Utilização de controle biológico para controle de pragas no Brasil:

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OBJETIVOS DE ENSINO Geral. Específicos

Alexandre de Sene Pinto

Transcrição:

Utilização de controle biológico para controle de pragas no Brasil: realidade ou ficção? José Roberto P. Parra Depto. de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola Esalq/USP

BIODIVERSIDADE DO BRASIL POUCO CONHECIDA POUCO EXPLORADA E UTILIZADA

53% 1% 2% 2% 2% 3% 3% 4% 4% 8% 18% Nematoda Protozoa Crustacea Algae Chordata Mollusca Fungi Arachnida Outras Tracheophyta Insecta

Pela sua beleza e diversidade

Pelos prejuízos causados:

Berne - Dermatobia hominis Pelos prejuízos causados: mosca do chifre Haematobia irritans

Pelos prejuízos causados:

DANO BICUDO EM ALGODOEIRO

DANO - Mosca-das-frutas

DANO Broca da cana-de-açúcar

(GALLO et al., 2002)

Pelos benefícios causados: Abelhas (mel, própolis)

Pelos benefícios causados: Bicho-da-seda

Pela repugnância e curiosidade

Ataque ao produto a ser comercializado

Ataque de flores, folhas, ramos, caules, raízes; Transmissão de patógenos.

o vetor os sintomas Estudo do genoma

Prejudicam, atualmente, cerca de 30% do parque citrícola paulista (aproximadamente 60 milhões de árvores)

DANO Broca da cana-de-açúcar

pouco se sabe sobre ele

Hymenoptera Anastatus sp.

Hymenoptera

Podisus sp.

Scymnus Pullus sp.

fungo

Leppla & Williams (1992)

Oecophylla smaragdina Bosch et al. (1982)

Prospaltela berlesei (Aphelinidae) Pseudaulacaspis pentagona (Diaspididae)

síntese do DDT Paul Müller Geigy Corporation até metade dos anos 60 uso indiscriminado e abusivo do controle químico

até metade dos anos 60 Kogan (1998)

1. Resistência dos insetos 2. Aparecimento de pragas, até então secundárias 3. Desequilíbrios biológicos (efeito sobre os inimigos naturais) 4. Ressurgência de pragas 5. Efeito sobre abelhas (e outros polinizadores), peixes, animais silvestres e homem 6. Resíduos nos alimentos, água e solo

Rachel Carson Alerta contundente sobre o uso incorreto de produtos químicos

Calendário Agrícola D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Manejo Integrado de Pragas MIP

Resposta Científica aos Problemas Gerados pelo Uso Inadequado de Agroquímicos na Agricultura

Conjunto de Medidas que Visa Manter as Pragas Abaixo do Nível de Dano Econômico Econômicos CRITÉRIOS: Ecológicos Sociais

Tempo ND NC NE População da praga População da praga

INSETICIDAS CONTROLE BIOLÓGICO CONTROLE BIOLÓGICO FEROMÔNIOS MANIPULAÇÃO GENÉTICA DE PRAGAS MANIPULAÇÃO GENÉTICA DE PRAGAS VARIEDADES RESISTENTES A INSETOS (plantas modificadas geneticamente) MANIPULAÇÃO DO AMBIENTE E MÉTODOS CULTURAIIS MORTALIDADE NATURAL NO AGROECOSSISTEMA NÍVEIS DE CONTROLE AMOSTRAGEM TAXONOMIA Alicerce para decisões do manejo PROGRAMA PROGRAMA INTEGRADO INTEGRADO FATORES CLIMÁTICOS Técnicas de manejo

Manejo Integrado de Pragas RESISTÊNCIA DE PLANTAS RESISTÊNCIA DE PLANTAS CONTROLE CONTROLE QUÍMICO QUÍMICO Cultivares Cultivares selecionadas selecionadas Plantas transgênicas Toxinas naturais Produtos Produtos seletivos seletivos CONTROLE CULTURAL CONTROLE CULTURAL Práticas Práticas agronômicas agronômicas Feromônios MIP Atraentes Atraentes e e repelentes repelentes Policultivos Policultivos Parasitóides Predadores Patógenos MANIPULAÇÃO AMBIENTAL CONTROLE BIOLÓGICO ND NC NE

SELETIVIDADE, MANEJO DA RESISTÊNCIA Culturas com grande número de pragas ESPECIFICIDADE

LIBERAÇÕES INOCULATIVAS No passado, foi importante...

