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Transcrição:

PROJETO-DE-LEI Nº 108, DE 17 DE SETEMBRO DE 2014 Poder Executivo Institui normas e procedimentos de parcelamentos de créditos tributários e não tributários em fase de cobrança judicial, autoriza redução de juros e multas e dá outras providências. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º É instituído novo regramento fiscal a ser aplicado aos parcelamentos e reparcelamentos de créditos tributários e não tributários, oriundos de quaisquer débitos de contribuintes para com o, inscritos em Dívida Ativa e em fase de cobrança judicial. Art. 2º As normas ora instituídas abrangem os contribuintes pessoas físicas e jurídicas, observadas as disposições contidas nesta Lei. CAPÍTULO II DO PARCELAMENTO Seção I Das Disposições Gerais Art. 3º Poderá ser parcelado, a requerimento do contribuinte, o crédito tributário e o não tributário inscrito em dívida ativa e que seja objeto de Processo de Execução Fiscal. Parágrafo único. Aplicam-se as disposições desta Lei aos débitos oriundos de quaisquer ações judiciais promovidas pelo e que não estejam registrados no sistema informatizado da municipalidade, desde que o sujeito passivo confesse e reconheça a dívida, requerendo expressamente em juízo a adesão ao parcelamento. Art. 4º O parcelamento de débitos da sociedade empresária, cujos atos constitutivos estejam baixados, será requerido em nome do titular ou de um dos sócios. Art. 5º O possuidor do imóvel que não figurar como contribuinte no Cadastro Imobiliário Municipal poderá requerer o parcelamento mediante a assinatura de Declaração de Posse de Imóvel e Termo de Compromisso, de acordo com modelo a ser instituído por Decreto.

Seção II Dos Procedimentos Art. 6º A adesão ao parcelamento será formalizada pelo interessado, mediante protocolização de requerimento administrativo dirigido ao Procurador-Geral, conforme modelo a ser instituído por Decreto, instruído com os seguintes documentos: I - Cópia simples da carteira de identidade e cartão de inscrição no CPF/MF, quando o(a) Devedor(a) Requerente for pessoa física; II - Cópia simples da carteira de identidade e cartão de inscrição no CPF/MF, do representante legal e do cartão de inscrição no CNPJ/MF, quando o(a) Devedor(a) Requerente for pessoa jurídica; III - Cópia simples do comprovante de endereço do(a) Devedor(a) Requerente e do seu representante ou Declaração de Residência, conforme modelo a ser instituído por Decreto; IV - Documento original que confira ao signatário ou Declaração de não possuir, a condição de representante legal ou procurador do(a) Devedor(a) Requerente, nesse caso apresentar procuração particular, com poderes especiais para confessar dívida e fazer parcelamentos juntamente com cópia simples do documento de identidade do outorgante e do outorgado; V - Cópia simples dos documentos de veículos de sua propriedade ou declaração de não possuir; VI Em casos envolvendo débitos de IPTU e Contribuição de Melhorias, cópia atualizada da matrícula do imóvel ou cópia do contrato de compra e venda; VII - Nos casos em que o devedor originário for falecido, anexar cópia da certidão de óbito do devedor e ainda cópias do CPF e RG de todos os herdeiros e do cônjuge supérstite acompanhado de cópia da certidão de casamento, quando houver. 1º O pedido de parcelamento deverá ser solicitado pelo sujeito passivo da obrigação, ou seu procurador, com poderes específicos, antes da assinatura do Termo de Confissão de Dívida. 2º A concessão do parcelamento de dívida judicial fica condicionada ao recolhimento, nas mesmas condições do débito fiscal, de honorários advocatícios fixados pelo juízo da execução sobre o valor da causa, sem prejuízo da verba honorária decorrente de qualquer outra ação que tenha sido proposta pelo sujeito passivo para discutir judicialmente o tributo, inclusive embargos de devedor. 3º Os honorários advocatícios devidos nas execuções fiscais poderão ser parcelados em até 06 (seis) parcelas, observado o valor mínimo de 10 UPM. 4º A adesão ao parcelamento de dívida judicializada não se condiciona à apresentação de garantias, devendo ser mantidas aquelas já apresentadas até o cumprimento integral do acordo. Art. 7º Apresentada ao interessado a dívida consolidada, a concessão do parcelamento será instrumentalizada por Termo de Confissão de Dívida e Compromisso de Pagamento Parcelado, conforme modelo a ser instituído por Decreto. Art. 8º A assinatura do Termo a que se refere o artigo anterior implica reconhecimento irretratável da dívida e renúncia a qualquer defesa ou recurso judicial, com desistência expressa a qualquer ação que questione o débito, cujas providências deverão ser tomadas no prazo máximo de 05 (cinco) dias da homologação da adesão ao Parcelamento. Parágrafo único. Na hipótese de discussão parcial do débito, poderá ser requerido o parcelamento da parte incontroversa.

