ELISANGELA HAHN DOS SANTOS SERVIÇO SOCIAL / 2º PERÍODO

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Conferência Doutrinária, Pastoral e Teológica 20º Concílio Geral. Palavra do Bispo Roberto Alves de Souza Bispo da 4ª Região Eclesiástica

Transcrição:

ELISANGELA HAHN DOS SANTOS SERVIÇO SOCIAL / 2º PERÍODO ELISANGELALILAH@GMAIL.COM LEONCIO SANTIAGO SERVIÇO SOCIAL / 4º PERÍODO LEONCIOSANTIAGO.LS@GMAIL.COM ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES PUCPR LAUDATO SI: UM CONVITE A TODAS AS PESSOAS QUE HABITAM ESTE PLANETA Concurso Você não concorda com o Papa Francisco? Por quê? promovido pela Pró- Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e o Instituto Ciência e Fé da Pontifícia Universidade Católica do Paraná CURITIBA 205

Laudato Si: Um convite a todas as pessoas que habitam este planeta A Carta Encíclica Laudato Si, escrita em maio deste ano, pelo Papa Francisco, faz-se com certeza mais que uma carta; Laudato Si é um convite a cada pessoa que habita nesse planeta (LS 3), a minimamente refletir sobre a situação na qual se encontra a Casa Comum de todos e todas, o planeta. Inspirado em São Francisco de Assis, Francisco traz uma compreensão de Ecologia, para além do meio ambiente; ele fala de uma Ecologia da qual não se separam a preocupação com natureza, a justiça com os pobres, o empenho na sociedade e a paz interior (LS 0). O convite de Francisco em sua carta, é um convite esperançoso: Unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral (LS3), não um desafio impossível, pelo contrário; Papa Francisco afirma que Sabemos que as coisas podem mudar (LS 3). A Encíclica começa com um olhar sobre a triste realidade na qual encontra-se nosso planeta e toda a sociedade, logo no primeiro capítulo quando problematiza O que está acontecendo com nossa casa 2. No olhar que Francisco faz sobre a conjuntura sócio-política-ambiental, fica nítida a necessidade de compreender a não separação da relação entre a degradação ambiental do planeta, das diversas formas de desigualdade social existentes na sociedade. Para Francisco, a justiça deve ser sempre inserida nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres (LS 49). O atual modelo de desenvolvimento industrial e tecnológico adotado pela sociedade capitalista, tem como objetivo apenas o acumulo de riquezas, o lucro. De forma que a vida e a dignidade do ser humano ficam de fora das discussões acerca do projeto de sociedade o qual está sendo construído. Projeto este que desumaniza, exclui e mata. Nos capítulos dois e três Francisco analisa o cenário apresentado no primeiro capítulo, considerando importantes para tal, as contribuições das religiões e da ciência, bem como o diálogo entre essas duas abordagens da realidade, convicto de que podem entrar num diálogo intenso e frutuoso para ambas (LS 62). A luz da Sagrada Escritura e da prática de Jesus Cristo, o Papa reforça que os direitos fundamentais dos mais desfavorecidos devem ser levados em consideração na A encíclica foi lançada no dia 24 de maio de 205. 2 Laudato Si 7-6

