PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DA PUPUNHA EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO E ADUBAÇÃO NO NOROESTE DO PARANÁ

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Transcrição:

PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DA PUPUNHA EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO E ADUBAÇÃO NO NOROESTE DO PARANÁ Vanessa Aline Egewarth (PRPPG-UNIOESTE), Patrícia Aparecida Favorito, Edleusa Pereira Seidel (Orientador), e-mail: pseidel@unioeste.br Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Centro de Ciências Agrárias/ Marechal Cândido Rondon, PR. Área Ciências Agrárias sub-área Agronomia Palavras-chave: Cama de aviário, espaçamento, componentes de produção Resumo O presente trabalho teve por objetivo avaliar os componentes de produção da pupunha instalada em diferentes densidades de plantio e diferentes arranjos de adubação orgânica e química. O experimento foi implantado no Município de Formosa do Oeste, Noroeste do Paraná. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições, distribuídos em esquema fatorial (2 x 3) onde os fatores foram duas densidades de plantio de 5.000 plantas ha -1, e 3.333 plantas ha -1, e três fontes de adubação: 100% de adubação química recomendada; 100% de adubação orgânica (esterco de aves 5 kg cova -1 ano -1 ); 50% da adubação química recomendada mais 50% de adubo orgânico (esterco de aves 2,5 kg cova -1 ano -1 ). A adubação orgânica propiciou plantas maiores na densidade de 5.000 plantas por hectare e não houve diferença para a forma de adubação para densidade de 3.333 plantas por hectare. A forma de adubação não influenciou o diâmetro das plantas de pupunha. Introdução Nos últimos anos, o cultivo da pupunheira para produção de palmito vem despertando o interesse de agricultores em todo o país, devido principalmente, à busca por novas opções de cultivo em substituição às fontes tradicionais desse produto. Estima-se que atualmente há cerca de 60.000 hectares de pupunheira plantada exclusivamente para a produção de palmito no Brasil. Desse total, 60% estão implantados sem um programa de adubação, o que tem proporcionado baixa produtividade de palmito (Bovi, 2002). O potencial da pupunha é grande, pois produz além dos frutos de grande valor nutritivo, também o palmito, que pode ser colhido da parte chamada "coração da palmeira", e sua alta produção a torna uma ótima alternativa econômica. Seu hábito de crescimento é ideal para um estrato de dossel em alguns tipos de esquemas agroflorestais (ou consórcio com diferentes espécies), o controle e a manutenção do número de plantas podem ser mantidos e ou modificados (ALVIM, 1981). Embora precoce em relação a outras palmeiras, reconhece-se que o crescimento e o desenvolvimento da pupunheira dependem basicamente

das condições hídricas da área de cultivo (RAMOS et al., 2002) e das características físicas e da fertilidade do solo. Dessa forma, uma boa adubação inicial, feita ainda no sulco de plantio, é determinante para o crescimento da planta, contribuindo também para abreviar o tempo necessário para a primeira colheita (BOVI et al., 2000). O presente trabalho tem por objetivo avaliar os componentes de produção da pupunha instalada em diferentes densidades de plantio e diferentes arranjos de adubação orgânica e química. Material e métodos O experimento foi implantado na propriedade rural de Mauro Angelo Favorito, no Muncípio de Formosa do Oeste, localizada a 24 17 34 LS e 53 18 45 LW e aproximadamente 600 metros de altitude. Coletaram-se amostras de solo nas camadas de 0-0,10 e 0,10-0,20 para análise química. Os resultados apresentados foram: 24,84 mg dm -3 de fósforo; 17,77g dm -3 de matéria orgânica; 0,37cmol c dm -3 de potássio; H+Al de 6,38 cmol c dm -3 ; Al 3+ de 0,05 cmol c dm -3 ; Ca 2+ de 4,32 cmol c dm -3 ; Mg 2+ de 1,73 cmol c dm -3 ; SB de 6,42 cmol c dm -3 ; CTC de 12,80 cmol c dm -3 ; V de 50,16%; Al de 0,77% e ph igual a 5,00. Em relação a micronutrientes foram encontrados 27,50mg dm -3 de Cu; 7,00mg dm -3 de Zn; 224,00mg dm -3 de Mn e 47,40 mg dm -3 de Fe. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial (2x3) onde os fatores foram duas densidades de plantio de 5.000 plantas ha -1, a uma distância de 1 m entre plantas e 2 m entre linhas e 3.333 plantas ha -1 a uma distância de 1,5 m entre plantas e 2 m entre linhas, e três fontes de adubação: química (225 kg ha -1 de N, 90 kg ha -1 de P 2 O 5 e 180 kg ha -1 de K 2 O); química com orgânica (225 kg ha -1 de N, 90 kg ha -1 P 2 O 5 e 180 kg ha -1 de K 2 O + esterco de aves 5 kg cova -1 ano -1 ) e orgânica (esterco de aves 5 kg cova -1 ano -1 ). O N e K 2 O serão parcelados, aplicando três vezes no ano. A unidade experimental constituiu-se de 20 plantas centrais O transplantio das mudas foi realizado nos dias 15 e 16 de novembro de 2009, após uma chuva de 22 mm, em covas com dimensões de 0,30 x 0,30 x 0,20 m, empregando mudas com um ano de idade, sem espinhos, adquiridas em viveiro especializado. As covas encontravam-se devidamente adubadas e preenchidas com solo sendo que a adubação inicial química foi de 100 g de P 2 O 5 por cova; orgânica de 2 kg de esterco de aves por cova; e química mais orgânica de 50 g de P 2 O 5 + 1 kg de esterco de aves por cova. No dia 18 de dezembro de 2009 e início do mês de fevereiro de 2010 aplicou-se 20 g de uréia por cova em todas as parcelas. Através de capinas manuais com o auxílio de enxadas realizou-se o controle de plantas daninhas no mês de dezembro de 2009 e no início e fim do mês de fevereiro de 2010. Para o controle de Antracnose aplicou-se 60 g para cada 20 litros de água de Benomyl, juntamente com inseticida nos dias 07 de dezembro de 2009, 04 e 25 de janeiro de 2010 e nos dias 12 e 27 de fevereiro de 2010.

