F Co- Processamento de Resíduos em forno de clínquer 6

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Transcrição:

PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº. 256939/2010 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00010/1999/043/2010 LICENÇA DE OPERAÇÃO DEFERIMENTO Outorga Resolução ANA Nº. 319/2005 CAPITAÇÃO SUPERFICIAL CONCEDIDA APEF Nº: Não houve exploração Florestal Reserva legal: Zona Urbana Empreendimento: CAMARGO CORRÊA CIMENTOS S.A. CNPJ: 62.258.884/0024-22 Município: Ijaci Unidade de Conservação: Não está inserido em unidade de conservação ou no seu entorno Bacia Hidrográfica: Rio Grande Sub Bacia: Córrego Pintado Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe F-05-14-2 Co- Processamento de Resíduos em forno de clínquer 6 Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: 02 Automonitoramento: SIM NÃO Responsáveis Técnicos pelo empreendimento: Thaís Helena Falcão Rodrigues Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados: Engenheiro Químico Idalmo Montenegro de Oliveira Registro: Registro de classe CRQ 02300918 Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais SIAM SITUAÇÃO 00010/1999/015/2005 - LO para Co-processamento Licença concedida Relatório de vistoria/auto de fiscalização: SUPRAM Sul de Minas nº. 012/2009 DATA: 30/01/2009 Data: 18/05/2010 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Daniel Iscold Andrade de Oliveira MASP 1147294-1 Gizele Lourenço CREA MG 102.003/D Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº 109.624 Ciente: Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico SUPRAM SM MASP 1.138.385-8

1- INTRODUÇÃO O empreendimento CAMARGO CORRÊA CIMENTOS S.A. está localizado no município de Ijaci MG e possui Licença de Operação para a atividade de produção de clínquer/cimento e co-processamento de resíduos em fornos de clínquer. O empreendedor formalizou nessa superintendência a solicitação de Licença de Operação para o co-processamento de resíduos, conforme Processo Administrativo COPAM nº. 00010/1999/043/2010. Foi requerida a Licença de Operação para o co-processamento dos resíduos contaminados gerados nas empresas SILCON AMBIENTAL LTDA, DUTRAFER RECICLAGENS INDUSTRIAIS LTDA E LUBRIFICANTES FENIX LTDA. O responsável pela elaboração do Plano de Controle Ambiental é o Engenheiro Químico Idalmo Montenegro de Oliveira, CRQ 02300918, ART Anotação de Responsabilidade Técnica nº. 003335. Ressalta-se que as recomendações técnicas para a implementação das medidas mitigadoras e demais informações técnicas e legais foram apresentadas nos estudos. Quando as mesmas forem sugeridas pela equipe interdisciplinar ficará explicito no parecer: A SUPRAM Sul de Minas recomenda/determina: 2- CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A CAMARGO CORRÊA CIMENTOS S.A., atua na fabricação de cimentos para construção civil, utilizando no processo industrial forno para a produção de clínquer que é a principal matéria prima para a produção de cimento. O empreendimento está localizado na zona industrial minerária do município de Ijaci, com coordenadas geográficas latitude 21º 11 31 e longitude 44º 56 31. Sua área de entorno é caracterizada por sítios. A área ocupada pela unidade de co-processamento é de aproximadamente 0,8 hectares, em local cercado por alambrado, restrito, protegido e separado dos demais processos de fabricação. O quadro funcional da atividade de co-processamento é composto por 16 empregados, sendo que doze deles operam em 3 turnos, de 24 horas/dia e os quatro restantes operam em horário administrativo, das 07:00 às 17:00h.

