Introdução INFLUÊNCIA DAS TÉCNICAS LABORATORIAIS NA ADAPTAÇÃO MARGINAL "IN VITRO DE RESTAURAÇÕES INDIRETAS DE RESINAS COMPOSTAS

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INFLUÊNCIA DAS TÉCNICAS LAORATORIAIS NA ADAPTAÇÃO MARGINAL "IN VITRO DE RESTAURAÇÕES INDIRETAS DE RESINAS COMPOSTAS INFLUENCE OF LAORATORY TECHNIQUES IN MARGINAL ADAPTATION IN VITRO OF INDIRECT COMPOSITE RESIN RESTORATION VAZ RR 1, VASCOCELLOS WA 1, MACHADO MP 2, LARA MVZ 3* 1 Professor Adjunto do Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da UFMG-elo Horizonte-Minas Gerais-rasil. 2 Professor Auxiliar do Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da UFMG-elo Horizonte-Minas Gerais-rasil. 3 Mestre em Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da UFMG-elo Horizonte-Minas Gerais-rasil *Endereço para correspondência: Marcos Vinícius Zuim Lara Rua Santos Dumont, 150, etim, MG, CEP -32604-126 E-mail: marcoszuim@yahoo.com.br Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar a adaptação marginal de duas técnicas laboratoriais na confecção de restaurações indiretas de resinas compostas. No grupo I as restaurações foram confeccionadas diretamente sobre o modelo de trabalho e no grupo II utilizou duas camadas de espaçador interno sobre o modelo de trabalho, previamente a confecção das restaurações indiretas. O estudo utilizou um troquel metálico simulando um preparo cavitário tipo classe II composta, sendo esse moldado com silicone de adição e o molde vazado com gesso-pedra tipo IV. As restaurações em resinas compostas indiretas foram confeccionadas aplicando-se quatro ciclos de ativação de 180 segundos no aparelho UniXS. Foram confeccionadas trinta restaurações para cada grupo experimental, utilizando as resinas compostas Dialog II, Vita Zeta e Art Glass, Para avaliação da adaptação marginal as restaurações indiretas foram inseridas no troquel metálico com 1,0Kgf e dez leituras foram realizadas na parede gengival da caixa proximal e os dados foram submetidos à Análise de Variância e ao teste t de Student. Os resultados revelaram que não houve diferença na adaptação marginal entre as resinas compostas. Entretanto, foi observado diferença estatisticamente significante entre as duas técnicas laboratoriais, sendo a técnica realizada sem o espaçador interno a que apresentou melhores resultados de adaptação marginal. Palavras Chaves: Adaptação marginal dentária, Resinas compostas, Materiais dentários Abstract The aim of this study was to evaluate the marginal adaptation of two laboratory techniques in the production of indirect restorations with composite resins. In group I, the restorations were built up directly on the working model. in group II, two spacer layers were used on the working model, prior of indirect restorations building. The study used a metal die for class II cavity, which was subsequently molded with addition silicone and casted with type IV plaster-stone. The indirect composite resin restorations were made by four cycles of 180 seconds in the activation device UNIXs. Thirty indirect restorations were produced for each experimental group, using the resin composites Dialog II, Vita Zeta and Art Glass, to evaluate the marginal adaptation indirect restorations were inserted into the metal die with a weight of 1.0 kgf and ten readings were taken at the gingival wall the proximal box and the data were submitted to ANOVA. The results revealed that there was no difference in marginal adaptation between the composites and that there was a difference between the two laboratory techniques, the technique being performed without the built-in spacer that showed a better marginal adaptation. Keywords: Marginal adaptation, Composite resins, Dental materials Introdução Um grande desenvolvimento técnicocientífico tem ocorrido na Odontologia com o aprimoramento na aplicação clínica dos materiais restauradores, e isto tem proporcionado a restauração de dentes anteriores e posteriores com problemas estéticos e funcionais. Os métodos mais utilizados para a obtenção de restaurações estéticas e funcionais é a confecção direta de resinas compostas, seguido pelo método indireto utilizando resinas compostas e porcelanas odontológicas. Em 12

