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Revista Brasileira de Biociências Brazilian Journal of Biosciences ARTIGO Instituto de Biociências UFRGS ISSN 1980-4849 (on-line) / 1679-2343 (print) Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre a vassoura de bruxa do cacaueiro Thais Carvalho Cerqueira Chaussê 1, Daniel Bomfim Silva Dias 1, Stela Dalva Vieira Midlej Silva 2, João de Cássia do Bomfim Costa 2 e Larissa Corrêa do Bomfim Costa 1* Recebido: 07 de maio de 2011 Recebido após revisão: 23 de agosto de 2011 Aceito: 10 de outubro de 2011 Disponível on-line em http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/1906 RESUMO: (Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre a vassoura de bruxa do cacaueiro). A vassoura de bruxa do cacaueiro (Theobroma cacao), causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa (= Crinipellis perniciosa), constitui um dos principais problemas fitossanitários da cacauicultura. Visando contribuir de forma alternativa para o controle dessa doença, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações dos óleos essenciais das espécies aromáticas Ocimum selloi (alfavaquinha), Mentha arvensis (menta japonesa) e Syzygium aromaticum (cravo-da-índia) sobre o crescimento miceliano e germinação dos basidiósporos de M. perniciosa. Os óleos essenciais foram extraídos pelo processo de hidrodestilação em aparelho de Clevenger. Para avaliação do crescimento miceliano, os óleos essenciais foram adicionados ao meio de cultura BDA (Batata-Dextrose-Ágar) fundente e vertido em placas de Petri. Os tratamentos foram compostos por sete dosagens de cada óleo, nas concentrações de 0, 0,25, 0,50, 0,75, 1,00, 1,25 e 1,50 µl.ml -1 com seis repetições cada, em delineamento inteiramente casualizado. As mesmas concentrações dos óleos essenciais solubilizados em água destilada foram utilizadas no teste de germinação dos basidiósporos do fungo. Observou-se uma redução gradativa do crescimento miceliano de M. perniciosa com doses crescentes dos óleos essenciais, obtendo-se inibição total a partir da concentração de 0,75 µl.ml -1 para todos os óleos essenciais testados. Também foi observada inibição total da germinação de M. perniciosa nas concentrações de 1,00 µl.ml -1 para o óleo de M. arvensis, e 0,75 µl. ml -1 para os óleos de O. selloi e S. aromaticum. Palavras-chave: controle alternativo, Moniliophthora perniciosa, Ocimum selloi, Mentha arvensis, Syzygium aromaticum. ABSTRACT: (Antifungal activity of essential oils over cocoa witches broom). The cocoa (Theobroma cacao) witches broom, caused by Moniliophthora perniciosa (= Crinipellis perniciosa), is the one of the worst diseases of cocoa plantations worldwide. The aim of this work is to contribute with an alternative to control this disease, therefore it was studied the effect of different concentrations of essential oils from the aromatic species Ocimum selloi, Mentha arvensis and Syzygium aromaticum on the mycelial growth and germination of basidiospores of M. perniciosa. Essential oils were extracted by hydro distillation in a Clevenger apparatus. Essential oils were added in melted culture medium BDA (potato dextrose agar) and poured into Petri plates for evaluation of mycelial growth. The treatments consisted of seven concentrations of each oil: 0, 0.25, 0.50, 0.75, 1.00, 1.25 and 1.50 µl.ml -1 with six replicates each in a randomized design. The same amounts of essential oils dissolved in distilled water were used to test the basidiospores germination of the fungus. There was a gradual reduction in the rate of mycelial growth of M. perniciosa with increasing doses of