A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO. Informações gerais

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25/11/2016 IBGE sala de imprensa notícias PNAD 2015: rendimentos têm queda e desigualdade mantém trajetória de redução

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Transcrição:

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Informações gerais

EQUIPE TÉCNICA Manuel Thedim Samuel Pessoa Danielle Santos do Nascimento Tatiana Amaral João Manoel Nonato REALIZAÇÃO PATROCÍNIO PARCERIA INSTITUCIONAL

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Informações gerais

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Rio Metropolitano: desafios compartilhados Faz tempo que o Rio de Janeiro virou cidade-mãe: uma metrópole. Segundo alguns especialistas, a eletrificação dos ramais temáticos de passageiros da então Central do Brasil e a construção dos trechos da Rodovia Presidente Dutra e da Rodovia Washington Luís, cortando a Baixada Fluminense, nos anos 1930, devem ser consideradas as principais alavancas da tal metropolização. Faz tempo também que se tentou estabelecer algum nível de governança e planejamento integrado das ações de governo sobre a Região Metropolitana. Falamos de meados dos anos 1970, portanto há mais de 40 anos. Esse esforço, apesar de reconhecidamente oportuno à época, teve, no caso da Região Metropolitana do Rio, uma vida curta: apenas 15 anos. De lá para cá perdeu-se tempo, pois o teto metropolitano surgido no final dos anos 1930 e consagrado nos anos 1970, cresceu em tamanho e complexidade. Governo e sociedade, diante da fragilidade da Constituição de 1988 em relação ao tema, esquivaram-se e permitiram crer que a metrópole do Rio não passava de uma miríade. 3

INFORMAÇÕES GERAIS Temos agora, diante de nós, a oportunidade de, ao menos parcialmente, recuperar o tempo perdido e tratar a questão metropolitana na dimensão contundente de sua realidade atual. Isso se torna possível por duas recentíssimas novidades legais e institucionais que jogaram, sobre o fato metropolitano brasileiro, uma perspectiva real de enfrentamento adequado e sustentável dos passivos e ativos acumulados. Uma é o Estatuto da Metrópole, aprovado pelo Congresso Nacional; e a outra é o Acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade movida contra uma Lei estadual, promulgada no Rio de Janeiro em 1997. São as novas referências ao ciclo de governança e planejamento que as regiões metropolitanas vão viver. A nossa prepara-se para sair na frente, e pôr em teste a eficácia e o alcance do inédito arcabouço legal e institucional disponível. Esses encontros de trabalho que a Câmara Metropolitana de Integração Governamental realizará em conjunto com o IETS, Firjan, CAF, AEERJ, Fetranspor e Águas do Brasil nas principais cidades metropolitanas é um grande passo no sentido de destacar os temas mais relevantes do cotidiano metropolitano, os principais gargalos e oportunidades a ser compatibilizados entre o Governo do Estado, os municípios da região e a sociedade. Deseja-se, com tal iniciativa, garantir estratégias e soluções inovadoras que permitam, no menor prazo e menor custo possíveis, equacionar os principais problemas que afligem a população da região. Conscientes de que não existirão soluções mágicas, pretendemos, com criatividade, olhar para os desafios e descobrir possibilidades reais e viáveis de promovermos o desenvolvimento sustentável da região, incluindo a remissão dos focos de desigualdade ainda presentes no seu território. Vicente Loureiro Diretor-executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental 4

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A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO É hora de repensar o Rio Metropolitano O desenvolvimento sustentado e harmônico de aglomerados metropolitanos solicita governança capaz de articular políticas públicas, sejam estatais ou privadas, dos seus municípios, instituições e atores sociais. A Constituição Federal de 1988 indica a importância dessa articulação, ao permitir aos Estados instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamento de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Em complemento, em 12 de janeiro de 2015, foi sancionado o Estatuto da Metrópole, que estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas pelos Estados (...). Instituída em 1974, após a fusão do Rio de Janeiro e da Guanabara, a Região Metropolitana do Rio é a segunda maior do país, com 21 municípios e pouco mais de 12 milhões de habitantes. Com vistas a sua integração, em 1975, o governo 7