... e hoje, tende a voltar com maior intensidade...... em CULTURAS PERENES ou SEMI PERENES

no Brasil em citros (Hymenoptera, Encyrtidae) para controle de Phyllocnistis citrella

PRODUÇÃO MASSAL, LIBERAÇÕES INUNDATIVAS

Sem liberação Com liberação População Liberação (NC) II III I NE Tempo I, II, III- gerações da praga NC - nível de controle NE - nível de equilíbrio

DIETAS ARTIFICIAIS a partir da década de 70 no Brasil

Esquema de produção massal de espécies de Trichogramma spp. sobre o hospedeiro alternativo Anagasta kuehniella ADULTOS DA TRAÇA DIETA ARTIFICIAL POSTURA DESENVOLVIMENTO LARVAL E PUPAL ADULTOS OVOS CONTROLE DE QUALIDADE ESTERILIZADOS EM LÂMPADA GERMICIDA PARASITISMO DESENVOLVIMENTO LARVAL E PUPAL 95 % 5 % Produção do hospedeiro alternativo (traça) Produção do parasitóide (Trichogramma spp.) ADULTOS COLÔNIA DE MANUTENÇÃO LIBERAÇÃO CONTROLE DE QUALIDADE

OVOS DE Anagasta kuehniella

DE INSETOS DE INSETOS

Ásia 5 América Latina 5 (?) Rússia 5 Europa Ocidental 26 América do Norte 10 (?) Austrália/Nova Zelândia 5 Europa Central 8 van Lenteren et al. (1997)

A PARTIR DA DÉCADA DE 70 COMERCIALIZAM 80 ESPÉCIES DE INIMIGOS NATURAIS (principalmente 29). van Lenteren et al. (1997)

Amblyseius californicus Amblyseius cucumeris Amblyseius degenerans Aphelinus abdominalis Aphidius colemani Aphidius ervi Aphidoletes aphidimyza Chrysoperla carnea Cryptolaemus montrouzieri Dacnusa sibirica Delphastus pusillus Diglyphus isaea Encarsia formosa Eretmocerus californicus 3 5 5 3 5 3 4 2 5 3 3 5 7 3 mistura de estágios mistura de estágios mistura de estágios adulto múmia múmia pupa ovo adulto adulto adulto adulto pupa pupa 0.03100 0.00940 0.10000 0.09800 0.03500 0.13000 0.03180 0.02090 0.47200 0.02600 0.70600 0.20400 0.00810 0.01000 modificado de van Lenteren et al. (1997)

COMERCIALIZAÇÃO

SURGEM EMPRESAS comercializando insetos comercializando ácaros predadores comercializando fungos e vírus

CASOS RECENTES DE SUCESSO no Brasil Controle biológico aplicado Controle biológico clássico

CANA-DE-AÇÚCAR Cotesia flavipes Diatraea saccharalis 10% de intensidade de infestação (broca-da-cana) Perdas: 100 milhões de dólares/ano (SP)

CANA-DE-AÇÚCAR importação de Trinidad-Tobago muito superior aos taquinídeos nativos, atingindo em pouco tempo um parasitismo de 80%

CANA-DE-AÇÚCAR Produção e liberação de até parasitóides/ano 1.000.000 ha

CANA-DE-AÇÚCAR década de 70 Perdas de 20 milhões de dólares anuais I.I. 100 milhões Cotesia flavipes 20 milhões

CANA-DE-AÇÚCAR Redução de 0,4% da I.I. a cada ano, devido à ação de C. flavipes Almeida et al. (1997)