cavidades tipo classe II composta com caixas proximais extensas no sentido vestíbulo-lingual, as restaurações indiretas restabelecem a relação de contato com os dentes adjacentes de maneira adequada e efetiva quando comparada com as resinas compostas diretas e também a contração de polimerização ocorre em modelos de trabalho fora da cavidade bucal 1. Existem atualmente diferentes formulações químicas de resinas compostas utilizadas na técnica indireta, dentre elas destacam-se as resinas compostas reforçadas com vidro, reforçadas com fibras e, finalmente, reforçadas com cerâmica 2,3. Essas foram classificadas em 1997 em primeira geração, geração intermediária e segunda geração, isto de acordo com suas propriedades físicas, químicas e mecânicas 4. As restaurações de resinas compostas indiretas podem ser confeccionadas sem complexos métodos laboratoriais, sendo fotoativadas em uma unidade própria utilizando luz. Os aparelhos utilizados para fotoativação das resinas compostas na técnica indireta utilizam fontes de luz, luz e calor, calor e pressão e proporcionam um grau de polimerização maior e mais uniforme, resultando numa maior estabilidade dimensional e melhorando as propriedades mecânicas da resina composta indireta 1,4-6. Uma boa adaptação marginal reduz as chances de cáries recorrentes, bem como de doença periodontal. Uma distância de até 100µm entre a superfície do dente e a restauração indireta é considerada como um valor clinicamente aceitável 7. A microinfiltração em restaurações confeccionadas com resinas compostas indiretas e cerâmicas odontológicas está relacionada a diversos fatores, destacando-se principalmente as técnicas laboratoriais para obtenção das restaurações e aos procedimentos de cimentação 8. Os troquéis metálicos confeccionados com aço inoxidável ou latão são utilizados com o objetivo de determinar o desajuste cervical em restaurações classe II utilizando resinas compostas indiretas e cerâmicas odontológicas. A determinação in vitro da quantificação do desajuste cervical tem como objetivo proporcionar uma inter-relação entre os diferentes materiais envolvidos na produção de restaurações indiretas e avaliar se as técnicas operatórias ou laboratoriais são eficazes em proporcionar melhores valores de adaptação marginal e, consequentemente, menores valores de infiltração marginal 9,10. A técnica indireta para a confecção das restaurações de resinas compostas sobre o modelo de gesso-pedra tipo IV utiliza um separador que tem como objetivo obter um espaço para o agente cimentante. Entretanto um maior espaço entre a face interna da restauração indireta e o preparo cavitário pode proporcionar um aumento na espessura do agente de fixação, resultando em uma maior discrepância na adaptação marginal 11,12. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a adaptação marginal de duas técnicas laboratoriais na confecção de restaurações indiretas de resinas compostas. Materiais e Método Para execução do presente estudo foi utilizado um troquel metálico de aço inoxidável com 6 o de angulação das paredes internas. Esse troquel simulava uma cavidade tipo classe II com as seguintes dimensões: 7,1mm de diâmetro interno, 12,0mm de diâmetro externo, 2,5mm de largura da parede oclusal, altura correspondente à parede da caixa oclusal de 2,2mm, altura axial de 4,7mm e 12 o de expulsividade (Figura 1). O troquel de aço foi adaptado a uma base metálica de latão, que possuía no centro um orifício e um parafuso rosqueável para estabilização do conjunto. Uma depressão na Figura 1 Desenho esquemático do troquel metálico. 13

