HISTÓRIA DO VALE DO RIO URUCUIA EM MINAS GERAIS. Rio Urucuia, filho do Velho Chico O URUCUIA vem dos montões oestes. [...]. O GERAIS corre em volta. Esses Gerais são sem tamanho. [...]. [...]. Viemos pelo URUCUIA. [...]. O chapadão onde tanto boi berra. Daí, os GERAIS, com o capim verdeado. Ali é que vaqueiro brama, com suas boiadas espatifadas. [...] Vaqueiros todos vaquejando. O gado esbravaçava [...]. O URUCUIA não é o meio do Mundo?. (Guimarães Rosa: 1988, 1, 59, 428). Prof. Xiko Mendes (da ACAMIA PLANALTINENSE DE ETRAS, Academia de Letras do Noroeste de Minas, em Paracatu, da Academia de Letras e Artes do Planalto, em Luziãnia-Go, e da Associação Nacional de Escritores, em Brasília-DF). I LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA: A Bacia hidrográfica do rio Urucuia nasce na Serra Geral de Goiás, fronteira desse Estado com Minas Gerais. Suas águas vão deslizando entre morros e chapadões, no sentido oeste-leste até chegar ao rio São Francisco (Velho Chico). Os córregos que formam suas nascentes estão nos municípios de Formosa e Cabeceiras, em Goiás, e Buritis MG. Geologicamente, a maioria dos tipos de solo dessa bacia é parte da Formação Urucuia, que apresenta idade variável entre 80 e 50 milhões de anos. São onze os MUNICÍPIOS PERTENCENTES À BACIA DO URUCUIA: além de Buritis e Cabeceiras, Formoso, Arinos, Chapada Gaúcha, Pintópolis, Uruana de Minas, Urucuia, Riachinho, Bonfinópolis de Minas e São Romão. Localizada na margem esquerda do rio São Francisco o rio dos currais, da integração nacional e do encontro e desencontro entre mineradores e pecuaristas a bacia hidrográfica em questão também é integrante do AQÜÍFERO URUCUIA. Trata-se de um grande reservatório de águas subterrâneas que ainda dispõe de pouquíssimos estudos hidrogeológicos e por isto é pouco conhecido inclusive entre os próprios municípios que ele abrange. Este aqüífero ocupa uma extensão de 500 Km. Sua área de abrangência começa no Alto Urucuia onde estão os rios formadores desta bacia como o Piratinga e o São Domingos....na Literatura, o Aqüífero Urucuia foi sempre descrito como entidade de potencial exploratório restrito ao se considerar: condição morfológica de tabuleiros elevados, arenitos com fina granulometria e espessuras restritas das camadas (BONFIM & GOMES, acesso no site www.cprm.gov.b/rehi/congresso/aqüífero-urucuia.pdf dia 31/12/05). Estão dentro do Aqüífero Urucuia quase toda a Bacia do Urucuia (MG), toda a Bacia do Carinhanha, as nascentes do rio Corrente (goiano, integrante da Bacia do Paranã), o Sudeste de Tocantins, alguns municípios do extremo sul do Maranhão e Piauí, e
principalmente todo o território do Oeste da Bahia onde se encontra 75% da área de abrangência totalizando 120 mil Km2. O aqüífero tem em média 400 metros de profundidade chegando a 1.500 M na área sul de abrangência, ou seja, no Alto Urucuia onde estão os rios de Formoso, Arinos e Buritis. Os poços perfurados chegam a ter uma vazão de 400m3/h variando de 10 a 12m3/h/m. Os ciclos de produção agrícola insustentáveis se forem mantidos com o uso de fertilizantes e agrotóxicos comprometerá a existência desse aqüífero, pois ao contrário das águas superficiais (as do leito do rio) que se decantam em menos tempo, as do subsolo, por seu deslocamento lento, são ainda mais suscetíveis à poluição ambiental. II FORMAÇÃO HISTÓRICA A história do URUCUIA este grande vale