MÓDULO COMPLEMENTAR DE PEÇAS PRÁTICA DE TRABALHO XII EXAME UNIFICADO

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Transcrição:

MÓDULO COMPLEMENTAR DE PEÇAS PRÁTICA DE TRABALHO XII EXAME UNIFICADO Professora Ana Paula Pavelski 1

CALENDÁRIO DE PROTOCOLO Conteúdo Data protocolo Peça A 24/01/2014 Até às 19:30 Peça B 27/01/2014 Até às 19:30 Peça C 28/01/2014 Até às 19:30 Peça D 29/01/2014 Até às 19:30 Aula ENTREGA AO ALUNO 04/02/2014 04/02/2014 Das 17:00 às 18:30 05/02/2014 05/02/2014 Das 17:00 às 18:30 06/02/2014 06/02/2014 Das 17:00 às 18:30 07/02/2014 07/02/2014 Das 17:00 às 18:30 2

Peça A CACILDA BARRANCOS, 62 anos, brasileira, casada, desempregada, portadora da CTPS 54621, série 00020-PR, RG 2357965/PR, inscrita no CPF sob o n.º 568.457-963-29, portadora do PIS n.º 1.256.745.125-8, residente e domiciliada na cidade de São José dos Pinhais, à Rua do Aeroporto, nº 250, Afonso Pena, cep 83.000-000, filha de Maria Aparecida Barrancos, compareceu em seu escritório na cidade de Curitiba no dia 07.01.2014 e informou o seguinte: Laborou para a Supereconomia Ltda, inscrita no CNPJ sob o n.º 1.256.305/0027-56, com endereço à Rua dos Jardins, nº 630, Boqueirão, na cidade de Curitiba, cep 82.000,000, sendo admitida nesta localidade. Iniciou suas atividades em 10 de dezembro de 2001, tendo a sua CTPS anotada três meses depois. Quanto ao registro em CTPS consta que exerceu sempre a função de operadora de caixa, percebendo como último salário o valor de R$ 850,00 por mês. Porém, a cliente narra que desde maio de 2008 exercia as mesmas atividades que a colega Ana Bolena, a qual era auxiliar de fiscal de caixa e recebia pelo menos 30% a mais de salário que Cacilda. A cliente narra ainda que sofria descontos em seu salário, decorrentes das faltas de valores no caixa, apuradas ao final do movimento do dia. Diz que apesar de ter sido eleita para a CIPA e ter tomado posse em 15 de novembro de 2013, foi despedida sem justa causa em 16 de dezembro de 2013, tendo sido indenizado o aviso prévio. Informou que todo o contrato seu horário era das 8 até 12 horas e das 12:30 até as 19 horas, de segunda à sábado. Não laborava em domingos e feriados. Jamais foi assinado qualquer acordo de prorrogação ou compensação. Nunca recebeu qualquer hora extra. Apresenta extrato analítico da conta do FGTS em que não constam depósitos do ano de 2003, estando todos os demais regulares. Informa que somente recebeu suas verbas rescisórias em 05 de janeiro de 2014. Além disso, informa que todos os dias, ao fim do expediente, passava por revistas, as quais consistiam em apalpação de seu corpo, sendo esse 3

procedimento realizado pelo segurança do sexo masculino, na saída do estabelecimento, na frente de clientes e outros colegas de trabalho. QUESTÂO: Com base nos dados acima, você, como advogado do sindicato da categoria do empregado, deve apresentar a peça processual competente pelo rito ordinário em favor da ex-empregada, pleiteando todas as verbas não quitadas, com indicação da legislação, súmulas e/ou orientações jurisprudenciais da SDI do TST. No presente caso não existe Comissão de Conciliação Prévia. Cada pedido deverá ter a respectiva fundamentação legal. Peça B Anderson Silva, assistido por advogado não vinculado ao seu sindicato de classe, ajuizou reclamação trabalhista, pelo rito ordinário, em face da empresa Comércio Atacadista de Alimentos Ltda. (RT nº 0055.2014.5.01.0085), em 10/01/2014, afirmando que foi admitido em 03/03/2005, na função de divulgador de produtos, para exercício de trabalho externo, com registro na CTPS dessa condição, e salário mensal fixo de R$ 3.000,00 (três mil reais). Alegou que prestava serviços de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, com intervalo para alimentação de 01 (uma) hora diária, não sendo submetido a controle de jornada de trabalho, e que foi dispensado sem justa causa em 18/10/2013, na vigência da garantia provisória de emprego prevista no artigo 55 da Lei 5.764/71, já que ocupava o cargo de diretor suplente de cooperativa criada pelos empregados da ré. Afirmou que não lhe foi pago o décimo terceiro salário do ano de 2012 e que não gozou as férias referentes ao período aquisitivo 2010/2011, admitindo, porém, que se afastou, nesse mesmo período, por 07 (sete) meses, com percepção de auxílio-doença. Aduziu, ainda, que foi contratado pela ré, em razão da morte do Sr. Wanderley Cardoso, para exercício de função idêntica, na mesma localidade, mas com salário inferior em R$ 1.000,00 (um mil reais) ao que era percebido pelo paradigma, em ofensa ao artigo 461, caput, da CLT. Por fim, ressaltou que o deslocamento de sua residência para o local de trabalho e 4

