Apostila: Uns aos Outros

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Transcrição:

Rua Carlos de Campos, 447 Jacareí - SP. CEP: 12.307-430 tel:12 3953 6998 Apostila: Uns aos Outros Nome: Tel: Koinonia: Líder da Koinonia:

ESTUDO 01 CARACTERIZANDO COMUNHÃO O que é mesmo comunhão? Para alguns, é uma agradável conversa entre amigos, acompanhada, quem sabe, de um cafezinho com biscoitos. Para outros, um churrasco ou piquenique de famílias da igreja. Ainda outros diriam que a comunhão consiste em nos reunirmos para cantar, compartilhar os acontecimentos dos nomes da Ceia do Senhor... É claro que existe várias acepções da palavra, mas se realmente quisermos descobrir se há em nosso grupo ou igreja uma Crise de comunhão, teremos de chegar a um conspenso quanto ao significado bíblico do termo. Bases para uma definição: Comunhão é a tradução portuguesa mais usual da palavra grega Koinonia. Vamos examinar as maneiras em que essa palavra é usada no Novo Testamento, assim, formaremos um conceito bíblico desse termo. KOINONIA = SIGNIFICADO LITERAL: Qualidade de existir em comum, participação mútua... Ideias Básicas: Relação ou associação íntima entre cristão e Deus e, de cristãos uns para com outros (Gálatas 2:7-9; 1 Coríntios 1:9 ; 2 Coríntios 13:12-14 ; Filipenses 2:1-2 ; 1 João 1:3) Compartilhar bens materiais para suprir necessidades de outros um donativo ( 2 Coríntios 8:4 ; 2 Coríntios 9:13 ; Romanos 15:26 ; Hebreus 13:16 ) Participação mútua na obra do evangelho, sofrimento, atividades e Ceia do Senhor (Atos 2:2; 1 Coríntios 10:16 ; 2 Coríntios 6 :14 ; Filipenses 1:5 ; Filipenses 3:10) Definição de Comunhão : De acordo com o NT, a comunhão tem a ver com aquela relação pessoal que os cristãos gozam com Deus uns com os outros, em virtude de serem unidos a Jesus Cristo. Quem estabeleceu essa relação foi o Espírito Santo, que habita em todo cristão, unindo-o a Cristo e a todos os que são de Cristo. Essa relação se expressa de diversas maneiras, entre as quais: compartilhar bens materiais, cooperar na obra do evangelho, e manter a unidade e o amor entre cristãos. Importante exemplo de comunhão Atos 2:41-47

Você analisa o exemplo: Nesse texto de Atos 2 você deve ter notado várias características da comunhão. Vamos descobrir as frases que combinem com essas características: 1. Quais expressões de At. 2:41-47 que indicam uma relação bem íntima entre aqueles cristãos e o Senhor? Frequência regular nas reuniões e na comunhão. Participavam das refeições... louvando a Deus. 2. Quais as expressões indicativas de que os cristãos compartilham bens matérias entre si? Repartiam tudo uns com os outros... com os que tinham. 3. Quais os indícios de que eles estavam cooperando na obra de evangelizar? A cada dia o Senhor acrescentava á igreja todos os que estavam sendo salvos 4. Nesse trecho, que provas você encontra de que esses irmãos, ao se reunirem, mantinham unidade e amor? Adoravam juntos no templo, todos os dias, reuniram-se em grupos pequenos nas casas para comunhão. Características de comunhão: A comunhão tem certas características. Algumas, já observamos no trecho de Atos 2 que acabamos de examinar. Outras, aparecem em diversos trechos do NT. Podemos afirmar que a igreja que está demonstrando estas características, esta experimentando a comunhão, no sentido bíblico do termo. Se faltarem tais características a determinada igreja, é provável que ela esteja passando por uma crise de comunhão. Veja agora as principais características da comunhão: 1. De bom grado os cristãos se esforçam tempo e estarem juntos para pensar nos principais da Palavra de Deus, compartilhar experiências, orar e tomar a ceia do Senhor (At 2:42) 2. Os cristãos tem prazer em compartilhar os seus bens materiais com irmãos necessitados (At 2:45 ; 2 Co 8: 3-4) 3. São unidos pelo Espírito Santo (a comunhão do Espírito Santo 2 Co 13:13 ou 14, dependendo da versão) 4. Cooperam na obra do evangelho (FP 1:5 ; Hb 13:16) 5. Compartilham as alegrias do dia-a-dia, como verdadeiros amigos (At 2:46) 6. São Unânimes quanto a propósitos e alvos (At 2:46) 7. Sentem alegria e expressam louvor, quando se reúnem (At 2 46-47) 8. Todos participam igualmente da vida e das atividades do pequeno grupo da igreja em geral (At 2:44) 9. Confessam os pecados e recebem a purificação do sangue de Jesus Cristo, para manterem a unidade e o amor. (1 Jo 1:3, 6-7, 9)

