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Transcrição:

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Ir ao museu... Quer venhas ao museu com a tua família, amigos ou com a escola lembra-te sempre de aproveitar todos momentos, desde que sais do ponto de partida (casa, escola) até ao momento em que voltas. O Museu da Marioneta ficanum bairro típico da cidade de Lisboa: a Madragoa. Por isso vais encontrar ruas estreitas e íngremes, prédios com azulejos, escadas que passam de uma rua à outra Podes aproveitar para tirar belas fotografias! O próprio edifício onde está instalado o Museu já teve outras funções. Primeiro (século XVIII) foi um convento, por isso tem uma capela e um claustro (espécie de pátio no meio). As freiras que aqui viviam eram de clausura, o que significa que nunca podiam sair à rua! No local onde era a cozinha do Convento está hoje um restaurante. Depois de ser utilizado pelas freiras, o edifício passou a ser um colégio e posteriormente transformou-se em habitações para várias famílias que trabalhavam na pesca no rio Tejo. Nos andares de cima ainda vivem pessoas! A capela chegou a ser um cinema que se chamava Cine Esperança! Às vezes fazemos aí espectáculos de marionetas. Mas não penses que o Museu da Marioneta é o único que está instalado num convento! Existem muitos outros em Portugal, como o Museu do Azulejo, Museu do Chiado ou o Museu Nacional de Arte Antiga!

A diversidade das marionetas Apesar de normalmente pensarmos que as marionetas se destinam apenas a espectáculos para crianças, isso é uma ideia errada. As marionetas surgiram para entreter adultos, muitas vezes reis e nobreza, ou então para contar histórias de carácter religioso. Por esta razão existem marionetas em todo o mundo. Conforme a sua proveniência, elas transmitem valores das culturas locais. Por isso deves encarar a tua visita ao museu também como uma forma de conheceres povos diferentes e formas de teatro diversas. Para além disso, deves lembrar-te que as marionetas precisam de ser animadas, o que quer dizer que é necessária a ajuda de uma pessoa que as faça movimentar para que ganhem vida. Essa pessoa tem o nome de manipulador. Existem muitas maneiras de fazer mexer uma marioneta, a que chamamos tipos de manipulação. Repara no desenho em baixo: Com fios Com as nossas Com varas Com o corpo mãos inteiro

Ásia Como vês o continente asiático é bem grande e tem países também grandes. Terá sido aqui que surgiram as primeiras marionetas, embora não se saiba ao certo se na China, se na Índia ou na Indonésia. Nestas primeiras salas vais encontrar diferentes tipos de manipulação, embora algumas das personagens se repitam porque as histórias passaram de país para país. Podes ir assinalando no mapa a proveniência das várias marionetas, mas atenção vais encontrar um país que não se encontra aqui porque já faz parte da Europa!

Marionetas da Tailândia Estas duas personagens dão-te as boas vindas ao Museu. Antes de começarmos a falar sobre elas, gostávamos que pensasses nalgumas coisas: Que tipo de personagens serão? Terão alguma relevância na história? Como são manipuladas? Como são provenientes de um país distante não estamos habituados a ver marionetas deste tipo. A história que representam chama-se Ramayana. À tua esquerda está Thosakan, o Demónio das Dez Cabeças. Quando está muito zangado, aparecem dez cabeças e dez braços! Ele raptou uma bela princesa chamada SITA, mulher do príncipe RAMA. Para poder recuperar a sua princesa Rama pediu ajuda ao comandante do exército dos macacos, Hanuman (à tua direita)! As marionetas são manipuladas através de 3 varas: 2 na zona do pulso e 1 central que suporta o peso do corpo e faz girar a cabeça. Para que as marionetas funcionem na perfeição são necessários 3 manipuladores: o 1º segura na vara central e na mão direita, o 2º segura na vara da mão esquerda: O 3º segura a zona dos calcanhares para parecer que a marioneta anda sozinha.

Marionetas da Indonésia Também neste caso as marionetas são manipuladas através de três varas (uma central e duas nas mãos). Aqui é necessário apenas um manipulador - o dalang - que conta a história e dá vida às marionetas durante toda a noite!!! Procura a fotografia de um dalang nesta sala. Agora repara bem: Há uma parte do corpo da marioneta que é mais importante que todas as outras. Qual será? Tenta encontrar estas personagens:

Marionetas de sombra Nesta sala podes ver um pequeno espectáculo de marionetas de sombra. Repara bem no que é necessário: um tecido branco um foco de luz marionetas O manipulador fica por trás da luz e coloca a marioneta à frente para aparecer a sombra no ecrã. Repara no vídeo: Os espectáculos passam-se durante a noite e têm uma orquestra que se chama gamelão. Aqui podes ver marionetas de sombra: da China da Indonésia da Turquia Uma curiosidade: Uma lenda chinesa conta como surgiram as marionetas de sombra. O imperador Wu, muito triste com a morte da sua amada, prometeu oferecer uma recompensa a quem lhe conseguisse restituir a vida. Então, surge um marionetista com uma réplica da silhueta da sua amada, fazendo-a reviver num teatro de sombras. O Imperador, recuperado do seu profundo desgosto, passou a assistir todas as noites aos seus espectáculos.