afluente da margem esquerda do rio São Francisco está diretamente vinculada à colonização do Centro-oeste do Brasil e do Norte de Minas. Com a descoberta de ouro em Minas Gerais em 1694, cresceu progressivamente a penetração de garimpeiros, tropeiros, pecuaristas e aventureiros de toda espécie para o Sertão, sobretudo após a descoberta também do ouro em Goiás e Mato Grosso nas décadas de 1720/1730. Esse fluxo de pessoas e mercadorias transformou o Vale do Urucuia em trevo de contatos entre as regiões mineradoras do Centro-oeste e os Currais do São Francisco, zona de criação de gado que ia do norte de Minas à região Nordeste. Essas relações comerciais, políticas, culturais e até familiares se intensificaram com a oficialização, em 1736, por D. João V, da Estrada Real Picada da Bahia (MENDES: 2002, 139-144). Essa estrada ligava Salvador-BA, então Capital do Brasil, a Vila Bela da Santíssima Trindade, então Capital do Mato Grosso, na fronteira do nosso país com a Bolívia, num percurso de aproximadamente 2.630 Km que atravessava o centro da Bahia, além de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. O Vale do Urucuia era o ponto de encontro ou interseção dos vários caminhos ou picadas dessa estrada real por meio do Registro Fiscal de Santa Maria do Paranã na fronteira entre Formoso e Flores de Goiás, e do Registro Fiscal da Lagoa Feia, na divisa Formosa-GO/Buritis, ambos instalados também em 1736. Esses postos de fiscalização serviam para administrar o recolhimento de impostos reais e para controle do tráfego evitando o contrabando. Paralelamente à descoberta de ouro, a expansão da pecuária nordestina pelo rio São Francisco e seus afluentes como o Urucuia se consolidou a partir da década de 1690 quando alcançou o Norte-Noroeste de Minas passando pelo Oeste da Bahia até chegar em Goiás, no Vão do Paranã. Da Bahia os pecuaristas da Casa da Torre (família Garcia d Ávila) e da Casa da Ponte (família Guedes de Brito), de Goiás a Casa de Grijó (família Cerqueira Brandão) no Paranã e do Norte-Noroeste de Minas os pecuaristas da família CARDOSO se tornaram co-responsáveis pelo intercâmbio entre o comércio de ouro e o de gado. O Urucuia, por causa disto, se tornou região de grande movimentação rodoviária e econômica do Brasil-Colônia e até inaugurar Brasília e desativar essa estrada real com a construção da rodovia BR-O20 (ARAÚJO: 2007, 69). É dentro desse contexto que se deu a ocupação do Vale do Urucuia a partir do Norte de Minas por meio das cidades de São Romão, existente desde os anos 1690 e transformada em cidade em 1719, e a partir de Paracatu após a descoberta de ouro nesse município oficializada em 1744. Contratado para auxiliar o capitão do mato Domingos
Jorge Velho no combate aos índios Cariris, no Ceará, e aos negros quilombolas de Palmares, em Alagoas, o Tenente-Coronel MATIAS CARDOSO DE ALMEIDA e dois membros de sua parentela desceram o rio São Francisco no início dos anos 1690, provenientes de São Paulo, e no retorno se fixaram no Norte de Minas com a instalação de fazendas e fundando cidades como São Romão, Januária e Montes Claros, dentre outras. O URUCUIA SE TORNOU PROPRIEDADE DOS CARDOSO. Com o fim da Conjuração do São Francisco em 1736, iniciada em São Romão contra a derrama (cobrança de impostos atrasados), o território de Arinos, Buritis, Chapada Gaúcha e Formoso, entre outros nas proximidades, passou a