ESTUDO 02 A COMUNHÃO E MUTUALIDADE Vimos que a comunhão se baseia numa relação entre pessoas, e tem diversas maneiras de se manifestar. Já que as relações são mais experimentadas do que vistas, não é fácil defini-las ou descrevê-las. A nossa união com Cristo, por exemplo, é uma verdade espiritual e, por isso mesmo, difícil de se explicar. Mas não deixa de ser verdadeira, tanto assim que somos co-herdeiros com Cristo. A nossa união com Ele faz com que sejamos membros do seu corpo e membros uns dos outros (Rm 12:4-5). Ninguém pode ver os laços que nos unem. O que se pode enxergar, isto sim, são as manifestações externas dessa relação. Entre todas as manifestações, a mutualidade é meio mais pratico de expressarmos a comunhão cristã. Definição de mutualidade Pode afirmar que a mutualidade é um estilo de vida afinado com os mandamentos do N.T. a respeito daquilo que os cristãos devem fazer uns para com os outros a fim de expressar o seu amor e a amor e a unidade. Natural, a mutualidade é o meio mais pratico de expressarmos a comunhão cristã. As expressão recíprocas: O termo mutualidade se refere ás expressões recíprocas, ou seja, àquelas frases do Novo Testamento onde aparecem as palavras uns aos outros. Situação em que cristão A faz algo por cristão B; o B, por sua vez, se dispões a fazer a mesma coisa em favor do irmão A. As expressões recíprocas do NT podemos chamá-las de mandamentos recíprocos, indicam as nossas obrigações mútuas e nossas e as nossas oportunidades de expressar a vida em comum a nossa mutualidade. Definição de mutualidade Podemos afirmar que a mutualidade é um estilo de vida afinado com os mandamentos do NT a respeito daquilo que os cristãos devem fazer uns para os outros a fim de expressar o seu amor e a unidade. Naturalmente, a mutualidade também trata de atitudes que os cristãos devem evitar, a fim de preservar o ambiente de amor e unidade. Você tem lembrança de alguns mandamentos recíprocos? Além do mandamento: Amam-se uns aos outros, você pode mencionar outros que contenham a frase, uns aos outros? 1. 2. 3. 4.

Alguns exemplos para conferir: Procure cada referência bíblica abaixo e cite, não o versículo inteiro, mas somente a parte que represente um mandamento recíproco, ou seja, aquela parte que contenha uns aos outros. a. Jo 15:17 b. Rm 15:7 c. Rm 15:14 d. 1 Co 12:25 e. Ef 5:21 f. Ef 5: 21 g. Tg 5:16 Comunhão e mutualidade: Conclusões 1. A relação entre a comunhão e a mutualidade é a causa e efeito. Onde existe a comunhão, ela se manifesta por meio da mutualidade. 2. Uma igreja, congregação, comunidade ou pequeno grupo que não está manifestado a comunhão por meio da mutualidade, precisa examinar a si mesma, para verificar se ela está ou não em íntima comunhão com o Senhor Jesus.

Uma observação: A mutualidade constitui um aspecto tão importante na vida da igreja, que ela não deve ser deixada ao acaso. Mesmo sem saber muito sobre o assunto, nem sobre a sua importância, alguns membros podem estar praticando a verdadeira mutualidade. Mas esta vida recíproca, para ser totalmente bíblica, precisa ser praticada pelo grupo inteiro. Além disso, as melhores coisas da vida não aparecem por acaso, mas são procuradas e desenvolvidas de modo consciente e esforçado. Para que obedeçamos aos mandamentos de Deus (no caso, aos recíprocos), será preciso conhecer esses mandamentos e saber como aplicá-los em situações concretas. Nos próximos estudos esses mandamentos lhes serão apresentados, um a um. Você ficará compreendendo satisfatoriamente cada um deles e será desafiado a praticar, em companhia dos membros do seu grupo, os mandamentos recíprocos da mutualidade. Uma reflexão pessoal 1. NO TEMPLO ou DE CASA EM CASA Na lista de todos os mandamentos Uns aos outros a serem estudados, verifique: Será que eles se cumprem mais eficientemente na reunião corporativa da igreja (culto, celebração), ou no pequeno grupo ( célula, grupo familiar)? Indique sua opinião, assinalando Reunião Geral ou Pequeno Grupo. Marque os dois, se crê que determinado mandamento se praticaria com igual eficiência nos dois ambientes. A. Os discípulos valorizavam relacionamentos: Mandamento Recíproco 1. Amam-se uns aos outros. 2. Aceitem-se uns aos outros 3. Saúdem-se uns aos outros 4. Tenham igual cuidado uns pelos outros 5. Sujeitem-se uns aos outros 6. Suportem-se uns aos outros B. O Reunião Geral Pequeno Grupo

