Resolução IBA xxx Dispõe sobre a criação do Pronunciamento Atuarial CPA 009 Distinção das Hipóteses Atuariais e Referenciais Atuariais. regimentais, O INSTITUTO BRASILEIRO DE ATUÁRIA - IBA, no exercício de suas atribuições legais e CONSIDERANDO o desenvolvimento da profissão atuarial no Brasil e a maior abrangência de atuação do profissional atuário em suas atividades técnicas, CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação do disposto na legislação vigente, RESOLVE: Art. 1º - Nos termos do artigo 1º do regulamento do Decreto-Lei nº 806, de 04.09.1969, que dispõe sobre o exercício da profissão de atuário, aprovado pelo Decreto nº 66.408, de 03.04.1970, esta resolução tem por objetivo apresentar a distinção de premissas atuariais denominadas: hipóteses atuariais ou referenciais atuariais, quando da sua aplicação nas simulações, concessões e manutenção de benefícios ou no desenvolvimento da avaliação atuarial dos planos de benefícios administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar, de acordo com a sua modelagem, a qual deve parametrizar a atuação de todos os atuários no Brasil, no exercício de sua profissão. Art. 2º - As hipóteses atuariais e referenciais atuariais compõe o conjunto de parâmetros utilizados no desenvolvimento da avaliação atuarial dos compromissos dos planos de benefícios para com os seus participantes e assistidos e no estabelecimento de planos de custeio. Art. 3º - O CPA 009 é parte anexa desta Resolução e poderá ser alterado com o objetivo de adaptar-se à evolução do trabalho do atuário e/ou de sua atividade profissional, em conformidade com as normas emanadas pelo IBA a respeito. Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a partir de xx de xxxxxx de 2016. Rio de Janeiro, xx de xxxxxx de 2016. Flávio Vieira Machado da Cunha Castro Atuário MIBA 1.346 Presidente do IBA
Of. CTPF 002/2016 Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016. Ao Sr. Flávio Vieira Machado da Cunha Castro Presidente do IBA Comitê de Pronunciamentos Atuariais CPA Assunto: Aprovação do Pronunciamento Técnico CPA 009 Princípios Atuariais Hipóteses / Referenciais Atuariais Prezados Senhores, O Comitê Técnico de Fechadas, em conformidade com o Regimento Interno do Comitê de Pronunciamentos Atuariais CPA, mais especificamente o previsto no item 8 do 1º do Artigo 13, e em atenção ao disposto na Resolução IBA Nº 004/2013, submete a proposta de Pronunciamento Técnico CPA 009, que versa sobre a conceituação de Hipóteses Atuariais e Referenciais Atuariais utilizados na avaliação atuarial dos Planos de Benefícios administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar, de acordo com a sua modelagem do plano, para a devida aprovação desse Comitê, o qual tem por motivação, principalmente: de esclarecer a distinção de premissas atuariais denominadas: hipóteses atuariais ou referenciais atuariais, quando da sua aplicação nas simulações, concessões e manutenção de benefícios ou no desenvolvimento da avaliação atuarial dos planos de benefícios administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar, tendo em vista o desenvolvimento da profissão atuarial no Brasil e a maior abrangência de atuação do profissional atuário em sua atividade técnica. Atenciosamente, Marilia Vieira Machado da Cunha Castro Atuária MIBA 0351 Coordenadora do Comitê Técnico de Previdência Fechada CTPF
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS ATUARIAIS (Instituto Brasileiro de Atuária) ANEXO à Resolução IBA XXXX CPA 009 PRINCÍPIOS ATUARIAIS HIPÓTESES / REFERENCIAIS ATUARIAIS I. INTRODUÇÃO 1. O presente Pronunciamento Técnico (Pronunciamento) destina-se a divulgar os conceitos específicos de premissas atuariais qualificadas como: hipóteses atuariais ou referenciais atuariais, cujo conteúdo deve ser observado pelos atuários que exercerem esta atividade junto à Entidade Fechada de Previdência Complementar EFPC, supervisionada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar PREVIC. II. OBJETIVO 2. Este pronunciamento tem por objetivo estabelecer princípios e conceitos para os parâmetros que são utilizados nos cálculos atuariais ou na modelagem dos planos de benefícios previdenciários das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. III. ABRANGÊNCIA: 