abordagem ecológica (LS 93), considerando neste sentido que o meio ambiente deve ser considerado à luz do destino comum dos bens e ser considerado um bem coletivo (LS 95). O autor questiona a quem pertence tanto poder, e a serviço de que ou de quem está (LS 04). Os demais capítulos são de caráter propositivos, nos quais o Bispo de Roma faz convites para mudanças nas formas de relações entre as pessoas e o planeta. Pensar a ecologia de forma integral, levando consideração toda a relação entre os organismos vivos e o meio ambiente onde vivem (LS 38), de forma que para tal, seja necessário inclusive pensar o modelo de organização da atual sociedade, pondo em questão modelos de desenvolvimento, produção e consumo (LS 39). Pensar novas formas de relação entre a economia e a política, que sejam mais humanas e ecológicas, também é uma proposta apresentada pelo Papa. Francisco convida-nos também a uma nova forma de educação e vivência espiritual, considerando que é preciso voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e como o mundo, que vale a pena ser honestos (LS 229). Não é à toa que as palavras de Francisco, têm incomodado a tantas pessoas. Não é difícil encontrarmos pessoas, grupos, que têm questionado o teor daquilo que o atual Papa tem dito e escrito. Isto se dá porque são palavras inquietantes, provocativas. Palavras de denúncia e anuncio; denúncia de um sistema políticoeconômico que mata, exclui e encarcera; e anúncio de uma sociedade mais humanizada, o capitalismo. O vigente modelo econômico, o capitalismo, tem sua expressão máxima no individualismo. O eu tomou conta de tudo aquilo que é feito. Faz-se pensando na minha família, no meu trabalho, na minha saúde, nos meus estudos, nos meus interesses. A sociedade se individualizou, perdeu a noção do nós. É necessário lembrar que em meio a este cenário encontram-se pessoas, grupos, organizações que resistem a este modelo de sociedade, propondo uma vivência comunitária, de valorização do coletivo, tratam-se das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Pastorais e Movimentos Sociais, sempre atuantes na construção do bem viver para todas e todos, valorizando o cuidado com o ser humano e a dignidade humana.

O gente a gente precisa de gente. Oxênte a gente precisa ser gente, é que nos canta Jauperi 3, e ele continua: gente que abrace, que sorria, que dê a mão, dê alegria e amor todo dia. De forma poética o cantor, propõe novas formas de relações sociais, que contrariem o atual sistema que, não efetivando direitos a partir de políticas públicas efetivas, constrói uma cultura de descarte. Do descarte de bens materiais, que alimentado pelo consumismo produz toneladas e toneladas de lixo; mas, também do descarte das relações entre as pessoas, das pessoas com o planeta e os demais seres vivos. O capital desvaloriza o ser humano, de forma que as relações se tornam fragilizadas. Deixamos de ser gente como propõe Jauperi. Há o esquecimento do cuidado como valor essencial e do compromisso social, necessário para cuidarmos e promovermos a Casa Comum, como apresenta Francisco na encíclica. Mas, então como seria a casa do bem comum? Casa do bem comum é aquela em que todas as pessoas participam das decisões tomadas. De forma que tudo o que é decidido esteja a serviço do desenvolvimento integral e a felicidade de todas as pessoas, e do meio ambiente. Leonardo Boff em sua obra, Ecologia, Mundialização e Espiritualidade 4, afirma, a respeito da mundialização, que Hoje os problemas estão se dilatando a proporções mundiais, por isso também as soluções deverão ser mundiais 5, ou seja, as expressões da questão social pobreza, miséria, desigualdade, preconceito, degradação do meio ambiente -, não são exclusividades de um país ou continente, são problemas a serem enfrentados em âmbito mundial. As fragilidades das relações sociais têm total relação com a pobreza, a degradação do planeta e outros problemas latentes na atualidade. As soluções para as mazelas sociais devem ser sonhadas, planejadas e executadas coletivamente por todos os povos e nações; de forma que o desenvolvimento de uma nação, não ocorra em deterioração de outra. Por isso Francisco afirma que A Política não deve submeter-se a economia, e esta não deve submeter-se aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia (LS 89). Há de se questionar se realmente os avanços tecnológicos e seus resultados, têm propiciados melhorias na vida das pessoas. O atual modelo de desenvolvimento industrial e tecnológico serve apenas, ao capital. Como bem apresenta Frei Betto Os bens da terra 3 Disponível em: http://letras.mus.br/jauperi/986825/. Acesso em 24/09/205 4 BOFF, Leonardo. Ecologia, Mundialização, Espiritualidade. Rio de Janeiro: Record, 2008. 240 p. 5 Idem. P.9.