INFORMAÇÕES GERAIS estadual instituiu a Fundação para o Desenvolvimento da Região Metropolitana (Fundrem), com mandato de planejar ações urbanas. Entretanto, sem capacidade política e autoridade legal para articular e coordenar investimentos necessários, não conseguiu cumprir seus objetivos e foi extinta em 1989. Vinte e seis anos depois, o Rio de Janeiro, finalmente, estabelece uma plataforma para o planejamento e gestão de serviços e políticas públicas da região: a Câmara Metropolitana de Integração Governamental do Rio de Janeiro. O primeiro estágio para o estabelecimento de uma Autoridade Metropolitana e uma nova oportunidade de constituir um fórum efetivo e eficaz para coordenar esforços e dar um salto em direção a uma região metropolitana de fato mais integrada, menos desigual e onde sua população tenha mais qualidade de vida. O seminário O Rio Metropolitano: Desafios Compartilhados é uma contribuição para esse esforço. A Câmara Metropolitana e o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) convidaram representantes de prefeituras e do Governo do Estado, técnicos, gestores públicos, organizações da sociedade civil e empresas privadas para, em conjunto, refletir sobre questões prioritárias de escala metropolitana em uma série de cinco encontros em diferentes cidades da região.. Os temas saneamento; mobilidade; segurança pública e saúde foram escolhidos de uma agenda ampla de desafios. Outros, certamente, serão temas de discussões futuras. O seminário conta com o patrocínio da Associação das Empresas do Estado do Rio de Janeiro (AEERJ), da Federação de Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e da Águas do Brasil, além da parceria institucional da Casa Fluminense, da Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro 8

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO (FIRJAN), da Prefeitura de Niterói, do jornal Extra, da empresa Oportunidades, Pesquisa e Estudos Sociais (OPE Sociais), da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado e da revista Vozerio. Esperamos que esta iniciativa contribua para construir um espaço de colaboração e diálogo que vá além dos eventos e continue a se consolidar e multiplicar em outras arenas. Manuel Thedim Diretor executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) 9

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A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Demografia Em 2013, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) tinha, aproximadamente, 12,2 milhões de habitantes. O ritmo de crescimento, como no resto país, tem desacelerado. No período 1993-2003 a população aumentou 12,4%, enquanto que entre 2003-2013 só cresceu 7,75%. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE, EM MILHÕES, RMRJ: 1992 A 2013 11

INFORMAÇÕES GERAIS O município do Rio de Janeiro tem a maior população dentre as cidades metropolitanas: em 2013, ela foi estimada em 6.390.290 habitantes pelo IBGE, ou mais de 52% do total; a Baixada Fluminense 1 tinha 3.694.249, ou 30%; e o Leste Metropolitano 2, 2.008.687, aproximadamente 16,5%. O crescimento da Baixada Fluminense e do Leste Metropolitano descolou da evolução carioca a partir do início dos anos 2000. A Baixada volta a uma trajetória semelhante a da cidade núcleo em 2010. EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2012 Nota: Em 2010, a queda brusca da população da Baixa Fluminense é explicada por um erro do estimador. 1. Formada pelos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica. 2. Composta pelos municípios de Niterói, São Gonçalo, Tanguá, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu. 12

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Mais da metade da população metropolitana tem entre 25 e 64 anos de idade. A proporção de idosos aumenta e a proporção de jovens e crianças diminui, tendência comum a países em estágios mais avançados de desenvolvimento. EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO SEGUNDO FAIXA ETÁRIA, RMRJ: 1993, 2003 E 2013 13

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A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Educação O aumento da escolaridade é progressivo. A média de anos de estudo na RMRJ é superior à observada no país e na região Sudeste; não obstante, a taxa de variação percentual do crescimento desses últimos é maior do que a da RMRJ. EVOLUÇÃO DA ESCOLARIDADE MÉDIA DA POPULAÇÃO DE 25 ANOS E MAIS, POR REGIÃO: 1992 A 2013 15

INFORMAÇÕES GERAIS Observando apenas a RMRJ, nas décadas de 1990 e 2000, a frequência de crianças de 0 a 5 anos em escolas e creches aumentou 71,1%. A prevalência não passa da metade do grupo etário, prognóstico ruim para a produtividade do trabalho e qualidade de vida futura do Rio de Janeiro metropolitano. A frequência no Ensino Médio se manteve praticamente estática desde 2006, em níveis inaceitáveis. EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA ESCOLAR POR GRUPO DE IDADE, RMRJ: 1992 A 2013 Nota: Nos anos de 1992 e 1993 a seção de educação do questionário da PNAD era aplicável apenas às pessoas de 5 anos ou mais. 16

