AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS PERTENCENTES À ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE UMA ESF NO MUNICÍPIO DE CÁCERES MT: ESCALA DE LAWTON E KATZ

Documentos relacionados

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA: CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DAS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS - PB

Atividade Física na Terceira Idade. Prof. Dra. Bruna Oneda 2017

FRAGILIDADE E CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Incapacidade Funcional em Idosos das Regiões Sul e Nordeste do Brasil

Atividade Física na Terceira Idade. Prof. Dra. Bruna Oneda 2018

AVALIAÇÃO GLOBAL DO IDOSO: INDICADOR DE QUALIDADE DE VIDA

ENVELHECIMENTO: Senescência e Senilidade. Prof a Dr a Yeda A O Duarte Universidade de São Paulo

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS PERTENCENTES À ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE UMA ESF-CÁCERES-MT

CAPACIDADE FUNCIONAL DA PESSOA IDOSA E O CUIDADO DOMICILIAR: UMA REALIDADE DOS IDOSOS DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA BONALD FILHO

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA JUNTO AOS IDOSOS QUE RESIDEM SOZINHOS

TRABALHO, SUPORTE SOCIAL E LAZER PROTEGEM IDOSOS DA PERDA FUNCIONAL, ESTUDO EPIDOSO, SÃO PAULO,

Cuidado informal e remunerado aos idosos no Brasil (Pesquisa Nacional de Saúde, 2013)

Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO BEM- ESTAR DA PESSOA IDOSA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

ENVELHECIMENTO ATIVO ASSOCIADO À QUALIDADE DE VIDA E GÊNERO

LONGEVIDADE SAUDÁVEL: O DESAFIO DA ENFERMAGEM

OFICINA SOBRE OS 10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL REALIZADA PARA UM GRUPO DE IDOSOS, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

UPE Campus Petrolina. Obrigatória: ( X ) Eletiva: ( ) PROGRAMA DA DISCIPLINA

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE DEFICIENTES FÍSICOS

domiciliário e comunitário mais vulneráveis dependência física e funcional acompanhamento próximo

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA BUSCA POR UM ENVELHECIMENTO ATIVO

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA EM IDOSOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO

PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA

Revisão Sistemática de Literatura Científica. Adolescência, Juventude e Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil ( )

O Papel dos Psicólogos no Envelhecimento

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ENTRE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA.

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA MELHORA DAS CAPACIDADES FUNCIONAIS DE IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA

PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS AUTÔNOMOS DE UMA UNIDADE BÁSICA EM CAMPINA GRANDE - PB

Atividade Física e Mobilidade

PERFIL E ESTRATIFICAÇÃO DE USUÁRIOS HIPERTENSOS DA UNIDADE DE SAUDE DA FAMÍLIA

PAPEL DA NUTRIÇÃO NO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UMA REVISÃO NA LITERATURA

ASPECTOS FUNDAMENTAIS E FUNCIONAIS DO ENVELHECIMENTO PARA DE IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA

Tatiana Chama Borges Luz Antônio Ignácio de Loyola Filho Maria Fernanda Furtado de Lima-Costa

de Estudos em Saúde Coletiva, Mestrado profissional em Saúde Coletiva. Palavras-chave: Reações adversas, antidepressivos, idosos.

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

Planejamento do Inquérito Nacional de Saúde (INS)

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. DCNT: Panorama Geral e Plano de Enfrentamento Parte 2. Profª. Tatiane as Silva Campos

ENVELHECIMENTO ATIVO: QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE E ATIVIDADES FÍSICAS EM IDOSOS

AVALIAÇÃO DO IDOSO. Prof. Ms.Helio Furtado

PERFIL DO CUIDADOR NA VISÃO DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO

Análise da demanda de assistência de enfermagem aos pacientes internados em uma unidade de Clinica Médica

ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: NOTA PRÉVIA

Inquérito Nacional de Saúde APRESENTAÇÃO DO DES REUNIÃO DA SPES/CSE 28 de junho de 2018

GUIÃO DA ENTREVISTA. A Perfil sociodemográfico do cuidador informal

Percepção da população sobre a avaliação dos estudantes e dos cursos de medicina

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES VOLTADAS PARA A PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

DESENVOLVIMENTO HUMANO E ENVELHECIMENTO. Dra. Maria Auxiliadora Motta Barreto

CONDIÇÃO DE SAÚDE DE IDOSOS ADSCRITOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA N 10 DO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ-SC.

