AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PRÉ E PÓS-INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

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Transcrição:

AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PRÉ E PÓS-INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA AUTOR PRINCIPAL: Monica de Fátima Rossato Muraro E-MAIL: monicamuraro.fisioterapia@gmail.com IES: Universidade Federal de Santa Maria DEMAIS AUTORES: Franciele Comassetto Schmidt; Débora da Luz Fernandes, Hedionéia Maria Folletto Pivetta e Marisa Pereira Gonçalves INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional é atualmente um fenômeno mundial, pois há um crescimento mais elevado da população idosa em relação aos demais grupos etários. No caso brasileiro, esse crescimento pode ser exemplificado pelo aumento da população maior de 60 anos, estima-se que em 2020, 13% da população brasileira atinja essa faixa etária 1. Muitas vezes, devido a fatores como declínio da capacidade funcional, da capacidade cognitiva e de quedas, se faz necessário que o indivíduo idoso tenha que modificar seu estilo de vida tendo de residir numa instituição de longa permanência 2. O estímulo à autonomia e independência do idoso institucionalizado é uma condição imprescindível para a manutenção da sua independência física e comportamental 3. Portanto a preservação ou a recuperação da capacidade funcional consiste num objetivo prioritário da fisioterapia, na atenção à saúde do idoso 4, sobretudo naqueles institucionalizados. Portanto, a cinesioterapia pode ser usada como método terapêutico, pois as atividades são determinadas em função das necessidades de cada paciente, baseando-se na avaliação de sua incapacidade. Desse modo, justifica-se o desenvolvimento desse estudo: investigar

a situação funcional de idosos institucionalizados, comparando os indicadores pré e pós-intervenção fisioterapêutica. METODOLOGIA A investigação consistiu na análise de informações coletadas a partir de idosos asilados no Abrigo Espírita Oscar José Pithan (no município de Santa Maria/RS). Os dados iniciais foram coletados em setembro de 2012 e a partir desta data, durante os próximos seis meses, foram realizadas intervenções de cunho fisioterapêutico culminando em março de 2013, quando foi realizada a coleta final. As informações colhidas, utilizadas como instrumento de estudo foram: Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD), Escala Funcional de Berg 5 e Índice de Katz 6. A análise foi realizada descritivamente, e os resultados são apresentados em forma percentual, utilizando-se de média e desvio padrão. Da população de trinta e quatro indivíduos residentes da instituição, a amostra foi constituída de um grupo heterogêneo de 12 indivíduos: homens e mulheres, fumantes e não fumantes e não hipertensos, com ou sem doenças hereditárias, que aceitaram participar das intervenções e da coleta de dados. As intervenções foram realizadas semanalmente, durante o referido período. Cada idoso recebeu atendimento cinesioterapêutico individualizado em sessões de uma hora. Nesses atendimentos, os indivíduos obtiveram, primeiramente, conscientização sobre a necessidade de hábitos saudáveis de vida. Também foram realizadas sessões de alongamentos, de orientação postural e analgesia, de acordo com a necessidade de cada idoso. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos através das avaliações constam na tabela 1. Inicial (préintervenção) Final (pósintervenção) PAS - MÉDIA (mmhg) 127±24,54 120±20,44 PAD - MÉDIA (mmhg) 71±22,89 74±07,90 Índice de Katz (%) A 50,00 66,66 B 33,33 25,00 C 8,33 0,00 D 0,00 0,00 E 8,33 0,00 F 0,00 8,33 G 0,00 0,00 Escala de Berg (%) Com risco de queda 58,33 50,00 Sem risco de queda 41,66 50,00 Tabela 1 Resultados das avaliações A cinesioterapia é executada por meio de exercícios físicos globais e especializados. Para o idoso, a utilização dos recursos cinesioterapêuticos visam principalmente a manutenção da funcionalidade e a melhoria de sua mobilidade, consequentemente da independência funcional e eliminação do risco de quedas 7. Estudos indicam que o exercício físico pode reduzir a pressão arterial sistólica e