Art. 9º O parcelamento poderá ser concedido em até 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas, incluindo o valor da primeira parcela que corresponderá a 10% (dez por cento) do valor consolidado da dívida na data do pedido de parcelamento e deverá ser satisfeita em até 05 (cinco) dias úteis contados da assinatura do termo de confissão de dívida. 1º Os valores remanescentes poderão ser fracionados em até 59 (cinquenta e nove) meses, observado o valor mínimo de cada parcela: I 18 (dezoito) UPM, mensais em se tratando de contribuinte Pessoa Física; II 35 (trinta e cinco) UPM, mensais, em se tratando de contribuinte Pessoa Jurídica. 2º Considera-se dívida consolidada o somatório dos débitos lançados, acrescidos dos encargos legais, devidos até a data do pedido de parcelamento. Art. 10. Na hipótese de pedido de parcelamento de débitos objeto de execução fiscal em que tenha sido designada hasta pública, este poderá ser concedido em até 24 (vinte e quatro) parcelas mensais e sucessivas, incluindo a primeira parcela que corresponderá a 30% (trinta por cento) do valor consolidado da dívida na data do pedido de parcelamento. Parágrafo único. Para o cancelamento da hasta pública, o pagamento da primeira parcela deverá ser efetuado até 24 (vinte e quatro) horas antes do ato aprazado. Art. 11. Aos servidores públicos municipais que autorizarem o desconto das parcelas em folha de pagamento será dispensada a exigência da entrada a que alude o caput do artigo 9º, respeitados os percentuais mínimos e máximos estabelecidos na legislação do funcionalismo, com vencimento das parcelas respectivas conforme calendário previsto para pagamento do funcionalismo municipal, observado o valor mínimo da parcela, nos moldes do parágrafo 1º do artigo 9º. Parágrafo único. A autorização a que alude o caput deste artigo será efetuada mediante Termo de Autorização de Desconto em Folha, de acordo com modelo a ser instituído por Decreto. Art. 12. O parcelamento será considerado provisório, até o pagamento da parcela inicial; definitivo, após a homologação pela autoridade competente. Art. 13. O contribuinte arcará com todos os encargos legais e judiciais incidentes sobre a dívida, incluídas as custas e emolumentos. Art. 14. Na hipótese prevista no parágrafo único do artigo 3º, o débito será apurado e inscrito em dívida ativa pela Secretaria Municipal da Fazenda, seguindo o rito previsto para os créditos em fase de cobrança administrativa. Seção III Da Rescisão Art. 15. Implicará rescisão do parcelamento: I - a falta de pagamento de três parcelas, consecutivas ou não; II - a existência de saldo devedor, após a data de vencimento da última parcela do Parcelamento; III- ausência de comprovação da renúncia ou desistência de que trata o artigo 8º desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da assinatura do Termo de Confissão de Dívida e Compromisso de Pagamento Parcelado; IV decretação de falência ou extinção pela liquidação da pessoa jurídica; V- inobservância de quaisquer exigências estabelecidas nesta Lei.