SOJA Trissolcus basalis percevejos 20.000 ha/ano em área de microbacia do Paraná Corrêa-Ferreira (2002)

cana-de-açúcar milho tomate hortaliças

PRODUÇÃO DE Trichogramma em grande escala produção de lagartas obtenção de adultos bandejas com ovos parasitados

BIOFÁBRICA MOSCAMED

Diachasmimorpha longicaudata Ceratitis capitata

Moscamed Brasil

Phyllocnistis citrella Ageniaspis citricola introduzida no Brasil em 1996 proveniente da Ásia

ESQUEMA DE PRODUÇÃO DE Phyllocnistis citrella E Ageniaspis citricola 2 dias 15-17 dias 15 dias 1.000.000 parasitóides produzidos 4 dias 3 dias 15 dias

ÁREAS DE LIBERAÇÃO de A. citricola Cajobi (1) Olímpia (2) Colômbia (3) Barretos (3) Altair (1) Orindiuva (1) Nova Granada (1) Monte Azul Pta (1) Bebedouro (6) Pirangi (1) Vista Alegre do Alto (1) Taquaral (3) Onda Verde (1) Macedônia (1) Tabapuã (1) Catanduva (1) Taiaçú (1) Taiuva (1) Jaboticabal (2) Dobrada (1) Matão (4) Rincão (1) Mococa (1) Santa Lúcia (1) Monte Alto (1) Taquaritinga (4) Ubarana (2) Adolfo (1) Itápolis (7) Borborema (3) Cafelândia (1) Lins (1) Getulina (1) Pongai (1) Guarantã (1) Piraju (1) Novaes (1) Américo Brasiliense (1) Casa Branca (2) Descalvado (5) Aguaí (2) Mogi-Guaçú (2) Itirapina (1) Araras (2) Eng. Coelho (2) Amparo (1) Jaguariúna (1) Holambra (3) Cordeirópolis (1) Limeira (1) Brotas (4) Ibitinga (1) Reginópolis (1) Nova Europa (1) Itajú (1) Tabatinga (2) Gavião Peixoto (4) Araraquara (5) Boa Esperança do Sul (4) Dourado (1) Botucatu (1) Ribeirão Bonito (1) Buri (1) Sarapuí (1) Tatuí (1) Piracicaba (1)

OCORRÊNCIA DO MINADOR e de A. citricola 100 80 Minador A. citricola 60 40 20 0 1998-2000 2001 2002 2003 2004

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS SOJA a partir de No início, maceravam lagartas (50 a 70 lagartas/ha) Hoje, várias empresas

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS SOJA Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola Cascavel, PR Usina de produção de lagartas capacidade de produção de vírus para 1,3 a 1,5 milhões de hectares de soja/ano Santos e Moscardi (2005)

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS SOJA Maior programa de controle biológico do mundo Chegou a 2 milhões de hectares tratados com vírus no Brasil

PROBLEMAS Pressão de grandes empresas; Especificidade do Controle Biológico; Cultura (tradição e maior facilidade no uso de inseticidas); Modelo agrícola vigente no país; Concentração em determinadas culturas.

POR QUE O BRASIL TEM FUTURO NA ÁREA? Região tropical (grande potencial de agentes biológicos) Massa crítica na área formada nos últimos 20 anos em Cursos de Pós-graduação no Brasil e exterior Laboratórios de qualidade Pesquisas de bom nível Resultados já obtidos em diversas culturas

Livros sobre o assunto

van Lenteren (1997) CONCLUSÃO Aproveitar a nossa biodiversidade com consciência ambiental controle controle Nº. de ingredientes (agentes) testados Taxa de sucesso Custos para desenvolvimento Tempo de desenvolvimento Taxa custo/benefício Riscos de resistência Especificidade Desequilíbrios > 1.000.000 1 : 200.000 U$ 400 milhões 10 anos 2 : 1 grande muito pequena muitos 2.000 1 : 10 U$ 2 milhões 10 anos 20 : 1 pequeno muito grande nenhum / poucos