REGIME DISCIPLINAR DO CORPO DISCENTE DOS OBJETIVOS E FINS Art. 1º O presente Regime tem por objetivo estabelecer as normas disciplinares do corpo discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, regulamentando seus Direitos, Deveres e as Medidas Didático- Pedagógicas que serão adotadas quando o estudante deixar de assumir os princípios de formação e de convivência. Todos os servidores procederão conforme o que consta nesse Regime Discente. DO CORPO DISCENTE Art. 2º O corpo discente do IFRS- é constituído pelos alunos regularmente e/ou servidores matriculados em cursos ou disciplinas isoladas, ou inscritos em atividades de ensino, pesquisa e extensão do IFRS-, quaisquer que sejam suas formas de duração, em todos os níveis de ensino, nos diversos cursos e programas oferecidos pela instituição. 1 Nenhum membro do corpo discente poderá eximir-se do cumprimento das normas dispostas neste regime alegando desconhecê-las. 2º Alguns Deveres e Medidas Didático-Pedagógicas, contidas neste regime, são previstos e destinados somente a alunos menores de idade. DOS DIREITOS E DEVERES DO CORPO DISCENTE Art. 3º São Direitos dos integrantes do corpo discente: I - receber educação pública, gratuita e de qualidade, de acordo com os princípios constitucionais e legislação em vigor; II - ser tratado com respeito e igualdade com os demais colegas, sem qualquer discriminação; III - Frequentar as instalações da Instituição seguindo as normas específicas de cada ambiente e sem prejuízo dos trabalhos escolares e nos horários pre-estabelecidos; IV - ter acesso às informações sobre as atividades desenvolvidas na Instituição, procedimentos adotados, normas e regulamentos vigentes e modalidades de assistência
oferecida ao aluno, cursos de seu interesse, principalmente através de murais ou qualquer outro veículo informativo; V - ser informado sobre o Sistema de Avaliação da Instituição e receber informações sobre seu rendimento através das avaliações, do boletim ou de documento próprio para esse fim. VI - participar ou representar o Câmpus, quando assim formalmente definido e com a anuência do Departamento de Ensino, em atividades artísticas, culturais, esportivas, religiosas e científicas, observando-se que o estudante menor de idade, devidamente matriculado no Câmpus, necessitará de autorização prévia de seus responsáveis legais; VII - participar de eleições e atividades de órgãos de representação estudantil, quando aluno de curso regular, votando ou sendo votado, conforme regime vigente; VIII - apresentar aos Professores, ao Departamento de Ensino, ou à Direção, e a Ouvidoria do Câmpus, preferencialmente seguindo essa ordem, sugestões relativas ao melhoramento da vida escolar; IX - ter acesso aos estudos de Recuperação Paralela conforme estabelecido pela Lei 9394/96 e descrita Planos Pedagógicos dos cursos; X - promover e organizar eventos na Instituição com o devido deferimento das coordenações competentes. Art. 4º São Deveres dos integrantes do corpo discente: I - comparecer à Instituição fazendo uso do instrumento de identificação (de acordo com a Instrução Normativa nº 08/2012), mantendo-o em bom estado de conservação; II - ser assíduo e pontual às atividades da Instituição; III - portar-se sempre de acordo com os princípios da ética e da moral; IV - conservar, preservar e manter os ambientes de uso comum e o patrimônio do Câmpus; V - cumprir e zelar pelo acervo da biblioteca, equipamentos e instalações do Câmpus; VI - indenizar prejuízos quando causados, intencionalmente, produzidos à Instituição ou a terceiros, conforme os termos do art. 927 do Código Civil Brasileiro e do art. 116 do Estatuto da Criança e do Adolescente. VII - possuir material didático e escolar, zelando pela sua conservação e organização, bem como responsabilizar-se pelos pertences trazidos para a instituição;
VIII - comunicar seu afastamento, por motivos de saúde e/ou financeiros, durante o período letivo ou desligamento da Instituição, à Coordenadoria de Assistência ao Educando; IX apresentar atestado médico ou justificativa conforme a legislação vigente, estando atento aos prazos definidos, para fins de recuperação de avaliação perdida; X zelar pelo nome e pela imagem da Instituição, dos demais alunos, dos professores e demais colaboradores, não sendo permitido utilizá-los sem autorização prévia em sites da internet, revistas e outros. XI entregar aos pais e/ou responsáveis todos os comunicados ou circulares enviados pela Instituição; XII - portar autorização, emitida pelos servidores da Coordenadoria de Assistência ao Educando, para entrada e saída de aula, fora do horário estabelecido; XIII - cumprir e fazer cumprir as normas, instruções e regulamentos da Instituição. DAS MEDIDAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS Art. 5º As medidas contidas neste Regime, aplicam-se a todos os discentes regularmente matriculados. Art. 6º Constituem Medidas Didático-Pedagógicas: I advertência verbal; II - conversa com o Professor Conselheiro da Turma ou com o Coordenador do Curso; III - conversa com os representantes da Coordenação de Assistência ao Educando (CAE); IV - advertência escrita, com registro disciplinar na ficha individual do aluno, com envio de comunicado aos pais e/ou responsáveis ou, ainda, do aluno, caso este seja maior de idade; V - afastamento temporário das atividades de sala de aula, por um período não superior a 5 (cinco) dias, com desenvolvimento de atividades de aprendizagem indicadas pelos professores que ministram as disciplinas nos dia de afastamento. 