ser colonizado de fato por MATIAS CARDOSO DE OLIVEIRA, filho do Tenente e bandeirante Januário. Daí em diante e também por causa dessa estrada real cujos caminhos margeavam rios afluentes do Velho Chico como o Urucuia, apareceram outros colonizadores que se fixarão como fundadores desses municípios na segunda metade do século XVIII. Antes dessa época, a ocupação se deu por meio da fixação de currais com a criação de gado (v. VASCONCELOS: 1974). Embora alguns bandeirantes como André Fernandes em 1613 e Lourenço Castanho Tacques em 1670 tenham cruzado o VALE DO URUCUIA, há que se afirmar com certeza que a fixação de moradores nos territórios desses municípios se deu efetivamente após o descoberto de ouro em Paracatu nos anos 1730/40. O trânsito constante de aventureiros pela Picada da Bahia e outras estradas reais como a Picada de Goiás (BERTRAN: 1994, 144-145) que ligava o Litoral (RJ e SP) com o Centro-Oeste passando por Paracatu facilitou essa fixação e a expansão de fazendas e população dentro do VALE DO URUCUIA dando origem às cidades atuais localizadas no entorno do PARQUE NACIONAL GRANDE SERTÃO VEREDAS. Quando da primeira edição do romance de Guimarães Rosa em maio de 1956, o URUCUIA era povoado por sertanejos vaqueiros, cavaleiros e tropeiros, tocadores de grandes boiadas porque a pecuária era a principal atividade econômica da região. Após a inauguração de Brasília DF em 1960 a pecuária foi substituída pelo AGRONEGÓCIO, pois os municípios da região, infelizmente, é parte da fronteira agrícola que se alarga a partir do Centro-oeste destruindo o Sertão (CERRADO), que G. Rosa conheceu. É esse Urucuia pecuarista, tropeiro e boiadeiro que é retratado como parte significativa do enredo da obra GRANDE SERTÃO: VEREDAS. Hoje, tantas décadas depois, numa das cidades desse sertão urucuiano ou dos Gerais é realizado o ENCONTRO DOS POVOS do Grande Sertão Veredas. É um evento festivo anualmente feito em Chapada Gaúcha-MG desde 2002. E nesses encontros, além de diferentes apresentações culturais que valorizam as TRADIÇÕES das cidades localizadas no Entorno do Parna- GSV, são também realizados seminários sobre CULTURAIS TRADICIONAIS e Meio Ambiente (ARAÚJO, 2007: 111). Esse ENCONTRO se propõe como fim essencial apresentar para os turistas os Gerais e quem é o GERALISTA ou BAIANEIRO cuja cultura híbrida é resultado da mistura de valores culturais do norte-noroeste de Minas com a cultura nordestina, sobretudo da Bahia (COSTA, 2003). III MARCOS HISTÓRICOS FUNDADORES DE ALGUMAS CIDADES DO VALE DO URUCUIA
3.1: ARINOS MG Na barra do Ribeirão das Areias com o rio Urucuia surgiu Morrinhos cuja colonização se iniciou no final do século XVIII ou início do XIX como um porto de aventureiros do sertão. Tornou-se distrito de Paracatu em 23/10/1830 ou 12/3/1846; e a capela Nossa Senhora da Conceição por determinação da Lei Provincial 472 de 31/5 de 1850 virou sede da Paróquia antes localizada em Buritis. O Coronel FRANCISCO PEREIRA DE ARAÚJO, o Sr. JOÃO PORFÍRIO, os irmãos SEBASTIÃO e PEDRO CORDEIRO VALADARES, descendentes de Joaquina do Pompéu, e o Alferes FRANCISCO JOSÉ FERNANDES CAPANEMA E SILVA (Chico Pitangui) se tornaram pioneiros do processo de colonização ao longo da segunda metade do século XIX quando MORRINHOS entrou em decadência e um novo porto aparece no rio Urucuia: o de BARRA DA VACA, que se torna povoação em franco crescimento. Com a Lei Estadual 843 de 1923 Morrinhos deixa de ser sede distrital. Barra da Vaca se torna sede do Distrito com a denominação de Arinos, que é desanexado do Município de Paracatu e anexado ao de São Romão. Com a Lei Estadual 2.764 de 1962, Arinos é elevado à categoria de Município cuja instalação se deu em 1º/3/63. 