Perspectivas para o Brasil no Cenário Internacional da Borracha Natural - Parte I

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Transcrição:

Perspectivas para o Brasil no Cenário Internacional da Borracha Natural - Parte I Augusto Hauber Gameiro e Mariana Bombo Perozzi Sistema de Informações Agroindustriais da Borracha Natural Brasileira Esta é a primeira de uma série de três matérias que abordam as perspectivas para o Brasil no cenário internacional da borracha natural. A primeira parte analisará os fundamentos relacionados à demanda mundial de borrachas. A segunda parte enfocará os fundamentos relacionados à oferta mundial de borrachas. Finalmente, de posse das informações abordadas nas duas primeiras partes, a terceira e última objetivará analisar as oportunidades e os desafios para a heveicultura brasileira no contexto mundial. Para acessar a segunda e terceira partes, visite: http://www.borrachanatural.agr.br/especial/index.php Parte I - Demanda mundial de borrachas Inicialmente deve-se entender que a demanda mundial por borrachas, de suas diversas naturezas, tanto sintética quanto natural, acompanha de forma bastante ajustada o crescimento da produção mundial como um todo. A principal razão é que são matérias-primas utilizadas em um sem número de aplicações industriais. Assim, a demanda por borracha acompanha a evolução da economia mundial. Portanto, o estudo do mercado de borrachas sempre deve partir da análise do comportamento do produto mundial, que pode ser representado, por exemplo, pela evolução do Produto Interno Bruto (PIB) agregado de todos os países. Observa-se que nos últimos sete anos, e de forma ainda mais evidente a partir do ano de 2004, o PIB mundial vem crescendo de forma substancial, com uma taxa que varia de 4% a 6% ao ano. Conforme comentado, esse comportamento reflete de forma bastante aproximada a tendência de crescimento no consumo de borrachas (sintética e natural) no mundo. Na Figura 1 apresenta-se a evolução do consumo mundial de borrachas no período de 2001 a 2006. Figura 1. Evolução do consumo mundial de borracha (Fonte: IRSG, 2007). No ano de 2001, o consumo mundial era de pouco menos de 18 milhões de toneladas, tendo passado para quase 22 milhões de toneladas no ano de 2006. Utilizando-se um modelo de regressão para estimar a taxa média anual de crescimento desse consumo chega-se a 4,16% ao ano. Dessa forma, esta taxa representa a tendência de crescimento da demanda mundial de borracha.

É importante, para se avançar na análise, que os dois grupos de borrachas sintética e natural tenham seu comportamento de consumo separado. Tem-se que, no final da década de 90, havia um paralelismo bastante claro entre os volumes consumidos dos dois produtos. No ano de 2002, entretanto, o consumo de borracha sintética dá sinais evidentes de esgotamento. Nos anos 2006 e 2007 esse sinal de perda de competitividade da sintética diante da natural se faz ainda mais evidente, com a primeira reduzindo proporcionalmente sua participação no mercado. Há algumas razões para a perda de espaço da borracha sintética, sendo que a principal delas está relacionada aos ascendentes custos de produção, uma vez que o produto tem como matéria-prima o petróleo, que vêm em uma escalada de preços nos últimos anos, como será detalhado oportunamente. Além dessa razão, a indústria da borracha sintética vem sofrendo uma série de pressões negativas por meio da sociedade e dos órgãos ambientais, por ser uma indústria considerada, via de regra, não-amiga do meio ambiente. Soma-se a essas razões, o fato de que boa parte da indústria de borracha sintética encontra-se em países do Leste Europeu, que desde a década de 90 vêm passando por uma série de crises e reestruturações. Ressalta-se que a perda de participação da borracha sintética não é recente. A partir da década de 80 vê-se que a trajetória da participação da sintética vem sendo declinante. Esta borracha chegou a representar mais de 70% do total, no início dos anos 80, mas atualmente encontra-se pouco acima de 56%. Deve-se acrescentar, ainda, que nas décadas de 80 e 90 a borracha natural tornou-se extremamente competitiva diante da sintética também devido ao aumento significativo de sua oferta mundial com a conseqüente redução dos preços. Especialmente em meados da década de 90, quando os preços da natural atingiram seus níveis mais baixos, o produto tirou muito espaço do seu concorrente artificial. O estudo da demanda por borrachas deve contemplar, também, a origem geográfica do consumo. Nesse sentido, destaca-se que a explosão do consumo surge no início do século na Ásia, que vem apresentando um crescimento econômico bem acima da média mundial. No período de pouco mais de uma década, o consumo asiático aumentou fortemente, partindo de 7 milhões de toneladas para 12 milhões de toneladas em 2007. Por outro lado, ao se analisar o comportamento do consumo de borrachas na América do Norte, tem-se uma tendência contrária, com redução no volume demandado. Nas demais regiões, predomina um comportamento de estabilidade. Logo, observa-se uma reorganização na indústria consumidora de borracha, em especial com a mudança de países mais desenvolvidos, com os Estados Unidos, em direção a países em franco desenvolvimento, como alguns asiáticos, em especial a China, Índia, Coréia do Sul, Malásia, dentre outros. Essa reorganização da indústria consumidora de borracha tem um papel determinante nas forças de oferta e demanda mundiais. Isso porque a Ásia, que é a maior fornecedora de borracha natural para o mundo, passa a ser, também, a maior consumidora. Em outras palavras, o excedente de produção de borracha natural asiática tende a se reduzir, abrindo espaço para outras regiões produzirem sua própria borracha natural, como a África e a América Latina. Para se compreender melhor a demanda de borracha nos países, deve-se considerar a produção de pneus nos mesmos, uma vez que a indústria pneumática é a maior consumidora de borrachas, sendo responsável por algo ao redor de 75% a 80% da demanda. A Tabela 1 apresenta as taxas médias de crescimento anual da produção de pneus de automóveis e de caminhões nos principais fabricantes mundiais.