tornaram-se posse privada de empresas e oligopólios 6, e ele continua: A causa de 4 bilhões de seres humanos viverem a baixo da linha da pobreza, e,2 bilhões padecerem de fome é uma só: foram impedidos de acesso à terra, à agua, a sementes, a novas técnicas de cultivo e aos sistemas de comercialização de produtos 7. Que país é esse que mata gente? foi a pergunta que o 2º Grito dos Excluídos 8 saiu as ruas gritando. Da mesma forma podemos questionar, em maior amplitude: Que mundo é este que mata gente? Onde a globalização é apenas da exploração e comercialização, mas, não das riquezas. É preciso pensar uma sociedade que caminhe verdadeiramente para a o bem comum, para o cuidado da casa comum. Uma sociedade em que o ser humano e o ambiente no qual se desenvolve, sejam o centro, e não o lucro. Que as relações e as práticas políticas de todos e todas, estejam a serviço da construção de um Jardim Comum para todas as pessoas e não de um deserto ou de jardins particulares, como bem nos diz o escritor Rubem Alves 9. Ressaltando as palavras de Frei Betto, O Capitalismo, como sistema, não tem solução para a crise ecológica 0. A carta encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, é com certeza um convite um para construção de uma outra lógica de sociedade. Sociedade, a ser construída a partir de novas práticas nos mais diferentes âmbitos: ) nas relações pessoais, tendo o cuidado para com o próximo como essencial; construindo relações verdadeiras e sinceras entre as pessoas. De forma solidaria, valorizando a pessoas humana, novas mulheres e novos homens de uma nova sociedade; 2) novas formas de convivência com o planeta. Há de se evitar o consumismo e o descarte; adotar modelos de vida que estejam em harmonia com o meio ambiente. Que todas pessoas, em todo o mundo se compreendam como uma grande família humana. 3) Novas formas de se pensar o desenvolvimento das sociedades. Que haja um equilíbrio entre a economia, os avanços tecnológicos, a valorização humana e do meio ambiente. Em que o bem viver esteja no centro de tudo aquilo que for pensado. 6 Betto, Frei. Reinventar a Vida. Rio de Janeiro: Vozes, 202. 92 p. 7 Idem. P.62. 8 Atividade realizada anualmente pelas Pastorais Sociais. No ano de 205 o tema foi: Que país é este que mata gente que a mídia mente e nos consome. 9 Texto: Sobre A Política e Jardinagem. Disponível em: http://www.rubemalves.com.br/site/0mais_08.php. Acesso em: 24/09/205 0 Betto, Frei. Reinventar a Vida. Rio de Janeiro: Vozes, 202. p.70

Que haja a compreensão de que o planeta é uma casa, uma casa comum a todos os seres vivos deste planeta. Por fim, que a Oração pela nossa terra, feita por Francisco ao final de sua encíclica, seja acima de tudo vivenciada por todas as pessoas que habitam este planeta: [...] Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra. Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas [..]. Referências: A encíclica foi lançada no dia 24 de maio de 205. Laudato Si 7-6 Disponível em: http://letras.mus.br/jauperi/986825/. Acesso em 24/09/205 BOFF, Leonardo. Ecologia, Mundialização, Espiritualidade. Rio de Janeiro: Record, 2008. 240 p. Idem. P.9. Betto, Frei. Reinventar a Vida. Rio de Janeiro: Vozes, 202. 92 p. Idem. P.62. Atividade realizada anualmente pelas Pastorais Sociais. No ano de 205 o tema foi: Que país é este que mata gente que a mídia mente e nos consome. Texto: Sobre A Política e Jardinagem. Disponível em: http://www.rubemalves.com.br/site/0mais_08.php. Acesso em: 24/09/205 Betto, Frei. Reinventar a Vida. Rio de Janeiro: Vozes, 202. p.70