1º É considerada inadimplente a parcela parcialmente paga. 2º Rescindido o parcelamento, apurar-se-á o saldo devedor, providenciando-se o prosseguimento do processo executivo. 3º A rescisão do parcelamento motivada pelo descumprimento das normas que o regulam implicará no restabelecimento da dívida remanescente, com todos os acréscimos legais previstos na legislação municipal. CAPÍTULO III DO REPARCELAMENTO Art.16. Será admitido um único reparcelamento de débitos de parcelamento que tenha sido rescindido, ou, que preencha os requisitos para a rescisão, observado o disposto na seção III do capítulo II desta Lei. Parágrafo único. Observadas as demais exigências, a formalização do reparcelamento de débitos fica condicionada ao recolhimento da primeira parcela em valor correspondente a 10% (dez por cento) do total dos débitos consolidados. Art. 17. Os débitos de contribuição de melhorias, previstos no Capítulo I, do Título V, da Lei Complementar Municipal 064 de 18 de dezembro de 2013, poderão ser reparcelados de acordo com as disposições contidas nesta lei. Art. 18. Os débitos oriundos de dívidas de loteamentos habitacionais, previstos em lei específica, poderão ser reparcelados de acordo com as disposições contidas nesta lei, desde que haja manifestação prévia e expressa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, responsável pela gestão dos contratos habitacionais. Art. 19. Os débitos oriundos de dívidas de Promagro, previstos em lei específica, poderão ser reparcelados de acordo com as disposições contidas nesta lei, desde que haja manifestação prévia e expressa da Secretaria Municipal da Agricultura, responsável pela gestão dos contratos de financiamento agrícola. Art. 20. Considera-se pedido de reparcelamento o requerimento protocolizado após a entrada em vigor da presente Lei, aplicando-se quanto aos procedimentos as regras contidas no Capítulo I desta Lei. CAPÍTULO IV DA ADMINISTRAÇÃO DOS PARCELAMENTOS E DOS REPARCELAMENTOS Art. 21. A administração dos parcelamentos de débitos judiciais será exercida pela Procuradoria Jurídica do Município, a quem compete o gerenciamento e a implementação dos procedimentos necessários à execução desta Lei, notadamente: I - expedir atos normativos necessários à execução dos parcelamentos e reparcelamentos; II - promover a integração das rotinas e procedimentos necessários à execução das normas relativas ao parcelamento e reparcelamento; III - excluir os optantes que descumprirem suas condições.

Parágrafo único. Verificada a hipótese de rescisão do parcelamento ou reparcelamento, o Procurador-Geral do Município, ou quem este delegar, poderá conceder prazo de 05 (cinco) dias úteis para regularização da pendência, a fim de possibilitar ao contribuinte sua permanência no sistema de pagamentos parcelados. CAPÍTULO V DO PAGAMENTO À VISTA Art. 22. O Poder Executivo fica autorizado a conceder, a título de incentivo, desconto de 50% (cinquenta por cento) dos juros e multas moratórios para o contribuinte que optar pelo pagamento à vista de débitos inscritos em dívida ativa, inclusive os que tenham sido objeto de parcelamentos anteriores. Parágrafo único. Será beneficiado com a redução prevista no caput do artigo o contribuinte que liquidar integralmente os débitos de cada processo de execução fiscal. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 23. Os contribuintes que estiverem em dia com o parcelamento ou reparcelamento dos débitos de sua responsabilidade, concedidos nos anos de 2011 a 2014 poderão efetuar a liquidação total dos débitos, com o desconto total de 15% (quinze por cento) sobre as parcelas remanescentes. Parágrafo único. O benefício de que trata o caput deste artigo será implementado com o pagamento integral do valor remanescente e deverá ser efetuado até 31 de dezembro de 2015. Art. 24. A título de incentivo à adesão ao parcelamento e reparcelamento de que trata esta lei, fica dispensada a cobrança de honorários advocatícios para os contribuintes que aderirem aos benefícios desta Lei até 31 de dezembro de 2014. Art. 25. Esta Lei não se aplica aos créditos decorrentes de tributo retido na fonte, lançado e não pago. Art. 26. O pagamento de parcelas em atraso dar-se-á mediante solicitação de emissão de nova guia para pagamento, com as onerações legais, junto ao Setor de Arrecadação do Município. Art. 27. Deferido o pedido de parcelamento ou reparcelamento: I- a exigibilidade do crédito permanece suspensa até sua efetiva liquidação, ensejando ao devedor direito à obtenção de certidão positiva de débito com força ou efeito de negativa, ressalvada a hipótese de inadimplência; II- O processo de execução fiscal permanecerá suspenso pelo prazo estipulado para liquidação total do débito. Art. 28. Em caso de transferência, a qualquer título, de imóveis cujos débitos encontrem-se parcelados, o devedor deverá comunicar imediatamente à Fazenda Pública Municipal, sob pena de rescisão do parcelamento ou reparcelamento. Art. 29. Sobre os débitos objeto do parcelamento previsto nesta lei incidirá atualização monetária pelo índice previsto na Lei Complementar Municipal 064/2013 - Código Tributário Municipal - e, sobre cada parcela não paga no vencimento, as onerações de mora previstas legislação municipal.