3. As Hipóteses Atuariais ou Referenciais Atuariais são aplicados na modelagem dos planos de benefícios previdenciários, nas formas a seguir relacionadas: a. Planos que utilizam Hipóteses Atuariais; b. Planos que utilizam Hipóteses Atuariais e Referenciais Atuariais; c. Planos que utilizam somente Referenciais Atuariais. IV. DEFINIÇÕES 4. Entende-se por: a. Hipóteses Atuariais: Uma hipótese designa qualquer suposição de algo verossímil, possível de ser verificado, a partir da qual se extrai uma conclusão, portanto, são variáveis representadas por estimativas utilizadas pelos atuários nos cálculos atuariais, na concessão ou no reajuste de benefícios, de acordo com a
modelagem de concepção do plano, para fins de dimensionamento dos compromissos do Plano para com os participantes e assistidos. As Hipóteses Atuariais são variáveis estimadas através de experiências ou estudos estatísticos realizados com metodologias aceitáveis, definidas anteriormente a realização dos cálculos atuariais. b. Referenciais Atuariais: São parâmetros utilizados pelo atuário/efpc apenas como referência no cálculo de simulação, concessão ou recálculo para manutenção dos benefícios, porém não interferem no dimensionamento do compromisso do plano para com os participantes e assistidos, uma vez que este corresponde ao saldo de conta remanescente. Os Referenciais Atuariais correspondem a escolhas efetuadas pelos patrocinadores/ instituidores do plano com o objetivo de determinar o ritmo de utilização dos recursos acumulados. V. CONCEITUAÇÃO: 5. Na conceituação das Hipóteses Atuariais ou Referenciais Atuariais, os parâmetros utilizados nos planos, de acordo com a sua modelagem, pode-se inferir que: a. Hipótese Atuarial: Estabelece a meta a ser atingida para a garantia do compromisso; Gera superávit/déficit; A definição deve ser técnica e adequada à realidade do plano para que seja viável sua adoção; É recomendado estudo de teste quanto à adequação da hipótese; O valor real do benefício é previamente definido. b. Referencial Atuarial: Não estabelece meta porque o compromisso já está definido; Não gera superávit ou déficit porque há o recálculo do valor do benefício que se mantém vinculado ao saldo remanescente; A definição técnica do referencial não está vinculada a realidade para viabilidade de sua adoção; A escolha do referencial poderá estar contemplada na modelagem do plano ou facultada ao participante, conforme previsto no plano; Não é realizado estudo quanto à adequação do referencial; O valor real do benefício é variável, dependendo do referencial escolhido.
VI. CONTEÚDO: 6. Segundo os preceitos técnicos atuariais, as hipóteses atuariais devem ser observadas pelo profissional quando da estruturação dos planos de benefícios de previdência complementar, para fins de avaliação atuarial, concessão ou manutenção dos benefícios. No entanto, quando a modelagem se utiliza de referenciais atuariais estas não se configuram uma meta a ser atingida. VII. RISCOS E IMPACTOS: a. HIPÓTESE ATUARIAL: A Hipótese Atuarial será utilizada no cálculo atuarial para determinar a Reserva Matemática estimada para o plano. A aplicação da Hipótese Atuarial produzirá um resultado que deverá ser atingido, estabelecendo metas que configuram um compromisso para o Plano. O desvio do observado em relação ao estimado com base na Hipótese Atuarial implicará ganhos e perdas que alteram o valor da reserva matemática e impacta o resultado do plano. A adoção da Hipótese Atuarial não implica ajuste do valor do benefício em manutenção. b. REFERENCIAL ATUARIAL O Referencial Atuarial será utilizado no cálculo atuarial para determinar o valor de simulação ou concessão de benefício a partir do valor da Reserva Matemática previamente definido. A aplicação de um Referencial Atuarial não poderá produzir um compromisso adicional para o Plano. Na adoção do Referencial Atuarial, o desvio entre o observado em relação ao estimado não gera ganhos e perdas, não altera o valor da reserva matemática e não impacta no resultado do plano, uma vez que este é absorvido pelo benefício em manutenção. A adoção do Referencial Atuarial implica ajuste do valor do benefício no momento do recálculo do benefício em manutenção.