Centro Espírita Ismênia de Jesus - Evangelização Espírita Plano de Aula II Ciclo/2016: 9, 10 e 11 anos (nascidos em 2005, 2006 e 2007) Plano de Aula 08 Evangelizadoras: Rita Trigueiro e Cida Lopes Dia: 04/04/2016 Horário: 20h às 21h Tema: Amor ao próximo e a si mesmo 1. Objetivos: Durante a aula os evangelizandos deverão: Reconhecer o corpo físico como um instrumento dado por Deus para o nosso aprimoramento; Refletir sobre a importância de amar a si mesmo; Citar momentos que em tiveram a oportunidade de demonstrar amor ao próximo; Comentar o que sentiram ao praticar o amor ao próximo. 2. Conteúdo: Trechos da mensagem Amor a si mesmo, retirado do livro Garimpo de Amor O amor que se deve oferecer ao próximo é consequência natural do amor que se reserva a si mesmo, sem cuja presença muito difícil será a realização plena do objetivo da afetividade. Somente quando a pessoa se ama, é que pode ampliar o sentimento nobre, distribuindo-o com aquelas que a cercam, bem como estendendo-o aos demais seres vivos e à mãe Natureza. O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XI: da perfeição moral 4. Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. 3. Procedimentos: Horário Tempo Atividade 20:00 20:05 5 min Dar as boas vindas Fazer apresentação dos evangelizandos novos 20:05 20:10 5 min Hora da novidade Prece inicial 20:10 20:30 20 min Aplicar a dinâmica do Anexo 1: relaxamento 20:30 20:55 25 min Aplicar a dinâmica do Anexo 2: dinâmica dos bombons 20:55 21:00 5 min Prece final 1
4. Recursos Didáticos: Edredom, aparelho de som portátil, cd com música suave, bombons sortidos em quantidade maior que o número de evangelizandos e caixa colorida 5. Técnicas: Relaxamento e dinâmica 6. Bibliografia: 1. Ângelis, Joanna de (Espírito). Garimpo de amor: psicografado por Divaldo P. Franco. 1ª ed. Salvador, BA Editora LEAL, 2003. 2. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 87ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1983; 7. Avaliação: A aula será considerada satisfatória se os evangelizandos: Participarem das atividades propostas com interesse; Compreenderem porque Deus nos deu o corpo físico; Falarem exemplos que demonstrem o amor a si mesmos; Relatarem que sentiram sentimentos nobres ao demonstrar de amor ao próximo. 8. Comentários da evangelizadora após a aula: A aula ocorreu conforme o planejamento. No relaxamento, quando a evangelizadora pediu para eles imaginarem dando um abraço, todos deram abraços nos pais. A aula toda foi dada em cima do edredom. Eles gostaram da experiência e pediram para repeti-la. Não houve necessidade em trabalhar o desapego ao solicitar a entrega do bombom, pois todos deram com alegria e sem reclamar. Os bombons foram comidos em sala de aula. 2
Anexo 1 Relaxamento Material necessário: edredom, aparelho de som portátil, cd com música suave Objetivo da dinâmica: fazer os evangelizandos refletirem sobre o seu corpo que foi dado por Deus, para servir de instrumento de evolução Tempo sugerido: 20 minutos (10min para o relaxamento + 10min para a conversa) Participantes: qualquer número ou idade Desenvolvimento: 1. O evangelizador deverá providenciar previamente os materiais para a realização da atividade; 2. Explicar que a atividade a ser realizada exige silêncio de todos e que logo a evangelizadora colocará um edredom no chão e que todos deverão deitar, com alma e em silêncio; 3. Iniciar a atividade colocando uma música relaxante. Pedir para que se concentrem na música, ouvindo-a; 4. Estender o edredom. Caso a turma seja grande levar mais edredons, pois todos devem caber, confortavelmente, deitados; 5. Pedir para todos deitarem confortavelmente; 6. Explicar, com voz tranquila e baixa, que iremos fazer um relaxamento; 7. Pedir para todos fecharem os olhos e começar o relaxamento; 8. Pedir para respirarem fundo, calmamente, duas vezes; 9. Falar, lentamente, algumas partes do corpo; 10. Vamos agora pensar nos nossos braços. Imaginem que eles estão abraçando um familiar querido. Dar uma pausa; 11. Vamos pensar nas nossas pernas e imaginar que estamos andando em um local muito bonito e agradável. Dar uma pausa; 12. Vamos sentir os nossos pés. Eles, agora, estão pisando em um local bem macio. Dar uma pausa; 13. Caso alguma criança durma no exercício, esta deverá ser acordada tranquilamente pela evangelizadora impedindo que este fato seja motivo de agitação ou de brincadeira para os demais; 14. Vamos agora respirar fundo e, lentamente, abrir os olhos; 15. Pedir para todos, ainda em silêncio, ficarem sentados; 16. Conversar com a turma sobre o que sentiram durante a atividade e sobre a importância de nos amarmos sem orgulho ou vaidade. 3