essential oils, achieving 100% inhibition of mycelial growth when used at a concentration of 0.75 µl.ml -1 for all the essential oils tested. There was total inhibition of germination of M. perniciosa at concentrations of 1.00 µl.ml -1 for oil of M. arvensis, and 0.75 µl.ml -1 for oil of O. selloi e S. aromaticum. Key words: alternative control, Moniliophthora perniciosa, Ocimum selloi, Mentha arvensis, Syzygium aromaticum. INTRODUÇÃO Até a década de 1990, o Brasil era o segundo maior produtor mundial de amêndoas de cacau (Theobroma cacao L.), planta da família Malvaceae (Alverson et al. 1999, APG II 2003), originária do continente Sul Americano. Só o estado da Bahia chegou a produzir aproximadamente 400.000 t de sementes secas em 1986 (Andebrhan et al. 1999). Entretanto, com a chegada da vassoura de bruxa, doença causada pelo agente etiológico Moniliophthora perniciosa (Stahel) Aime & Phillips-Mora na região sul do estado da Bahia, em 1989, e a sua rápida disseminação devido às condições ambientais favoráveis, a situação da lavoura mudou rapidamente (Pereira et al. 1996). Atingindo proporções epidêmicas, a doença acarretou uma redução drástica na produção, da ordem de 75% levando o país da condição de exportador a importador (Luz et al. 2006). Por ser uma importante doença do cacaueiro, vários trabalhos foram e vêm sendo efetuados na tentativa de controlá-la (Bastos 1989). Dentre as medidas de manejo integrado recomendadas está o uso de fungicidas químicos, que são usados muitas vezes de forma indiscriminada, poluindo o meio ambiente e causando danos a organismos não alvos (Ghini & Kimati 2000). O melhoramento genético também vem sendo utilizado como forma de controle, no entanto, a elevada concentração de inóculo no campo deixa a estabilidade e a durabilidade da resistência genética em constante risco (Luz et 1. Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). CEP 45662-900, Ilhéus, BA, Brasil. 2. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Seção de Fitopatologia (Sefit). CEP 45600-970, Itabuna, BA, Brasil. * Autor para contato. E-mail: larissa@uesc.br

Óleos essenciais sobre a vassoura-de-bruxa do cacaueiro 493 al. 2006). Desta forma, pesquisas vêm sendo realizadas visando encontrar métodos alternativos de controle, que possam ser empregados no manejo econômico da cultura causando menor impacto ao meio ambiente. Os produtos naturais de origem vegetal e seus análogos são uma importante fonte de novos defensivos agrícolas usados no controle de doenças de plantas, dentre eles, os óleos essenciais estão sendo amplamente testados no controle de diferentes fitopatógenos (Silva & Bastos 2007). Esta capacidade antimicrobiana, presente na grande maioria dos compostos secundários, de certa maneira representa uma extensão do próprio papel que exercem nas plantas, defendendo-as de bactérias e fungos fitopatogênicos (Janssen et al. 1987). Estudando o efeito in vitro do óleo de Piper aduncum sobre M. perniciosa e outros fungos fitopatogênicos, verificou-se 100% de inibição do crescimento miceliano e da germinação de basidiósporos de M. perniciosa nas concentrações de 50 e 100 mg.ml -1, respectivamente (Bastos 1997). Além disso, pesquisas desenvolvidas com extratos brutos ou óleos essenciais obtidos a partir de plantas aromáticas também confirmam o potencial das mesmas no controle de diversos fitopatógenos (Silva & Bastos 2007, Diniz et al. 2008, Pereira et al. 2008a, Zacaroni et al. 2009). Diante do exposto, este trabalho objetivou avaliar in vitro o efeito de diferentes concentrações dos óleos essenciais das espécies aromáticas Ocimum. Selloi Benth. (alfavaquinha), Mentha