A Figura 2 Troquel metálico (A) e base em latão com parafuso (). base de latão foi confeccionada a fim de posicionar uma moldeira individual (Figura 2). Para a moldagem do troquel metálico, foi utilizado a técnica de dupla impressão com silicona de adição (President system, Coltène, Suiça) de acordo com as especificações do fabricante. Os moldes foram obtidos com uma moldeira individual metálica adaptável à base, com referências de inserção para evitar variações no posicionamento durante os procedimentos de moldagem. Com o objetivo de fornecer espaço uniforme para o material de impressão leve, um alívio de silicone de 1,5mm de espessura foi preparado em plastificadora a vácuo e adaptado sobre o troquel. A moldeira foi preenchida com o material manipulado e inserida sobre o troquel com a marca de posicionamento voltada para a face correspondente à caixa proximal. Sobre a moldeira foi aplicada uma carga de 0,2Kgf e aguardou-se oito minutos para a retirada do molde. Após esse tempo, o molde de material denso foi removido e o alívio de silicone retirado do material. Em seguida o material leve foi então manipulado manualmente com auxílio de espátula e placa de vidro, sendo A Figura 3 Conjunto base/troquel metálico (A) e moldeira metálica juntamente com alívio de silicone e aplicação de carga de 0,2Kgf (). 14

A Figura 4 ase de borracha adaptada à moldeira (A) modelo de gesso e molde de silicone de adição (). parte injetada na cavidade e o restante na moldeira e aguardou o tempo de oito minutos, utilizando-se também a carga de 0,2Kgf sobre o conjunto troquel metálico/moldeira individual (Figura 3). Após a retirada do molde, esse foi armazenado em temperatura ambiente por uma hora antes do vazamento do gesso-pedra tipo IV (Noritake, Japão). O troquel foi obtido pela manipulação de 23,0 gramas do gesso, manipulados com 4,6ml de água destilada, utilizando a técnica mecânico-manual com 120rpm. O formato da base dos modelos de gesso foi padronizado através de uma matriz de borracha adaptada à moldeira individual (Figura 4). Foram utilizadas as resinas compostas Dialog II (Schutz-Dental), Vita Zeta LC (Vita,), Artglass (Heraus Kulser), todas na coloração A3, conforme o Quadro 1. O estudo utilizou 60 modelos de trabalho em gessopedra tipo IV para a obtenção das restaurações indiretas, que foram divididos em trinta amostras para cada condição experimental. Confecção das Restaurações Indiretas: Grupo I Para a confecção das restaurações indiretas, os modelos de gesso foram isolados com Insulating-gel, e a condensação foi executada em dois incrementos de 0,2 gramas pesados em balança digital. O primeiro incremento foi condensado sobre as faces correspondentes à parede pulpar, axial e gengival, sem atingir o ângulo cavo-superficial. A condensação foi Quadro 1 Composição química das resinas compostas Resinas Compostas % de conteúdo inorgânico e orgânico Fabricantes Dialog II 67% Matriz inorgânica 8% Matriz orgânica 25% Resinas convencionais Schutz Dental GmbH, Rosbach, Alemanha Vita Zeta 44,3% Matriz inorgânica Vita Zahnfabrink, ad, Sachingen, Alemanha Artglass 75% Matriz inorgânica Matriz orgânica mistura de dimetacrilato e metacrilato multifuncional. Heraeus Kulzer GmbH, Hanau, Alemanha 15

A Figura 5 Anel acrílico (A) e anel acrílico adaptado ao modelo de gesso-pedra (). executada com espátulas de borracha Greenst Incolor e pincéis de borracha Color Shaper. O modelo foi então levado a um aparelho de luz UniXS e fotoativado por 180 segundos. Para a confecção do segundo incremento foi desenvolvido A um anel acrílico transparente torneado. Esse anel se subdividia em três partes, sendo um anel interno, em acrílico, seccionado ao meio no sentido longitudinal para facilitar sua inserção e retirada. Para que se mantivesse a estabilização do anel acrílico, esse foi envolto por um anel metálico externo em latão. Os anéis eram lubrificados com vaselina e então posicionados no modelo de trabalho (Figura 5). Após a condensação do segundo incremento de 0,2g, foi colocada