1º Em situação que implica em afastamento temporário das atividades escolares, o setor responsável aplicará as medidas imediatas necessárias e comunicará o fato aos pais, por
escrito e por telefone, sendo que os pais ou responsáveis deverão comparecer ao Câmpus, no turno e horário previamente fixados, acompanhados do aluno. 2º O aluno afastado perderá o direito de realizar as atividades que ocorrerem durante o cumprimento da medida, tais como, provas, trabalhos, participação em eventos ou outros. Art. 7º O Departamento de Ensino, através da Coordenadoria de Assistência ao Educando, analisará e decidirá sobre as condutas indisciplinares ocorridas, aplicando as medidas devidas. DAS FALTAS DISCIPLINARES Art. 8º Consideram-se faltas disciplinares, todas as condutas que contrariem as normas deste regime e/ou as instruções ou portarias baixadas pela Direção Geral, desde que de acordo com os princípios legais. Art. 9º O aluno será convidado a se retirar da Instituição quando: I portar, usar e comercializar qualquer espécie de armas nas dependências da Instituição; II usar, portar, depositar e/ou comercializar entorpecentes ou outras substâncias ilícitas nas dependências da Instituição; III promover direta ou indiretamente atos atentatórios que ponham em risco a vida das pessoas; IV - outras situações não constantes nesse rol e que podem ser equiparadas. 1º Quando os alunos envolvidos e ou as testemunhas forem menores de idade, faz-se necessário a presença de seu responsável legal. DO PROCESSO DISCIPLINAR Art. 10º O Departamento de Ensino solicitará à Direção Geral a instauração de Processo Disciplinar, para analisar e resolver os casos omissos não contemplados por este regime que, por ventura, surgirem. Art. 11º O Processo Disciplinar será conduzido pela Comissão Disciplinar, nomeada pelo Diretor Geral do Câmpus, via portaria, e será composta por dois docentes, dois técnico-
administrativos e dois discentes, cabendo ao Diretor Geral determinar os critérios de escolha dos membros da comissão, seu presidente, suplentes, e vigência da Comissão Disciplinar. Art. 12º A Comissão Disciplinar deverá ser convocada pelo seu presidente, sendo que as decisões deverão ser votadas com quórum mínimo de 50% dos integrantes da comissão, e a aprovação ocorrerá por maioria simples. Em caso de empate o presidente tomará a decisão de desempate. Art. 13º O Processo Disciplinar buscará a comprovação da existência dos fatos ou de seus autores, bem como dos graus de responsabilidade na prática da infração. Art. 14º Baseada nos fatos, a Comissão Disciplinar aplicará a medida disciplinar condizente com a falta e com o Relatório Disciplinar. Art. 15º O Processo Disciplinar nos casos casos omissos, ocorrerá conforme o Art. 9º e se desenvolverá nas seguintes etapas: I - instauração da comissão encarregada do processo; II investigar e buscar a comprovação dos fatos; III - indiciar; IV - proceder ao(s) indiciado(s) o direito de defesa; V - apresentar relatório de conclusão à Direção Geral do IFRS. Art. 16º É assegurado ao aluno o direito de acompanhar o Processo Disciplinar, pessoalmente, se for maior de idade ou por procurador legalmente constituído e, se for menor de idade, por intermédio de seu responsável legal. Art. 17º Os depoimentos serão prestados oralmente e reduzidos a termo, não sendo lícito trazê-los por escrito. Art. 18º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita no prazo de 5 (cinco) dias úteis, assegurando-lhe vistas ao processo na Instituição. Art. 19º No Processo Disciplinar deve ser assegurada ampla defesa do indiciado, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. Art. 20º Após o parecer o aluno terá 5 (cinco) dias úteis, a contar do dia da ciência da medida disciplinar para recorrer da decisão.
Art. 21º Do processo disciplinar poderá resultar: I - arquivamento do processo; II - aplicação da medida didático-pedagógica. DA LEI PENAL Art. 22º Quando a falta estiver capitulada na Lei Penal, será remetida cópia com autenticação administrativa dos autos à autoridade competente, pelo Diretor Geral do Câmpus. Art. 23º Esta regulamentação entra em vigor na data de sua publicação. Caxias do Sul, 18 de dezembro de 2012.