Anexo 2 Dinâmica dos bombons Material necessário: bombons sortidos em quantidade maior que o número de evangelizandos e caixa colorida Objetivo da dinâmica: fazer os evangelizandos reflitam sobre o desapego aos bens materiais, que pensem em uma virtude que possuem e vivenciem uma experiência de amor ao próximo Tempo sugerido: 25 minutos Participantes: qualquer número ou idade Desenvolvimento: 1. O evangelizador deverá providenciar previamente os materiais para a realização da atividade; 2. Formar um círculo com os evangelizandos em pé; 3. Pedir para cada um, em silêncio, pensar uma virtude que possuem (2 min); 4. Passar, um por um, a caixa de bombons e pedir para cada um tirar o que mais lhe agrada; 5. Explicar que aquilo que desejamos para nós deve ser o mesmo que desejamos ao nosso próximo e que devemos treinar esse amor ao próximo e o nosso desapego; 6. Escolher um evangelizando e pedir para ele entregar o bombom que pegou ao amigo que está ao seu lado esquerdo falando assim: amigo eu sou ou tenho esta virtude por isso te dou este bom para estimular você a vivenciar mais as suas virtudes; 7. Entregar o bombom com um abraço; 8. Conversar sobre a dinâmica. Perguntar o que sentiram ao dar o bombom escolhido e ao receber, além do bombom, o abraço e incentivo para ser uma pessoa melhor. Ouvir as respostas; 9. Perguntar se alguém já teve oportunidade de demonstrar que ama outra pessoa; 10. Perguntar para os que responderam afirmativo o que sentiram. 4
Anexo 3 Subsídios ao evangelizador O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XI: amar ao próximo como a si mesmo 4. Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua. A LEI DE AMOR 8. O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. 9. Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão, quando observarem os benefícios resultantes da prática deste preceito: Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam; fazei-lhes, ao contrário, todo o bem que vos esteja ao alcance fazer-lhes. O EGOÍSMO 11. O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. 12. Se os homens se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade; mas, para isso, mister fora vos esforçásseis por largar essa couraça que vos cobre os corações, a fim de se tornarem eles mais sensíveis aos sofrimentos alheios. A rigidez mata os bons sentimentos; o Cristo jamais se escusava; não repelia aquele que o buscava, fosse quem fosse: socorria assim a mulher adúltera, como o criminoso; nunca temeu que a sua reputação sofresse por isso. Quando o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se na Terra a caridade reinasse, o mau não imperaria nela; fugiria envergonhado; ocultar-se-ia, visto que em toda parte se acharia deslocado. O mal então desapareceria, ficai bem certos. Começai vós por dar o exemplo; sede caridosos para com todos indistintamente; esforçai-vos por não atentar nos que vos olham com desdém e deixai a Deus o encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias separa, no seu reino, o joio do trigo. 5
Amor a si mesmo (1) Jesus viveu o amor a si mesmo, à medida que se entregava ao próximo, à Humanidade. O amor que se deve oferecer ao próximo é consequência natural do amor que se reserva a si mesmo, sem cuja presença muito difícil será a realização plena do objetivo da afetividade. Somente quando a pessoa se ama, é que pode ampliar o sentimento nobre, distribuindo-o com aquelas que a cercam, bem como estendendo-o aos demais seres vivos e à mãe Natureza. O amor a si mesmo deve ser desenvolvido através da meditação e da autoanálise, porque, ínsito no ser, necessita de estímulos para desdobrar-se, enriquecendo a vida. Esse auto amor é constituído pelo respeito que cada qual se deve ofertar, trabalhando em favor dos valores éticos que lhe jazem latentes e merecem ser ampliados, de forma que se transformem em luzes libertadoras da ignorância e em paz de espírito que impregne as outras vidas. Sem esse amor a si mesmo, a pessoa não dispõe de recursos para encorajar o seu próximo no empreendimento da autovalorização e do autocrescimento, detendo-se nas sensações mais grosseiras do imediatismo, longe dos estímulos dignificantes e libertadores. O amor a si mesmo dá dimensão emocional sobre a responsabilidade que se deve manter pela existência e sobre o esforço para dignificá-la a cada instante, aprofundando conhecimentos e sublimando emoções, direcionadas