APLICAÇÃO DA AQRM EM DIFERENTES CONTEXTOS INTERNACIONAIS

Documentos relacionados
Rafael K. X. Bastos. III Congresso da Sociedade de Análise de Risco Latino Americana (SRA-LA)

Caroline Rigotto. Pesquisadora Pós-doutoral programa DOCFIX FAPERGS/CAPES Laboratório de Microbiologia Molecular Universidade Feevale

Quadro 1 Descrição das variáveis

NOTA TÉCNICA. Departamento de Saúde Pública

SAÚDE, POTABILIDADE E CONTAMINANTES

Uso de lodo de esgoto em solos: contribuições para a regulamentação no Brasil

NOTA TÉCNICA. Departamento de Saúde Pública

1. Introdução Estado da arte Organização da dissertação. Universidade do Minho - Escola de Engenharia

23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

DEMÉTRIUS BRITO VIANA

Decaimento de patógenos em lodo de esgoto

II-Bastos-Brasil I AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ANTES E DEPOIS DE INTERVENÇÕES DE MELHORIA

Análise crítica comparativa da abordagem brasileira vis-à-vis a experiência internacional

CIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROGRAMA PILOTO PARA IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA DA ÁGUA NA SABESP

Larissa Candian Ferreira 1*, Rafael Kopschitz Xavier Bastos 1, Mariana Martins Gomes 1

HIDROSFERA: 3/4 DO PLANETA

II Cobucci - Brasil-1 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE FILTROS RÁPIDOS DE FLUXO DESCENDENTE: A IMPORTÂNCIA DA ADEQUADA OPERAÇÃO

Plano de Segurança no uso da Água. Avaliação de Risco Risk Assessment Marcos d Avila Bensoussan

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE REGULAMENTAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DE BALNEABILIDADE

Desinfecção de esgoto tratado pela técnica de radiação ultravioleta:

Jeffrey A. Soller 1. Soller Environmental 3022 King St, Berkeley CA 94703,USA. RESUMO

PHA 3203 ENGENHARIA CIVIL E O MEIO AMBIENTE. Prof. Dr. Theo Syrto Octavio de Souza

Rafael K.X. Bastos Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Regulação da Água para Consumo Humano Vigilância Sanitária. Autores: Paulo Diegues 1, Vítor Martins 2. Resumo

Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública. Avaliação quantitativa de risco microbiológico em águas e biossólidos: estado da arte

VÍRUS CAUSADORES DE ENFERMIDADES E ZOONOSES VEICULADOS PELA ÁGUA: ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS, SANITÁRIOS E DIAGNÓSTICOS

17 a 20 de agosto de 2010, Rio de Janeiro. Processo de Revisão da Portaria MS n.º 518/2004 Nolan Ribeiro Bezerra

PERSPECTIVAS TECNOLÓGICAS E REGULATÓRIAS PARA REÚSO POTÁVEL DIRETO NA BACIA DO ALTO TIETÊ

Introdução ao Tratamento de Esgoto Sanitário. Daniel Costa dos Santos Professor DHS/PPGERHA/UFPR 2017

Auditório da Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros SEGURANÇA ALIMENTAR para mais SAÚDE

Desafios frente à segurança da água para consumo humano no Rio Grande do Sul

I-101 ABORDAGEM SANITÁRIO-EPIDEMIOLÓGICA DO TRATAMENTO E DA QUALIDADE PARASITOLÓGICA DA ÁGUA: ENTRE O DESEJÁVEL E O POSSÍVEL

SALUBRIDADE AMBIENTAL DA PRAIA DO TOMBO, MUNICÍPIO DE GUARUJÁ-SP: REFLEXOS NA QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS BALNEARES

07/11/18. Jorge Antonio Mercanti. Coordenador da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

/// artigos técnicos SUBSÍDIOS À REGULAMENTAÇÃO DO REÚSO DA ÁGUA NO BRASIL UTILIZAÇÃO DE SUBSIDIES FOR WATER REUSE REGULATION IN BRAZIL USE OF TREATED

Avaliação qualitativa da água residuária para reúso agrícola

IMPORTÂNCIA DO REUSO DE ESGOTO DOMÉSTICO NA PRESERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS

Quantitative health risk assessment: protozoa in drinking water, a study in Divinópolis - MG.