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Em 2014, o ensino regular contava com um total de matrículas no Rio de Janeiro de 1.023.658 estudantes; a Baixada Fluminense tinha 705.440 estudantes, e no Leste Metropolitano havia 310.467 estudantes. NÚMERO DE MATRÍCULAS POR ETAPA DE ENSINO, POR REGIÃO DA RMRJ: 2014 Fonte: IETS/OPE Sociais. Estimativas construídas com base nos microdados do Censo Escolar (INEP), 2013 e com base na tabulação de matrículas do INEP de 2014. *Fonte: Censo Demográfico 2010 (IBGE). 17

INFORMAÇÕES GERAIS Dentre o total de escolas, 4.298 ofertavam Ensino Fundamental inicial, 2.936 ofertavam Ensino Fundamental final e 1.520, o Ensino Médio, em 2014. NÚMERO DE ESCOLAS QUE OFERTAM O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, POR REGIÃO DA RMRJ:2014 Fonte: IETS/OPE Sociais. Estimativas construídas com base nos microdados do Censo Escolar (INEP), 2013 e com base na tabulação de matrículas do INEP de 2014. 18

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A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Crescimento econômico O município do Rio de Janeiro tem a maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) da RMRJ: contribuiu com 68% em 2012. EVOLUÇÃO DO PIB TOTAL, POR REGIÃO: 1999 A 2012 21

INFORMAÇÕES GERAIS A taxa de crescimento do PIB da Baixada Fluminense e do Leste Metropolitano foi superior à taxa do Rio de Janeiro. EVOLUÇÃO PERCENTUAL DO PIB TOTAL, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2012 EVOLUÇÃO PERCENTUAL DO PIB PER CAPITA, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2012 22

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO A crescente relevância do setor de serviços e comércio no PIB da RMRJ é marcante. Percebe-se que, entre 2006 e 2012, o setor contribuiu para alavancar o crescimento econômico da RMRJ. EVOLUÇÃO DO VALOR ADICIONADO DO PIB POR SETOR E DO PIB TOTAL, RMRJ: 2000, 2006 E 2012 23

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A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Pobreza e renda A renda domiciliar per capita melhorou em todas as regiões do país na última década. A da RMRJ cresceu mais, mantendo-se superior à da Região Sudeste e à do país. Vale ressaltar que, entre 2012 e 2013, o aumento foi comparativamente maior na RMRJ. EVOLUÇÃO DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA, POR REGIÃO: 1992 A 2013 25

INFORMAÇÕES GERAIS De maneira geral, a incidência da pobreza e da extrema pobreza diminuiu de forma consistente, sobretudo na última década. EVOLUÇÃO DA POBREZA E DA EXTREMA POBREZA, POR REGIÕES: 1993, 2003 E 2013 26

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO De todo modo, a renda domiciliar per capita daqueles que ainda vivem abaixo das linhas da pobreza e da extrema pobreza também reduziu, sobretudo na RMRJ. EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA DOS POBRES, POR REGIÃO: 1992 A 2013 EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA DOS EXTREMAMENTE POBRES, POR REGIÃO: 1992 A 2013 27

INFORMAÇÕES GERAIS A queda da média da renda domiciliar desses estratos da população, à medida que a proporção dos pobres diminui, é forte indício de que os esforços de redução da pobreza, pela ótica da insuficiência de renda, não atingiram os mais pobres dentre os pobres. EVOLUÇÃO DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA DOS POBRES E DA PORCENTAGEM DE POBRES, RMRJ: 1992 A 2013 Na última década, a taxa de variação percentual da renda domiciliar média dos pobres reduziu 6,2%; a dos extremamente pobres, 51,9%. 28

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO EVOLUÇÃO DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA DOS EXTREMAMENTE POBRES E DA PORCENTAGEM DE EXTREMAMENTE POBRES, RMRJ: 1992 A 2013 É interessante apontar a queda vertiginosa da severidade da pobreza 3 no período entre 2003 e 2013 no país, com redução percentual de 60,1%. EVOLUÇÃO DA SEVERIDADE DA POBREZA, POR REGIÃO: 1992 A 2013 3. Esse indicador considera o número de pobres, a intensidade da pobreza (hiato), assim como dá maior peso aos mais pobres, apontando a desigualdade entre indivíduos em condições de pobreza. 29