B. Os Discípulos protegem o corpo contra poluição e infecção: Mandamento Recíproco 7. Não tenham inveja uns dos outros. 8. Deixem de julgar uns aos outros 9. Não se queixem uns dos outros 10. Não falem mal uns dos outros 11. Não mordam e devorem uns aos outros 12. Não provoquem uns aos outros 13. Não mintam uns aos outros 14. Confessem os seus pecados uns aos outros 15. Perdoem-se Mutuamente Reunião Geral Pequeno Grupo C. Os discípulos contribuem para o crescimento uns dos outros: Mandamento Recíproco 16. Edifiquem-se uns aos outros 17. Ensinem uns aos outros 18. Encorajem uns aos outros 19. Aconselhem uns pelos outros 20. Falem entre vocês salmos, hinos e cânticos espirituais Reunião Geral Pequeno Grupo

D. Os discípulos servem uns aos outros: Mandamento Recíproco 21. Sirvam uns aos outros. 22. Levem os fardos uns aos outros 23. Sejam mutuamente hospitaleiros 24. Sejam bondosos uns para com os outros 25. Orem uns pelos outros Reunião Geral Pequeno Grupo Total das respostas Reunião Geral : Total das respostas Pequeno Grupo : 1. Conclusão a que cheguei, a respeito do melhor ambiente para prática da mutualidade: 2. Pelo que estudamos, até este ponto, sei que Deus está querendo me ensinar algo. A principal lição que acabo de aprender desses estudos, creio que é a seguinte: 3. Para pôr em prática aquilo que acabo de anotar acima, creio que algumas atitudes terão que mudar na minha maneira de agir e encarar as coisas. Por exemplo:

ESTUDO 03 MUTUALIDADE E OS DONS ESPIRITUAIS O propósito da mutualidade é que os cristãos animem e ajudem uns aos outros a expressar a vida de Cristo; e que desta maneira demonstrem aquele amor e aquela unidade que pode caracterizar o povo de Deus. Paulo, escreveu em 1 Co 12, nos que diz todo membro do corpo é necessário a todo membro do corpo e, portanto, a igreja inteira. Deus queria que todas as necessidades de seu povo fossem supridas. Por isso Ele, por meio do Espírito Santo, distribuiu entre eles capacitações e habilidades especiais. Essas capacitações são conhecidas pelo nome de dons espirituais. São dons por que são dados de graça aos cristãos. E são espirituais por que não são como os talentos de origem natural. É o Espírito Santo quem os distribuem entre os cristãos. Os dons espirituais funcionaram de modo mais completo num ambiente onde a mutualidade seja bem desenvolvida. Textos básicos sobre dons espirituais: 1 Co 12:14 Rm 12:1-8 Ef 4:1-16 1 Pe 4:7-11 Definição de Dom espiritual J. Robert Clinton, em seu livro Spiritual Gifts, oferece a seguinte definição: Dom espiritual é uma capacidade especial dada pelo Espírito Santo a todo cristão, para serviço em relação a igreja, a fim de que a mesma possa crescer de maneira qualitativa, quantitativa e orgânica Explicação de termos usados nessa definição: Dada...a todo cristão não quer dizer que um só e o mesmo dom será dado a todos pois o contrário é a verdade 1 Co 12:17-20. Significa, isso sim, que toda pessoa regenerada, sem exceção, recebe pelo menos um Dom (1 Co 12:7) Crescer de maneira qualitativa é o processo pelo qual o grupo de cristãos aumentando em sua maturidade espiritual, ou seja, na semelhança de Cristo. Tal crescimento se evidencia pelo grau em que os membros se inter-relacionam com Deus e uns com os outros. Eles agem como membros responsáveis de uma comunidade de pessoas que oram e adoram juntos. Os irmãos se tornam verdadeiros discípulos de Cristo, estudando e aplicando juntos os princípios da bíblia. Eles se ajudam uns aos outros, e mutuamente se preocupam pelo grau de vitalidade que cada um esteja demonstrando da vida cristã.