uma lâmina de vidro lubrificada com vaselina sobre o conjunto, sobre a qual foi aplicado um peso de 200g por um minuto, em seguida foi levado ao aparelho UniXS e realizada a fotoativação por 180 segundos. Após este ciclo de ativação, a lâmina de vidro e o anel foram retirados e os excessos da área correspondente à caixa oclusal foram removidos com uma lâmina metálica afiada (figura 6). A restauração indireta foi retirada do troquel e submetida a mais um ciclo de ativação de 180 segundos com toda a superfície A Figura 6 Carga aplicada sobre a lâmina de vidro (A) e a restauração indireta finalizada (). 16

interna da restauração voltada diretamente à luz. Após o ciclo de ativação, as restaurações foram armazenadas em ambiente seco. Grupo II Para a confecção das restaurações indiretas no Grupo II aplicou duas camadas de espaçador interno, denominado Rubber-sep (Kulzer), nas paredes internas pulpar e axial do preparo cavitário em gesso-pedra tipo IV, sem aplicação no ângulo cavo-superficial. Após 10 minutos, o modelo de trabalho foi também isolado com Insulating-Gel, e toda metodologia experimental executada conforme descrito para o Grupo I. Obtenção das Leituras da Adaptação Marginal Em um laboratório com temperatura de 22 o C ± 2 o C as restaurações indiretas foram inseridas no troquel metálico sem nenhum procedimento de acabamento ou ajuste interno. Foi utilizado um aparelho adaptador cuja ponta posicionada sobre a superfície oclusal da restauração com um peso de 1,0Kg por 60 segundos Depois de adaptadas as restaurações, o conjunto troquel metálico/ restauração era acoplado a um dispositivo de estabilização e levado a um microscópio comparador Mytutoyo TM. As leituras foram realizadas na região correspondente à parede cervical da caixa proximal em dois pontos pré-definidos, onde foi posicionado o reticulado do microscópio comparador. Foi considerada a medida de leitura, a distância compreendida entre a borda correspondente a parede gengival do troquel metálico e a borda correspondente a borda cervical da restauração. Cada restauração foi submetida a dez leituras. As médias aritméticas das leituras do desajuste cervical foram submetidas à análise estatística. As análises foram realizadas no software SPSS 11.5 Inc. (Statistical Package for Social Sciences). Resultados Após a análise estatística foi verificado que não houve diferença estatisticamente significante entre as marcas comerciais de resina indireta (p=0,483). Os resultados das comparações dos desajustes cervicais entre as resinas compostas são mostrados na tabela 1 e na figura 7. Para verificar diferenças estatisticamente significativa somente entre as técnicas operatórias laboratoriais, independente das marcas comerciais das resinas compostas indiretas, foi realizado o teste t de Student. A tabela 2 mostra os resultados obtidos e pode-se observar que existe diferença estatisticamente significativa entre o Grupo I sem espaçador e o Grupo II com espaçador (p=0.005). A tabela 2 e a figura 8 mostram que a média das medidas sem o espaçador foi 318,8µm menor do que com espaçador que foi 439,5µm. Discussão A utilização dos materiais restauradores odontológicos deve-se enquadrar primeiramente na necessidade funcional, e não somente na determinação estética. Quando abordagens restauradoras são executadas sem qualquer tipo de consideração à indicação clínica, não há dúvidas de que danos possam ser causados aos pacientes. As restaurações indiretas de resinas compostas têm sido o material restaurador escolhido pelos profissionais de Odontologia em relação às cerâmicas odontológicas, e isto se deve, principalmente, ao menor desgaste do dente antagonista, menor complexidade das técnicas laboratoriais, maior facilidade de ajuste oclusal e polimento na cavidade bucal e menor custo econômico 13. O presente estudo utilizou a técnica de dupla impressão, sendo essa a mais executada entre os cirurgiões-dentistas, pois estudos não têm mostrado diferenças entre as técnicas de moldagem que utilizaram à múltipla espatulação e dupla impressão e que a silicona polimerizada por adição associada à moldeira individual apresentou a menor alteração dimensional de todos os materiais elastoméricos 14,15. Uma melhor adaptação marginal, especialmente na parede gengival 17