CONTROLE MENSAL - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA)

Aplicação de uma ferramenta de análise probabilística da exposição

RESULTADOS ANALÍTICOS DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - ANTIGA SHELL QUÍMICA - PAULÍNIA

IMPORTÂNCIA DO REUSO DE ESGOTO DOMÉSTICO NA PRESERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS

NOTA TÉCNICA. Departamento de Saúde Pública

DETECÇÃO DE BACTERIÓFAGOS DE CEPAS HOSPEDEIRAS DE ENTEROCOCOS COMO UMA FERRAMENTA PARA RASTREAMENTO DE FONTES DE POLUIÇÃO FECAL

II- 005 REMOÇÃO DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS NA FASE INICIAL DE OPERAÇÃO DE VALAS DE FILTRAÇÃO RECEBENDO EFLUENTE ANAERÓBIO

Keywords: Biosolids, consumers risk, pathogens, Resolução Conama 357/2006, workers risk.

Escola Politécnica da USP PHD Aula 2 Legislação sobre Reúso de Água

Viabilidade de um AVAD * não superior a 10-4 por pessoa por ano, para reúso agrícola de água, em países em desenvolvimento (doi: /ambi-agua.

Adaptar o Ciclo Urbano da Água a Cenários de Alterações Climáticas EPAL. 6 Julho

Como controlar e avaliar Programas de Promoção à Saúde na Empresa. Danielle Cronemberger A. Nogueira

CONSCIENTIZAÇÃO DA NECESSIDADE DO PSA-GUANDU

TRATAMENTO SUSTENTÁVEL DE ÁGUA RESIDUÁRIA PARA IRRIGAÇÃO

I-163 DESINFECÇÃO POR ULTRAVIOLETA: UMA TECNOLOGIA VERDE E ENERGETICAMENTE EFICIENTE DE DESINFECÇÃO DE ÁGUA

Documento Assinado Digitalmente

10 Estações de Tratamento de Água. TH028 - Saneamento Ambiental I 1

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE QUALIDADE DA ÁGUA

Monitoramento de patógenos em alimentos de origem animal em estabelecimentos com SIF. Nelmon Oliveira da Costa DIPOA/SDA/MAPA

REMOÇÃO DE COLIFORMES TOTAIS E Escherichia coli UTILIZANDO A FILTRAÇÃO EM MÚLTIPLAS ETAPAS (FiME) EM PERÍODOS DE ALTA TURBIDEZ DA ÁGUA BRUTA

Poluição Ambiental Indicadores Microbiológicos de Poluição Hídrica. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE HORTALIÇAS IRRIGADAS COM ESGOTOS SANITÁRIOS

II QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE EFLUENTES DOMÉSTICOS E VIABILIDADE DE APLICAÇÃO NA IRRIGAÇÃO

Educação e treinamento em metrologia: requisitos para obter medições químicas consistentes e confiáveis. Olívio Pereira de Oliveira Jr.

Documento Assinado Digitalmente

ANEXO XX DO CONTROLE E DA VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO E SEU PADRÃO DE POTABILIDADE (Origem: PRT MS/GM 2914/2011)

II Freitas - Brasil-1 APLICAÇÃO DE POLÍMEROS NA CLARIFICAÇÃO DE ÁGUA DE LAVAGEM DE FILTROS: ENSAIOS DE TRATABILIDADE COM VISTAS À RECIRCULAÇÃO

Análise crítico-comparativa das regulamentações brasileira, estadunidense e britânica de qualidade microbiológica de biossólidos para uso agrícola

NOTA TÉCNICA. Departamento de Saúde Pública

II-101 APLICAÇÃO DE LODO LÍQUIDO DIGERIDO NO SOLO: MONTAGEM DE PROTÓTIPOS

1. RESUMO 2. INTRODUÇÃO/DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS.

ANALISE DA QUALIDADE DA ÁGUA ATRAVÉS DO USO DE INDICADORES SENTINELAS EM ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO INFANTIL DE CAMPINA GRANDE - PB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

Aspectos Jurídicos do Reuso Direto da Água

Renata Aparecida Costa, Antônio Roberto Saad, Regina de Oliveira Moraes Arruda e Reinaldo Romero Vargas

REMOÇÃO DE OOCISTOS DE Cryptosporidium POR MEIO DA FILTRAÇÃO DIRETA ASCENDENTE EM AREIA: AVALIAÇÃO EM ESCALA PILOTO. MARCELY FERREIRA NASCIMENTO