Os resíduos foram caracterizados como: Geradores SILCON AMBIENTAL LTDA DUTRAFER RECICLAGENS INDUSTRIAIS LTDA LUBRIFICANTES FÊNIX LTDA Característica Resíduos Pastoso proveniente de limpeza de tanque Resíduo Sólido proveniente de manutenção, pintura e processo industrial Resíduo Líquido de limpeza de tanque Capa de Fralda fora de especificação- Sem contaminação Geração Anual (t/mês) Passivo (t) 400 0 800 0 800 0 50 100 Borra Neutra 300 0 Foram apresentadas análises físico-químicas para a classificação e caracterização de cada resíduo a ser co-processado os resíduos referentes a empresa SILCON AMBIENTAL LTDA e LUBRIFICANTES FENIX LTDA foram classificados como resíduos perigosos classe I, já os resíduos da empresa DUTRAFER RECICLAGENS INDUSTRIAIS LTDA foram classificados como resíduos não perigosos classe IIA. Conforme apresentado no Plano de Controle Ambiental PCA, os resíduos foram caracterizados para serem co-processados como forma de recuperação e/ou economia de energia ou como substituição de matéria prima e/ou utilização como mineralizador, atendendo assim, aos critérios estabelecidos pela Deliberação Normativa COPAM Nº. 26/1998. Ainda, conforme o PCA, a atividade atende as exigências contidas nas legislações acima citadas nos aspectos referentes aos teores de metais nos resíduos, na estimativa de emissões desses metais à atmosfera, bem como o seu acréscimo ao clínquer. O armazenamento dos resíduos é feito de duas formas, sendo 1 galpão para resíduos sólidos, com área construída de 2.610m², dotado de piso concretado sob uma manta de PEAD, conforme informado pelo empreendedor, com canaleta de captação do líquido percolado e um sistema de aspiração que faz a coleta dos líquidos e sólidos e os incorporam novamente ao montante dos resíduos, caso haja percolação/carreamento.

Para a armazenagem de resíduos líquidos e pastosos estão instalados 3 (três) tanques de aço carbono dotados de bacia de contenção, com capacidade de armazenagem de 100m³ cada. Esses tanques possuem medidores do tipo ultrasônico que controla a estocagem do resíduo, além disso, a tubulação dos tanques possui um medidor mássico que determina a vazão de alimentação de resíduo no forno. 2.2 -RESERVA LEGAL e AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL O empreendimento está inserido em Zona Urbana, conforme Declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Ijaci e faz parte da Zona Industrial Minerária, conforme o Plano Diretor de Desenvolvimento do município, Lei complementar nº. 58 de 08 de janeiro de 2003, atualizada pela Lei 759 de 25 de março de 2003, portanto não necessitando de reserva legal. A atividade não fará exploração florestal. 2.3 - INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL A atividade de co-processamento não faz intervenção em área de preservação permanente. E não haverá exploração florestal para o desenvolvimento dessa atividade. 2.4 - UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS A atividade objeto deste licenciamento não utiliza recurso hídrico e a atividade de produção de clínquer/cimento possui outorga concedida pela Agência Nacional de Águas ANA através da Resolução nº. 319, de 5 de Agosto de 2005, com validade até 05/09/10. 3- IMPACTOS IDENTIFICADOS 3.1- Efluentes Atmosféricos As emissões provenientes do processo de co-processamento dos resíduos devem enquadrar se conforme os limites máximos previstos no Anexo I da DN COPAM 26/1998. Os efluentes atmosféricos, se lançados na atmosfera sem o devido tratamento, causam alteração da qualidade do ar, ocasionando doenças respiratórias nos seres humanos, como asma, bronquite, efisemas, infecção das vias respiratórias superiores e até mesmo câncer de pulmão, além de carrear macro partículas tóxicas, que podem se depositar e contaminar solo e água. Ainda podem causar chuva ácida em função da liberação de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de azoto (NO, NO2, N2O5), além de contribuir para o acúmulo na atmosfera dos gases formadores do efeito estufa.