*Letras distintas indicam médias estatisticamente diferentes. Resinas Compostas Indiretas Dialog II Vita Zeta Artglass Desajuste Cervical (µm)* 370,2 a 413,8 a 500" 450" 400" 350" 300" 250" 200" 150" 100" 353,2 a 0" 50" Desajuste"cervical"(µm)" Dialog"II" Vita"Zeta" Artglass" Tabela 1- Resultados das comparações do desajuste cervical (µm) entre as resinas compostas indiretas. onde a contração de polimerização pode gerar uma área de desunião, é determinada também pela expulsividade gengivo-oclusal da cavidade, pois a adaptação da face interna da restauração com o interior do preparo cavitário reduz a espessura do cimento e conseqüentemente a sua solubilização 1. Estas restaurações por serem fixadas com agente cimentante resinoso apresentarão uma mínima contração de polimerização devido à menor quantidade de cimento, o que propicia um melhor selamento das margens externas da cavidade em restaurações indiretas de resina composta quando comparada com restaurações diretas, proporcionando assim uma maior resistência à cárie secundária e mínima sensibilidade pós-operatória 3,8. Para confecção dos troquéis utilizou manipulação mecânico-manual e uma base de borracha com o objetivo de quantificar o volume de gesso-pedra tipo IV e conseguir uma expansão de presa uniforme para todos os modelos de trabalho (figura 3), pois o tempo de presa e a expansão de presa dos gessos odontológicos são influenciados pela forma de manipulação e pela relação água/pó 16. O estudo padronizou o volume e o número de incrementos de resina composta inseridos na cavidade com o objetivo de proporcionar uma uniformização da contração de polimerização. Em seguida a forma de condensação dos incrementos, especialmente o segundo incremento, foi de grande importância, pois a adaptação cervical é o objetivo do presente estudo, uma vez que a inserção do primeiro incremento não atinge o ângulo cavo-superficial, pois a dificuldade em Figura 7 Ilustração gráfica dos r e s u l t a d o s d a s c o m p a r a ç õ e s d o desajuste cervical (mm) entre as resinas compostas indiretas. manter constante o volume de resina composta inserida na cavidade poderia ocasionar contração de polimerização diferente entre os as restaurações 10,11. A função do anel transparente na execução da técnica laboratorial foi permitir a passagem de luz na superfície proximal do preparo cavitário para maior efetividade na fotopolimerização e também maior adaptação da resina composta (figuras 4 e 5), pois a necessidade de remoção dos excessos de resina composta invalidaria o estudo, provocando irregularidade acentuada na margem cervical, proporcionando resultados errôneos na leitura da verificação do desajuste cervical. O estudo revelou que não houve diferenças estatisticamente significantes na adaptação cervical entre as resinas compostas, independente das técnicas laboratoriais utilizadas para confecção das restaurações indiretas (tabela 1). Similarmente, segundo os trabalhos realizados por SOARES et al. (2003) 17, KARAKAYA et al. (2005) 9, FONSECA et al. (2008) 18 ; LARA et al. (2010) 10 não houve diferença estatisticamente significante entre marcas comerciais de resinas compostas utilizando a técnica indireta. De acordo com PEUTZFELDT (2001) 1 a ausência de diferenças nos valores de adaptação cervical é resultado da semelhança da composição química das resinas compostas que influenciam na contração de polimerização e conseqüentemente ao desajuste cervical. Os estudos utilizando troquel metálico em latão ou utilizando dentes humanos extraídos 3,8-12,17 revelaram valores de desadaptação superiores a 121μm, os nossos 18