TECNOLOGIA OXAMINE UMA QUIMICA LIMPA, VERDE E EFICIENTE*

Seminários 2013 Resíduos Hospitalares. ActivapTM e Polygiene Tecnologias Inovadoras na prevenção de infeções António Santos

ANEXO XX DO CONTROLE E DA VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO E SEU PADRÃO DE POTABILIDADE (Origem: PRT MS/GM 2914/2011)

Programa Analítico de Disciplina CIV442 Qualidade da Água

Proposta do Plano de Ação para Instituir uma Política de Reúso de Efluente Sanitário Tratado no Brasil (Projeto)

NOTA TÉCNICA. Departamento de Saúde Pública

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Revisão da Portaria MS nº 2914/2011. Tema II - Padrão de Potabilidade e Planos de Amostragem. Fundamentação e Linhas Norteadoras

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

Tópicos Especiais em Química. Legislações e Normas. Giselle Nobre

Gestão de Biossólidos: Adequações Necessárias ao Modelo Brasileiro

Contaminantes microbiológicos e químicos confiabilidade do monitoramento laboratorial para efetiva ação

PAINEL 1: RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS: ASPECTOS DE ENGENHARIA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE

ESCOLA POLITÉCNICA DA USP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA EM SANEAMENTO BÁSICOB. Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

SOLICITAÇÃO DE REVISÃO DA RESOLUÇÃO CONAMA Nº 375/06 QUE ESTABELECE CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA USO AGRÍCOLA DE LODO DE ESGOTO

PROGRAMAS DE REUSO DE ÁGUA NAS BACIAS PCJ. Sergio Razera Diretor Presidente Fundação Agência das Bacias PCJ

Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A)

Sistemas Prediais de Águas Cinzas. Prof. Daniel Costa dos Santos

Documento Assinado Digitalmente

Vieira, Adalberto Presenting Author (PhD Candidate (Food Engineering) Praia, 21 de Janeiro de 2010.

19/01/2018. Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve. Luís Costa José Paulo Monteiro Universidade do Algarve

II TECNOLOGIA DE FILTRAÇÃO DIRETA DESCENDENTE APLICADA AO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE ETE PARA REÚSO DIRETO

ÁGUA. Profa. Dra. Susana Segura Muñoz EERP/USP 1

II USO DE ÁGUA CINZA PARA FINS NÃO POTÁVEIS: UM CRITÉRIO RACIONAL PARA DEFINIÇÃO DA QUALIDADE

Transcrição:

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE RISCOS MICROBIOLÓGICOS (AQRM): EXPERIÊNCIAS E PERSPECTIVAS PARA AMÉRICA LATINA APLICAÇÃO DA AQRM EM DIFERENTES CONTEXTOS INTERNACIONAIS III Congresso Latino Americano da SRA-LA 10-13 de maio de 2016

Perspectiva Histórica AQRM e Regulamentações Internacionais Documentos orientativos Desafios

Preocupação com a redução de riscos desde pré-história Primeiros relatos Norte da Índia, Egito e Grécia: Registros arqueológicos de cuidados sanitários há 4.000 anos: banhos, sistema de esgoto, drenagem e aqueodutos

AQRM - PERSPECTIVA HISTÓRICA Índia - 2000 AC a água impura deveria ser purificada pela fervura no fogo, ou aquecida no sol, ou por imersão de ferro aquecido na mesma, ou poderia ser purificada por filtração através de areia e ou cascalho e então deixada esfriar (USEPA 1990). 1850 s reconhecimento dos microrganismos como agentes etiológico das doenças

AQRM - PERSPECTIVA HISTÓRICA Século XX Estabelecimento de Leis e Agências para controle da qualidade da águas e alimentos 1906 Food and Drug Administration (FDA): 1938 - Federal Food, Drug, and Cosmetics Acta padrões baseados na proteção da saúde US Public Health Service / US Environmental Protection Agency padrões para água de consumo humano para controle dos perigos, incluindo patógenos microbianos