Crescer de maneira quantitativa isso tem a ver com o acréscimo de novas pessoas ao grupo por meio da evangelização, com o resultado de que esses discípulos se tornem membros responsáveis de uma igreja local em pleno funcionamento. Crescer de maneira orgânica se refere ao processo pelo qual se descobre e se desenvolve a liderança dentro de uma igreja local. Disto resulta aquela estrutura formal ou informal que melhor unifique a vida corporativa da igreja e facilite o seu processo qualitativo e quantitativo. (Numa igreja em células, por exemplo, em cada célula um auxiliar está sendo treinado para ser um futuro líder de célula; lideres de célula estão sendo treinados para se tornarem supervisores; supervisores são treinados para serem pastores de área, e assim por diante). Relação de dons de acordo com a sua principal contribuição ao crescimento do pequeno grupo e da igreja geral A bíblia parece não fornecer nenhuma relação definitiva dos dons espirituais. Todo trecho sobre o assunto apresenta uma lista diferente. Além disto, alguns julgam que as funções mencionadas em Ef 4:11 correspondem a dons, cujos nomes seriam derivados das próprias funções ( o apóstolo teria, então, um Dom de apostolado; o evangelista, de evangelização, da mesma maneira que o profeta tem o Dom de profetizar). Outros entendem que Ef 4:11 se refere somente a certos tipos de lideres. J. Robert Clinton, no livro mencionado, apresenta a seguinte divisão dos dons que ele reconhece, de acordo com aqueles três aspectos do crescimento da igreja. Não gaste o seu tempo brigando com a lista. Se quiser riscar uns ou acrescentar outros para deixar as três relações de acordo com as suas convicções particulares, esteja à vontade! Crescimento Qualitativo Profecia Ensino Conhecimento Sabedoria Encorajamento Línguas Interpretação de Língua Discernimento Fé Contribuição Pastoreio Crescimento Quantitativo Apostolado Evangelização Milagres Curas Misericórdia Crescimento Orgânico Liderança Serviço Dons que correspondem a certos mandamentos recíprocos: Ensino Encorajamento Fé Profecia Serviço Ensinem uns aos outros Encorajem uns aos outros Orem uns aos outros Edifiquem-se uns aos outros Sirvam uns aos outros

Distinções entre mutualidade e o emprego dos dons: As atitudes da mutualidade criam um ambiente amoroso e de aceitação, propício ao desenvolvimento e exercício dos dons. O inverso não é verdade: isto é, pode haver dons sem que se crie um ambiente de mutualidade. Prova disso é a igreja de Corinto. Os membros possuíam todos os dons espirituais (1 Co 1:7), mas demonstram pouca mutualidade (1 Co 3:3). Certos dons correspondem, de modo geral, a certos mandamentos recíprocos. Quem tiver sido capacitado com um desses dons, naturalmente terá maios facilidade em obedecer ao mandamento correspondente: Ensinem uns aos outros. Todo cristão, não importa os dons que tenha ou que não tenha recebido, é responsável por obedecer, de acordo com as suas possibilidades e as oportunidades que lhes forem oferecidas, a todos os mandamentos recíprocos. A mutualidade e o discipulado pessoal Às vezes pensamos no discipulado como ocorrendo num quase vácuo. Fulano leva o seu discípulo Beltrano a um lugar onde possam estar a sós, e ali ensina tudo o que sabe. Esse modelo individualista do discipulado surgiu durante a 2ª guerra mundial, quando um marujo em caso de guerra evangelizava outro marinheiro. Reuniões de grupo eram quase impossíveis, devido aos diversos turnos e às restrições de espaço. Por isso o discipulador levava seu aprendiz a um cantinho qualquer do navio, em hora de folga, para discípula-lo. Terminado a guerra e suas limitações, muitos discipuladores mantiveram o mesmo costume. Conhecemos alguns discipuladores que propositadamente mantêm os seus novos convertidos isolados de qualquer igreja, para evitar que sejam contaminados. Não foi em isolamento, porém, que se desenvolveu aquele discípulo chamado Timóteo. Sabemos isto porque os irmãos de Listra de Icônio davam bom testemunho dele ( At 16:1-2). Esse testemunho, em igrejas de duas cidades, somente poderia surgir por meio da prática da mutualidade. Jesus discípulo em grupos: Pedro, Thiago e João; e os Doze Paulo, Barnabé e os discípulos At 14:21: Eles pregavam as boas novas naquela cidade e fizeram muitos discípulos. Então voltaram a Listra, Icônio e Antioquia At 14:22 Fortalecendo os discípulos e encorajando-os permanecer na fé dizendo: É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus. At 14:23 Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor em que haviam confiado O distintivo do verdadeiro discípulo: A MUTUALIDADE DO AMOR Longe de autorizar a ideia de se criar discípulos isolados, avulsos, assim diz o Senhor Jesus: Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu vos amei. vocês devem amar-se uns aos outros. Com isto, todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês amarem uns aos outros. (Jo 13:34-35)