3.2- Resíduos Sólidos O material particulado retido no eletro-filtro é o principal resíduo sólido gerado no processo de co-processamento. Este material quando lançado sem o devido tratamento pode causar alteração da qualidade do ar e contaminação do solo e água. 3.3- Resíduos Líquidos Existem potenciais riscos ambientais na eventualidade de vazamentos durante o processo de descarga e armazenamento dos resíduos a serem co-processados. Durante a operação de carregamento e armazenamento dos resíduos dispostos em área específica, há possibilidade, em função da incidência das águas pluviais do carreamento de resíduos e efluentes para o sistema de sedimentação. 4- MEDIDAS MITIGADORAS 4.1 - Efluentes Atmosféricos Para controlar as emissões atmosféricas o processo de co-processamento conta com o eletrofiltro e o material particulado retido neste equipamento é reincorporado automaticamente ao processo de clinquerização. São realizados monitoramentos contínuos e não contínuos das emissões provenientes dos fornos de produção de clínquer, conforme estabelece a Resolução CONAMA 264/1999. O monitoramento contínuo é realizado de forma on-line na chaminé do forno de clínquer, 24h/dia. Durante o funcionamento do forno os parâmetros pressão interna, temperatura dos gases do sistema forno e na entrada do precipitador eletrostático, vazão de alimentação do resíduo, material particulado (através de opacímetro), O2, CO, NOx, e/ou THC quando necessário. O monitoramento não contínuo é realizado quadrimestralmente onde os seguintes parâmetros são monitorados: SOx, PCOPs, HCL/Cl2, HF, elementos e substâncias inorgânicas listadas na Resolução CONAMA 264/1999. Destaca-se que o monitoramento dessas emissões faz parte das condicionantes que integra a Revalidação da Licença de Operação para Produção de Cimento conforme processo COPAM nº. 00010/1999/032/2008, concedida pela URC COPAM Sul de Minas.

Ressalta-se que dentro do empreendimento são realizados os monitoramentos das emissões atmosféricas de materiais particulados e óxidos de enxofre em 14 pontos. Além disso, ainda é realizado o monitoramento da qualidade do ar na área de entorno do empreendimento onde são medidas as concentrações de Partículas Totais em Suspensão (PTS) e de partículas inaláveis (PM10), através de Amostrador de Grandes Volumes (AGV ou Hi-vol). As amostragens são realizadas pelo laboratório Bioagri Ambiental a cada 15 dias, com duração de 24 horas. Foram apresentados nos estudos os laudos das análises das emissões atmosféricas contendo os respectivos parâmetros exigidos pela legislação e estes parâmetros encontram-se dentro dos padrões exigidos pela DN COPAM 26/1998 e Resolução CONAMA 264/1999. Também é realizado o monitoramento da qualidade do ar na área de entorno do empreendimento onde são medidas as concentrações de Partículas Totais em Suspensão (PTS - ponto 01 e ponto 02) e de partículas inaláveis (PM10 - ponto 02), através de Amostrador de Grandes Volumes. As amostras são coletadas a cada 15 dias, com duração de 24 horas. Conforme os resultados do monitoramento da qualidade do ar apresentados nos estudos, as concentrações de PTS e PM10 encontram-se dentro dos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/1990. 4.2 Efluentes Líquidos Dentro do galpão onde são armazenados os resíduos a serem co-processados há presença de percolados que escoam através de canaletas. Para o controle desses percolados, o empreendimento conta com um aspirador para sugar estes líquidos e incorporá-los novamente ao montante dos resíduos sólidos. A área externa ao galpão possui canaletas de captação de águas pluviais, interligadas a duas caixas de decantação de sólidos. Após a decantação, essas águas são direcionadas para uma bacia de decantação e encaminhadas para o Córrego do Pintado e deste para o Rio Grande. Essas águas já foram condicionadas ao monitoramento conforme definido na revalidação da licença de operação nº. 191, da unidade industrial, conforme processo administrativo COPAM 00010/1999/032/2008. Os tanques de armazenamento dos líquidos são dotados de bacias de contenção.

