COMENTÁRIOS SOBRE A SITUAÇÃO ATUAL DA PESCA NO PANTANAL

Documentos relacionados
REFLEXÕES SOBRE A PESCA ESPORTIVA NO PANTANAL SUL: CRISE E PERSPECTIVAS

Pesca no Pantanal: experiências e perspectivas

Recomendações da Embrapa Pantanal para a Gestão da Pesca na Bacia do Alto Paraguai

POSIÇÃO DA EMBRAPA PANTANAL EM RELAÇÃO À MANUTENÇÃO DA PESCA PROFISSIONAL-ARTESANAL NO PANTANAL E NA BACIA DO ALTO PARAGUAI

O produtor pergunta, a Embrapa responde

As frotas de pesca caracterizam-se de acordo com:

CARTA DA PESCA E AQUICULTURA DE MATO GROSSO DO SUL

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS PORTARIA Nº 82, DE 31 DE OUTUBRO DE 2000

PRÁTICAS MILENARES DE PESCA NO PANTANAL. Por: Manoel Alexandre Gracia da Silva, Maria Angélica de Oliveira Bezerra, Agostinho Carlos Catella*

Plano de Ação para a Implantação de um Sistema de Controle e Monitoramento da Pesca em Mato Grosso

Prospecção de Demandas de Pesquisa da Cadeia produtiva da Pesca PROSPESQUE. Adriano Prysthon Pesquisador

Acordos de Pesca no Rio Araguaia. Engenheiro de Pesca Onivaldo Rocha CREA

Para Assunto Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos Identificação e estudo em áreas prioritárias ou hotspots, Data

SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS PARA O USO DOS RECURSOS PESQUEIROS DO PANTANAL INTRODUÇÃO

OCEANOS, MARES E RECURSOS MARINHOS

APRESENTAÇÃO DA REGIÃO CENTRO OESTE REGIÃO CENTRO OESTE

O Governo da República Federativa do Brasil. O Governo da República do Paraguai (doravante denominados as "Partes"),

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 26, DE 2 DE SETEMBRO de 2009.

Programa Produção de Peixes em Nossas Águas

GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS. Eng. de Pesca MSc. Raimunda Nonata M. Lopes. Gerente de Controle de Pesca e Aquicultura

Sobre a reestruturação do Ibama

CENTRO ESTADUAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO CEUC. APA-Nhamundá

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

SANIDADE ANIMAL PATRIMÔNIO MUNDIAL

Áreas de Atuação do Engenheiro de Pesca

DIAGNÓSTICO DAS PISCICULTURAS EM MATO GROSSO DO SUL. Resumo. Introdução

ASPECTOS DA BIOLOGIA POPULACIONAL DO TUCUNARÉ (Cichla piquiti) NO RESERVATÓRIO DE LAJEADO, RIO TOCANTINS

INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERMINISTERIAL MPA/MMA N 09, DE 13 DE JUNHO DE 2012

Pousada Curupira Pescaria no Pantanal

Los impactos del Cambio Climático en el Pantanal. Alcides Faria

I - Pesca Desembarcada (Categoria A): realizada sem o auxílio de embarcação e com a utilização de linha de mão, caniço simples, anzóis simples ou múlt

nas áreas delimitadas pelo Projeto Quelônios da Amazônia; a utilização de iscas naturais que não nativas.

Lenda pantaneira. Categories : Reportagens

Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul SCPESCA/MS - I maio/1994 a abril/1995

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA Superintendência de São Paulo

Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

A Atividades Piscatória

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

PESCA E RECURSOS PESQUEIROS DO PANTANAL: ECOLOGIA, ESTATÍSTICA E GESTÃO

PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL CÂMARA MUNICIPAL DE BARCELOS

Monica Brick Peres, PhD

PESCA E PETRÓLEO EM MADRE DE DEUS. Equipe: Pesquisadora: Catherine Prost Bolsista: Matheus Barroso da Veiga

PESCA ESPORTIVA AULA 04-05

FARFANTEPENAEUS PAULENSIS COMO GERADOR DE RENDA

SAÚDE SILVESTRE: ONDE ESTAMOS? Resultados do workshop

NOTA TÉCNICA. 1 Claudio de Sousa Santos, MPA - SEMOC/CGRPC, Brasília, DF.

Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul SCPESCA/MS - 3 Ano de 1996

FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA PESQUEIRA

públicas ou pessoas devidamente habihtauas para este fim, mediante autorização da

Lei nº de 16/01/2009

A PRÁTICA DA PESCA ARTESANAL EM MOCAJITUBA - PAÇO DO LUMIAR, MARANHÃO

Usina Hidrelétrica (UHE) Sinop 7ª Reunião da Comissão de Monitoramento Socioeconômico 06 de abril de 2016

Métodos Sustentáveis de Gestão Pesqueira em Águas Continentais. Adriano Prysthon Pesquisador

Paula M. Gênova de CASTRO; 2 Maria Helena CARVALHO DA SILVA; 1 Anderson Bonilla GOMEZ; 1

Protocolo experimental

Ideli Salvatti Ministra da Pesca e Aquicultura

INTERPRETAÇÕES INADEQUADAS E EQUÍVOCOS NO MANEJO DA PESCA NO PANTANAL

DECRETO Nº 7.251, DE 16 DE JUNHO DE Dispõe sobre a Instituição de Reserva Particular do Patrimônio Natural e dá outras providências.

IMPORTÂNCIA SOCIOAMBIENTAL DA CONSERVAÇÃO DO PULSO DE INUNDAÇÃO DO PANTANAL. Por: *Débora Fernandes Calheiros.

Manejo pesqueiro: compromisso ético com conservação

3.1. Lagoa Rodrigo de Freitas

INSTITUTO DE ESTUDOS DO MAR ALMIRANTE PAULO MOREIRA APRESENTAÇÃO BIÓL. EDUARDO FAGUNDES NETTO

Discussão sobre os efeitos da Portaria MMA nº 445, de

PORTARIA MMA Nº 445, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014

Ministério Público do Estado de Mato Grosso 15ª Promotoria Cível de Defesa do Meio Ambiente Natural NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA Nº 01/2016

Recursos minerais Recursos biológicos

Critérios Técnicos para Implantação da Atividade Aquícola em Reservatórios Estudo de caso: Reservatório de Itaipu

152- Resgate do artesanato com fibra de camalote (Limnocharis laforestii Duchass) no distrito de Albuquerque, em Corumbá, MS

PRÁTICA AMBIENTAL Vol. 2

Principais Desafios para a Conservação da Biodiversidade Marinha no Brasil

I - prejudicar a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

IPA 74 anos semeando conhecimento

Resolução COEMA n o 019 Pesca Esportiva Publicada em 26 de julho de 2001.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo PHD2537 Água em Ambientes Urbanos

Núcleo de Recursos Renovaveis IO- FURG

Análise dos impactos socioeconômicos e ambientais do complexo minero-siderúrgico de Mato Grosso do Sul (CMS-MS)

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Delegado Edson Moreira) O Congresso Nacional decreta:

Anexo 1. Relação das comunidades envolvidas no Diagnóstico Participativo e reuniões Pré- Forum do Projeto Alto Purus.

Visão de longo prazo e adequação ambiental para o setor agropecuário

Cultivo do tambaqui no Amazonas

Governo do AM assina acordo de pesca em região da reserva Mamirauá

Acordo de Gestão de Recursos Naturais

PORTARIA Nº 4, DE 19 DE MARÇO DE 2009

HIDROSFERA E AS ÁGUAS CONTINETAIS E BACIAS HIDROGRÁFICAS MÓDULOS 14 E 15

S.R. DO MAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Portaria n.º 88/2016 de 12 de Agosto de 2016

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins aprova e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO II. Das Disposições Preliminares

ESTUDO TÉCNICO-CIENTÍFICO VISANDO A DELIMITAÇÃO DE PARQUES AQÜÍCOLAS NOS LAGOS DAS USINAS HIDROELÉTRICAS DE FURNAS E TRÊS MARIAS MG

LEI Nº , DE 29 DE JUNHO DE 2009

Sardinha. Maio 2014 Wilson Santos

PREVISÃO DE CHEIAS E SECAS DA EMBRAPA AUXILIA PANTANEIROS

RELATÓRIO TÉCNICO DIAGNÓSTICO DA ATIVIDADE DE CAPTURA DE ISCAS NO PANTANAL E PROPOSTAS PARA A MELHORIA DE MANUTENÇÃO EM CATIVEIRO

Geografia. Claudio Hansen (Rhanna Leoncio) A Questão Ambiental

ENTENDA O PLANO DA TAINHA (Mugil liza) EM VIGOR

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS

Integração entre a Pesca Artesanal paranaense e a conservação de golfinhos, botos e tartarugas Marinhas

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

Monitoramento das alterações da cobertura vegetal e uso do solo na Bacia do Alto Paraguai Porção Brasileira Período de Análise: 2012 a 2014

o presente diploma tem por objecto regulamentar a gestão dos recursos pesqueiros existentes nas águas juridicionais de Angola.