*Letras iguais indicam médias estatisticamente iguais. Técnica laboratorial Grupo I-Sem espaçador Grupo II-Com espaçador n Média (µm) 30 318,8 a 30 439,5 b Tabela 2- Resultados das comparações do desajuste cervical (µm) entre os grupos com espaçador e sem espaçador. 500" 450" 400" 350" 300" 250" 200" 150" 100" 50" 0" Desajuste"Cervical"(µm)" Grupo"I="Sem"espaçador" Grupo"II="Com"espaçador" Figura 8 Gráfico dos resultados do teste t Student para comparação do desajuste cervical (mm) entre as técnicas operatórias laboratoriais. resultados demonstrados na tabela 1 e na figura 7, também revelaram resultados superiores para todas as resinas compostas indiretas em ambas as técnicas operatórias laboratoriais, levando-nos a compreensão que o ajuste interno das restaurações estéticas indiretas na prática clínica é o fator primordial de adaptação marginal. Segundo FERRARI e DAGOSTIN (2003) 7 as margens das restaurações indiretas de resinas compostas apresentam uma adaptação marginal clinicamente aceitável até 100μm. Para a execução do presente estudo foi utilizado um espaçador interno à base de borracha aplicados nas paredes de fundo do preparo cavitário conforme as instruções do fabricante. As funções do espaçador são proporcionar um espaço uniforme para o agente cimentante resinoso com o objetivo de facilitar o seu escoamento na técnica de cimentação e permitir a separação da restauração de resina composta do modelo de trabalho de gesso-pedra tipo IV após a fotopolimerização 9. Para SHIKAI et al. (1995) 12 os espaçadores aplicados sobre modelos de gesso proporcionaram uma desadaptação cervical da resina composta entre 40 a 250μm e que existe uma relação significativa entre o desgaste do agente cimentante e a desadaptação marginal. Quando comparamos somente as técnicas laboratoriais demonstradas na tabela 2 e n a fi g u r a 8, o b s e r v a m o s v a l o r e s estatisticamente diferentes de adaptação cervical para o grupo sem espaçador que apresentou valores de desajuste cervical de 318μm enquanto o grupo com espaçador apresentou 439μm. Sendo assim, o espaçador aplicado nas paredes pulpar e axial não reduziu a discrepância marginal no ângulo cavo-superficial da caixa proximal. A maior discrepância da adaptação cervical pode estar relacionada provavelmente a execução da técnica de inserção da carga sobre a restauração de resina composta no troquel metálico (figuras 6A e 6), pois o formato da cavidade preparada, tipo classe II, apresenta somente uma caixa proximal dificultando a inserção e manutenção do peso para estabilização da restauração. Esta dificuldade é visualizada nos procedimentos clínicos de cimentação, pois esse espaço interno entre o preparo cavitário e a restauração indireta é responsável por um pequeno movimento da restauração indireta nos protocolo de cimentação adesiva. O que observamos foi que o espaçador interno dificultou a inserção de carga nos procedimentos de posicionamento da restauração o que pode ter proporcionado um aumento na discrepância da adaptação marginal, sendo assim, não recomendamos a técnica laboratorial que utiliza espaçadores internos para obtenção de restaurações indiretas de resinas compostas em dentes posteriores em cavidades tipo classe II composta. É importante salientar que não é somente a adaptação cervical o único fator relacionado com a longevidade das restaurações estéticas, pois outros fatores, tais como, a presença e quantidade de esmalte remanescente, área e tipo de dentina, material utilizado como base e/ou núcleo de preechimento e o tipo e forma de aplicação dos 19