vice-versa era realizado em transporte coletivo fretado pela ré, não tendo recebido vale-transporte durante todo o período do contrato de trabalho. Diante do acima exposto, postulou: a) a sua reintegração no emprego, ou pagamento de indenização substitutiva, em face da estabilidade provisória prevista no artigo 55 da Lei 5.764/71; b) o pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com adicional de 50% (cinquenta por cento), e dos reflexos no aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); c) o pagamento em dobro das férias referentes ao período aquisitivo de 2010/2011, acrescidas do terço constitucional, nos termos do artigo 137 da CLT; d) o pagamento das diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial com o paradigma apontado e dos reflexos no aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); e) o pagamento dos valores correspondentes aos vales-transportes não fornecidos durante todo o período contratual; e f) o pagamento do décimo terceiro salário do ano de 2011. Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída à 85ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro RJ, redija, na condição de advogado contratado pela empresa, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente. Peça C O empregador, ao comparecer pessoalmente, sem advogado, à audiência de uma ação em que é cobrado o pagamento de horas extras e do adicional de periculosidade calculado sobre a remuneração paga ao empregado, aduz simplesmente nada dever ao empregado. Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação de falta de contestação específica dos fatos, é 5

proferida sentença de acolhimento do pedido, com condenação do empregador apenas no pagamento do adicional de periculosidade, calculado sobre a remuneração do empregado. O empregador, intimado da sentença e embora com ela não concorde, não a impugna. O empregado, por sua vez, oferece recurso ordinário, postulando o pagamento das horas extraordinárias. Como advogado contratado pelo empregador, no momento em que recebida a intimação para oferecer sua resposta, tomar a providência processual cabível com vistas a afastar a sucumbência do reclamado. Peça D Pedro Paulo Pereira, brasileiro, casado, contador, CTPS n 0033, série 0103, CPF/MF n 111.222.333-44, RG n 888.777-99, r esidente e domiciliado em Curitiba/PR, na Rua São Serafin, 10, CEP 80.888-100, ajuizou, perante a 21ª Vara do Trabalho de Curitiba, na Avenida Vicente Machado, 400, CEP 80.000-000, reclamatória trabalhista em face da sua ex-empregadora, CCC Viagens e Turismo Ltda., CNPJ/MF n 11.111.111/0001-11 com se de em Curitiba/PR, Avenida Costa Rica, 200, CEP 80.777-000, tendo como sócios os administradores José Carlos de Andrade e Roberto Carlos Braga. Na ação proposta, o autor postulou o pagamento das verbas rescisórias, por ter sido dispensado sem justa causa e horas extras por ter cumprido jornada superior ao limite legal. Devidamente notificada, a reclamada compareceu a audiência una designada na qual, recusada a proposta inicial de conciliação, foi apresentada contestação impugnando a totalidade dos pedidos formulados pelo reclamante, seguindo-se a oitiva dos litigantes e das suas respectivas testemunhas. Depois de declarada encerrada a instrução processual e rejeitada a última tentativa de conciliação, foi proferida sentença pelo juízo da 21ª Vara do Trabalho que, acolhendo em parte os pedidos formulados na Reclamação Trabalhista autuada sob n 915/2011, condenou a ex-empregadora do autor ao pagamento de aviso 6