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 4. Profª. Lívia Bahia

APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ACOLHIDA PELAS IPSS ASSOCIADAS DA CNIS SUMÁRIO EQUIPA: Investigadora Responsável: Felismina Mendes

HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA PERSPECTIVA DA SAÚDE

ASPECTOS FUNCIONAIS DE IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA

O Dia-a-dia e a Memória

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012

CHAMADA PARA PREENCHIMENTO DE VAGAS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO E MEDICAÇÕES UTILIZADAS PELOS IDOSOS EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

DECLÍNIO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM ÚLCERA VENOSA: ORIENTAÇÕES PARA CICATRIZAÇÃO E PREVENÇÃO DE RECIDIVAS

CONCEITO DE AUTONOMIA EM IDOSOS NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

FACULDADE SANTA TEREZINHA - CEST COORDENAÇÃO DO CURSO DE NUTRIÇÃO PLANO DE ESTÁGIO

PLANOS DE ENSINO. Discutir sobre a intersetorialidade das ações, incluindo o primeiro, segundo e terceiro setor.

Inquérito Domicliar Primeiros resultados

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL

POLÍTICA NACIONAL DE INTERNAÇÃO DOMICILIAR

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS DIAGNOSTICADOS COM DOENÇA NEUROLÓGICA

AMPUTADOS/MI 1 x NA SEMANA Pré-Prótese e Pós-Prótese

SATISFAÇÃO DE IDOSOS SOBRE ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

PERFIL FUNCIONAL E NUTRICIONAL DE IDOSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA - PB

PREVALÊNCIA DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTEMICA EM IDOSOS PERTENCENTES AO GRUPO DE CONVÍVIO DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SECA-PB.

AMPUTADOS/MI 2 X SEMANA

Avaliação Inicial e Definição de Conduta Tratamento Avaliação final e conduta Avaliação de aptidão Avaliação clínica inicial (objetivos específicos)

Pessoa com deficiência: a evolução de um paradigma para reafirmar direitos

AGUIAR. Vânia Deluque¹, LIMA. Solange da Silva², ROCHA. Aline Cristina Araújo Alcântara³, SILVA. Eliana Cristina da 4, GREVE. Poliana Roma 5.

Revista CPAQV - Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida - ISSN: v.1, n. 2, 2009

ARTIGOS. INTEGRALIDADE: elenco de serviços oferecidos

O IMPACTO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO NA SAÚDE GLOBAL DE IDOSOS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

ENVELHECIMENTO BEM SUCEDIDO, ATIVO E SAUDÁVEL Marli Alves Viana de Araújo¹; Benaia Alves de Araújo Melo²; Orientador: Saulo Victor e

A AUTONOMIA DO IDOSO

Ministério da Saúde lança estratégia para promoção do envelhecimento saudável. 06 de novembro de 2017

Retratos sociais para um futuro humano Envelhecimento Humano

PROGRAMAS SOCIAIS E CULTURAIS PARA PESSOAS IDOSAS: INVESTIGAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO.

COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO A PACIENTES USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: REVISÃO DE LITERATURA

SAÚDE DO IDOSO. Área Técnica do Idoso - Ações Específicas Secretaria Municipal da Saúde

AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA

O Papel da Psicologia e dos Psicólogos na Natalidade e no Envelhecimento Activo

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE

O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL¹

PALAVRAS-CHAVE: crescimento e desenvolvimento. pré-escolar. enfermagem.

INTERVENÇÕES DA EQUIPE DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM UMA VILA DE IDOSOS

CONTRIBUIÇÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO AUTOCUIDADO DA PESSOA IDOSA

PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA CAMPANHA PELO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS E ADESÃO DAS PESSOAS IDOSAS

Transcrição:

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS PERTENCENTES À ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE UMA ESF NO MUNICÍPIO DE CÁCERES MT: ESCALA DE LAWTON E KATZ RODRIGUES, Kainã Jerônimo 1 ; DIAS, Naudia da Silva 2 Palavras-chave: Idoso; capacidade funcional; envelhecimento populacional. Introdução Segundo o IBGE, o envelhecimento populacional está causando uma mudança na estrutura etária da população brasileira. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos existem 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, o quadro mudará e para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172, 7 idosos. De acordo com Silvestre e Neto (2003), pesquisas indicam que aproximadamente 85% dos idosos possuem uma doença crônica e 10% deles apresentam 5 dessas. Considerando ainda a pesquisa acima, 45% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos precisam de auxílio para realizar no mínimo uma das atividades de vida diária que são: fazer compras, cuidar de finanças, preparar refeições ou limpar a casa, e 10% precisam de ajuda para desempenhar tarefas básicas como: tomar banho, ir ao banheiro, vestir- se, sentar e levantar da cadeira ou cama e alimentar- se. Após o conhecimento da situação de saúde dos idosos que são atendidos em determinada ESF, algumas medidas devem ser tomadas pelo enfermeiro para iniciar a implementação de ações que promovam saúde. Uma das opções é avaliar a capacidade funcional da população idosa através da Escala de Lawton (AIVD s) e/ou Escala de Katz (AVD s). As Atividades de Vida Diária AVD são avaliadas conforme a Escala de Katz que foi a primeira desenvolvida para tal avaliação. Ela serve para mensurar a habilidade do idoso em executar as atividades cotidianas (alimentar-se; banhar-se; Resumo revisado pelo coordenador da ação de extensão: Naudia da Silva Dias. Promoção do envelhecimento saudável e monitoramento das condições de saúde dos idosos do PSF Vitória Régia/Cáceres/MT. 070/2011 1 Universidade do Estado de Mato Grosso email: kainajeronimo@hotmail.com 2 Universidade do Estado de Mato Grosso - e-mail: naudia_dias@hotmail.com

vestir-se; mobilizar-se; deambular; ir ao banheiro; manter controle sobre suas necessidades fisiológicas) sem ajuda de outra pessoa. Já a Escala de Lawton é de grande utilidade para avaliação das Atividades Instrumentais de Vida Diária AIVD (utilizar meio de transporte; manipular medicamentos; realizar compras; realizar tarefas domésticas leves e pesadas; utilizar o telefone; preparar refeições; cuidar das próprias finanças) que estão relacionadas à socialização do idoso e sua capacidade de manter uma vida comunitária de forma independente. (Caderno de Atenção Básica n 19 Ministério da Saúde, 2006) Acreditamos na relevância da execução deste projeto, pois é sabido que através da avaliação da capacidade funcional e das condições de saúde podem-se definir estratégias de promoção de saúde com o objetivo de retardar ou prevenir as incapacidades, sendo de grande utilidade para complementar as intervenções que podem ser implementadas durante a execução do projeto ou nas consultas de enfermagem, visando melhorar as ações oferecidas aos idosos na área da saúde e demandas dessa parte da população, que, atualmente, é a que mais cresce. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a capacidade funcional dos idosos que fazem parte da área de abrangência dessa Estratégia de Saúde da Família tomar conhecimento a respeito dos idosos que são independentes, parcialmente dependentes e totalmente dependentes. Metodologia Primeiramente houve um estudo bibliográfico sobre o objeto de estudo e técnicas a serem empregadas na abordagem do idoso para melhor execução do projeto. Os artigos utilizados para fundamentar esse estudo foram pesquisados no banco de dados: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e sites diversos. Buscando alcançar os objetivos propostos pelo projeto, as palestras de educação em saúde foram realizadas com os idosos momentos antes da saída dos mesmos para a atividade física (caminhada). Esse período foi escolhido porque é o momento em que os idosos têm disponibilidade para ouvirem instruções sobre os assuntos que são de seu interesse (hipertensão, diabetes, sexualidade, nutrição, importância da atividade física). Vale lembrar que o momento era aproveitado para estimular os idosos a continuarem com o exercício físico de maneira segura e incentivar outras pessoas da mesma faixa etária a seguirem o seu exemplo.