sistemas adesivos, e também a união agente cimentante resinoso/restauração que é influenciada pelo tratamento dispensado à superfície interna das restaurações indiretas de resina composta, tais como, condicionamento ácido, jateamento com óxido de alumino e silanização 1,19,20. Conclusão Com base nos resultados e na metodologia utilizada, concluímos que: (1) Não houve diferença estatisticamente significante na adaptação marginal entre as marcas comerciais de resinas compostas; (2) Houve diferenças estatisticamente significantes entre as técnicas operatórias laboratoriais, sendo a técnica sem espaçador interno a que apresentou melhores resultados de adaptação marginal quando comparada com a técnica com espaçador interno. Referências 1. Peutzfeldt A. Indirect resin and ceramic systems. Operative dentistry. 2001; Supplement 6: 153-76. 2. ehr M, Rosentritt M, Latzel D, Kreisler T. Comparison of three types of fiber-reinforced composite molar crowns on their fracture resistance and marginal adaptation. J Dent. 2001; 29(3): 187-96. 3. Hasanreisoglu U, Sonmez H, Uctasli S, Wilson HJ. Microleakage of direct and indirect inlay/onlay systems. J Oral Rehabil. 1996; 23(1): 66-71. 4. Touati, Aidan N. Second generation laboratory composite resins for indirect restorations. J Esthet Dent. 1997; 9(3): 108-18. 5. Discacciati JCAD, Neves AD, Oréfice RL, Jansen WC. Extensão de polimerização de uma resina composta fotoativada por duas diferentes unidades laboratoriais. Revista rasileira de Prótese Clínica e Laboratorial. 2002; 3(16): 458-63. 6. Freiberg RS, Ferracane JL. Evaluation of cure, properties and wear resistance of Artglass dental composite. Am J Dent. 1998; 11(5): 214-8. 7. Ferrari M, Dagostin A, Fabianelli A. Marginal integrity of ceramic inlays luted with a self-curing resin system. Dent Mater. 2003; 19(4): 270-6. 8. Liberman R, en-amar A, Herteanu L, Judes H. Marginal seal of composite inlays using different polymerization techniques. J Oral Rehabil. 1997; 24(1): 26-9. 9. Karakaya S, Sengun A, Ozer F. Evaluation of internal adaptation in ceramic and composite resin inlays by silicon replica technique. J Oral Rehabil. 2005; 32(6): 448-53. 10. Lara MVZ, Mota JMLF, Vaz RR, Machado MP. Avaliação in vitro da adaptação marginal de restaurações indiretas de resinas compostas e cerâmica feldspática. RFO UPF. 2010; 15(2): 212-7. 11. Kournetas N, Chakmakchi M, Kakaboura A, Rahiotis C, Geis-Gerstorfer J. Marginal and internal adaptation of Class II ormocer and hybrid resin composite restorations before and after load cycling. Clin Oral Investig. 2004; 8(3): 123-9. 12. Shinkai K, Suzuki S, Leinfelder KF, Katoh Y. Effect of gap dimension on wear resistance of luting agents. Am J Dent. 1995; 8(3): 149-51. 13. Kurdziolek S, Leinfelder KF, Delahaye A. Properties and characteristics of an indirect is-gma/bariumglass polymer ceramic restorative system. Compend Contin Educ Dent. 2000; 21(12): 1031-4. 14. Nissan J, Laufer Z, rosh T, Assif D. Accuracy of three polyvinyl siloxane putty-wash impression techniques. J Prosthet Dent. 2000; 83(2): 161-5. 15. Sinhoreti MAC, Vitti RP, Mendonça MJ, Xediek RL, Correr-Sobrinho L. Estudo da precisão dimensional de modelos de gesso confeccionados com diferentes técnicas e materiais de moldagem elastoméricos. RFO UPF. 2010; 15(2): 139-44. 16. Anusavice KJ. Phillips: materiais dentários. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005. 17. Soares CJ, Martins LR, Fernandes Neto AJ, Giannini M. Marginal adaptation of indirect composites and ceramic inlay systems. Oper Dent. 2003; 28(6): 689-94. 18. Fonseca R, Correr-Sobrinho L, Fernandes-Neto AJ, Quagliatto PS, Soares CJ. The influence of the cavity preparation design on marginal accuracy of laboratoryprocessed resin composite restorations. Clin Oral Investig. 2008; 12(1): 53-9. 19. Groten M, Axmann D, Probster L, Weber H. Determination of the minimum number of marginal gap measurements required for practical in-vitro testing. J Prosthet Dent. 2000; 83(1): 40-9. 20. Oliveira Jr. O, Susin AH, Vaz LG, Duarte Jr, S. Avaliação da resistência adesiva à tração de dois cimentos resinosos utilizados na cimentação de resina composta indireta submetida a diferentes tratamentos. Rev AO Nac. 2003; 11(4): 218-22. Recebido em Junho de 2012 Aceito em Agosto de 2012