Marionetas da Birmânia Na Birmânia as marionetas de fios tiveram uma importância muito grande, principalmente nos palácios. Por isso, o seu movimento tem de imitar o dos seres humanos. São necessários muitos fios, como podes reparar! Tenta perceber: De que forma são construídas, Que materiais são utilizados, De quantas partes são constituídas, Quais as mais fáceis e as mais difíceis de manipular. Nestas marionetas há fios mais importantes que outros. Os fios da vida são os que suportam o peso da marioneta e que ajudam a que imite o movimento da respiração. Ao todo são cinco: dois na cabeça, dois nos ombros e um nas costas. Os outros fios são chamados os fios da dança.

Marionetas do Vietname É aos camponeses da cultura do arroz que devemos a invenção destas marionetas de água. Para as movimentar são necessários alguns truques. Primeiro, a marioneta, construída em madeira, tem uma base mais leve que a faz flutuar. Dessa base saí uma grande vara que fica escondida debaixo de água é aí que os manipuladores seguram. Quem está a fazer o espectáculo também está dentro de água, mas só até à cintura! Repara no desenho:

Marionetas da Europa Aqui há muitas coisas a descobrir! O melhor é olhares primeiro à tua volta e encontrares o que gostas mais. Na Europa existem vários tipos de tradições e por isso as marionetas são tão diferentes! Se tocares nos ecrãs podes espreitar como eram os espectáculos.

Fantoches Punch, da Inglaterra Guignol, da França Petruska, da Rússia Nas marionetas também existem famílias! Os fantoches europeus provêm todos de um italiano chamado Pulcinella, que significa galinha (se ouvires com atenção a voz dele vais perceber porquê). Como se tratavam de espectáculos itinerantes, estes fantocheiros iam de terra em terra, de país em país e assim surgiram por toda a Europa descendentes do Pulcinella. A própria palavra fantoche vem do italiano fantoccini. Estes espectáculos eram normalmente feitos na rua, com um teatro portátil, fácil de desmontar. Eram muito cómicos e por isso toda a gente assistia, desde adultos a crianças. Nesta imagem antiga podes ver como tudo funcionava.

Marionetas da Sicília É verdade: as histórias de guerreiros e batalhas sempre foram famosas!!! E é mesmo para isso que servem estas marionetas, que são as mais pesadas do museu. Já reparaste nos materiais de que são feitas? Se só fossem manipuladas com fios, eles partiam-se, por isso têm também a ajuda de dois varões para as partes principais do corpo: coluna e braço que tem a espada. Estes espectáculos têm o nome de opra, porque são uma verdadeira ópera de marionetas. Se tocares no ecrã ao canto da sala podes ver um excerto deste teatro.

Oceânia A Oceânia é o continente que fica nos antípodas de Portugal, o que quer dizer que é o lugar da terra mais longe. De lá vieram estas marionetas, feitas por Leslie Trowbridge. Repara como são coloridas e todas feitas à mão, mesmo os bordados!! As formas dos olhos, do nariz e da boca são geométricas. A manipulação é feita através de uma vara superior, que prende o corpo do boneco. América do Sul No Brasil, país da América do Sul, a tradição de marionetas está associada aos Mamulengos. Não se sabe bem qual a origem deste nome, mas provavelmente vem de mão molenga, fazendo referência à mão que se põe dentro do fantoche e o faz mexer. Cada um dos bonecos tem o seu nome e a sua personalidade própria.

D. Roberto em Portugal Já conheceste os fantoches europeus, mas falta-te um verdadeiramente importante: D. Roberto!! Em Portugal, esta personagem teve tanta importância que ainda hoje chamamos robertos aos fantoches do mesmo género. Mais uma vez, os espectáculos são feitos na rua, especialmente nas praias, jardins ou à porta das igrejas. Uma única pessoa dá voz a todas as personagens que entram no espectáculo. Para que o som saia muito fininho e cómico tem de se usar um pequeno instrumento chamado palheta: duas tiras de metal que se põem ao fundo da boca, junto à garganta. É preciso muita prática para conseguir falar com a palheta sem a engolir! Os espectáculos mais famosos eram: O Barbeiro, A Tourada, Rosa e os Três Namorados e O Castelo dos Fantasmas. Repara bem nas fotografias que mostram as várias personagens destas histórias. Na sala seguinte vais encontrar algumas semelhantes.

