Política de Gestão de Riscos
Introdução Pelo presente documento, a BC GESTÃO DE RECURSOS LTDA. ( Brasil Capital ), vem, nos termos da Instrução CVM n.º 558/15, do Código de Autorregulação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ANBIMA ( ANBIMA ) e das diretrizes baixadas pelo Conselho de Autorregulação da ANBIMA, definir sua Política de Gestão de Riscos ( Política ) que serve como base para, estabelecer as linhas gerais e princípios básicos que deverão ser seguidos pela Brasil Capital na seleção dos ativos e gestão técnica e profissional dos recursos de terceiros sob sua gestão, regulados pela Instrução CVM n 555/14, conforme alterada ( Instrução CVM n 555 ).
Política de Gestão de Riscos da Brasil Capital Definições Política Política de Gestão de Riscos. Integrantes da Brasil Capital todas as pessoas que integrem a Brasil Capital sejam como sócios, associados, funcionários ou estagiários. Esse termo utilizado no singular será entendido com a pessoa individualmente. Comitê de Sócios Comitê composto pelos sócios controladores da Brasil Capital, assim entendidos como aqueles que tenham a maioria nas deliberações sociais. Comitê de Riscos - Comitê composto pelo Responsável por Risco Felipe Graner e por outros sócios. Responsável pelo Compliance - A responsabilidade pelo departamento de Compliance é atribuída ao sócio Felipe Graner. Capítulo I Dos Princípios Art. 1º - A Brasil Capital exercerá suas atividades buscando sempre as melhores condições para os fundos de investimento, empregando o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, atuando com lealdade em relação aos interesses dos cotistas e dos fundos de investimento, evitando, assim, práticas que possam ferir a relação fiduciária com eles mantida. Art. 2º - A Brasil Capital conduzirá a gestão dos riscos associados aos fundos de investimento nos termos dispostos nesta Política, pautada sempre nos princípios de transparência, ética e lealdade com os fundos e com os respectivos cotistas, atuando em conformidade com a Política de Investimentos dos fundos de investimento, dentro dos limites do seu mandato. Capítulo II Do Risco de Mercado Art. 3º. - Os limites de risco dos fundos de investimento geridos pela Brasil Capital são definidos pelo Comitê de Risco. Os limites definidos são monitorados diariamente pela área de Risco, que é responsável pela
4 identificação e comunicação oportuna de eventos nos quais os limites forem excedidos. Art. 4º - No caso de extrapolação dos limites de risco de mercado, o Comitê de Risco e os gestores são informados por e-mail pelo Responsável por Risco. O gestor do fundo de investimento é o responsável pelo imediato reenquadramento, e em sua ausência, o próprio Responsável por Risco pode reenquadrar os fundos de investimento. (i) (ii) Limites de exposição a mercados: são limites de exposição aos mercados de câmbio, juros e bolsa. Esses limites são determinados para todos os fundos de investimento geridos pela Brasil Capital. Limites de risco de mercado: São limites definidos para cada um dos fundos de investimento geridos pela Brasil Capital. Os fundos de investimento multimercados possuem limites de risco global, determinados através de teste de estresse nos diferentes mercados operados pelo fundo de investimento. Esse teste de estresse desconsidera qualquer correlação entre os mercados de câmbio, juros/inflação e bolsa, e é definido pela seguinte formula. Risco Fundo Multimercado = Risco Bolsa + Risco Juros/Inflação + Risco Câmbio Para os fundos de investimento de ações, os limites de risco de mercado são determinados para os mercados de juros/inflação e câmbio. Risco Fundo de Ações = Risco Juros/Inflação + Risco Câmbio Art. 5º - A BC Gestão de Recursos optou por utilizar apenas teste de estresse como ferramenta para definição de limites de risco, por acreditar que é um método mais abrangente que um modelo tradicional de VaR. Os resultados de um teste de estresse dão uma informação das potenciais perdas das carteiras para cenários de ruptura de mercado, os quais o modelo padrão de VaR não consegue prever. Art. 6º - Os cenários são definidos pelo Responsável por Risco, utilizando como referência (i) os cenários definidos pela BM&F para seus contratos derivativos (ii) cenários internos e (iii) cenários de crises anteriores. A reavaliação dos
5 ativos da carteira é total (full valuation), de forma a captar a não linearidade de determinados ativos, como opções. Art. 7º - Os cenários de estresse também são utilizados na apuração dos riscos de liquidez de caixa dos fundos de investimento (a Brasil Capital possui um manual separado, que trata apenas do risco de liquidez). Art. 8º - O stop loss não é levado em consideração pela área de Risco para apuração do risco de preço dos fundos. Capítulo III Do Risco de Crédito Art. 9º - Os limites de crédito dos fundos de investimento abertos geridos pela Brasil Capital, assim como os demais, são definidos pelo Comitê de Riscos e pelo Comitê de Gestão, de modo que não seja a principal alocação de caixa dos fundos de investimento. Art. 10 - São elegíveis somente empresas com sólida posição financeira e nas quais os analistas responsáveis possuem pleno conhecimento de seus negócios e estrutura financeira. Parágrafo Único - Os analistas responsáveis pela análise dos ativos de renda fixa são os mesmos que analisam as ações das respectivas empresas. Art. 11 - Quando uma boa oportunidade em títulos privados é identificada, utiliza-se a metodologia proprietária de avaliação do risco do emissor. Em resumo, é feita uma análise criteriosa dos fundamentos da empresa, incluindo a estrutura da indústria, a evolução de suas principais linhas de negócio, geração de caixa, nível de investimentos, necessidades de capital de giro e estrutura de endividamento. Também faz parte da análise, o duration do título e a presença de covenants financeiros que deem proteção ao investidor. Art. 12 - O rating do ativo ou do emissor, fornecido por agência classificadora de risco, quando existir, será utilizado como informação adicional à avaliação do respectivo risco de crédito e dos demais riscos, e não como condição suficiente para sua aquisição. Art. 13 Além disso, avaliação de risco de crédito será renovada periodicamente enquanto um Crédito Privado permanecer na carteira do fundo.
