DOCUMENTO DE TRABALHO - Parte 2

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Transcrição:

PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão das Pescas 2.3.2012 DOCUMENTO DE TRABALHO - Parte 2 sobre o Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que altera o regulamento (CE) n.º 1185/2003 relativo à remoção das barbatanas de tubarões a bordo dos navios Comissão das Pescas Relatora: Maria do Céu Patrão Neves DT\894497.doc PE483.780v01-00 Unida na diversidade

(Continuação da parte 1) Aliás, os estudos científicos realizados nesta área evidenciam a necessidade dos fatores de conversão entre o peso das barbatanas e os diferentes tipos de peso corporal dos tubarões deverem ser estabelecidos por espécie e por frota (uma vez que nem todas recorrem ao mesmo tipo de corte), para poderem ser cientificamente rigorosos. Os resultados dos estudos levados a cabo, que cobriram um elevado número de exemplares (8.000 registos) capturados pela frota comunitária (Mejuto & Garcia-Cortés, 2004, indicam que, no caso da tintureira (Prionace glauca), o atual ratio de 5% está subestimado em relação ao peso vivo do animal, considerando a dimensão e número de barbatanas aproveitadas e o tipo de corte não superficial das mesmas. A percentagem média do peso das barbatanas relativamente ao peso total do peixe é de cerca de 6,5%, estando este valor consistente para todo o intervalo de tamanhos analisado. Sublinha-se a existência de literatura científica, produzida e/ou validada pelo ICCAT, que refere que, para as espécies de tubarão capturadas pela frota comunitária, o ratio conveniente seria efetivamente de 6,5%, o que é também corroborado por SCRS s do ICCAT, como seja SCRS 2005/086. A este propósito vale também a pena acrescentar que, sendo a maioria das barbatanas comercializáveis provenientes de tubarões cujo ratio entre o seu peso e o peso do animal vivo é inferior ao ratio efetivo, se a tripulação rejeitasse parte dos troncos dos tubarões capturados não conseguiria sequer cumprir o ratio de 5%, previsto no Regulamento CE 1185/2003. Privilegiando aqui a perspetiva exclusivamente comercial, importa sublinhar que os valores médios obtidos no mercado com a venda integral de uma tintureira, e tendo em atenção relação do peso entre as suas duas partes comercializáveis barbatanas e tronco, evidenciam ser insensato, se não mesmo absurdo, comercializar apenas as barbatanas e desperdiçar os troncos. Confirmemo-lo a partir do exemplo de um tubarão tintureira de 200 kg: Valor de comercialização comum da tintureira (Prionace glauca) Tubarão com peso à saída de água 200 kg Indicadores Barbatanas Tronco transformado Rácio? 5% 48% Peso líquido 10kg 96kg Preço/kg 12,31 1,77 O desperdício deste valor de venda seria uma opção absurda do ponto de vista comercial, dado que, na tintureira, as barbatanas têm em média um valor de venda inferior ao dos troncos transformados. Valor das partes 123,08 169,85 Venda total 292,92 PE483.780v01-00 2/5 DT\894497.doc

Atualmente estima-se que o valor da venda do tronco do tubarão corresponda a cerca de 55% do total da venda do animal, representando as barbatanas apenas 45% desse valor. 3. Impacto da Proposta da Comissão Europeia para a frota comunitária A aplicação da atual proposta da Comissão, COM(2011)798, suscitaria várias dificuldades técnicas, nomeadamente relativas à (a) qualidade alimentar e saúde, (b) segurança e (c) eficiência energética, o que, por sua vez, teria um impacto francamente negativo, do ponto de vista económico e social, na frota comunitária, como procuramos seguidamente especificar. 3.1 Qualidade alimentar e Saúde Os produtos alimentares armazenados em fresco e em congelado devem respeitar critérios exigentes higieno-sanitários e nutricionais que poderão ficar comprometidos com a aplicação da proposta da Comissão. Com efeito, o desembarque do tubarão com as barbatanas ligadas ao corpo e o corte das barbatanas posterior ao processo de congelação obrigaria a uma descongelação quase total do animal em terra, para assim se proceder não apenas ao corte final das barbatanas mas, sobretudo, ao seu evisceramento, processo fundamental para que os troncos de tubarão possam ser escoados para o mercado a que se destinam (o mercado exige que os troncos sejam escoados evíscerados). A quebra da cadeia de frio implica a desnaturação proteica e o processo de degradação (por ação de lipases, etc.) dos troncos, com a consequente diminuição da qualidade alimentar, risco acrescido para a saúde dos consumidores e redução do preço da venda. Por outro lado, o evisceramento em alto mar permite um maior aproveitamento do animal, dado que as vísceras podem ser utilizadas como iscas. Os aspetos agora apontados são agravados pelo facto de a maior parte dos portos em que os tubarões capturados são desembarcados se situarem em países terceiros tropicais, com elevadas temperaturas médias, e, frequentemente, sem condições higieno-sanitárias adequadas para proceder à manipulação do pescado descrito no parágrafo anterior. De referir também que as recentes diretrizes da DG SANCO (Health and Consumer Protection Directorate General) exigem que a manipulação do pescado em terra proceda à emissão de certificados por parte das autoridades de controlo veterinário de porto em que estas operações têm lugar, o que será virtualmente impossível em grande parte destes países de desembarque. 3.2 Segurança A atual proposta da Comissão implica sérios riscos de acidente para os profissionais que manuseiam os tubarões a bordo. Com efeito, os profissionais envolvidos na pesca do tubarão têm de manipular troncos de grande envergadura que, acondicionadas a bordo com as barbatanas ligadas ao corpo, potencializam os riscos de acidente, uma vez que as barbatanas de tubarão congeladas funcionam como autênticas lâminas afiadas podendo infligir cortes profundos e graves. 3.3 Eficiência energética A eficiência energética constitui hoje uma exigência amplamente reconhecida e a reforçar no quadro da reforma em curso da Política Comum das Pescas. No caso em apreço, esta eficiência energética é servida por uma boa gestão do espaço de armazenamento a bordo. O atual armazenamento dos troncos e das barbatanas em separado permite uma utilização otimizada do espaço a bordo das embarcações. A proposta da Comissão, porém, exigindo o armazenamento do tubarão com as barbatanas ligadas ao corpo implicaria uma redução DT\894497.doc 3/5 PE483.780v01-00