3.2: BURITIS MG O território foi colonizado a partir de um porto instalado nas ribeiras do Urucuia pelas irmãs goianas LUIZA e JOAQUINA ALDONSO. São pioneiros dessa colonização os fazendeiros FRANCISCO ÁLVARES DE CARVALHO e JOÃO PEREIRA SARMENTO que, respectivamente, registraram sesmarias em 1739 e em 1749. Chamado de Porto de Santana do Buriti, ali foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Pena em 20/11 de 1805 a quem foi subordinada as capelas dos atuais municípios de Arinos e Formoso. Há controvérsias quanto à criação do distrito: 31/5 de 1815 ou em 1850. Mas na Divisão Administrativa do Estado em 1911, já era registrada a existência do Distrito de Buritis dentro do Município de Paracatu. A Lei Estadual 843 de 7/9 de 1923 anexou o Distrito de Buritis ao município de São Romão, e o Decreto-Lei 1.058 de 31/12 de 1943, anexou-o ao Município de Unaí. Buritis tornou-se Município através da Lei Estadual 2.764 de 30/12 de 1962 e foi instalado dia 1º/3/63. Dentro do Município de Buritis há o Distrito de SERRA BONITA. Primitivamente chamado de São João do Pinduca, foi elevado à categoria de distrito do município de São Romão pela Lei Estadual nº: 843 de 7/9 de 1923 com a denominação de JOANÓPOLIS. Em 1943 foi renomeado para SERRA BONITA, e anexado ao recémcriado município de Unaí. Com a emancipação de Buritis em 1963, Serra Bonita passou a ser um de seus distritos. 3.3: FORMOSO MG O território foi colonizado pelas famílias de FELIPE TAVARES DOS SANTOS e BRÁS ANTÔNIO ORNELAS nas últimas décadas do século XVIII. Já em 1778 a Fazenda do Formoso tinha sua existência registrada em roteiro de viagem de D. Luiz da Cunha Menezes que, nomeado Governador de Goiás, chegou a esta capitania passando pela Estrada Real Picada da Bahia. A proximidade do Registro Fiscal de Santa Maria
instalado por D. João V em 1736 também facilitou esta fixação de pessoas com comunidades rurais incorporadas ao município de Paracatu-MG em 1800. Formoso passou a existir como núcleo urbano entre as décadas de 1830/40 e foi elevado à categoria de Distrito de Paracatu pela Lei Provincial 1.713 de 5/10 de 1870. Foi transferido como distrito para o Município de São Romão por força da Lei Estadual 843 de 1923. Formoso tornou-se Município instalado em 1º/3/63 após ter sua emancipação aprovada pela Lei Estadual 2.764 de 1962. 3.4: SÃO ROMÃO: Essa quase tricentenária cidade mineira é a matriz fundadora de toda a colonização do Norte de Minas no Vale do São Francisco cujo povoamento, como vimos, remonta a década de 1690. Segundo Waldemar de Almeida Barbosa (1971:472-473), São Romão foi elevada à categoria de JULGADO DO SÃO FRANCISCO em 1719. Perdeu sua autonomia e foi incorporado a Paracatu a partir de sua emancipação em 1798. Tornou-se freguesia eclesiástica por determinação do bispo de Pernambuco em 16 de agosto de 1804. Por meio da Resolução da Assembléia Geral de 13 de outubro de 1831 foi elevada à categoria de Município sob a denominação de VILA RISONHA DE SÃO ROMÃO. Sua autonomia municipal foi cancelada pela Lei Provincial 1.755 de 30 de março de 