Transcrição:

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRÁRIA EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO PANTANAL COMENTÁRIOS SOBRE A SITUAÇÃO ATUAL DA PESCA NO PANTANAL Corumbá, 13 de dezembro de 1993 Atualmente, no Brasil, a pesca profissional é muito dificultada em três Estados: Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul. Este fato é oriundo da pressão exercida pela pesca esportiva com o intuito de serem reservados para si, os exemplares de peixes mais nobres e maiores. Devido ao fato desse grupo ter apoio político e maior capacidade de influência sobre os centros decisórios do Poder, os pescadores profissionais, um grupo socialmente mais frágil, ficam à mercê das veleidades políticas. De acordo com a mensagem do Senhor Governador Pedro Pedrossian ao Presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul (xerox em anexo), há uma vontade política "visando, em especial, reduzir progressivamente até sua eliminação, a pesca profissional praticada de forma predatória, como é nos moldes atuais." Para analisar essa mensagem é necessário ficar bem claro o que significa pesca predatória. Em geral as pessoas encaram a pesca de rede, ou a pesca de cardumes, durante a época da desova, como predatória, o que nem sempre é verdade. Recentemente o IBAMA em Brasília, realizou uma consulta aos pescadores profissionais e autoridades científicas reconhecidas, para ordenar a exploração pesqueira da Bacia do Paraná (Pantanal não incluído) e nenhuma das decisões adotadas, abrangeu a proibição total do emprego de artes de emalhe. Apenas disciplinou suas dimensões e estratégia de uso, inclusive na época da desova com o estabelecimento de cotas máximas a serem capturadas, para que o pescador profissional não passe por dificuldades financeiras

durante o período de defeso. As artes de emalhar são empregadas pelos pescadores profissionais, de modo legal e ordenado em todo o país, com exceção dos três Estados já citados. No Pantanal, em função da carência de informações sobre a biologia das espécies de peixes de maior interesse comercial, estatística de desembarque e esforço pesqueiro, a atual legislação nos parece muito restritiva. Permite somente o uso de anzóis e proíbe o uso de redes, que é um método mais eficiente de captura. Impõe um período de defeso de até três meses, necessário e justificável tecnicamente, porém com um grande impacto econômico negativo para o pescador profissional e o setor turístico (Catella, 1992). No momento, o CPAP/EMBRAPA juntamente com a SEMA/MS estão desenvolvendo um projeto para avaliação do atual nível de exploração dos estoques pesqueiros do Pantanal, a partir da implantação de um novo modelo de Guias de Vistoria e Lacre, expedidas pela Companhia Independente de Polícia Florestal/MS e estatísticas de freqüência de comprimento das espécies de maior importância comercial. Baseando-se em valores internacionais de produção pesqueira, situados entre 17 e 60 kg/ha/ano (Welcomme, 1985), e estimando-se a área média inundável do Pantanal em 62.000 km2 (Paiva, 1984), chegamos ao potencial estimado entre 105.000 e 370.000t/ano. No entanto, o desembarque total da pesca profissional e esportiva nunca ultrapassou, segundo as fontes disponíveis (Paiva, 1984; Silva, 1986; SUDEPE, 1988) 10.000t/ano. Isto implica que o esforço pesqueiro atual sequer "arranha" os estoques pesqueiros, significando que a intensidade de pesca pode aumentar, sem gerar conflito entre as duas modalidades de pesca. Este argumento é ainda mais reforçado porque o tamanho médio das espécies mais capturadas parece não ter diminuído ao longo dos anos, e o consenso geral entre os pescadores profissionais e esportivos é de que a pescaria ainda é abundante. Este fato é também conseqüência do aumento do sucesso reprodutivo dessas espécies, devido ao ciclo atual de grandes cheias do Pantanal, desde 1974. 2

