Direção de Serviços de Segurança Alimentar / DGAV

Documentos relacionados
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. Maria Adelaide Teles

Evento Apícola. A abelha e a Laurissilva. São Vicente, 25 a 27 de Junho de 2010

Uso de proteínas animais transformadas no fabrico de alimentos para animais de aquicultura

Info Frutas & Hortícolas

IV GAMA HORTOFRUTÍCOLA EM PORTUGAL: INVESTIGAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

1 Legislação aplicável (UE e PT) Objetivos Objetivo geral Objetivos estratégicos Objetivos operacionais...

(Texto relevante para efeitos do EEE)

CONTROLO OFICIAL DE REBENTOS E SEMENTES

Jornal Oficial da União Europeia L 68/19

Higiene dos Géneros Alimentícios

(Texto relevante para efeitos do EEE)

QUEIJARIAS TRADICIONAIS ATIVIDADE PRODUTIVA LOCAL OU SIMILAR CAE REV_3: INDÚSTRIAS DO LEITE E SEUS DERIVADOS ÂMBITO

OS NOVOS REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

(Texto relevante para efeitos do EEE)

SEGURANÇA ALIMENTAR Sistema HACCP

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Proposta de REGULAMENTO DO CONSELHO

FORMAÇÃO EM NUTRIÇÃO ANIMAL

IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE DO ESTABELECIMENTO IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO. Resultados

Testes de Diagnóstico

PRODUÇÃO DE CÂNHAMO. A produção de cânhamo pode beneficiar do pagamento de base desde que cumpra determinadas disposições.

Perspetivas da Produção de Leite na Região Autónoma da Madeira

(P20) Plano de Aprovação e Controlo dos Estabelecimentos (PACE) 2 Objetivos Objetivo geral Objetivos estratégicos...

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

Produção Primária de Produtos de Origem Não-Animal

Esclarecimento 13/ Revisão 1/ 2017

Proposta de DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

A Ovinicultura de leite /queijo Relação produção e Industria. Maria Eugenia Lemos DSAVRC Gouveia Janeiro 2013

Galinhas Portuguesas na Agricultura Sustentável

Maria Celeste da Costa Bento

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS DIREÇÃO-GERAL DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL

Os requisitos de rotulagem para a exportação

Jornal Oficial da União Europeia. (Atos não legislativos) REGULAMENTOS

Regulamento (CE) n. 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004

Segurança Alimentar. Restos de Cozinha e de Mesa de Transportes Internacionais

Registo de Diplomas Legais Página 1 de 5

Acção de Sensibilização sobre Higiene e Segurança Alimentar. 15 de Março de 2007

Visitas às Explorações no âmbito dos Planos de Controlo

Jornal Oficial da União Europeia L 280/5

(Texto relevante para efeitos do EEE)

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento D043211/04.

D.G.F.C.Q.A. Segurança Alimentar em Portugal. Maria de Lourdes Gonçalves

Foram ouvidos os órgãos de Governo próprios das Regiões Autónomas.

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Oficio Circular n.º 29/2018

Jornal Oficial da União Europeia L 326/3

SEGURANÇA dos ALIMENTOS

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

Controlos Oficiais de Trichinella Impacto da aplicação do Regulamento n.º 216/2014

Medidas legislativas para protecção da cadeia alimentar O âmbito da importação e da admissão DECRETOS-LEI

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CONDICIONALIDADE

CIRCULAR DE LEGISLAÇÃO Nº 25

A Influência da Amostragem na Qualidade dos Dados

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

REGULAMENTOS. (Texto relevante para efeitos do EEE)

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Boas Práticas de Higiene no manuseio de Alimentos visando a obtenção de alimentos seguros

(Actos não legislativos) REGULAMENTOS

PALESTRA REGULAÇÃO DO SECTOR ALIMENTAR RESPONSABILIDADES & IMPACTOS

8.º Seminário UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA ACES PORTO ORIENTAL. Prevenção e Controlo da Infecção ERPI 06 de junho de 2017

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento D043211/04 ANEXO 1.

Jornal Oficial da União Europeia L 77/25

CONTROLO E CERTIFICAÇÃO EM AGRICULTURA BIOLÓGICA

Índice. Direção Geral de Alimentação e Veterinária Direção de Serviços de Segurança Alimentar - Divisão de Controlo da Cadeia Alimentar

PARLAMENTO EUROPEU Comissão do Comércio Internacional PROJETO DE PARECER

Comunicações e Informações INFORMAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES, ÓRGÃOS E ORGANISMOS DA UNIÃO EUROPEIA

Água limpa Qualquer água do mar limpa e água doce limpa (Retificação ao Reg. (CE) n.º 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 de abril).