Tabela 1. Taxas médias de crescimento anual da produção de pneus no período de 2001 a 2006. País Pneus de automóveis Pneus de caminhões Índia 15,8% 9,9% Brasil 3,5% 6,2% Alemanha 2,8% 3,3% Tailândia 11,5% 1,8% EUA -4,5% 0,8% Japão 1,9% 0,5% Malásia 3,0% 0,5% Coréia do Sul 5,6% -0,5% França -0,9% -7,1% (Fonte dos dados: IRSG, 2007; cálculos elaborados pelos autores). A separação entre pneus de automóveis e de caminhões é interessante por que os segundos consomem significativamente mais borracha natural, tanto em termos absolutos (mais quilogramas por unidade), quanto em termos relativos (mais quilos em relação à borracha sintética). Salienta-se que a China, apesar de ser um importante produtor de pneus, não foi considerada porque a qualidade de suas estatísticas ainda é questionável pelos órgãos internacionais. Analisando-se a taxa de crescimento da produção de pneus para caminhões, observa-se que o Brasil encontra-se em segundo lugar, com 6,2%, perdendo apenas para a Índia, com 9,9%. Esses dois países claramente se destacam no cenário internacional. Em relação à produção de pneus de automóveis, o Brasil apresentou uma taxa média de 3,5% ao ano, inferior à da Índia, Tailândia e Coréia do Sul, mas ainda sim, uma variação bastante expressiva. Conforme comentando anteriormente, a Tabela 1 ilustra com mais ênfase a reorganização da indústria consumidora mundial. Países tradicionais como a França e os Estados Unidos têm sua demanda estável ou mesmo decadente. Japão, que é tradicionalmente uma importante origem automobilística, também tem sua produção crescendo de forma menos acelerada que outros países concorrentes. A Tabela 2, por sua vez, traz o consumo total de borrachas pelos paises separadamente.

Tabela 2. Consumo de borracha (sintética e natural) pelos países em 2006. País Consumo Participação China 5.280 24,6% EUA 2.811 13,1% Japão 2.045 9,5% Índia 1.079 5,0% Alemanha 904 4,2% Brasil 712 3,3% Coréia do Sul 699 3,3% Rússia 663 3,1% Tailândia 540 2,5% França 530 2,5% Indonésia 516 2,4% Malásia 496 2,3% Espanha 439 2,0% Taiwan 403 1,9% Itália 399 1,9% Canadá 369 1,7% Reino Unido 268 1,3% Polônia 268 1,3% México 239 1,1% Rep. Tcheca 189 0,9% Bélgica 171 0,8% Turquia 134 0,6% África do Sul 121 0,6% Eslováquia 106 0,5% Holanda 88 0,4% Ucrânia 86 0,4% Suécia 85 0,4% Portugal 77 0,4% Austrália 68 0,3% Finlândia 68 0,3% Eslovênia 64 0,3% Áustria 38 0,2% Total 21.446 100% (Fonte: IRSG, 2007). Do total de 21,446 milhões de toneladas consumidas no ano de 2006, o Brasil representou 712 mil toneladas, o equivalente a 3,3%, ficando na sexta posição dentre os maiores consumidores. A China sozinha responde por praticamente ¼ do consumo total, seguida pelos EUA, Japão, Índia e Alemanha. Além dessa análise estática, deve-se destacar que a participação do Brasil neste cenário vem aumentando nos últimos anos. A Figura 2 ilustra bem esta tendência, ao mostrar a evolução do consumo brasileiro de borrachas, e a participação desse consumo no total mundial.

Toneladas 800 700 600 500 400 300 200 100-2001 2002 2003 2004 2005 2006 3,6% 3,5% 3,4% 3,3% 3,2% 3,1% 3,0% 2,9% Participação do Brasil (%) Brasil Participação do Brasil Figura 2. Evolução do consumo brasileiro de borrachas e sua participação no total mundial (Fonte: IRSG, 2007). Nos últimos anos a indústria pneumática vem investindo significativamente no país. Em 2004 observa-se que o consumo dá um salto. Portanto fica claro que se o consumo mundial de borrachas vem aumentando, o consumo no Brasil vem aumentando de forma ainda mais rápida, sendo essa informação fundamental para a compreensão das perspectivas positivas para a produção das borrachas no país. Finalmente, para encerrar a análise dos fundamentos relacionados à demanda, projeta-se o consumo brasileiro de borrachas até o ano 2020. Essa estimativa é feita pelo IRSG com o consumo sendo segregado pela indústria pneumática e pela indústria de artefatos de borracha em geral. Atualmente, o consumo está ao redor das 700 mil toneladas já mencionadas, mas deverá passar para quase 1,2 milhões de toneladas em 2020. Portanto, em um intervalo de 12 anos o consumo crescerá substancialmente. Continuação... Partes II e III.