1871, e seu território foi incorporado como distrito do recém-criado município de São Francisco. Finalmente, a Lei Estadual 843 de 7 de setembro de 1923, foi recriado em definitivo o município de São Romão. Apesar de hoje ser uma cidade sem importância econômica e política na beira do Velho Chico, no século XVIII São Romão foi um grande centro comercial fazendo o intercâmbio entre o Nordeste do Brasil e a mineração do Centro-oeste (Goiás e Mato Grosso). IV CONCLUSÃO O Urucuia de Guimarães Rosa, o Urucuia dos tropeiros e dos garimpeiros, o Urucuia dos bandeirantes e pecuaristas é hoje o Urucuia que sobrevive no Entorno de Brasília, a utopia pós-modernista de Juscelino Kubitscheck que trouxe progresso para a nossa região, mas ainda não conseguiu promover o desenvolvimento sustentável para os urucuianos. O Urucuia dos sonhadores é também o Urucuia do PARQUE NACIONAL GRANDE SERTÃO VEREDAS, em Formoso, Arinos e Chapada Gaúcha; é o Urucuia do PARQUE ESTADUAL SERRA DAS ARARAS; é esse Urucuia que insiste na convivência inevitável entre a ocupação desordenada do Cerrado e de nossas cidades ao lado do compromisso em preservar meio ambiente, sua história, suas tradições, saberes, usos e costumes. Parabéns ao URUCUIA a todos nós, os URUCUIANOS! Parabéns a todos aqueles que
lutam por esse Urucuia legendário que encantou Guimarães Rosa e encanta todos os apaixonados pelo Brasil Profundo, o Brasil do sertão. V REFERÊNCIAS ARAÚJO, Sandra (Org.). Antônio Dó de Volta ao Grande Sertão Veredas, Bsb/Chapada Gaúcha-MG: Unifam/Prefeitura Municipal, 2007. BARBOSA, Waldemar de A. Dicionário Histórico-Geográfico de Minas Gerais, Belo Horizonte: Itatiaia, 1971. BERTRAN, Paulo. História da Terra e do Homem no Planalto Central, Brasília: Solo, 1994. BONFIN, Luiz Fernando Costa; GOMES, Raimundo A. Dias. Aqüífero Urucuia Geometria e Espessura: Idéias para Discussão; In: www.cprm.gov.br/rehi/congresso/aqüifero-urucuia.pdf; artigo científico com oito páginas. Acesso dia 31/12/05. COSTA, João Batista de Almeida. Mineiros e Baianeiros: Englobamento, Exclusão e Resistência, Tese de Doutorado, PPGAS, Brasília: Unb, 2003. DRUMMOND, Josina Nunes. As Dobras do Sertão, São Paulo: AnnaBlume, 2008. JACINTO, Andréa Borghi. Afluentes de Memória: Itinerários, Taperas e Histórias no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Dissertação de Mestrado, Departamento de Antropologia, Campinas-Sp: IFCH/Unicamp, 1998. MARTINS, Saul. Antônio Dó, 3ª Ed., Bh: SESC-MG, 1997. MENDES, Xiko. Formoso de Minas no final do Século XX 130 Anos!, Formoso- MG: Prefeitura Municipal, 2002. O Mito da Interiorização através de Brasília, Brasília: Asefe, 1995. Eco-história Local: Formoso em Sala de Aula, Formoso-MG: Unifam/Prefeitura Municipal, 2007. O Centenário de Guimarães Rosa no Entorno do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Brasília: Unifam, 2008. ROSA, Guimarães. Grande Sertão: Veredas, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988a. Noites do Sertão, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988b. Literatura Comentada, 3ª Ed., Rio de Janeiro: Nova Cultural, 1990. SARAIVA, Regina C. F. Sertão, Cerrado e Identidades, In: Oralidade e Outras Linguagens, Ano IV, Nº: 15, Brasília: CEAM/UnB, dezembro de 2004. VASCONCELOS, Diogo de. História Média de Minas Gerais, 4ª Ed., Bh: Itatiaia, 1974. Fonte: http://academiaplanaltinensedeletras.blogspot.com.br