arvensis L. (hortelã japonesa) e Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (cravo- -da-índia) sobre o crescimento miceliano e germinação dos basidiósporos de M. perniciosa. MATERIAL E MÉTODOS A extração dos óleos essenciais foi realizada por meio de hidrodestilação em aparelho de Clevenger modificado, no Laboratório da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Para este procedimento foram utilizadas as folhas secas de Ocimum selloi e Mentha arvensis cultivadas no Horto de Plantas Medicinais da universidade, registradas no Herbário Uesc sob os números 2951 e 4209, respectivamente, e inflorescências secas de Syzygium aromaticum, comercializadas a granel na feira municipal e oriundas de cultivos comerciais de Ituberá na Bahia, por serem os órgãos vegetais de maior rendimento destas espécies. Após o processo de extração, os óleos essenciais foram acondicionados em frascos de vidro âmbar envoltos com papel alumínio, e mantidos sob refrigeração. O fungo Moniliophthora perniciosa (isolado 1188 da micoteca do Laboratório de Fitopatologia Molecular do Mapa/Ceplac/Cepec/Sefit) foi previamente cultivado em meio BDA e mantido em incubadora tipo BOD a 25 ± 1 ºC, por 10 dias, na Unidade de Biocontrole do Mapa/Ceplac/Cepec/Sefit. Após este período, discos de micélio ativo com seis milímetros de diâmetro foram retirados das bordas das placas e colocados invertidos no centro de cada placa de Petri de nove centímetros de diâmetro, contendo as diferentes concentrações dos óleos essenciais de O. selloi, M. arvensis e S. aromaticum, previamente solubilizados em 200 µl de Tween 20 e incorporados ao meio de cultura BDA, de modo a se obter as concentrações finais de 0,25, 0,50, 0,75, 1,00, 1,25 e 1,50 µl.ml -1. Para as testemunhas, foram usadas placas de Petri contendo apenas BDA, controle absoluto, e placas contendo BDA misturado ao surfactante Tween 20, controle relativo. As placas foram seladas com papel aderente, identificadas e mantidas em incubadora tipo BOD a 25 ± 1 ºC, no escuro, durante todo o experimento. A avaliação do experimento iniciou após 48 h através de medições do diâmetro das colônias (média de duas medidas diametralmente opostas) realizadas a cada dois dias, até as colônias fúngicas atingirem ¾ do diâmetro da placa, o que ocorreu após 12 dias de incubação. O índice de crescimento miceliano (ICM), foi calculado pela fórmula modificada de Nakagava Maguire adaptada por Oliveira (1992), onde ICM = [(C 1 /N 1 )+(C 2 /N 2 )+...+(C n / N n )], sendo C 1, C 2, C n = crescimento miceliano do fungo na primeira, segunda e última avaliação; N 1, N 2, N n = número de dias após a inoculação. Além disso, foi calculada a porcentagem de inibição do crescimento miceliano através da fórmula: % = [(CT - Ct*100] / CT, onde CT e Ct correspondem ao crescimento miceliano na testemunha e no tratamento, respectivamente, e a concentração inibitória mínima (CIM), que representa a menor concentração necessária para causar total inibição do crescimento miceliano dos fungos (Silva & Bastos 2007). Para análise do teste de crescimento miceliano, o delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), onde cada tratamento constou de seis repetições. Para a avaliação do efeito inibitório dos óleos essenciais sobre a germinação dos basidiósporos de M. perniciosa foram utilizadas as mesmas doses dos três óleos essenciais testados no crescimento miceliano. Para tanto, foram utilizadas lâminas escavadas mantidas no interior de placas de Petri sobre papel de filtro umedecido com água destilada. Os óleos essenciais foram previamente solubilizados em 200 µl do surfactante Tween 