Para diminuir a exposição das mudas ao sol, logo após o transplantio, foram semeados entre linhas Feijão-mucuna. Sabe-se que as mudas de pupunheira não são tolerantes ao sol e ao vento. E como quebra-vento semeou-se feijão guandu. Resultados e Discussões Na análise de variância verificou-se que houve diferenças entre os tratamentos para a variável altura de planta, e não houve diferença para o diâmetro do colmo, avaliada seis meses após transplante das mudas. TABELA 1 - Análise de variância para altura de planta de pupunha com diferentes fontes de adubação e densidade de plantio Fontes de Variação G.L. SQ QM F Bloco 3 3173.350 1057.783 38.709 ** Tratamento (5) 331.0945 66.21890 2.42* Adubação 2 54.31936 27.15968 0.99 ns Densidade 1 0,005192042 0,005192042 0,002 ns Adubação*Densidade 2 276.7232 138.3616 5.063 ** C.V. 27,42 ** significativo a 1% de probalilidade pelo teste F * significativo a 5% de probalilidade pelo teste F ns não significativo No desdobramento da inteiração adubação e densidade, constatou-se que houve diferenças entre os tratamentos. Ao estudar o comportamento da adubação nas diferentes densidades verificou que na densidade de 5.000 plantas por hectare a adubação orgânica propiciou plantas mais altas do que na densidade de 3.333 plantas por hectare. Todavia, nas outras duas formas de adubação a densidade de 6.666 plantas por hectare propiciou plantas mais alta. Ao estudar o comportamento da adubação dentro de cada densidade constatou-se que na densidade de 5.000 plantas por hectare a adubação orgânica propiciou plantas mais alta do que nas demais adubações. A adubação 100% química foi superior a adubação 50% química e 50% orgânica. Na densidade de 3.333 plantas por hectare não houve diferença entre a forma de adubação (Tabela 2). Corroborando com resultados Nascimento et. al (2005) constataram que o uso de esterco bovino de forma isolada, em nível adequado, pode ser também uma alternativa eficiente e econômica para fertilização da pupunheira

TABELA 2 Altura média de planta de pupunha com diferentes fontes de adubação e densidade de plantio Adubação Densidade 5.000 plantas ha -1 3.333 plantas ha -1 100% orgânica 21,05 Aa 18,13 Ba 100% química 18,84 Bb 19,42 Aa 50% química e 50% orgânica 17,32 Bc 19,56 Aa Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, e maiúscula entre colunas não diferem entre si pelo teste de Duncan a 5%. Conclusão - A adubação orgânica propiciou plantas maiores na densidade de 5.000 plantas por hectare - No presente trabalho não houve diferença para a forma de adubação para densidade de 3.333 plantas por hectare. - A forma de adubação não influenciou o diâmetro das plantas de pupunha. Agradecimentos Agradeço ao PIBIC/UNIOESTE/Ações afirmativas, pelo incentivo a pesquisa, ao orientador pelo auxilio no desenvolvimento deste trabalho e a todos que de uma forma ou outra contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho. Referências bibliográficas ALVIM, P. de T. A perspective appraisal of perennial crops in the Amazon basin. Interciência, v.6, n. 3, p.139-145, 1981. BOVI, M.L.A.; GODOY, JR.G.; SPIERING, S.H. Adubação de implantação afetando perfilhamento em pupunheira. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA, 13., 2000, Ilhéus. Anais eletrônicos... Ilhéus: CEPLAC, 2000. CD-ROM. BOVI, M.L.A; GODOY, JR.G.; SPIERING, S. H. Respostas de crescimento da pupunheira à adubação NPK. Scientia Agricola, v.59, n.1, p.161-166, 2002. NASCIMENTO, J. T. et al. Rendimento de palmito de pupunheira em função da aplicação de esterco bovino e adubação química. Hortic. Bras. [online]. 2005, vol.23, n.1, pp. 19-21. RAMOS, A.; BOVI, M.L.A.; FOLEGATTI, M.V. Desenvolvimento vegetativo da pupunheira irrigada por gotejamento em função de níveis de

depleção de água no solo. Horticultura Brasileira, Brasília, v.20, n.1, p.28-33, 2002.