Bonecos de Santo Aleixo Os Bonecos de Santo Aleixo são originários do Alentejo, por isso são feitos em cortiça, um material muito abundante na região. Para os fazer mexer só é necessária uma vara. O palco é uma estrutura desmontável a que se chama retábulo, podes vê-lo no museu. Os manipuladores ficam atrás, como na fotografia de cima. À frente do retábulo as duas camadas de fios servem para proteger as marionetas das coisas que o público atirava, especialmente quando ficava zangado com o que era dito por estes atrevidos bonecos! Estes fios também tinham a função de disfarçar as varas das marionetas. Os espectáculos são acompanhados por uma guitarra portuguesa e têm cantigas que usam versos como este: Passarinho da ribeira Eu também sou teu irmão Tu tens as penas nas asas Eu tenho-as no coração.

Marionetistas Portugueses Nesta sala podes investigar várias coisas Imagina como viviam estes marionetas há mais de 60 anos atrás... Imagina como era o mundo sem televisão, sem telefones, sem computadores As marionetas eram muito importantes para divertirem as pessoas, por isso estas famílias andavam de terra em terra e percorriam Portugal de Norte a Sul, principalmente no Verão. Nas feiras apresentavam os seus espectáculos, sempre acompanhados com música. A Viúva Carolina Depois do marido ter morrido, Carolina sentiu muito a falta do seu par para dançar. Por isso decidiu pedir ajuda ao Diabo, que o fez voltar, mas em forma de esqueleto. Este marido- -esqueleto ficava muito engraçado a dançar. Rainha Santa Isabel Uma manhã esta rainha saiu do castelo para distribuir pão aos mais pobres, mas o rei D. Dinis encontrou-a e perguntou-lhe o que levava, ao que ela respondeu são rosas. A verdade é que, quando o marido quis verificar se realmente eram flores, os pães tinham-se transformado mesmo em rosas! Este é o milagre mais conhecido da rainha Santa Isabel. Mascarilha O Mascarilha era uma série de desenhos animados muito conhecida nos anos 60. Lone Ranger era o nome da personagem principal que, acompanhado do seu amigo índio, combatia a injustiça e os fora da lei.

Experimentar... Ser marionetista pode não ser tão fácil como parece. Manipular uma marioneta de modo a que pareça real pode levar muitos anos de treino. Nesta sala podes experimentar as marionetas de fios e os fantoches. Repara bem como são os teatros e os cenários. Teatros para crianças Os espectáculos de que temos estado a falar destinavam-se a todo o tipo de público, desde crianças a adultos, mas nesta sala vais encontrar marionetas de teatros que eram principalmente para crianças. Repara bem no cenário do Robertoscope: é feito como se fosse um desenho infantil. Aqui também podes ver os diferentes materiais com que podemos construir marionetas: Pasta de papel Tecido Esponja Botões para fazer os olhos

Companhia de São Lourenço Podes espantar-te com o tamanho destas marionetas. Realmente, elas são as maiores do museu. A técnica utilizada para as movimentar chama-se manipulação à vista. Isto significa que o manipulador fica por trás da marioneta, vestido de preto e com o corpo colado a ela, quando a pessoa mexe, a marioneta faz os mesmos movimentos! Estes espectáculos eram feitos pela Companhia de São Lourenço. Como são de ópera, são necessárias várias pessoas: os manipuladores das marionetas, os cantores, os músicos e os narradores. Se tocares no ecrã consegues ver como tudo funcionava. Com a ajuda de um adulto e muito cuidado podes experimentar as máquinas do vento e da tempestade, mas apenas uma vez cada, para não incomodar os outros visitantes!

Cinema de Animação Consegues lembrar-te de algum filme de animação que tenhas visto? E sabes como funciona? Nesta sala podes ver como foram feitos A Suspeita e A Família Singer, dois filmes portugueses que usam essa técnica. Como podes reparar tudo tem de ser construído ao ínfimo pormenor, desde o interior da casa, às paisagens por onde o comboio passa. As marionetas são construídas de forma a serem flexíveis, com um esqueleto de metal por dentro e com látex e espuma de poliuretano por fora (podes imaginá-las como se fossem bonecos de plasticina). Para as filmar a mexer usase uma técnica chamada Stop Motion, que significa parar o movimento. Cada pequena mudança é filmada uma vez e para fazer um segundo de filme são necessárias 25 imagens! Só para teres uma noção, A Suspeita tem a duração de 20 minutos e levou mais de quatro anos a filmar!

Chegaste ao fim! Gostávamos que nos deixasses a tua opinião sobre a tua visita ao museu. Podes escrever-nos uma frase no Livro de Visitas que se encontra na loja! Também nos podes escrever sobre este caderno e mandar-nos um desenho para o nosso e-mail. Toma nota: servicoeducativo.marioneta@egeac.pt Sempre que quiseres estar a par das nossas actividades consulta o nosso blogue: http://servicoeducativomarioneta.blogspot.com Convento das Bernardas - Rua da Esperança, nº146, 1200-660 Lisboa t +351 213 942 810 www.museudamarioneta.pt museudamarioneta@egeac.pt