Assunto: Esclarecimentos sobre a emissão do Termo de Conformidade para sementes importadas.

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Transcrição:

Ofício n.º 041/2009 Campinas, 18 de junho de 2009. A/C: SR. NATANIEL DINIZ NOGUEIRA GERENTE DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA - IMA Av. dos Andradas, 1220 - Centro - Belo Horizonte/MG - CEP: 30120-010 Telefone: (31) 3235 3400 / Fax: (31) 3235 3438 - E-mail: gdv@ima.mg.gov.br Assunto: Esclarecimentos sobre a emissão do Termo de Conformidade para sementes importadas. Prezado Senhor, A ABCSEM - Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas atua desde 1970 na defesa e representação dos produtores e comerciantes de sementes e mudas de hortaliças, flores e ornamentais. Nosso principal foco de trabalho é a adequação das normativas que disciplinam os segmentos de sementes e mudas, a fim de que nossos associados, bem como o setor em geral, possam estar legalizados e adequados quanto às exigências do Governo na fiscalização das normas e padrões para produção, comercialização e utilização daqueles insumos, bem como, na defesa fitossanitária. Tal trabalho é realizado sempre em conjunto com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e demais órgãos relacionados em Brasília e nos Estados (SFAs, EDAs, UTRAs). Nesse sentido, temos trabalhado continuamente com as equipes técnicas dos Departamentos de Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA/SDA/MAPA) e de Sanidade Vegetal (DSV//SDA/MAPA), através de uma agenda estratégica com reuniões presenciais em Brasília, cuja pauta principal é a resolução de diversos entraves de nosso setor, buscando basicamente a adequação de legislações vigentes, a partir de sua revisão ou mesmo, quando necessário, da elaboração de normativas específicas. 1

Recentemente, no final do ano passado, após várias reuniões conjuntas entre DFIA e Abcsem para discussão, entendimento e indicação de soluções para os entraves encontrados por nosso setor na aplicação de alguns pontos do Decreto nº 5.153/2004 (Regulamento da Lei de Sementes e Mudas, 10.711/2003) e da Instrução Normativa de nº 9/2005 (Normas para Produção, Comercialização e Utilização de Sementes), resolveu-se em comum acordo, DFIA e Abcsem, redigirem uma proposta de Instrução Normativa específica para atender às particularidades da produção, comercialização e utilização de sementes de hortaliças e flores; haja vista a compreensão de que as normativas vigentes foram elaboradas com base nos aspectos de produção e comercialização das grandes culturas agrícolas, que é bastante diferenciado das minor crops. De acordo com informações recentes do próprio DFIA, tal normativa específica está em fase de finalização de revisão pelos técnicos do Ministério, para ser publicada. Como o intuito dessa proposta é a busca da regulamentação de nosso setor, impossibilitado de seguir pontualmente as legislações vigentes, consta da referida normativa específica, várias alterações necessárias à adequação das particularidades de nosso setor, entre elas, alguns documentos estabelecidos pela IN 09, como os Mapas de Produção e Comercialização e o Termo de Conformidade para Sementes. Como os modelos atualmente vigentes são de difícil preenchimento por nosso setor, foram sugeridas adequações em seus conteúdos (ex.: alteração da unidade de volume, de tonelada para quilograma), prevendo-se ainda, inclusive, um novo documento para a situação diferenciada das sementes importadas, ou seja, um Termo de Conformidade para Sementes Importadas. Para nosso setor há duas conceituações distintas que envolvem a terminologia sementes importadas: 1) Sementes importadas: aquelas que são importadas e comercializadas na embalagem original do fornecedor (contendo a adequação de rotulagem exigida pelo MAPA), cujo lote mantém suas características originais, conforme expresso no Boletim de Análise da Semente, emitido pelo laboratório fitossanitário da origem; 2) Sementes importadas embaladas no Brasil: aquelas que, após importadas, são comercializadas em embalagens diferentes da original, para a adequação pelo importador de seu conteúdo (exemplo: volume da embalagem e tamanho do lote, entre outros). Por esse motivo, o setor também diferencia a necessidade ou não de emissão do Termo de Conformidade para Sementes, atualmente previsto na IN 09: 1.1) Sementes importadas: o setor não consente a emissão do Termo de Conformidade para estas sementes, por compreender que as mesmas mantêm as características originais expressas pela origem do produto no Boletim de Análise da Semente e, portanto, nestes casos, o documento da semente, mantido à disposição da fiscalização 2