AQRM - PERSPECTIVA HISTÓRICA 1970 s USEPA e CDC usam formas sistemáticas e quantitativas para elucidar os riscos a saúde humana Ferramenta MRA foi proposta 1970s: Mossel e Drion, 1979 Haas, 1983 Métodos para estimativa de risco com baixas doses de microrganismos de veiculação hídrica (comparação de modelos dose resposta). Regli et al, 1991 e Rose et al, 1991 Dose resposta água de consumo humano embasamento risco tolerável adotado pela USEPA (Giardia e vírus) Surto de Criptosporidiose Milwaukee: importância no avanço da avaliação de risco microbiológico

National Primary Drinking Water Regulations (NPDWR) Giardia, Vírus entéricos e Legionella Meta: Nível de Contaminação Máxima (MCLG) = zero Técnicas de Tratamento: filtração e desinfecção Tratamento mínimo requerido de remoção ou inativação: Giardia - 99,9% (3 log) Virus - 99,99 % (4 log) Fonte - Safe Drinking Water Act: 1989 - USEPA (54 FR 27486); Enhanced Surface Water Treatment Regulations (59 FR 38832) USEPA 1994

USEPA 1998 40 CFR, Parts 9, 141 e 142) Interim Enhanced Surface Water Treatment (IESWT) Cryptosporidium : Meta (MCLG) = zero Tratamento mínimo Requerido 99,0 % (2 log) de inativação e / ou remoção de cistos de Cryptosporidium Filtração rápida em tratamento convencional e Filtração direta: 0,3 UT; Filtração Lenta 1,0 ut 95% dos dados mensais

USEPA 2006 40 CFR, Parts 9, 141 e 142. Long Term 2 Enhanced Surface Water Treatment Rule Remoção Necessária de Oocistos de Cryptosporidium de acordo com a Concentração na Água Bruta e Técnica de Filtração Concentracão (oocistos/l) Classificação (Créditos) Tratamento Adicional Requerido Convencional Filtração Direta Filtração Lenta Filtração Alternativa <0,075 1 NR NR NR NR 0.075 - < 1.0 2 1 log 1.5 log 1 log >4,0 log 1.0 to < 3.0 3 2 log 2,5 log 2 log >5,0 log 3.0 4 2,5 log 3 log 2,5 log >5,5 log Fonte: USEPA, 2006 - LT2ESWTR

WORLD HEALTH ORGANIZATION Guidelines for Drinking Water Quality (2004, 2008, 2011) Definição de metas para a saúde: abordagem de avaliação de risco Probabilidade de infecção carga de doença DALYs = 10-6 por pessoa/ano de doença

Figure 7.3. Performance targets for Cryptosporidium in relation to the daily consumption of unboiled drinking- water (to achieve 10-6 DALY per person per day)

Holanda: Dutch Drinking Water Act 2001 Ausência de E.coli e enterococos Meta baseada em efeitos à saúde: sistemas produtores de água captadas de mananciais superficiais ou sbterrãneo sob influência de água superficial, sistemas de regarga de água subterrânea artificial água produzida deve atender ao risco teórico máximo de uma infecção por 10.000 pessoas por ano (AQRM) Inspectorate Guideline 5318 (2005): Environmental Inspectorate, National Institute of Public Health and Environment (RIVM) e indústria AQRM Enterovírus, Campylobacter, Cryptosporidium e Giardia Fonte: Schijven et al. Water Research, 45: 5564-5576, 2011

http://www.rivm.nl/en/documents_and_publications/common_and_present/news messages/2014/release_of_qmraspot_v2_for_quantitative_microbial_risk_assessm ent_of_drinking_water

Austrália 2005: Água reciclada EPA Victoria 10-4 P inf Australian Guidelines for Water Recycling (AGWR) National Water Quality Management Strategy: duas fases 2006: uso não potável 2008-2009: aumento suprimento de água de consumo, reuso de águas pluviais e recarga de aquíferos 10-6 DALY por pessoa/ano Não tem valor compulsório ou legal Fonte: Bichai & Smeets. Water Research, 47: 7315-7326, 2013

Guidelines for Canadian Drinking Water Quality, Health Canada, 2012 Meta para tratamento mínimo: Protozoários: 3 logs de redução/inativação (oo)cistos (Giardia e Cryptosporidium). Recomenda monitoramento na água captada para subsidiar o tratamento com base na avaliação de risco estratégia de multi barreiras. Vírus entéricos: 4 logs de redução/inativação. Não recomenda o monitoramento, apenas caracterização do manancial para avaliar a necessidade de maior remoção