prévio, 13 salário, férias acrescidas do terço constitucional, diferenças de horas extras e multa fundiária. A parte dispositiva da sentença fixou provisoriamente a condenação em R$ 100.000,00 e custas no valor de R$ 2.000,00. As partes não recorreram da sentença, concordando com a decisão proferida em primeiro grau. Transitada em julgado a decisão, foi elaborada a conta geral pelo perito do juízo no montante de R$ 110.000,00. Os referidos cálculos de liquidação foram homologados, sem oportunizar a manifestação das partes, conforme autoriza o artigo 879, 2 da CLT. Na sequência, determinou o juízo exequendo a citação da executada para, no prazo de 48 horas, cumprir a decisão condenatória ou garantir a execução, sob pena de penhora. A executada deixou passar in albis o prazo determinado pelo juízo e não pagou o valor executado nem nomeou bens a penhora. A executada não se manifestou em razão de não possuir bens nem numerário suficientes para satisfazer a determinação imposta pela sentença de mérito. O juízo determinou a penhora de bens da executada que fossem suficientes para garantir a execução, todavia o oficial de justiça nada encontrou no endereço da reclamada, o que certificou nos autos. Em razão disso, o reclamante localizou um imóvel de propriedade do sócio da reclamada Sr. José Carlos de Andrade, casado sob o regime de comunhão universal de bens com a Sra. Jupira de Andrade, e pediu ao juízo que a penhora recaísse sobre o bem indicado, com endereço na Rua da República Federativa, 1.889, em Curitiba/PR. O juízo da 21ª Vara do Trabalho de Curitiba acolheu o pedido do autor e determinou a penhora do bem imóvel supra mencionado. No dia 08 de dezembro de 2012, o oficial de justiça compareceu no endereço indicado pelo reclamante e penhorou o imóvel de propriedade do casal. Constou do mandado de penhora, apenas o nome do Sr. José Carlos de Andrade. Jupira, esposa de José Carlos, insurgiu-se contra o comando do juízo e para garantir a intangibilidade de sua propriedade, procurou um advogado que, 7

após detalhada entrevista, concluiu que, não obstante o imóvel não se enquadre no conceito legal de bem de família, merecia defesa face a condição de mulher do executado e ao regime de comunhão de bens, razão pela qual formulou a peça processual de Embargos de Terceiro, que tramitou perante a 21ª Vara do Trabalho de Curitiba, sob o n ET 1.554/2012. Para instruir a medida judicial, a embargante juntou aos autos, além da certidão de casamento e pacto antenupcial, a escritura pública de compra e venda lavrada no registro de notas do 1 Tabelionat o de Curitiba/PR em 15 de abril de 2001 e devidamente averbada junto a Matrícula n 4.246, do Cartório do Registro de Imóveis competente. O casal adquiriu da Construtora Alpes Ltda., o apartamento n 101, da Rua da República Federativa, 1.889, Bairro Central, Curitiba/PR, CEP 80.500-000, sendo que o valor atualizado do imóvel é de R$ 120.000,00. O juízo recebeu os embargos propostos e os julgou improcedentes, sob o argumento de que o cônjuge virago também é responsável pelas dívidas assumidas pelo cônjuge varão. Além de rejeitar os embargos opostos pela Sra. Jupira, o juízo ainda condenou a embargante por litigância de má-fé no importe de 25% sobre o valor da causa além do pagamento de honorários advocatícios no importe de 20%, também sobre o valor atribuído a causa, fixando como custas o valor de R$ 1.200,00, determinando expressamente fossem as mesmas recolhidas ao final, com fundamento no art. 789-A da CLT. Inconformada com a decisão, que foi publicada em 12 de junho de 2013 (quarta-feira), a Sra. Jupira procurou o seu escritório de advocacia, solicitando os seus préstimos profissionais, a fim de manter garantido o seu direito em relação ao imóvel objeto da penhora. A Cliente, na oportunidade, levou consigo uma cópia autenticada da Certidão de Casamento onde consta o regime de bens e o pacto antenupcial, fotocópia autentica do registro de imóveis indicando o casal como legítimos proprietários do imóvel objeto da penhora, bem como o contrato social da empresa CCC Viagens e Turismo Ltda., mostrando que os sócios da referida empresa são: José Carlos de Andrade e Roberto Carlos 8

Braga. Ainda, levou-lhe a cópia da sentença proferida pelo Juízo que, adequadamente analisada, levou a conclusão de não comportar o cabimento de embargos de declaração. Neste momento, a cliente lhe outorga procuração ad judicia, após observar os procedimentos estabelecidos pelo Estatuto da Advocacia, com os seguintes dados: Jupira de Andrade, brasileira, casada, do lar, residente e domiciliada em Curitiba/PR, na Rua da Republica Federativa, 1.889, apartamento 101, Bairro Central, CEP 80.500-000, CPF n 777.888.999-00 e RG n. 444.888-0/PR. Na qualidade de advogado da Jupira, e ciente de que toda a matéria em litígio já foi devidamente esclarecida, elabore a peça processual adequada para garantir o legítimo direito que a lei assegura a sua constituinte em relação ao imóvel do qual é proprietária. 9