ESTUDO 04 AMEM-SE UNS AOS OUTROS Pouco antes de ser preso, julgado e morto, Jesus passou uma última noite em companhia dos seus discípulos. Valeu-se da ocasião para instruir, consolar e prevenir. Sabendo que dispunha de pouco tempo para estar com eles e que em breve os deixaria, Jesus contou aos discípulos alguns dos fatos mais básicos e importantes da vida cristã. Falou sobre o significado da sua morte, a vinda do Espírito Santo, a esperança da vida futura na casa do Pai, a missão a ser cumprida pelos discípulos, e também o conflito entre o mundo e os discípulos. Nessa noite, ele deu a eles um derradeiro mandamento: que se amassem uns aos outros. Esta ordem do Mestre, refletida em todos os livros do NT, é fundamental à vida cristã: serve de base a todos os outros mandamentos recíprocos. Nada mais natural, então, do que estuda-lo em primeiro lugar. O mandamento Disse Jesus: Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Primeiramente enunciado em Jo. 13.34, esse mandamento também se encontra, direta ou indiretamente, nos seguintes trechos: Jo 15. 12,17 Rm 12. 9-10, 13. 8-10 Tg. 2.8 IPe. 1.22, 3.8 (amem-se fraternalmente) Gl. 5.14 IJo. 3.11, 23; 4.7, 11.12; 21 ITes.3.12,4.9-10 2Jo. 1.5-6 O Valor do mandamento sobre o amor Jesus atribuiu a maior importância possível a este mandamento, quando afirmou que a obediência ao mesmo, seria o universal distintivo de todo discípulo seu. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês amarem uns aos outros. (Jo. 13.35). O apóstolo João também deu grande importância a este mandamento, quando disse que o homem que não ama ao seu irmão, também não ama ao pai. Se alguém afirmar: Eu amo a Deus, mas odiar a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a que não vê. (IJo. 4.20). Como isso se aplicar a nós? Este preceito tem, pelo menos, duas implicações básicas: 1. O amar-nos uns aos outros não é optativo. De toda pessoa que crê no Senhor Jesus, se requer que ame a todos os outros também nele creem. Não amar é desobedecer à ordem específica do Senhor Jesus Cristo. 2. Que nos amemos uns aos outros não é automático. É algo que faremos ou não, de acordo com a nossa vontade de obedecer.

Base para definição Amor é uma palavra quase impossível de se definir, mesmo quando descartamos as falsas ideias do amor e nos restringimos àquelas apresentadas pela Bíblia. O amor é algo interno, que se demonstra por ações externas. Essa ligação entre atitudes e ações, João a menciona quando procura definir, em IJo. 4.8-10, o amor de Deus: Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação por nossos pecados. Definição: o amor Do que foi exposto acima, três ideias se tornam claras e ajudam a que formemos uma definição provisória. O amor é... 1. Uma atitude ou afeição interna... 2. Que se manifesta em comportamento e ações de boa vontade... 3. E que procura contribuir unicamente para o bem da pessoa amada. Descrevendo o amor Talvez a melhor descrição de amor seja aquela de ICor. 13.4-7: O amor é paciente. O amor é bondoso. Não inveja nem se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Será Novo? Jesus chamou de novo, este mandamento. A palavra grega ágape que ele utilizava para se referir a esta atitude, comunica a ideia de um tipo de amor previamente desconhecido e de uma qualidade diferente. Não era novidade que os melhores do povo de Deus devessem amar uns aos outros. Já os israelitas do AT tinham o dever de amar, inclusive aos estrangeiros e peregrinos (Dt. 10.18-19). A nova qualidade do amor de Cristo ordenava, parece que consiste no fato que devemos amar assim como Cristo nos tem amado. Antes que Deus se revelasse plenamente em Jesus Cristo, o amor talvez consistisse principalmente em evitar qualquer ação prejudicial ao próximo (Êx. 20.13-17). Mas agora, o amor tem um padrão que é novo, porque mais alto. O discípulo deve procurar ativamente oportunidades para fazer o bem aos outros, e de modo especial aos cristãos, assim como Jesus tomou a iniciativa de fazer o bem a nós.