Revisão da Direta Européia EU Drinking Water Directive Estratégia do Plano de Segurança da Água Patógenos Não realizar a pesquisa monitoramento de rotina de patógenos em Quando Pesquisar Patógenos? Em situações de surto, para perigos conhecidos identificados no PSA ou outra evidência que mostre a relevância do patógeno Desenvolvimento de metodologias mais práticas e sensíveis Fonte: Draft minutes of the 2nd and 3rd Expert Group on Microbiology October 2007 and February 2008 at the JRC Ispra, Italy

Volume II: Wastewater use in agriculture

Estabelece métodos, procedimentos e critérios quantitativos para o uso seguro de águas residuárias na agricultura: boas práticas de gerenciamento. Objetivo: Assegurar que os riscos à saúde associados com o uso de águas residuárias para irrigação de culturas sejam avaliados e gerenciados

Nível globalmente tolerável de proteção à saúde 10-6 DALYs por pessoa por ano (proteção dos trabalhadores e consumidores) Os países podem determinar o nível de carga de doença tolerável de acordo com a realidade do contexto socioeconômico nacional Seleção três patógenos indicadores: Rotavírus (vírus) - P inf pppa: 1,4x10-3 (PI); 7,7x10-4 (PD) Campylobacter (bactéria) - P inf pppa: 3.1x10-4 Cryptosporidium (protozoa) - P inf pppa: 2,2x10-3

WasteWaterquality (E.coli/100mL Median infection risk pppy Rotavirus Campylobacter Cryptosporidium 10 7-10 8 0,99 0,28 0,50 10 6-10 7 0,65 6,3x10-2 6,3x10-2 10 5-10 6 9,7x10-2 2,4x10-3 6,3x10-3 10 4-10 5 9,6x10-3 2,6x10-4 6,8x10-4 10 4 2,2x10-3 1,3x10-4 4,5x10-4 10 3-10 4 1,0x10-3 2,6x10-5 3,1x10-5 100-1000 8,6x10-5 3,1x10-6 6,4x10-6 10 100 8,0x10-6 3,1x10-7 6,7x10-7 a. 100g lettuce eaten per person per 2 days; 10-15 ml wastewater remaining on lettuce after irrigation; 0.1-1 rotavirus and Campylobacter, and 0.01-0.1 oocyst, per 10 5 E.coli; 102-103 rotavirus and Campylobacter die-off, and 0-0.1 oocyst die-off, between last irrigation and consumption Fonte: A Numerical Guide to volume 2 of the Guidelines and Parctical Advice on How to Transpose them into National Standards. WHO, FAO, IDRC/CRDI, IWMI

Figure 4.1. Exemples of options for the reduction of viral, bacterial and protozoan pathogens by diferent combinations of health protection measures that achieve the healthbased target of 10-6 DALY per person per yera Fonte:WHO Guidelines - Volume II: Wastewater use in agriculture. 2006

Capítulo 5: Health Risk Analysis in Water Reuse Applications 5-7 Microbial Risk Assessment 5-8 Application of Microbial Risk Assessment in water Reuse Applications Exemplos: campo de golfe, irrigação, recreação, recarga de aquífero 5-9 Limitations in Applying Risk Assessent to Water Reuse Applications

EPA-820-R-14-009: Microbiological Risk Assessment (MRA) Tools, Methods, and Approaches for Water Media O documento traz uma estrutura flexível de avaliação de risco à saúde que pode ser usado para informar decisões de saúde pública relacionadas com os riscos microbianos em vários matrizes (por exemplo, patógenos em água tratada, água captadas para tratamento, águas recreacionais, aquicultura, águas residuárias/ biosólido). https://www.epa.gov/wqc/microbiological-risk-assessment-mra-tools-methods-andapproaches-water-media

Fortalecer o uso da ferramenta da AQRM na América Latina Melhorar a eficiência do monitoramento Sensibilizar os tomadores de decisão e agências regulamentadoras quanto ao uso dessa ferramenta O estabelecimento de meta à saúde permite um balanço entre investimentos e proteção à saúde pública, e auxilia a entender os riscos de soluções alternativas (Bichai & Smeets, 2013)

OBRIGADA! Maria Inês Zanoli Sato Departamento de Análises Ambientais _CETESB misato@sp.gov.br