pelo importador, é a cópia do Boletim de Análise das Sementes importadas, emitido pela origem ou por laboratório credenciado pelo MAPA; 2.1) Sementes importadas embaladas no Brasil: como neste caso a embalagem original foi alterada, o setor compreende a necessidade de emissão do Termo de Conformidade; porém, o responsável técnico das empresas importadoras sente-se impossibilitado de emitir tal documento, por questões técnicas e jurídicas, uma vez que (i) o modelo atual (ANEXO XLIV da IN 09) atesta que os lotes de sementes, abaixo discriminados, foram produzidos de acordo com as normas e padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (...) ; e (ii) as sementes são importadas, e seu processo de produção se deu no exterior. (a) Como poderia o profissional (responsável técnico - RT), que se encontra no Brasil regularmente inscrito no CREA e também no RENASEM, atestar que acompanhou a produção no campo, em outro país, algo que sabidamente não ocorreu? Tal declaração, por si só, além de falta ética, configura-se falsidade ideológica, por atestar fato inverídico, principalmente em documento oficial. (b) Além disso, destaque-se o item 22 (Documento da Semente) da IN 09 que, ao exigir os documentos relativos à semente importada, dispõe de forma alternativa, com a palavra ou, estabelecendo que a condição legal se satisfaz com determinado documento ou outro: 22.1 - Para o lote aprovado e identificado, exigir-se-á, além do Boletim de Análise de Sementes, o Atestado de Origem Genética ou o Certificado de Sementes ou o Termo de Conformidade, segundo sua classe e categoria. 22.2 - O Boletim de Análise de Sementes é o documento emitido por laboratório de análise credenciado pelo MAPA que expressa o resultado de análise, conforme modelos estabelecidos pelo MAPA.(...) (...) 22.7 - O original do Boletim de Análise de Sementes, do Atestado de Origem Genética, do Certificado de Sementes e do Termo de Conformidade deverá permanecer em poder do produtor ou do reembalador à disposição da fiscalização. 22.8 - Cópia dos documentos relacionados no subitem 22.7, com exceção do Boletim de Análise de Sementes, deverá acompanhar a semente durante a comercialização, o transporte e o armazenamento. 3

(c) Adiante, o item 24.4 da IN 09, relativo à comercialização, também repete as exigências disjuntivas ao mencionar que 24.4 - Na comercialização, transporte ou armazenamento, a semente deve estar identificada e acompanhada da respectiva nota fiscal e da cópia do Atestado de Origem Genética ou do Certificado de Semente ou do Termo de Conformidade, em função de sua classe e categoria. (d) As empresas que reembalam e comercializam as sementes importadas mantêm à disposição de seus clientes e do Ministério, o Boletim de Análise da Semente, cuja cópia poderá ser apresentada a qualquer momento, quando solicitado. (e) Na proposta de normativa específica para produção, comercialização e utilização de sementes de hortaliças e flores, conforme colocado acima, há a previsão de um modelo de Termo de Conformidade para Sementes Importadas, o qual deverá atestar que os lotes de sementes importadas embaladas no Brasil foram analisados pelo laboratório de análise de sementes e estão de acordo com os padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; desta forma, haverão dois documentos distintos quando de sua publicação: um para sementes nacionais e importadas comercializadas na embalagem original, e outro exclusivo para sementes importadas embaladas no Brasil. Pelos motivos acima, a Abcsem, na orientação de seus associados e do setor de sementes de hortaliças, flores e ornamentais, após análise de seus consultores técnicos e jurídico, solicita a este Instituto a seguinte posição para o caso das Sementes importadas embaladas no Brasil, enquanto aguarda-se a publicação da IN específica para nosso setor, que trará consigo a resolução efetiva do assunto: (i) Quando solicitado pela fiscalização, as empresas importadoras e comerciantes de sementes deverão emitir o Termo de Conformidade atualmente previsto no ANEXO XLIV da IN 09, indicando no campo observações, a seguinte ressalva: Sementes produzidas no exterior sob acompanhamento técnico do produtor, e embaladas no Brasil. Origem:., a fim de proteger os responsáveis técnicos, sem prejuízo do atendimento ao estabelecido pela legislação. (ii) Que sejam transmitidos aos fiscais deste Instituto os esclarecimentos aqui colocados, principalmente nas regionais (em Uberlândia, por exemplo), uma vez que, a exigência da emissão do Termo de Conformidade para as sementes importadas pelos mesmos, sob pena de autuação, tem gerando graves dificuldades comerciais para as empresas comerciantes de sementes, bem como para suas revendas e distribuidores até mesmo com a perda de clientes, já que as mesmas não tem possibilidade de emitir o referido documento, de acordo com o posto acima. 4

(iii) E, finalmente, que não sejam lavrados quaisquer autos de infração ou tomadas quaisquer outras medidas impeditivas da comercialização, baseadas na questão da exigência do Termo de Conformidade, até que se resolvam os pontos aqui examinados. Salientamos por fim que nossos associados são empresas idôneas e atentas ao atendimento das exigências da fiscalização, e não tem qualquer intenção de estarem às margens da regularização, tanto que, atuam junto à Abcsem no combate à produção e comercialização de sementes irregulares (piratas), estas sim representando graves riscos ao agronegócio brasileiro, principalmente do ponto de vista fitossanitário, sabido o pequeno contingente de representantes deste Ministério para a fiscalização e inibição de tal comércio ilegal. Feitas as colocações acima na tentativa de efetivamente esclarecer a complicada situação vivida por nosso setor frente às legislações vigentes, e sua preocupação e dedicação na busca de adequações práticas que o mantenha legalizado, nos colocamos à vossa inteira disposição para quaisquer novos esclarecimentos que se fizerem necessários. Atenciosamente, Eng.ª Agr.ª Mariana Ceratti Coordenadora Executiva ABCSEM 5