PROCEDIMENTOS PARA A APRESENTAÇÃO DO PEDIDO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO DE UM PRODUTO BIOCIDA VETERINÁRIO

Jornadas da Alimentação

FINANÇAS E AGRICULTURA, FLORESTAS E DESENVOLVIMENTO RURAL

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS DIREÇÃO-GERAL DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL

Plano de Controlo da Produção Primária (PCPP)

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Rastreabilidade - enquadramento legal. Alda Maria Santos ASAE - DRLVT Óbidos, 6 de Abril de 2006

Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural Direção Geral de Alimentação e Veterinária. Despacho n.º /2018

DECISÃO DELEGADA (UE) /... DA COMISSÃO. de

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de DIRECTIVA DO CONSELHO. que revoga a Directiva 72/462/CEE. (apresentada pela Comissão)

Informações gerais sobre o respondente

ANEXOS REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO

Jornal Oficial da União Europeia L 8/29

(Texto relevante para efeitos do EEE)

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

REGULAMENTOS. (Texto relevante para efeitos do EEE)

PECUÁRIA BIOLÓGICA. (Reg. 2082/91, modificado)

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

(centros de recolha e alojamentos de hospedagem com e sem fins lucrativos)

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Regulação do Sector Alimentar em Cabo Verde - Responsabilidades e Impactos da Nova Legislação

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES TRABALHOS DA COMISSÃO

REGULAMENTOS Jornal Oficial da União Europeia L 279/3

FAQs (Perguntas frequentes)

Jornal Oficial da União Europeia L 205/3

Jornal Oficial da União Europeia L 227/33 DECISÕES COMISSÃO

Transcrição:

Direção de Serviços de Segurança Alimentar / DGAV Assunto: COMERCIALIZAÇÃO DE REBENTOS Esclarecimento 11/2013 A presente nota de esclarecimento pretende elucidar os operadores de empresas do setor alimentar sobre os requisitos a cumprir na comercialização e produção de rebentos e sementes destinadas à produção de rebentos. Na sequência de intoxicações alimentares ocorridas na Europa, por E. coli produtora de toxina Shiga em 2011, associadas ao consumo de rebentos, a Comissão Europeia aprovou um conjunto de diplomas para regulamentar este setor que são aplicáveis desde 1 de Julho de 2013. «Rebentos, o produto obtido pela germinação de sementes e o seu crescimento em água ou outro meio, colhido antes do aparecimento de folhas verdadeiras e destinado a ser comido inteiro, incluindo a semente.» Produtores nacionais de rebentos: As explorações agrícolas onde são produzidos rebentos têm de: Estar aprovados pela DGAV, em conformidade com o artigo 6º do Regulamento (CE) n. 852/2004; Cumprir os requisitos constantes no Anexo I do Regulamento (CE) n. 852/2004 (produção primária) e no Anexo do novo Regulamento (CE) n. 210/2013. As aprovações são concedidas na sequência de pelo menos uma visita in loco e estão dependentes do cumprimento dos requisitos acima referidos, que se baseiam nas condições de laboração que as instalações devem adotar em matéria de higiene (Anexo). Os produtores devem assim solicitar a aprovação à DGAV ou às Autoridades Competentes das regiões autónomas. 1

Operadores industriais e comerciais: Os operadores de estabelecimentos que embalam, transformam e comercializam rebentos crus devem assegurar que os lotes destes produtos são: Provenientes de explorações agrícolas aprovadas pela DGAV, caso se trate de explorações nacionais, ou aprovadas pelas respetivas Autoridades Competentes, caso se trate de explorações de outros Estados Membros; Acompanhados de um certificado conforme o modelo estabelecido no anexo do Regulamento (CE) nº 211/2013, caso se trate de remessas de rebentos importadas de países terceiros. Este requisito aplica-se também às sementes importadas destinadas à produção de rebentos. Os operadores devem assim obter garantias dos seus fornecedores do cumprimento destes requisitos. Nova Legislação - aplicável desde 1 Julho de 2013: Regulamento de Execução (CE) n. 208/2013 da Comissão, de 11 de março de 2013, relativo aos requisitos de rastreabilidade dos rebentos e das sementes destinadas à produção de rebentos Regulamento (UE) n. 209/2013 da Comissão, de 11 de março de 2013, que altera o Regulamento (CE) n. 2073/2005 no que diz respeito aos critérios microbiológicos aplicáveis a rebentos e às regras de amostragem de carcaças de aves de capoeira e carne fresca de aves de capoeira Regulamento (CE) n. 210/2013 da Comissão, de 11 de março de 2013, prevê um conjunto de regras relativas à aprovação de estabelecimentos que produzem rebentos, nos termos do Regulamento (CE) n. 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho Regulamento (CE) n. 211/2013 da Comissão, de 11 de março de 2013, relativo aos requisitos de certificação aplicáveis às importações na União de rebentos e de sementes destinadas à produção de rebentos Consulte os novos Regulamentos, compre rebentos de instalações aprovadas, exija o certificado no caso de remessas importadas, implemente os requisitos de higiene determinados, articule com os serviços da Autoridade Competente, solicite a aprovação e contribua assim para um elevado nível de proteção da saúde pública. 2