significativa do aproveitamento do espaço a bordo e um aumento do número das viagens a porto para desembarque do produto capturado, com a consequente perda de eficiência energética. Paralelamente, assistir-se-ia a um aumento da despesa de operacionalidade e à redução da rentabilidade económica. A alteração do Regulamento nos moldes que a Comissão propõe irá prejudicar a frota comunitária a vários níveis: económico, da segurança a bordo, qualidade do produto, eficiência energética, etc. 3.4 Considerações finais: 1. a prática do finning é, a todos os títulos, condenável e deve manter-se absolutamente proibida; 2. não existem dados que mostrem que o finning se pratica em águas europeias e/ou pela frota europeia, pelo que a proposta da Comissão contraria o princípio que diz adotar, nomeadamente no processo da reforma da Política Comum das Pescas em curso, de atuar politicamente com base em dados científicos; 3. a não existência de dados que a Comissão considere suficientes para garantir a inexistência da prática de finning deve constituir motivo para obter mais dados e não para se legislar sem dados e, mais grave ainda, para se legislar por não ter dados. Esta inversão do procedimento adequado e preconizado pela Comissão, abre um precedente grave para o futuro, nomeadamente para as profundas alterações a que o processo de reforma da Política Comum das Pescas dará origem; 4. a proposta da Comissão baseia-se então em outros princípios que não os científicos, explicitamente nas recomendações internacionais e na consulta pública. Porém, os organismos internacionais quando se referem ao finnig fazem-no em termos gerais, denunciando a sua prática no mundo, o que é um facto, mas não especificamente em águas europeias e/ou pela frota europeia, onde não se permanece ao nível da suspeita; a consulta pública constitui um indicador importante para formulação de políticas mas certamente não as determinam, o que implicaria uma demissão das responsabilidades da ação política; 5. os impactos da proposta da Comissão são negativos para a frota europeia sem efetivamente acabar com a prática do finning por outras frotas, nomeadamente a frota asiática, nem ser relevante para a proteção e conservação dos stocks, os quais estão saudáveis no que se refere à duas espécies de tubarões mais pescadas segundo tem sido afirmado pela Comissão; 6. numa ponderação conjunta de riscos/benefícios, no contexto da designada sustentabilidade global, o resultado é negativo, pelo que rejeitamos a proposta da Comissão tal como se nos apresenta; 7. acresce o facto da presente proposta, sem a fundamentação científica que justificaria a sua urgência, surgir numa ocasião particularmente difícil para o setor das pescas em que este se centra no processo da reforma da Política Comum das Pescas e da reestruturação da sua própria atividade regular, para enfrentar a anunciada diminuição próxima de barcos e profissionais do setor. Trata-se de mais um constrangimento imposto ao setor das pescas tendo por base suspeitas; 8. neste contexto proponho que se prolongue a derrogação atual até à implementação da futura reforma da Política Comum de Pescas o que permitiria (a) o não agravamento da pressão económico e social sobre os palangreiros que pescam tubarões e (b) a obtenção de dados técnico-científicos sobre a pesca de tubarões pela frota europeia para uma próxima legislação PE483.780v01-00 4/5 DT\894497.doc

adequada; 9. porque a prática do finning é uma prática bárbara e não deve pairar sobre a frota europeia qualquer suspeita, propomos também um debate em torno de várias medidas que reforcem o controle, promovam a recolha de dados e contribuam para a preservação das espécies identificadas como ameaçadas, algumas das quais correspondem a propostas que deverão ser formal e proximamente apresentadas pelo Comité Económico Social Europeu (NAT/536), nomeadamente: - eliminação das autorizações especiais de pesca para a frota de fresco - admissibilidade de autorizações especiais de pesca apenas à frota de congeladores que implementem um sistema de tracabilidade que evidencie a correspondências entre as barbatanas e os troncos desembarcados - obrigatoriedade de desembarque simultâneo de barbatanas e de troncos, para reforço do controlo - obrigatoriedade de aproveitamento de todas as partes do corpo dos tubarões capturados - estabelecimento de planos de gestão e captura (nomeadamente quotas para espécies de tubarão ameaçadas) - implementação, em todas as organizações regionais de Pesca/ORPs, de um programa de documentação estatística para o comércio das barbatanas de tubarão 10. outras medidas que poderiam ser chamadas também ao debate seriam: - uniformizar o processo de corte da barbatana para um cálculo mais exato do ratio; - revisão do ratio tendo em atenção a (a) remoção de todas as barbatanas, (b) a uniformização do corte das barbatanas, (c) o estabelecimento de um ratio por espécie, (d) cálculo do peso das vísceras. DT\894497.doc 5/5 PE483.780v01-00