O Amor de Jesus para conosco Jesus manifestou ágape, esse perfeito amor para conosco, de muitas maneiras. Considere os seguintes exemplos: Tornando-se servo a nosso favor (Fl. 2.7). Dando-se a si mesmo por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade (Tt. 2.14). Levando em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro (IPe. 2.24, Rm. 5.6). Dando a própria vida por nós (Jo. 10.11). Fazendo constante intercessão por nós (Hb. 7.25). Compadecendo-se das nossas fraquezas (Hb. 4.15). Socorrendo-nos ao sermos tentados (Hb. 2.18). Exercendo paciência para com os nossos pecados (IPe. 3.9). Perdoando-nos os pecados (IJo. 1.9). Purificando-nos de toda injustiça (IJo. 1.9). Dando-nos plenitude de vida (Jo. 10.10). Preparando-nos um lugar para estarmos com ele (Jo. 14.2). Nosso amor ao próximo Da mesma maneira como Jesus nos amou, assim é que nós devemos amar-nos uns aos outros. Fazendo isto (somente com o poder do Espirito Santo, é claro), obedecendo aos mandamentos recíprocos do NT. Filhinhos, não amemos da palavra nem de boca, mas em ação e em verdade (IJo 3.18). Exemplos positivos do amor Amado, você é fiel no que está fazendo pelos irmãos, ainda que eles lhe sejam desconhecidos. Eles falaram à igreja a respeito deste seu amor... (3Jo. 1.5-6). Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não esta agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu. (Rm. 14.15). A atitude do amor O amor mútuo não é automático, é uma atitude assumida. Não por constrangimento, por medo de levar um castigo se não obedecer a esta lei. Deus quer que amemos uns aos outros de boa vontade, desejando positivamente o bem-estar dos irmãos. O cristão vive de dentro para fora, como Jesus afirmou:... a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar...... de seu interior fluirão rios de águas viva. (Jo. 4.14b; 7.38b). Sendo cristão, somos todos membros da família de Deus, filhos de um mesmo Pai. Assim como existe, entre membros de famílias terrenas, um natural amor de irmãos, também deve existir, entre membros da família de Deus, um amor fraternal. Paulo deu aos cristãos de Roma a seguinte recomendação: Dediquem-se uns aos outros com

amor fraternal (Rm. 12.10). Deus quer que amemos sinceramente, intensamente e com um coração puro (IPe. 1.22). Por isso Ele próprio se dispõe a nos ensinar como crescer, aumentar e progredir no amor uns para com os outros (Its. 3.12, 4.9). Uma reflexão pessoal 1. Esta lição e ajudou, porque daqui em diante, quando alguém me pedir uma definição do amor, poderei dizer que o amor é: 2. Comparando o meu amor com o de Jesus, faço a seguinte auto avaliação: a. De que pessoa humana já me tornei servo? b. Por quem eu faço constante intercessão? c. Pelas fraquezas de quem eu me compadeço? d. Quem é que, sendo tentado, é socorrido por mim? e. Quem é que peca contra mim, mas não consegue esgotar a minha paciência? f. A que pessoa tenho dado, ultimamente, total e livre perdão pelo que fizeram de ruim para mim? g. A favor de quem eu tenho me sacrificado, ultimamente? (Fiz com alegria ou por constrangimento?). 3. Cristo está preparando um lugar onde todos os cristãos possam estar com ele. Mas será que há cristão que eu não quero perto de mim? Por quê?