INFORMAÇÕES GERAIS Por outro lado, a severidade da extrema pobreza na RMRJ entre 2011 e 2013 aumentou 56,1% e ultrapassou a do país, indicando uma maior desigualdade entre indivíduos em condições de indigência. EVOLUÇÃO DA SEVERIDADE DA EXTREMA POBREZA, POR REGIÃO: 1992 A 2013 30

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Em que pese a consolidada diminuição da pobreza no país, é possível afirmar que o problema mais crucial é a elevada concentração de renda. No Brasil, a partir de 1999, o Coeficiente de Gini teve queda progressiva e atualmente, o nível de desigualdade é de 0,523. Considerando o índice da RMRJ, o nível de concentração de renda ultrapassou a média brasileira. EVOLUÇÃO DA DESIGUALDADE GINI 1992 A 2013 31

INFORMAÇÕES GERAIS A Curva de Lorenz 4 da RMRJ e do país, no mesmo período, demonstra com clareza que a distribuição de renda melhorou mais no país do que na RM. EVOLUÇÃO DA CURVA DE LORENZ, BRASIL: 1993, 2003 E 2013 4. Medida de desigualdade que indica a porcentagem da renda apropriada acumulada por unidades de distribuição da população. 32

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO EVOLUÇÃO DA CURVA DE LORENZ, RMRJ: 1993, 2003 E 2013 Em 2013, na RMRJ, os 40% mais pobres detém apenas 10% da renda apropriada, enquanto os 10% mais ricos detém pouco mais de 43% da renda. 33

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A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Mercado de trabalho A participação do Rio na População em Idade Ativa (PIA) e na População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil diminuiu ao longo do período. EVOLUÇÃO DA PIA POR REGIÃO E PARTICIPAÇÃO DA PIA DA RMRJ NA PIA DO BRASIL: 1999 A 2013 35

INFORMAÇÕES GERAIS EVOLUÇÃO DA PEA POR REGIÃO E PARTICIPAÇÃO DA PEA DA RMRJ NA PEA DO BRASIL: 1999 A 2013 Segundo os dados da PNAD, ao contrário da PME/IBGE, o desemprego da RMRJ tem sido, consistentemente, superior ao do país e da Região Sudeste. Entre 2012 e 2013, passou de 6,2% para 7,9%, ou seja, o aumento percentual foi de 26%, enquanto que as outras tiveram comportamento menos contundente, apesar de também negativo. 36

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO EVOLUÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO, POR REGIÃO: 1992 A 2013 Já o rendimento médio do trabalho principal, na RMRJ, tem sido, de forma persistente, superior ao do país e da região Sudeste, com tendência a aceleração da diferença entre 2011 e 2013. EVOLUÇÃO DA REMUNERAÇÃO MÉDIA NO TRABALHO PRINCIPAL DOS OCUPADOS, POR REGIÃO: 1992 A 2013 37

INFORMAÇÕES GERAIS As desigualdades das rendas médias estimadas, por sexo e cor, continuam persistentemente altas. EVOLUÇÃO DA RENDA MÉDIA DO TRABALHO PRINCIPAL, POR SEXO E COR, RMRJ: 1992 A 2013 38

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Metade dos ocupados da região está empregada no setor privado, com carteira assinada, e 20% são trabalhadores por conta própria. Pelo menos 15,9% são empregados sem carteira assinada. DISTRIBUIÇÃO DOS OCUPADOS SEGUNDO A POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO, RMRJ: 1993, 2003 E 2013 39

INFORMAÇÕES GERAIS Os setores de serviços e comércio empregam a maior proporção dos ocupados. Houve diminuição de ocupados nas indústrias de transformação e o setor agrícola é, como é de se esperar em região urbana, pouco expressivo. EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS OCUPADOS SEGUNDO O SETOR DE ATIVI- DADE, RMRJ: 1993, 2003 E 2013 A escolaridade média estimada dos ocupados tem aumentado continuamente no período. 40

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO DISTRIBUIÇÃO DOS OCUPADOS SEGUNDO A ESCOLARIDADE, RMRJ: 1993, 2003 E 2013 A proporção de adolescentes trabalhando caiu e a de pessoas de 25 a 49 anos e 19 a 24 anos aumentou. EVOLUÇÃO DA TAXA DE OCUPAÇÃO POR FAIXA DE IDADE, RMRJ: 1993, 2003 E 2013 41

