DICAS DE FOTOGRAFIAS I Apresentação: A palavra Fotografia vem do Grego "fós (luz) e "grafis (pincel), que significa desenhar com a luz. Inventada há quase dois séculos, a fotografia continua sendo o melhor meio de registrar um acontecimento. Desde a invenção da Fotografia Digital, ela tem sido cada vez mais aprimorada. Hoje, a qualidade das fotografias digitais já supera a qualidade das melhores fotos conseguidas com filmes comuns. No mercado atual, existem centenas de opções de câmeras digitais, desde as mais simples, as mais complexas e sofisticadas com preços altíssimos. A fim de auxiliar os amantes da fotografia em suas novas aventuras, resolvi publicar algumas dicas básicas sobre sete coisas que considero fundamental pra quem pretende conhecer mais sobre fotografia, que são: 1. Pixel (Megapixels); 2. Exposição; 3. Enquadramento; 4. Regra dos três terços; 5. Linha do Horizonte; 6. Profundidade de foco; 7. Profundidade de campo. 1. Pixel (Megapixels) Ao contrário que muita gente pensa, quantidade de megapixels não significa qualidade na fotografia. O grande responsável pela qualidade da fotografia é sensor (Figura-1). O preço de uma câmera esta relacionado ao seu sensor, quanto melhor e maior for o sensor, mais cara será a câmera. O sensor, assim como o antigo filme fotográfico, é a parte da câmera que capta a luz que entra pela lente e converte em cargas elétricas, que posteriormente se tornam pixels. Ele é composto por minúsculos diodos sensíveis à luz. Quando o botão de uma câmera é acionado, abre-se uma fenda (Diafragma Figura 2), deixando entrar luz que cada fotocélula grava no sensor. A quantidade de luz é regulada pela velocidade do obturador (Figura 3). A intensidade de luz gravada é armazenada como uma série de números binários que posteriormente são interpretados para reconstruir a cor e o brilho dos pixels no visor LCD da câmera ou na tela do computador. Existem dois tipos principais de sensores: o CCD e o CMOS. O CCD (ChargedCoupledDevice, ou Dispositivo de Carga Acoplado), luizgmartins2@gmail.com [1]
é utilizado em boa parte das câmeras do mercado. Este tipo de sensor normalmente está presente nas câmeras compactas e nas câmeras mais avançadas designadas para uso amador. É menos suscetível a ruído e costuma produzir imagens com melhor resolução, porém consomem cerca de 100 vezes mais energia que o CMOS. Os Megapixels Para entendermos melhor o Megapixel, primeiro vamos entender o que é o seu elemento menor, o Pixel. Pixel é o menor elemento em um dispositivo de exibição (tal como o monitor do computador, ou o visor LCD de uma câmera) ao qual é possível atribuir uma cor. Simplificando, pixels são minúsculos pontinhos de uma determinada cor, que agrupados, formam uma imagem inteira. O exemplo é a imagem do gato. Observe a imagem como um todo, e depois observe o detalhe da imagem do olho onde aparecem os pixels. Cada quadradinho da imagem ampliada é um pixel. Por exemplo, quando dizemos que a resolução de determinada imagem é de 640 x 480, esta imagem é composta por 640 pixels horizontais, multiplicados por 480 pixels verticais. Para saber a quantidade total de pixels de uma imagem, devemos multiplicar estes valores. Neste mesmo exemplo, multiplicando 640 por 480, temos o resultado de 307.200 pixels. Um megapixel equivale a um milhão de pixels. Uma imagem quadrada com resolução 1000 x 1000, tem a resolução de um megapixel. luizgmartins2@gmail.com [2]
2. Exposição A exposição é a quantidade de luz que passa através do diafragma (Figura 2) para formar uma foto. Essa quantidade é regulada pela velocidade do obturador (Figura 3). As câmeras fotográficas funcionam de maneira similar ao olho humano. Tons mais escuros como o preto, absorvem mais luz, enquanto que os tons mais claros, como o branco, refletem mais luz. Imagine a luz se dividindo em vários pedaços minúsculos. Cada pedaço de luz carrega um pouco de informação, sobre o quanto ela deve ser clara ou escura e qual cor ela deve ter. A imagem final é o resultado da quantidade de luz que entra por um determinado tempo no sensor. Para obter um bom resultado, essa luz deve ser na medida certa, nem de mais, nem de menos. Se a foto ficar clara demais, ela estará o que chamamos de superexposta, e se ficar escura demais, estará o que chamamos de subexposta. A exposição é baseada em três fatores: abertura do diafragma (Figura 2), velocidade do obturador (Figura 3) e sensibilidade ISO. ISO (sigla de International Standards Organization) é uma variável tão importante quanto a abertura do diafragma e a velocidade do obturador. Ela mede a sensibilidade do sensor (fotografia digital) ou do filme (fotografia analógica) à luz. Quanto mais sensível for a ISO (valor maior), mais o mecanismo da câmera se esforça