbano, uma vez que a dinâmica hidrometeorológica afeta diferentes setores como economia, meio ambiente e sociedade em geral. O comportamento atmosférico pode ser visto, ou encarado, como uma área muito importante nas leituras geográficas, praticadas nas mais diversas esferas. Os geógrafos são capazes de relacionar elementos climáticos como chuvas e índices
2 pluviométricos com a caracterização de um determinado solo e a cobertura vegetal ali presente, acusando, por exemplo, uma possível má drenagem da água, nos períodos mais chuvosos, e por conseguinte, indicar que há perda de solo nessa localidade, assim como a possibilidade de um movimento de massa. Em grandes metrópoles, tem sido observado o agravamento de problemas de ordem social e ambiental, especialmente em cidades tropicais subdesenvolvidas. Estes, normalmente, são gerados pela falta de um melhor gerenciamento ao nível dos municípios, que não têm os instrumentos adequados (Fialho et al., 2005). Como consequência, é notória a vulnerabilidade do espaço frente aos eventos geológicos e atmosféricos, esta última, evidente nas localidades intertropicais, que têm como característica as fortes chuvas, durante o verão, conforme expõe Hallé (1999). Apesar disso, o poder executivo identifica as mesmas chuvas, como agente responsável (Fialho et al., 2004), pelos problemas causados à população, mesmo tendo em vista que os trópicos recebem 3/5 da precipitação global. Deste modo, a importância da caracterização do comportamento climatológico é essencial no desenvolvimento da atividade agrícola, na elaboração de projetos de engenharia das mais diversas ordens e no planejamento das atividades sociais, como lazer e esportes. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho consiste em analisar/compreender a dinâmica climática do município de São Gonçalo, situado na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. OBJETIVOS O objetivo do trabalho é correlacionar os dados pluviométricos da Estação Climatológica Urbana Experimental do DGEO/FFP/UERJ, com período de estiagem, visando verificar o fenômeno da estiagem em relação com o período do ano de 2012 até 2014 utilizando a relação das classes de intensidade de chuva. A área de estudo é o Município de São Gonçalo, localizado na porção sudoeste do estado do Rio de Janeiro, com uma extensão territorial total de 251,3 km 2. METODOLOGIAS
3 O município de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, distante 30 km da capital. Caracteriza-se pela carência de dados primários no que concerne a informações climatológicas, geológicas e geomorfológicas, e como consequência, a falta de pesquisas relativas aos problemas ambientais presentes na região. Para a caracterização climática da região foram utilizados dados climáticos da Estação Climatológica Urbana Experimental do DGEO/FFP/UERJ, situada no município de São Gonçalo e localizada entre as coordenadas de 22º49'55,97 S e 43º4'25,52 W. Para o desenvolvimento desta análise foi utilizada a série diária de observações correspondente ao período de Janeiro e Fevereiro dos anos: 2012, 2013 e Para a análise dos dados foram realizados tratamentos estatísticos e estudos comparativos entre os valores obtidos na Estação UERJ/FFP/SG e as imagens obtidas do Satélite GOES cedidas pelo CPTEC - INPE, baseadas no período de Janeiro e Fevereiro de 2012 a O satélite Goes foi escolhido por ser a utilização climática oficial na realização de analises de chuvas do Brasil, no entanto esta estação possui dados meteorológicos relacionados ao seu clima local sendo necessário uma maior espacialização dos dados meteorológicos no Estado do Rio de Janeiro. Segundo os dados da Estação Climatológica do campus da UERJ/FFP, o clima da região é do tipo AW (tropical seco) na classificação de Köppen. Os dados a serem trabalhados foram delimitados temporalmente entre os anos de 2012 e A análise dos dados buscou as seguintes relações: distribuição temporal dos eventos chuvosos e a existência de umidade antecedente de chuvas anteriores ao período da estiagem. Para verificar ainda essa comparação serão utilizadas imagens do sensor do Satélite GOES do mesmo período dos dados climáticos da estação da UERJ, retiradas do site CPTEC/INPE. RESULTADOS PRELIMINARES Essas imagens demonstram a movimentação das nuvens, podemos visualizar a evolução das nuvens carregadas (com capacidade hídrica média e alta) nesse período.
4 Na comparação desses dados verificou-se que janeiro de 2014 obtivemos 3 (três) ocorrências de chuvas totalizando 42 mm., já em Fevereiro obtivemos 4 (quatro) ocorrências totalizando 21,4 mm., relacionadas com registros dos anos anteriores contendo uma alta umidade nos mesmos meses, comprovamos o período de estiagem. Observa-se que os eventos de intensidade leve foram os que mais estavam associados com os registros do período da estiagem, a umidade antecedente dos anos anteriores são eventos de intensidade moderada. Segundo o Gráfico demonstrado na figura 1 temos como análise proposta uma estiagem no ano de 2014, que analisando em comparação com as imagens do Satélite GOES propostos na Figura 2, 3 e 4 demonstram que na Figura 2 e 3 as nuvens de chuvas estão muito próximas do Rio de Janeiro no período de Janeiro e Fevereiro, já na Figura 4 demonstra-se um distanciamento das nuvens de chuvas do mesmo Janeiro Fevereiro Figura 1: Gráfico referente a quantidade de chuvas em mm. por ano. Gráfico da Figura 1 gerado através de dados de precipitação em mm. retirados do site:
5 A B Figura 2: Letra A significa Janeiro de 2012 e na Letra B significa Fevereiro de 2012.
6 A B Figura 3: Letra A significa Janeiro de 2013 e na Letra B significa Fevereiro de A B
7 Figura 4: Letra A significa Janeiro de 2014 e na Letra B significa Fevereiro de Conclui-se que as analises climáticas propostas estão de acordo com o objetivo demonstrando que uma das causas da estiagem é o distanciamento das nuvens de chuvas do estado do Rio de Janeiro no período de Lembrando que esse estudo esta em fase inicial servindo como base para futuras analises relacionados aos assuntos climatológicos e áreas afins. BIBLIOGRAFIA FIALHO et. al. Enchente, Meio ambiente e Planejamento: Um Estudo de caso no município de Duque de Caxias-RJ. in: SILVA, R. (Org.).: Baixada Fluminense: Desafios e Possibilidades. Rio de Janeiro: Paradigma, p FIALHO, E. S.; COSTA, A. R. C; BERTOLINO, A. V. F. A.; BERTOLINO, L. C. Os impactos pluviais em São Gonçalo. In: XI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, CD- ROM. HALLÉ. F. Um mundo si invierno: Los Trópicos, naturaleza y sociedades. Traduzido por Sanchéz, D. L. ; Ortega, P.C. Cuidad de México: Fondo de Cultura Econômica, 1999, 306p.
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