INFORMAÇÕES GERAIS Ao longo da última década, cresceu o número de postos de trabalho com carteira assinada na RMRJ: a variação foi de 107% na Baixada Fluminense e de 93% no Leste Metropolitano. Na cidade do Rio de Janeiro, o percentual cresceu mais de 50%. Vale lembrar que de 1992 a 2013 a população carioca aumentou em torno de 17%. EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE EMPREGOS, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2013 42

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO O setor industrial teve aumento expressivo no Leste Metropolitano e ascendente na Baixada Metropolitana. No Rio de Janeiro, houve aumento do emprego formal no setor a partir de 2007; a variação total foi de 30,3%. EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE EMPREGOS NO SETOR DA INDÚSTRIA, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2013 43

INFORMAÇÕES GERAIS A Baixada Fluminense teve aumento significativo em postos de emprego formais da Construção Civil e Comércio. EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE EMPREGOS NO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2013 EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE EMPREGOS NO SETOR DE COMÉRCIO, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2013 44

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Comparativamente, o setor de serviços é o que mais emprega em todas as áreas. O aumento percentual ultrapassou 100% na Baixada Fluminense e 80% no Leste. EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE EMPREGOS NO SETOR DE SERVIÇOS, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2013 45

INFORMAÇÕES GERAIS Particularmente, o setor de petróleo e gás era responsável por 23.753 empregos formais no Rio de Janeiro, 2.390 na Baixada Fluminense e 1.291 no Leste Fluminense, em 2013. A variação percentual do número de empregos formais no setor, ao longo da última década, sofreu oscilações abruptas, inerentes à volatilidade do mercado de trabalho. Não obstante, o crescimento foi vigoroso nos três territórios. EVOLUÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE EMPREGOS NO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS, POR REGIÃO DA RMRJ: 1999 A 2013 Fonte: IETS/OPE Sociais, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) Notas: As atividades consideradas para o setor estão de acordo com a CNAE 95: extração de petróleo e serviços relacionados; fabricação de coque; refino de petróleo; elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool. Para o Leste Metropolitano, foram omitidos os dados dos anos de 1999-2002, pois possuíam valores muito baixos. 46

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO As trajetórias dos principais municípios da RMRJ segundo a renda média do trabalho com carteira em relação ao PIB per capita são bem distintas, ao longo da última década. EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO RENDA MÉDIA DO TRABALHO X PIB PER CAPITA PARA DUQUE DE CAXIAS, ITAGUAÍ, MARICÁ, NITERÓI, RIO DE JANEIRO E SEROPÉDICA: 2002, 2007 E 2012 Fonte: IETS/OPE Sociais, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) Itaguaí teve aumento proporcional em ambos os indicadores, assim como o Rio de Janeiro e Niterói. Seropédica apresenta renda média do trabalho com carteira assinada elevada, e PIB per capita menor. Maricá apresentou aumento incomum no PIB per capita e, paralelamente, a renda média do trabalho com carteira assinada menor que em Mesquita, por exemplo. A evolução do PIB per capita de Duque de Caxias apresentou acréscimos relevantes, com reflexo na renda média do trabalho formal, sobretudo entre 2002 e 2007. 47

INFORMAÇÕES GERAIS Em 2012, para o restante dos municípios da RMRJ, a média da renda do trabalho com carteira assinada concentra-se em R$1.534,00 e a média do PIB per capita concentra-se em R$12.869, ambos bem abaixo da média da RMRJ. RENDA MÉDIA DO TRABALHO X PIB PER CAPITA, POR MUNICÍPIO DA RMRJ: 2012 Fonte: IETS/OPE Sociais, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 48

A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO Observa-se que quanto maior a renda média do trabalho principal, maior o alto índice de desigualdade de renda. GINI SEGUNDO O RENDIMENTO MÉDIO MENSAL DO EMPREGO FORMAL X RENDA MÉDIA DO TRABALHO, POR MUNICÍPIO DA RMRJ: 2012 Fonte: IETS/OPE Sociais, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 49

INFORMAÇÕES GERAIS A concentração de renda também é mais alta nos municípios com maior PIB per capita, com exceção de Maricá, com Gini da renda do trabalho formal de 0,293. GINI SEGUNDO O RENDIMENTO MÉDIO MENSAL DO EMPREGO FORMAL X PIB PER CAPITA, POR MUNICÍPIO DA RMRJ: 2012 Fonte: IETS/OPE Sociais, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 50

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REALIZAÇÃO PATROCÍNIO PARCERIA INSTITUCIONAL 53