diastólica 8, o que corrobora com os achados do estudo em relação a PAS. Porém divergem em relação a PAD média. Na literatura, não foram identificados estudos voltados para tal área, que correlacionem o aumento da PAD devido a cinesioterapia, contudo as razões que podem gerar um aumento na PAD figuram o hábito de fumar 9, presente em indivíduos da pesquisa. A melhora da independência funcional dos idosos devido à cinesioterapia pode ter sido causada por um fortalecimento global da musculatura, levando a uma melhora dos movimentos e a realização das atividades de vida diária 10, a manutenção ou melhora no escore de independência foi observada nos indivíduos da pesquisa, exceto um caso, acreditase que fatores como idade e doença hereditária associada interferiram no resultado. Houve redução no precentil de risco de quedas, atribui-se que a cinesioterapia aplicada nos idosos ajuda na manutenção da postura, na melhora do equilíbrio estático e dinâmico 11, com o intuito de evitar quedas 12. Relatos de estudos citados indicam que o ganho de massa muscular e aumento da força podem potencializar os resultados acima, portanto, os mesmos também devem ser analisados no intuito de caracterizar melhor a amostra estudada. Apesar da amostra pequena, e também por ser a primeira vez que a Universidade Federal de Santa Maria realizou ações extensionistas de fisioterapia para essa instituição, os resultados mostraram-se positivos. Desse modo espera-se uma melhora progressiva dos asilados, bem como das suas capacidades, pois as atividades de intervenção irão prosseguir. CONCLUSÃO O tratamento cinesioterapêutico aplicado nos idosos pode reduzir a PAS e promover o aumento da independência funcional, neste estudo, todos os aspectos avaliados pela Escala de Equilíbrio de Berg foram mantidos ou melhorados.

REFERÊNCIAS 1 Furtado C. Estatísticas do Século XX: Estatísticas populacionais, sociais, políticas e culturais [base de dados da internet]. [ acesso em: 16 abr 2013]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. 2 Camarano AA, Kanso S. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil Rev. bras. estud. popul. São Paulo. 2010;27(1). 3 Araújo MO, Ceolim MF. Avaliação do grau de independência de idosos residentes em instituições de longa permanência. Rev. esc. enferm. USP:São Paulo Sept. 2007;41(3). 4 Pickles B, Compton A, Cott C. et al Fisioterapia na Terceira Idade. São Paulo:editora Santos, 2000. 5 Miyamoto ST, Lombardi Junior I, Berg KO et al Brazilian version of the Berg balance scale. Braz J Med Biol Res. 2004; 37: 1411-21 6 Katz SMD, Ford AB, Moskowitz RW et al. Studies of illness in the aged. The index of ADL: a standardized measure of biological ans psychosocial function. 185(12):914-9. 7 Mazzeo RS, Cavanagh P, Evans WJ et al. Exercícios e atividade física para pessoas idosas. Revista Atividade Física e Saúde. 1998; 3(1):48-27. 8 Ouriques EPM, Fernandes JA. Atividade física na terceira idade: uma forma de prevenir a osteoporose? Revista Atividade Física e Saúde. 1997;2(1):53-68. 9 Benowitz NL, Hansson A, Jacob P. Cardiovascular effects of nasal and transdermal nicotine and cigarette smoking. Hypertension. 2002;39:1107-12 10 Teixeira, JAC. Atividade física na terceira idade. Arquivos de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro. 1996:15-7.

11 Frank JS, Aftab E, Patla AE. Balance and mobility challenges in older adults. Implications for preserving community mobility. Am J Prevent Med. 2003.25(3Sii):157-63 12 Tavares AC, Sacchelli T. Avaliação da atividade funcional em idosos submetidos à cinesioterapia em solo. Revista de Neurociências. 2009;17(1):19-23.