A coleta de dados foi realizada em domicílio no período de janeiro a maio de 2012 através de entrevista. O instrumento de coleta contava de informações demográficas, epidemiológicas e as escalas de avaliação funcional: Lawton e Katz, propostas pelo Ministério da Saúde através do Caderno de Atenção Básica n 19. O critério de inclusão foi: ter 60 anos ou mais de idade, aceitar em participar do projeto e residir em área de abrangência que a Equipe de Saúde da Família atende. Conforme surgiam dúvidas a respeito do questionário os idosos eram orientados quanto à finalidade do mesmo e a respeito da importância de se manter uma velhice com saúde, autonomia e independência. Tendo como princípio a promoção, prevenção e reabilitação de saúde da pessoa idosa, que são pessoas mais vulneráveis e precisam de maior atenção já que vão constituir a maior parte da população, após o término da coleta de dados a equipe do projeto reuniu-se para discutir o que é importante para construir um plano de ação que atenda aos idosos e apresentar esses dados para a equipe. O projeto foi aprovado pela Pró- Reitoria de Extensão e Cultura PROEC da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT em setembro/2011 e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT em agosto de 2011, sob o n de protocolo 100/2011. Resultados e discussão Participaram da pesquisa 115 idosos, sendo 60 sexo feminino e 55 do sexo masculino. Destes 12 (10.43%) se recusaram participar da pesquisa e foram excluídos da mesma. Na tabela 1, pode ser vista classificação dos idosos que são atendidos na ESF de acordo com a escala de Lawton. Observa-se que a maioria dos idosos (n=66; 57.39%) são independentes para todas as atividades instrumentais de vida diária, 23 (20%) idosos são parcialmente dependentes e necessitam de ajuda para realizar no mínimo uma AIVD e 14 (12.17%) precisam de auxílio em todas as AIVD. Schneider, Marcolin e Dalacorte (2008) também encontraram resultados semelhantes, onde o percentual de idosos que eram independentes foi de 83.1%, havendo uma pequena diferença em idosos parcialmente dependentes e totalmente dependentes, cujo valor foi 8.1% e 8.8% respectivamente.

Tabela 1 Capacidade funcional de idosos atendidos pela equipe de Saúde da Família no município de Cáceres/MT, 2012. Escala de Lawton n % (AIVD s) Totalmente 14 12.17 dependentes Parcialmente 23 20 dependentes Independentes 66 57.39 Na tabela 2 estão apresentados os tipos de classificação de acordo com a Escala de Katz e os resultados encontrados na população idosa pesquisada. Podemos observar que 86 idosos (74.78%) são independentes para todas as atividades (A); 10 (8.69%) são independentes para todas as atividades menos uma (B); 1 (0.86%) é independente para todas as atividades menos banho, vestir-se e mais uma adicional (D); 1 (0.86%) é independente para todas as atividades menos banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência e mais uma adicional (F); 2 (1.73%) são dependente para todas as atividades (G) e 3 (2.60%) são dependente em pelo menos duas funções, mas que não se classificasse em C,D,E e F (Outro). Tabela 2 Classificação da capacidade funcional de acordo com a Escala de Katz, de idosos atendidos em uma ESF no município de Cáceres/MT, 2012. Index de AVD s Tipo de classificação n % (Katz) A Independente para todas as atividades 86 74.78 B uma 10 8.69 C banho e mais uma adicional - - D banho, vestir-se e mais uma adicional 1 0.86 E - - banho, vestir-se, ir ao banheiro e mais uma adicional F 1 0.86 banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência e mais uma adicional G Dependente para todas as atividades 2 1.73 Outro Dependente em pelo menos duas funções, mas que não se classificasse em C,D,E e F 3 2.60 Comparando com os resultados encontrados por Gonçalves et al (2010), existe uma concordância entre os mesmos, ou seja, a maioria dos idosos são independentes para todas as atividades de vida diária (AVD s). Exemplificando, os resultados do

estudo citado acima foram: 60 (76.9%); 8 (10.3%); 4 (5.1%); 3 (3.8%), classificados como A,B,D e F respectivamente. Conclusões Conclui- se que a maioria dos idosos são independentes para todas as atividades realizadas no diariamente (AIVD s e AVD s), mas que grande parte precisa de auxílio em pelo menos uma das atividades. Sendo assim é necessário promover ações que orientem a população idosa a ter um envelhecimento saudável e totalmente independente e autônomo. Referências Bibliográficas Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica Brasília : Ministério da Saúde, 2006.192 p. il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) ISBN 85-334-1273-8. GONÇALVES, Lúcia Hisako Takase et al. O idoso Institucionalizado: capacidade funcional e aptidão física. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, set/2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csp/v26n9/07.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2012. SCHNEIDER, Rodolfo Herberto; MARCOLIN, Daniel; DALACORTE, Roberta Rigo. Avaliação Funcional de Idosos. Scientia Medica. Porto Alegre, jan./mar. 2008. Disponível em : <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewfile/2090 /2806>. Acesso em: 20 mar. 2012. SILVESTRE, Jorge Alexandre; COSTA NETO, Milton Menezes da. Abordagem do idoso em programas de saúde da família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, June 2003. Available from <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0102-311x2003000300016&lng=en&nrm=iso>. access on 02 Dec. 2010. doi: 10.1590/S0102-311X2003000300016. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1i sp272 Acesso em: 19/04/2012.