Contactos: Portugal continental DGAV Direção Geral de Alimentação e Veterinária DSSA Direção de Serviços de Segurança Alimentar e-mail: seguranca.alimentar@dgav.pt Tel. 21 4464061 Fax: 21 4464099 Açores DRDA - Direção Regional de Desenvolvimento Agrário e-mail: info.drda@azores.gov.pt Tel. 295404200 / 295404330 Fax: 295216272 Madeira DRADRM - Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Madeira e-mail: dradr.sra@gov-madeira.pt Tel. 291204201 Fax: 291225708 3

Anexo - Requisitos necessários à aprovação A. Requisitos gerais Os operadores que produzem ou colhem rebentos tomam as medidas adequadas para: Assegurar que os produtos são protegidos de contaminações. Controlar a contaminação pelo ar, solo, água, fertilizantes, produtos fitossanitários e biocidas e encaminhamento de resíduos. Manter limpas as instalações, equipamentos, contentores, grades, e veículos (se necessário desinfetadas). Assegurar a higiene da produção, do transporte e das condições de armazenagem dos produtos vegetais, e biolimpeza desses produtos. Utilizar água potável ou água limpa. Assegurar que os trabalhadores que manuseiam os rebentos: - estão de boa saúde e - recebem formação em matéria de riscos sanitários. Prevenir a contaminação causada por animais e pragas. Manusear os resíduos e as substâncias perigosas de modo a prevenir qualquer contaminação. Ter em conta os resultados de análises que se possam revestir de importância para a saúde humana. Utilizar corretamente os produtos fitossanitários e biocidas. Promover a correção quando são identificados problemas durante os controlos oficiais. B. Requisitos específicos Os operadores que produzem ou colhem rebentos asseguram que: A conceção e disposição das instalações permitem a aplicação de boas práticas de higiene (incluindo a proteção contra a contaminação entre e durante as operações). As superfícies que entram em contacto com os géneros alimentícios (incluindo a dos equipamentos): - São mantidas em boas condições - Podem ser facilmente limpas (e se necessário desinfetadas). Existem instalações adequadas para a limpeza, desinfeção e armazenagem de utensílios e equipamento de trabalho. Estas instalações: - São fáceis de limpar; - Dispõe de abastecimento adequado de água quente e fria. Estão previstos meios adequados para a lavagem dos alimentos (se necessário). Todos os lavatórios destinados à lavagem de alimentos (ou outros equipamentos do mesmo tipo): - Dispõe de abastecimento adequado de água potável quente e/ou fria; - Estão limpos (quando necessário são desinfetados). Todos os equipamentos com os quais as sementes e rebentos entram em contacto permitem minimizar risco de contaminação e:» São fabricados com materiais adequados,» São mantidos em boas condições de arrumação,» São mantidos em bom estado de conservação,» Permitem ser mantidos limpos (e se necessário desinfetados). Existem procedimentos adequados que garantem que: 4

» O estabelecimento que produz rebentos é mantido limpo (e se necessário é desinfetado).» Todos os equipamentos com os quais sementes e rebentos entram em contacto são limpos eficazmente (e se necessário são desinfetados); A limpeza e desinfeção do equipamento são efetuadas com uma frequência suficiente para evitar qualquer risco de contaminação. C. Registos Os operadores que produzem ou colhem rebentos asseguram que: São mantidos e conservados registos das medidas tomadas para controlar riscos de forma adequada. As informações relevantes constantes nestes registos são disponibilizadas às Autoridades Competentes ou aos clientes, a seu pedido. Os registos incluem informação sobre: - a utilização de produtos fitossanitários e biocidas; - a ocorrência de pragas ou doenças que possam afetar a segurança dos rebentos; - os resultados de análises efetuadas em amostras colhidas das plantas ou outras amostras. 5