sempre para as mais elevadas faixas da Espiritualidade. Dessa forma, é fácil preservar-se as conquistas interiores e desenvolvê-las mediante a aplicação dos códigos da fraternidade e da compaixão, da caridade e do perdão. A consciência de si mesmo, inspirada pelo autoamor torna-se lúcida quanto aos enganos cometidos, ensejando-se oportunidade de reparação, ao tempo em que faculta ao próximo a compreensão das suas dificuldades na busca da felicidade. Compreendendo a finalidade da existência terrena, a pessoa desperta para o amor a si mesma, trabalha sem desespero, confia sem inquietação, serve sem humilhação, produz sem servilismo e avança sem tensões perturbadoras no rumo dos objetivos essenciais da vida. O amor a si mesmo contribui para a valorização das conquistas logradas e torna-se estímulo para novos tentames com vistas à realização de uma existência plena. Ninguém, que se disponha a amar sem resolver as inquietações internas, que lhe produzem desamor, que conspiram contra a autoestima, conseguirá o desiderato. Invariavelmente a falta do amor a si mesmo decorre de conflitos que remanescem da infância mal-amada, de frustrações acumuladas e de projetos que não se consumaram conforme foram anelados, dando surgimento a complexos de inferioridade, a insegurança e a fugas psicológicas. Muitas vezes, a pessoa que se não ama, encontra motivos frívolos para justificar o sentimento de vazio existencial, transferindo para o próximo aquilo que gostaria de desfrutar ou de possuir. São detalhes físicos, que parecem retirar o conforto e a satisfação pessoal, na aparência ou na constituição, dificuldades de inteligência, posição social, problemas na saúde que, sem dúvida, não merecem maior consideração, e deverão ser enfrentados de maneira positiva, diferente, proporcionando estímulos para novos enfrentamentos, vitória a vitória. Durante muito tempo, a pessoa coleciona o azinhavre da insatisfação consigo mesma, atribuindo-se fracassos que, em realidade, jamais ocorreram, infelicidades que não têm justificação, quando fazem comparações com outras pessoas que acredita ditosas e sem problemas. Em uma atitude conflitiva, tenta amar-se, em luta feroz por acumular dinheiro, conseguir destaque na sociedade, tornar-se importante, invejada... Entrega-se ao trabalho exaustivo, 6
inconscientemente para fugir à sua realidade, ou supondo-se insubstituível no desempenho da tarefa ou realização a que se entrega. Ao começar a amar-se, descobre que são as pequenas coisas, aquelas aparentemente sem grande importância, que constituem significados alentadores. Momentos de solidão para autoanálise e reflexão, instantes de prece silenciosa, refazimento através da música, de caminhadas tranquilas, de carícias a crianças ou animais, de cuidados com plantas, flores e adornos vivos, sentindo a vida fluir de todo lado. Em outras ocasiões, conversações edificantes, destituídas de objetivos imediatistas, cuidados com a alma, preservando-lhe a lucidez em relação aos deveres e aos compromissos que lhe dizem respeito. A seguir, torna-se necessária uma avaliação daquilo que é útil em relação ao que é secundário e a que se atribui significado exagerado. O amor a si mesmo desempenha uma ação autoterapêutica, porque liberta dos conflitos de autopunição, de autocensura e de autocompaixão. A compreensão dos próprios limites e possibilidades enseja um sentimento de alegria pelo já conseguido e de encorajamento em relação ao que ainda pode ser alcançado. No cultivo desse propósito, o egoísmo não consegue alojamento, porque não há a ambição de posse ou de domínio, de superioridade ou de vitória, senão sobre as próprias paixões perturbadoras. Jesus viveu o amor a si mesmo, à medida que se entregava ao próximo, à Humanidade. Nunca se permitiu descurar da tarefa para a qual veio ao mundo. Jamais se facultou transferir o culto do dever, mesmo quando perseguido, caluniado, vigiado pelos adversários gratuitos. Não se facultou a tristeza ou a depressão, embora não faltassem motivos e circunstâncias para conduzi-10 ao desânimo. Impertérrito, manteve-se afável com os enfermos e cansativos companheiros de ministério, dócil ante as misérias morais dos doentes da alma, compadecido da ignorância que vigia em toda parte, confiante em Deus em todos os instantes, até mesmo no Calvário...... E por conhecer a grandeza de que era constituído não falhou, não temeu, não deixou de amar, embora desamado, injuriado e aparentemente vencido, terminando por vencer todas as injunções perversas e seus sequazes. 7