Assim, parece-nos oportuno a consideração dos itens abaixo relacionados, para o delineamento de uma política pesqueira coerente para o Pantanal, procurando-se minimizar os graves conflitos que detectamos em recente visita a algumas colônias, associação e cooperativa de pescado do Estado, entre os pescadores profissionais e esportivos: - Trata-se de uma questão eticamente muito delicada decidir sobre o uso dos recursos pesqueiros, uma vez que a sociedade não investiu em sua produção. Portanto, essa questão merece um amplo debate dentro da sociedade. - A melhor forma de conservar os recursos pesqueiros é usufruí-los de modo sustentável. O desfrute plural desse recurso é ético e interessante para sua preservação. - É perfeitamente compatível a coexistência da pesca profissional com a esportiva, como vem ocorrendo a muito tempo no Pantanal. Trata-se apenas de efetuar um ordenamento das atividades, para minimizar o conflito existente. - É possível adotar uma política para agregar mais valores á pesca profissional, como o beneficiamento de couro do pescado, para a produção de itens industrializados como sapatos, cintos etc, já com grande aceitação no mercado internacional. O acondicionamento da carne de pescado sob a forma de filé congelado, a produção de farinha de peixe e óleo com as carcaças, irá resultar na criação de novos empregos. - Extinguindo-se a pesca profissional o estoque de curimbatá, a espécie nobre mais abundante do sistema, que é a base da proteína barata consumida pelas populações urbanas mais pobres, não será utilizado. Sua pescaria é efetuada com tarrafa, o que não 3

tem sentido na pesca esportiva, pois esse peixe é difícil de ser capturado com anzol e linha. A extinção da pesca profissional ainda irá acarretar a perda da cultura do pescador artesanal, acumulada por gerações, no entendimento da ecologia do Pantanal. Transformar essa categoria social em mera mão de obra especializada em servir a indústria turística da região, significa não respeitar o seu modo de vida e visão do mundo, que devem ser encarados como patrimônio cultural da Nação. - É usual se afirmar que o estado de pobreza do pescador profissional é inerente à sua profissão. Não acreditamos nesse ponto de vista, pois em muitas regiões deste país os pescadores tem uma vida digna, possuindo casa própria, adequados petrechos de pesca e barco a motor, propiciando uma situação de vida confortável aos seus familiares. Se atualmente no Pantanal, encontram-se em situação econômica difícil, é porque a política pesqueira dos últimos anos, tem arbitrado desfavoravelmente à sua causa. Optando-se por uma legislação mais adequada aos seus anseios profissionais, seguramente o pescador profissional se tornará num dos aliados mais forte para a conservação desses recursos e fiscalização da pesca. Para finalizar, ressaltamos que as alterações ambientais, principalmente no Planalto, tem influência negativa na qualidade da água e recursos pesqueiros. As principais causas são a mineração (mercúrio e assoreamento), indústria (poluição química e térmica), agropecuária (agroquímicos, desmatamento, erosão e assoreamento) e construção civil (barragens, diques, estradas e efluentes domésticos). Além disso, a introdução de espécies exóticas é um risco ao equilíbrio do ecossistema. A introdução acidental do tucunaré, na década de 80, provocou a dispersão deste peixe voraz a centenas de quilômetros do ponto de origem. Como esta espécie parece ter estabelecido uma população sustentável para a pesca, sua erradicação é praticamente impossível (EMBRAPA/CPAP, 1993). 4

Consultores: Prof. Dr. Miguel Petrere Jr. Prof. Dr. Carlos Araújo Lima UNESP - Departamento de Ecologia INPA - Biologia Aquática C.P. 199-13.560-900 C.P. 478-69.011-970 Rio Claro (SP) Manaus (AM) Pesquisadores de contra-partida do Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal (CPAP/EMBRAPA): Prof.MSc Agostinho C. Catella Prof.MSc Flávio Lima Nascimento CPAP/EMRAPA - Rua 21 de Setembro, 1880 79.320.900 - Corumbá - MS 5

Literatura Citada Catella, A.C. 1992. Estrutura de Comunidade e Alimentação dos Peixes da Baía da Onça, uma Lagoa do Pantanal do Rio Aquidauana, MS. (Dissertação de Mestrado) Universidade Estadual de Campinas, 215 p. EMBRAPA/CPAP 1993. Plano Diretor do Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal - CPAP. Brasília, EMBRAPA, 41 p. Paiva, M.P. 1984. Aproveitamento de recursos faunísticos do Pantanal de Mato Grosso: pesquisas necessárias e desenvolvimento de sistemas de produção mais adequados à região. EMBRAPA-DPP. Documentos, 7.71 p. Silva, M.V. 1986. Mitos e Verdades sobre a Pesca no Pantanal Sul -Matogrossense. Campo Grande, FIPLAN-MS. 146 p. SUDEPE, 1988. Diagnóstico do setor pesqueiro de Mato Grosso do Sul. (Relatório) Campo Grande, SUDEPE, 54 p. 6