para captar informações em uma cena em ambiente com pouca luz. E quanto menos sensível (ISO menor) o sensor ou filme for, mais iluminação é necessária na cena, já que a câmera nesse caso não recebe uma exigência tão grande para fazer a foto. Para configurar o valor certo do ISO em uma câmera, você precisa observar a iluminação do ambiente e a sua situação como o fotógrafo. As câmeras compactas simples, que na maioria das vezes tem todos, ou quase todos os seus ajustes automáticos, normalmente não exibem na tela a régua de medição da ISO. 2.1 Fotômetro. O fotômetro (Figura 4) de uma câmera é bastante preciso, mas há necessidade de ajustamento. Pois ele não acerta a exposição correta em 100% das vezes. Com a experiência, podemos usar ele como base para criar uma exposição a nosso gosto, com mais ou menos luz, dependendo da situação. Na figura 4 a seta que parece um escudo mostra como está à exposição. Se ele estiver no meio, significa que a exposição está correta, ou seja, que a quantidade de luz necessária para criar uma foto está perfeita. Se ele estiver mais para a esquerda, significa que a foto vai ficar subexposta, ou seja, escura demais, e se estiver mais para a direita, significa que vai ficar superexposta, ou seja, clara demais. luizgmartins2@gmail.com [3]
3. Enquadramento. Enquadramento (Foto 1) é o posicionamento do elemento ou dos elementos que você faz na cena a ser fotografada. Geralmente o uso da câmera na orientação Paisagem é sempre (horizontal). O enquadramento trabalha junto com os três terços, pois um depende do outro. 3.1 - Pensando Fotograficamente Quando você faz o enquadramento, entram em cena os três terços, perspectivas e linha do horizonte (Foto 2). luizgmartins2@gmail.com [4]
4. Regra dos três terços. A regra dos terços é uma orientação fotográfica que auxilia na exposição do assunto. Esta regra mostra os quatro pontos básicos onde deveríamos posicionar o assunto a ser fotografado (Figura 5). Ela mostra também o posicionamento horizontal onde provavelmente uma determinada cena ficaria mais agradável aos olhos. A maioria das câmeras atuais já vem com uma opção de você poder exibir no visor o jogo da velha que mostra as linhas verticais e horizontais. Em câmeras que não possui esta opção, como celular, por exemplo, criam-se linhas imaginárias. Os pontos onde as linhas se cruzam são os considerados pontos de ouro, pois em uma destas interseções, é que devemos posicionar nosso assunto a ser fotografado. As linhas horizontais e verticais cortam a tela em três partes e servem de guia para o posicionamento do assunto e da linha do horizonte. Para melhor exemplificar, mostrarei a seguir algumas fotos utilizando a regra dos terços. Os pontos onde as linhas se cruzam são considerados os pontos de ouro. Em uma destas regiões deveríamos posicionar o assunto a ser fotografado. luizgmartins2@gmail.com [5]
No exemplo abaixo foi usada à regra dos terços, respeitando a linha do horizonte ao fundo. A posição da modelo olhando para frente dá a sensação de liberdade. luizgmartins2@gmail.com [6]
No exemplo 4, a modelo foi enquadrada respeitando a regra dos terço, a linha do horizonte em relação à piscina e perspectivas em relação aos prédios. No exemplo 5, O tigre foi enquadrado respeitando a regra dos terços. luizgmartins2@gmail.com [7]
Nem sempre no momento da fotografia conseguimos fazer uma composição adequada para a regra dos terços e a linha do horizonte, pois às vezes o alvo esta em movimento e com a necessidade de focá-lo rápido, você não tem a visão global da imagem. Na realidade a regra dos terços é um exercício visual onde o fotógrafo deve estar sempre focado no assunto e no que esta a sua volta. Alguns fotógrafos chegaram à conclusão que quem observa uma imagem olha mais depressa para um dos pontos de cruzamento do que para o centro da fotografia. A aplicação da regra dos terços não é mais do que evitar simplesmente centrar o elemento a fotografar, e posicionálo 1/3 acima do fundo e 1/3 à esquerda ou então 1/3 abaixo do topo e 1/3 à direita e assim sucessivamente. No caso de pessoas e objetos procure posicioná-los numa das quatro intersecções da grelha; no caso de paisagens, posicione-as no topo ou no fundo da grelha. O resultado é uma imagem mais natural, contrabalançada e atrativa ao olhar. Tão fundamental como a visualização das linhas, é saber quais os pontos de interesse do cenário que pretende fotografar. De modo geral, fotógrafos amadores tendem a centralizar o assunto das fotos. Foca-se o tema bem no meio do enquadramento sem se preocupar com a composição da imagem. Embora possam conseguir ótimas fotos sem usar a regra dos terços, em fotografia profissional a composição da imagem é levada em consideração. 5. Linha do Horizonte. Em fotografia de pôr do sol, por exemplo, é fundamental usar a regra dos terços para posicionar a imagem do sol e a linha do horizonte. luizgmartins2@gmail.com [8]