20 e emulsionados em água destilada esterilizada, obtendo-se as concentrações finais de 0,25, 0,50, 0,75, 1,00, 1,25 e 1,50 µl.ml -1. Em cada lâmina foram depositados 100 µl das referidas concentrações dos óleos essenciais, acrescentando-se 30 µl da suspensão de basidiósporos de M. perniciosa na concentração de 1 x 10 5 basidiósporos ml -1. Para as testemunhas foram feitas lâminas contendo 30 µl da mesma suspensão de basidiósporos utilizada no teste, na testemunha absoluta foi adicionada apenas 100 µl de água destilada, e na testemunha relativa, 100 µl de água destilada com surfactante de forma a manter a mesma concentração que os tratamentos anteriores. Após cinco horas de incubação a 25 ± 1 ºC em incubadora tipo BOD, foi adicionada uma gota de azul de lactofenol-algodão de

494 Chaussê et al. algodão para observação microscópica da germinação. Foram considerados germinados todos os basidiósporos que apresentaram tubo germinativo, independente do seu comprimento. O delineamento experimental foi em DIC com quatro repetições, para cada tratamento, contando 100 esporos por cavidade, totalizando 400 esporos por tratamento. Para a análise estatística, calculou-se a porcentagem de esporos germinados em relação à testemunha absoluta. RESULTADOS E DISCUSSÃO composição ainda não foram determinados. Para verificar se havia crescimento miceliano do patógeno nessa região, foi realizado um teste de viabilidade com a repicagem de discos em novo meio BDA. Observou-se ausência de crescimento miceliano na região avaliada confirmando a inatividade de M. perniciosa sob efeito do óleo essencial de S. aromaticum. Com relação à ação sobre os basidiósporos de M. perniciosa, verificou-se que todos os óleos essenciais testados tiveram ação sobre a germinação dos basidiósporos apresentando inibição total a partir da concentração de Figura 1. Índice de crescimento miceliano (ICM) de Moniliophthora perniciosa em diferentes concentrações dos óleos essenciais de Ocimum selloi, Mentha arvensis e Syzygium aromaticum. Versão colorida dessa imagem está disponível online. Todos os óleos essenciais testados exerceram efeito inibitório sobre o crescimento miceliano de M. perniciosa, constatando-se uma redução gradativa do ICM com o aumento das concentrações aplicadas (Fig. 1 e Fig. 2). Verificou-se total inibição do crescimento miceliano de M. perniciosa a partir da concentração de 0,75 µl.ml-1 para todos óleos testados, confirmados pela CIM observada entre as doses de 0,50 e 0,75 µl.ml-1 (Tab. 1). Resultados semelhantes foram encontrados por Silva & Bastos (2007) ao avaliarem in vitro a atividade fungitóxica do óleo essencial de Piper callosum, a partir da concentração de 0,75 μl.ml-1 e do óleo de Piper marginatum var. anisatum, a partir da concentração de 1 μl/ml, conseguindo 100% de inibição do crescimento miceliano de M. perniciosa. A ação fungicida do óleo de M. arvensis testado nesse trabalho foi também comprovada por Diniz et al. (2008) ao adicionarem um disco de papel filtro (1 cm de diâmetro) com 100 µl do óleo essencial de M. arvensis no centro das placas de Petri contendo os fungos fitopatógenos Aspergillus sp., Penicillum rubrum, Sclerotinia sp., Fusarium moniliforme Cepa UEM e Corynespora cassiicola. Os tratamentos referentes ao óleo essencial de S. aromaticum nas concentrações acima de 0,75 µl.ml-1 apresentaram um comportamento diferenciado com a formação de um halo de cor caramelo, cuja origem e Figura 2. Avaliação do crescimento miceliano de Moniliophthora perniciosa em diferentes concentrações dos óleos essenciais de Ocimum selloi (A), Mentha arvensis (B) e Syzygium aromaticum (C).