6 Capítulo IV Do Risco de Liquidez Art. 14 Conforme ressaltado acima, a Brasil Capital possui um Manual de Gerenciamento de Liquidez, no qual dispõe todo o seu processo de controle de risco de liquidez. Art. 15 Em suma, o controle de risco de liquidez passa pelos seguintes procedimentos e/ou controles, a saber: (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) Tempo de Zeragem das Carteiras; Monitoramento do Passivo; Análise de Concentração das Carteiras; Requerimento de Margem; Controle de Fluxo de Caixa; Controle de Empréstimo de Ações; e Simulações de Situações Especiais de Iliquidez. Capítulo V - Do Risco de Contraparte Art. 16 A Brasil Capital sempre busca executar as estratégias de investimentos que envolvam derivativos através de instrumentos negociados em pregão na BM&FBovespa (futuros de moedas, taxa de juros, ações e índices de ações). Art. 17 - No caso de derivativos, quando houver necessidade do uso de instrumentos negociados em balcão (swaps), a Brasil Capital dará preferência a operações com garantia da BM&FBovespa. Art. 18 A Brasil Capital sempre irá realizar uma análise prévia das contrapartes, sendo levado em consideração a sua idoneidade, serviço, e liquidez de mercado. Capítulo VI Do Comitê de Risco Art. 19 - O Comitê de Risco da Brasil Capital é composto por dois sócios seniors e pelo Responsável por Risco da Brasil Capital.
7 Parágrafo Único - Apenas um dos membros pode ser da equipe de Gestão. O Comitê pode, se entender necessário, convidar consultores técnicos para subsidiar no processo de análise de decisão. Art. 20 - As reuniões ocorrerão semanalmente ou a qualquer momento, por convocação de qualquer um dos membros, sempre que identificadas situações de alteração relevante do cenário mercadológico, ou, ainda, por divulgação de novas premissas e parâmetros adstritos a risco operacional, de mercado, de liquidez e de crédito. Art. 21 Dentre as responsabilidades do Comitê de Risco, as principais são: (i) (ii) Analisar e aprovar a Política de Gestão de Riscos; Definir o nível de exposição aceitável dos riscos (tolerância/apetite ao risco); e (iii) Manifestar-se expressamente acerca das ações a serem implementadas para correção tempestiva das deficiências apontadas nos relatórios da unidade de Gerenciamento do Risco. Capítulo VII Do Diretor e Organograma da Área de Risco Art. 22 - Conforme dispõe o art. 4º, V, da Instrução CVM n.º 558/15, o diretor da Capital Brasil Responsável por Risco é o Sr. Felipe Graner. Art. 23 - É de responsabilidade do diretor Felipe Graner verificar o cumprimento da presente Política, bem como encaminhar os relatórios gerados aos sócios e responsáveis pela área de gestão da Brasil Capital, no mínimo mensalmente, com o intuito destes tomarem as providências necessárias para ajustar a exposição de risco das carteiras dos fundos de investimento, conforme ressaltado anteriormente. Art. 24 - O organograma da área de risco da Brasil Capital, composto pelos profissionais envolvidos na gestão de riscos com suas respectivas atribuições encontra-se anexo a esta política (Anexo I). Art. 25 - Além da responsabilidade apontada acima, também são responsabilidades do Responsável por Risco:
8 (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) Conduzir o Comitê de Risco e dirigir o departamento de Gerenciamento do Risco; Garantir que a Brasil Capital tenha processos que aderem as expectativas de controle de risco dos sócios e clientes; Executar as responsabilidades delegadas pelo Comitê de Risco; Inserir o Comitê de Risco em discussões relacionadas a operações que possam expor a organização a perdas; Avaliar os riscos dos fundos de investimento e da Brasil Capital; Entre outras. Capítulo VIII Disposições Gerais Art. 26 Nos termos do art. 14, IV, da Instrução CVM n.º 558/15, a presente Política encontra-se disponível no endereço eletrônico da Brasil Capital: http://www.brasilcapital.com/. Capítulo IX - Vigência e Atualização Art. 27 - Esta Política de Gestão de Riscos será revisada anualmente, e sua alteração acontecerá caso seja constatada necessidade de atualização do seu conteúdo. Poderá, ainda, ser alterada a qualquer tempo em razão de circunstâncias que demandem tal providência. Qualquer alteração à presente Política será amplamente divulgada a todos os Integrantes da Brasil Capital pelo Responsável pelo Compliance Brasil Capital.