Art. 30. O Poder Executivo dará ampla divulgação da presente Lei, nos meios locais de comunicação, bem como a regulamentará, no que couber. Art. 31. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 2014. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE VENÂNCIO AIRES, em 17 de setembro de AIRTON LUIZ ARTUS Prefeito Municipal Leandro Pitsch Secretário de Administração Claus Epaminondas Carvalho Procurador-Geral

JUSTIFICATIVA Inicialmente, cumpre referir que por razões de metodologia e controle foram propostas duas leis distintas para regular o parcelamento e reparcelamento de débitos junto à Fazenda Municipal: um projeto regula os créditos em fase de cobrança administrativa; o outro se ocupa com a dívida já em fase de cobrança judicial. Pretende-se, com alteração legislativa ora proposta, fomentar a regularização de débitos com a Fazenda municipal, possibilitando aos inadimplentes a oportunidade de reparcelar seus débitos na esfera administrativa, garantindo assim ampla participação em licitações públicas e enquadramento em demais programas de incentivos, constituindo verdadeiro marco na tributação no município. Sabidamente os entes públicos de todas as esferas governamentais necessitam auferir os recursos necessários à concretização das finalidades públicas, ou seja, toda a atividade estatal está voltada para a consecução do interesse público. Conforme recomenda a boa prática administrativa, os entes públicos tem o poder-dever de desenvolver medidas adequadas e efetivas para garantir o bom funcionamento da máquina estatal. Por óbvio, toda essa estrutura pressupõe a existência de numerário suficiente para tanto. Nessa seara, gize-se que o parcelamento e o reparcelamento dos créditos tributários e nãotributários do Município estão incluídos no rol de mecanismos que visam aperfeiçoar a atividade arrecadatória da Fazenda Pública. Note-se que, por tempos, o, por meio de seus órgãos fazendários, permitia o reparcelamento de dívidas tributárias e não tributárias; fato este que desencadeou uma situação deveras infeliz. É que muitos contribuintes confessavam seus débitos sem, contudo, demonstrar a intenção de efetivamente pagá-los, ou seja, na prática observou-se ausente o animus solvendi, sendo que muitos parcelamentos foram requeridos com o escopo na obtenção das certidões (negativa e/ou positiva com efeito de negativa). Dessarte, a cultura do reparcelamento bem como a inconveniente renúncia de juros e multas, instaurou um verdadeiro caos na administração de todos os programas de parcelamento já existentes. Com o intuito de reverter tal situação foi editada a Lei nº 4.957/2011, pela qual se vedou o reparcelamento na seara administrativa. Por outro lado, o aludido dispositivo, em que pese reinstaurar a ordem nas questões atinentes aos parcelamentos, acabou por engessar as possibilidades de renegociação dos débitos cujos valores se mostraram demasiado altos.

Tais dívidas, registre-se, em sua grande maioria, alcançam elevadas cifras, onerando sobremaneira aquele contribuinte que demonstra interesse em ajustar seus compromissos em atraso, porém, acaba sufocado pelo peso das exigências legais. Por todas essas razões, após criterioso estudo, a Procuradoria Jurídica do Município, concluiu que mudanças no tocante ao reparcelamento de dívidas eram necessárias, uma vez que a rotina experimentada pelos servidores, a partir das inúmeras situações que se lhes são postas diariamente, indicando a necessidade de flexibilização da norma, com vistas à resolução de executivos fiscais que se arrastam indefinidamente pelo já assoberbado sistema judiciário. De salientar que a proposta, no tocante ao parcelamento e ao reparcelamento não contempla renúncia de juros e multas. Relativamente aos dispositivos que trazem dispensa de juros e multas, tem-se que a renúncia de receita, decorrente do incentivo concedido, será compensada com a entrada de recursos por força da adesão ao Programa; cogitando-se, inclusive, aumento da arrecadação prevista. Gize-se que os percentuais de redução previstos são inferiores àqueles praticados por legislações pretéritas que igualmente dispensaram os encargos de mora. Essas, Senhores Vereadores, são as razões que justificam a elaboração e encaminhamento do presente projeto de lei, ora submetido à elevada apreciação dos Senhores. AIRTON LUIZ ARTUS Prefeito Municipal Leandro Pitsch Secretário de Administração Claus Epaminondas Carvalho Procurador-Geral