Óleos essenciais sobre a vassoura-de-bruxa do cacaueiro 495 Tabela 1. Porcentagem média de inibição de crescimento miceliano de Moniliophthora perniciosa em diferentes concentrações dos óleos essenciais de Ocimum selloi, Mentha arvensis e Syzygium aromaticum e concentração inibitória mínima (CIM). Concentração (µl.ml -1 ) Tratamento 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 CIM % inibição Ocimum selloi 0,4 57,1 100 100 100 100 0,75 Mentha arvensis 28,1 49,3 100 100 100 100 0,75 Syzygium aromaticum 8,6 87,2 100 100 100 100 0,75 Tabela 2. Porcentagem média de inibição da germinação de basidiósporos de Moniliophthora perniciosa em diferentes concentrações dos óleos essenciais de Ocimum selloi, Mentha arvensis e Syzygium aromaticum. Concentração (µl.ml -1 ) Tratamento *0 *0+S 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 % germinação Ocimum selloi 100 86 90 42 0 0 0 0 Mentha arvensis 100 86 44 32 8 0 0 0 Syzygium aromaticum 100 86 44 20 0 0 0 0 * 0, controle: água destilada; 0+S, controle relativo: água + surfactante. 0,75 µl.ml -1 de O. selloi e S. aromaticum, e de 1,00 µl.ml -1 de M. arvensis (Tab. 2). Os óleos essenciais apresentam eficiência no controle de doenças, tanto por sua ação fungitóxica, que inibe o crescimento miceliano e a germinação de esporos, quanto pela presença de compostos eliciadores (Pereira et al. 2008a). Ao avaliarem a composição química do óleo essencial de Mentha arvensis, Deschamps et al. (2006) identificaram o α-terpineol (9,6%) como principal constituinte, sendo os demais constituintes presentes em menores concentrações. Na análise da composição do óleo essencial de O. selloi realizada por Gonçalves et al. (2003) foi identificado o estragol e o anetol como compostos majoritários deste óleo e segundo Pereira et al. (2008b) o constituinte majoritário do óleo de S. aromaticum é o eugenol, que pode ser o responsável pelo efeito inibitório do óleo essencial sobre bactérias, sendo muito utilizado como antisséptico. Vários estudos têm comprovado o efeito de compostos isolados extraídos de óleos essenciais de plantas que atuam como fungicidas naturais inibindo a atividade fúngica e, um número significativo destes constituintes tem se mostrado eficaz (Chao & Young 2000). Apesar disto, não se pode atribuir a ação fungicida dos óleos essenciais testados neste trabalho exclusivamente ao efeito dos compostos majoritários sem fazer um estudo da sua ação isolada, pois esta atividade também pode ser decorrente do efeito de algum outro componente minoritário ou de um sinergismo entre os mesmos. Verificamos neste estudo que os óleos essenciais de O. selloi, M. arvensis e S. aromaticum têm ação fungitóxica direta no crescimento miceliano de M. perniciosa, inibindo-o totalmente a partir da concentração de 0,75 µl.ml -1 para todos os óleos essenciais testados, e na germinação dos basidiósporos de M. perniciosa, causam 100% de inibição nas concentrações de 1,00 µl.ml -1 para o óleo de M. arvensis, e 0,75 µl.ml -1 para os óleos de O. selloi e S. aromaticum. Isto demonstra que os óleos essenciais das plantas O. selloi, M. arvensis e S. aromaticum são promissores como uma alternativa para o controle de M. perniciosa, contribuindo para redução do uso de fungicidas e, consequentemente, um menor impacto ao ambiente. Estudos em câmaras de crescimento e casa de vegetação, testando intervalos de aplicação e diferentes formulações, já estão sendo conduzidos para confirmação destes resultados in vivo. AGRADECIMENTOS Ao Centro de Pesquisas do Cacau (Mapa/Ceplac/ Cepec), especialmente à Virginia Oliveira Damaceno, Lindolfo Pereira dos Santos-Filho e ao Profº. Dr. José Luiz Bezerra. À Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), pelo apoio no desenvolvimento dos experimentos. Ao CNPq, pela concessão da bolsa de Iniciação Científica. REFERÊNCIAS ALVERSON, W.S., WHITLOCK, B.A., NYFFELER R., BAYER, C. & BAUM, D.A. 1999. Phylogeny of the core Malvales: evidence from ndhf sequence data. American Journal of Botany, 86: 1474-1486. ANDEBRHAN, T., FIGUEIRA, A., YAMADA, M.M., CASCARDO, J. & FURTEK, D.B. 1999. Molecular fingerprinting suggests two primary outbreaks of witches broom disease (Crinipellis perniciosa) of Theobroma cacao in Bahia, Brazil. European Journal of Plant Pathology, 105: 167-175. DOI: 10.1023/A:1008716000479. APG II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. The Linnean Society of London. 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