4.3 Resíduos Sólidos O gerenciamento dos resíduos sólidos abrange todo o empreendimento, onde os resíduos são coletados e encaminhados ao galpão de triagem central, localizado dentro da área de abrangência da fábrica. Esses resíduos são encaminhados para as empresas SR Tratamentos e Pró-Ambiental, ambas localizadas no município de lavras, licenciadas a coletar, transportar e destinar adequadamente os resíduos. 5- CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação exigível. Os custos de análise foram recolhidos conforme consulta ao SIAM. O FCE foi assinado por procurador devidamente constituído. O empreendedor comprova a publicação do pedido de Licença de Operação, em periódico local ou regional, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº 13/95. O local de funcionamento do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão em conformidade com as leis e regulamentos municipais, segundo Declaração emitida pela Prefeitura Municipal. O empreendimento está inserido em Zona Urbana, conforme Declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Ijaci e faz parte da Zona Industrial Minerária, conforme o Plano Diretor de Desenvolvimento do município, Lei complementar nº. 58 de 08 de janeiro de 2003, atualizada pela Lei 759 de 25 de março de 2003, portanto não necessitando de reserva legal. A atividade não fará exploração florestal. A atividade de co-processamento não faz intervenção em área de preservação permanente. E não haverá exploração florestal para o desenvolvimento dessa atividade. A atividade objeto deste licenciamento não utiliza recurso hídrico e a atividade de produção de clínquer/cimento possui outorga concedida pela Agência Nacional de Águas ANA através da Resolução nº. 319, de 5 de Agosto de 2005, com validade até 05/09/10. 6- CONCLUSÃO Diante do exposto, este parecer recomenda a concessão da Licença de Operação para o empreendimento CAMARGO CORRÊA CIMENTOS S.A., processo administrativo COPAM N. 00010/1999/043/2010, para a atividade de co-processamento de resíduos gerados nas empresas SILCON AMBIENTAL LTDA, DUTRAFER RECICLAGENS INDUSTRIAIS LTDA E LUBRIFICANTES FENIX LTDA. Com prazo de 4 anos, conforme disposto no artigo 1º da Deliberação Normativa nº. 17, de 17 de dezembro de 1996, respeitadas as condicionantes no anexo I e II.

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do certificado de licenciamento ambiental a ser emitido. Data: 18/05/2010 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Daniel Iscold Andrade de Oliveira MASP 1147294-1 Gizele Lourenço CREA MG 102.003/D Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº 109.624 Ciente: Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico SUPRAM SM MASP 1.138.385-8

ANEXO I Processo COPAM Nº: 00010/1999/043/2010 Classe/Porte: 6/G Empreendimento: Camargo Corrêa Cimentos S.A Atividade: Co-processamento de resíduos em fornos de clínquer Endereço: Rodovia Agnésio de Carvalho de Souza Km 6,5 Localização: Sítio Santa Andrezza Município: Ijaci Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 4 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO * 1 2 Disponibilizar ao órgão ambiental, caso solicitado, os resultados de análise convencional do clínquer, além do monitoramento através de controles contínuos das concentrações de CO, O 2, NO x e temperatura na câmara de fumaça e CO e O 2, no segundo estágio, permitindo o controle e verificação de interrupções na operação do forno. Dar continuidade ao automonitoramento que está vinculado à licença para fabricação de cimento, conforme processo administrativo COPAM nº. 00010/1999/032/2008. Durante o prazo de validade da licença Durante o prazo de validade da licença OBS: A periodicidade e os parâmetros solicitados nos programas de automonitoramento relativos a esse processo, poderão ser alterados pela URC Sul de Minas, desde que seja solicitado e justificado tecnicamente pelo empreendedor. Caberá aos Analistas Ambientais da SUPRAM Sul de Minas a elaboração de Parecer Único que dará subsidio a URC. Data: 18/05/2010 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Daniel Iscold Andrade de Oliveira MASP 1147294-1 Gizele Lourenço CREA MG 102.003/D Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº 109.624 Ciente: Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico SUPRAM SM MASP 1.138.385-8