Na foto de paisagem, que há uma imagem prioritária (exemplo 7) na composição da foto, temos que posicionar a imagem respeitando a regra dos terços e a linha do horizonte. Na foto de paisagem do exemplo 8, a imagem foi temos que posicionar a imagem respeitando a regra dos terços e a linha do horizonte. O barco está posicionado abaixo de um dos pontos de ouro, e linha do horizonte posicionada entre o mar e o céu. luizgmartins2@gmail.com [9]
6. Profundidade de foco. Na fotografia (Figura 7), foco é um ajuste que se faz para dar mais nitidez ao assunto da foto. Este recurso é ajustado através da objetiva, girando o anel de focalização até obter a nitidez desejada para as imagens que se pretende manter no plano focal. A maioria das câmeras possui o recurso do foco automático, que é um dispositivo interno que calcula e determina a distância do foco, porém, como todo recurso automático, ele pode não atender aos objetivos do fotógrafo e acabar fazendo o foco em outro local, isto porque ele se baseia na quantidade de luz que incide em cada objeto da foto. No foco manual, a medição é feita em metros e em pés que se encontra marcada no anel de distância, servindo assim para guiar o fotógrafo e facilitar a focalização adequada. A distância focal, como o próprio nome sugere, é à distância, em milímetros, entre o ponto de convergência da luz (centro óptico, que fica do meio da lente) e o sensor da câmera, local onde a imagem que foi focalizada é projetada. É através da distância focal que o fotógrafo pode definir a aproximação de uma imagem, e o campo de visão com o qual deseja trabalhar. 7. Profundidade de campo. A profundidade de campo é o fator que determina a parte da imagem que estará em foco e quanto estará desfocado, tanto na frente quanto atrás do assunto da foto. Ela define que áreas da foto ficarão em foco (nítida e clara) e quais estarão desfocadas (borrada e suave). Para ajustar a profundidade de campo é necessário escolher um ponto de foco. Isso só pode ser feito manualmente em câmeras que tem o recurso de foco manual. Nas demais, a própria câmera identificará o objeto melhor iluminado e fará o foco automático. luizgmartins2@gmail.com [10]
A profundidade de campo pode variar de acordo com o valor da abertura do diafragma (Figura 8), quanto maior a abertura, menor a profundidade de campo, ou seja, serão nítidos na foto apenas os objetos que estão à mesma distância do assunto ou bem próximos dele. Em uma foto com plano aberto, o efeito de desfoque pode ser bem interessante, mas se você deseja que tudo esteja em foco, então deve diminuir o valor da abertura. Ao adquirir prática em controlar a profundidade de campo, o fotógrafo pode conseguir efeitos muito interessantes em suas fotografias. Outros fatores que influenciam a profundidade de campo são à distância do assunto à câmera e a distância focal da objetiva (Exemplo 1). Sem alterar a abertura, a profundidade de campo será inversamente proporcional à distância focal, ou seja, quanto maior a distância focal, menor a profundidade de campo. Isso quer dizer que utilizando uma lente grande angular com a abertura 11 ela conseguirá dar mais profundidade de campo do que uma objetiva normal com a mesma abertura. luizgmartins2@gmail.com [11]
No exemplo 2 foi usada uma pequena profundidade de foco, para obter uma imagem com grande profundidade de campo, com o fundo totalmente focado. Neste caso, há necessidade da combinação entre a velocidade e a abertura para ter uma imagem com as cores satisfatórias, ou seja, nem muita clara e nem muito escura. Algumas dicas: Fotos de paisagens ou abstratos devem ser feitas na horizontal, pois ficam melhores nas telas 4:3 e 16,9 polegadas, que são padrões usados no mundo todo. As fotos de lugares devem ser feitas com as costas voltadas para o sol, pois evitam os reflexos dos raios solares. II Conclusão: A fotografia é a criação artística da imaginação, e cada um pode criar a sua própria imaginação da maneira que achar melhor. Existem regras que auxiliam na composição da imagem, mas o valor de cada foto depende da lembrança que ela traz. Aquelas fotos de família, que foram feitas desrespeitando todas as regras, jamais perderão o seu valor. Muitas vezes, em um simples clique, o fotógrafo consegue imortalizar um momento único ao qual não se poderá mais voltar, senão através daquele registro. Assim sendo, vamos continuar registrando os melhores momentos, independente das regras. Acesse o site: www.impactonline.com.br Envie suas sugestões para os e-mails: luizgmartins2@gmail.com ou luizgmartins2@yahoo.com.br luizgmartins2@gmail.com [12]