ESTUDO 05 ACEITEM-SE UNS AOS OUTROS Sinônimos: Recebam uns aos outros. Acolham-se uns aos outros. Nenhum outro grupo daquela época era igual à Igreja Primitiva a do primeiro século depois de Cristo quando a diversidade de etnias, de formação e de classes sociais. Ali, na mesma igreja, se encontravam judeus, romanos, bárbaros, gregos, escravos e livres, ricos e pobres. Essas pessoas traziam para dentro do Corpo de Cristo as mais variadas formações educacionais e culturais, divergentes pontos de vista e diferentes escalas de valores. Em meio a tanta diversidade, era inevitável que existissem problemas. Os cristãos judaicos muitas vezes desprezavam os seus irmãos incircuncisos. Por sua vez, os gentios poderiam menosprezar os irmãos israelitas, por serem de um país insignificante e de um povo que rejeitava o Messias. Alguns cristãos eram mais avançados na vida cristã (ou pelo menos nos conhecimentos de fatos e doutrinas), e se consideravam superiores aos irmãos mais novos e fracos. Por essas e por outras razões, surgiram tensões entre indivíduos e subgrupos da igreja. Tão fortes eram, às vezes, essas tensões que os cristãos tinham dificuldades para se aceitarem uns aos outros em total pé de igualdade. Paulo, sobre quem pesava diariamente uma pressão interior, a saber, a...preocupação com todas as igrejas (2 Co. 11.28), e sabendo das muitas e contraproducentes tensões dentro do Corpo, desejava que os cristãos se amassem uns aos outros sem fingimento, e vivessem em paz uns com os outros. O mandamento Aquilo que o Senhor ordena, por meio de Paulo, se encontra em Rm 15.7: Portanto, acolham-se (aceitem-se) calorosamente uns aos outros na igreja, tal como Cristo acolheu calorosamente vocês; e, então Deus será glorificado. Definição dessa aceitação Aceitar-nos uns aos outros significa acolhermos os nossos irmãos em Cristo, livremente, sem constrangimento ou reservas, em pleno reconhecimento da nossa comunhão igual e mútua em Cristo. A principal ideia do mandamento é que nós, os cristãos, devemos aceitar dentro da nossa comunhão toda pessoa que afirma ser Cristo, o seu Senhor, mesmo existindo falhas visíveis na sua conduta; lacunas no seu conhecimento ou compreensão das

Escrituras; ou mesmo diferenças de opiniões menos essenciais da doutrina. Isto não é o mesmo que aprovar tais falhas, lacunas ou divergências. Significa isto sim, que aceitamos a pessoa como discípulo de Cristo, porque ela afirma que é de Jesus; e que aceitamos a responsabilidade de ensiná-la a obedecer a tudo que o Senhor Jesus ordenou (Mt 28.20). Vez por outra, pode ser que abramos a porta a um falso irmão. Mas a Bíblia não nos autoriza a julgar e rejeitar pessoas que procurem unir-se ao nosso grupo, pelo motivo egoístico de querermos criar uma imagem de infalibilidade na admissão de membros. O mandamento do Senhor da igreja é clara: Aceitem ao que é fraco na fé; aceitem-se uns aos outros. Exemplo de aceitação: Filemon: 1: 15-16 Você talvez pudesse pensar nisto da seguinte maneira: ele fugiu de você por um curto momento, mas agora poderá pertencer-lhe para sempre, não mais apenas um escravo, porém algo muito melhor: um irmão amado, especialmente para mim. Agora ele significa muito mais para você também, porque é não somente um servo, mas também seu irmão em Cristo. Exemplos negativos: não quiseram aceitar Eu mandei a igreja uma cartinha a respeito disto, porem o orgulhoso Diótrefes, que gosta de aparecer como líder dos cristãos daí, não admite a minha autoridade sobre ele e se recusa a ouvir-me. Quando eu for, contarei a vocês algumas das coisas que ele esta fazendo, e as coisas perversas que anda falando a meu respeito, e a linguagem insultuosa que está usando. Ele não somente se recusa a acolher os missionários em viagem, mas diz aos outros que não o façam e quando eles o fazem procura expulsa-los da igreja. (3João 1:9-10). Ao chegar a Jerusalém, ele tentou encontrar-se com os cristãos, porem estavam todos com medo dele. Pensavam que estava fingindo! (Atos 9:26) Uma reflexão pessoal 1. Já me senti acolhido por pessoas e grupos. Também já me senti rejeitado. Ações que as pessoas geralmente tomam para mostrar que me aceitam, são as seguintes: 2. Quando a Igreja de Jerusalém não queria acolher Saulo de Tarso, lemos em At. 9.27 que Barnabé o levou pessoalmente aos apóstolos e lhe deu uma recomendação. Como resultado, ele foi aceito. A pessoa da minha igreja que seria capaz de dar uma de Barnabé numa situação dessas é:

Pensando sobre a aceitação A razão por que os cristãos devem aceitar uns aos outros, é que Cristo já os aceitou. Ele morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8), recebeu-nos para dentro do seu Corpo e nos franqueou todos os privilégios e benefícios pertencentes a membros. Da mesma maneira, nós devemos acolher outros cristãos, não importando quais diferenças, fraquezas ou falhas que possuam; e devemos estender-lhes todos os benefícios e privilégios da nossa comunhão, a não ser que estejam sob disciplina sem privilégios, em razão de não estarem arrependidos. É necessário que nos os cristãos sejamos misericordiosos, assim com Cristo o é. Não é razoável que sejamos mais severos do que o nosso Senhor, rejeitando as pessoas a que ele quer receber (Mt. 19.13-14). Possíveis desculpas para não aceitar o irmão: Em certos grupos, os membros tem um pé atrás quanto a estender aceitação e comunhão a um irmão, por motivos como estes: 1. Sendo bastante conservador o grupo, a pessoa em questão esse permite o uso moderado do vinho, vai ao cinema, joga futebol, etc. 2. Os membros foram criados em um ambiente que valoriza certos usos e costumes, portanto se escandalizam quando um cristão aparece com um aspecto físico ou roupas que não combinam com as preferências do grupo. 3. A pessoa é de outra raça, posição social, grau de instrução... 4. A pessoa crê de modo diferente a respeito de algumas doutrinas não essenciais (isto é, que não afetam o evangelho de Cristo) ou tem uma experiência diferente da atuação do Espirito Santo em sua vida. Uma reflexão pessoal 1. Reconheço que tenho um pouco de dificuldade em acreditar que alguém seja realmente convertido e, portanto, aceitá-lo como irmão, se ele: (marque com x as frases que combinam com as suas inquietações). Toma vinho nas refeições. Assiste às novelas de televisão. Leva os filhos ao cinema para assistir a filmes da Disney. Joga futebol em companhia de incrédulos. É torcedor doente de certo clube de futebol. Sendo homem, usa cabelos bem mais compridos que os do meu pai. Sendo mulher, usa cabelos mais curtos que os da minha mãe. Sendo mulher, usa calça comprida. Sendo mulher, usa joias. Sendo homem, usa brinco na orelha. Aceita ser padrinho/madrinha em batizados de criancinhas. Sendo eu tradicional, ele é carismático/pentecostal; ou vice-versa. Pertence à denominação bem diferente da minha.

2. O eunuco aceitou a Cristo, e foi batizado, porque Filipe o acolheu imediatamente e sem duvidas. O mesmo aconteceu com o carcereiro de Filopos, a quem Paulo e Silas acolheram e batizaram naquela mesma noite. a. Digamos que um politico corrupto se converte. Será que devemos acolhê-lo e batiza-lo, deixando para depois, o ensina-lo a não mentir e roubar? SIM NÃO Porque? b. Digamos que uma vez voe foi agredido injustamente por um policial que o confundiu com certo foragido da penitenciária. Mais tarde, esse mesmo policial aparece na igreja, afirmando que aceitou a Cristo como salvador e pedindo para fazer parte do grupo. Você o aceita? SIM NÃO Porque? 3. Como é que dá para conciliar A com B, abaixo? As duas citações são igualmente de Paulo, mas parecem dizer coisas contrárias: A.... Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la,...e apresenta-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. (Ef. 5.25b, 27). B. Aceitem ao que é fraco na fé... A vontade de Deus é... abstenham-se da imoralidade sexual. Como justos, recuperem o bom senso e parem de pecar...(rm.14.1ª,its 4.3, ICo15.34ª). Se Cristo quer uma igreja santa e sem defeito, como ele pode querer gente tão problemática como essa do B acima? Será que é porque o espirito Santo sela (Ef.4:30), não a cristão perfeitos, e sim, àqueles a quem ele aceitou a incumbência de aperfeiçoar? Será que também porque Cristo, tendo amado a Igreja, entregou-se a si mesmo por ela para santifica-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra (Ef. 5.26), e esta santificação será um processo demorado? Sobre isso, de aceitar gente imperfeita para nossa comunidade, eu penso o seguinte:

Cuidado... 1. Os cristãos não devem acolher outro cristão dentro da sua comunhão, fingindo amor, quando na realidade o propósito seja o de disputar e argumentar sobre diferenças. Dêem uma calorosa acolhida a qualquer irmão que deseje unir-se a vocês, mesmo que a sua fé seja fraca. Não o censurem por ele ter ideias diferentes das suas a respeito daquilo que está certo ou errado. (Rom. 14:1) Do seu ponto de vista, quais seriam alguns desses assuntos controvertidos que não devemos discutir? 2. A Bíblia manda que os cristãos não acolham aquele que se diz irmão, se ele ensina uma doutrina contrária ao evangelho de Cristo. Se alguém for ensinar a vocês e não crê no que Cristo ensinou, nem sequer o convidem para entrar em suas casas. Não o apoiem de forma nenhuma (2João 1:10). Também, o irmão excluído da igreja por rebeldia, tem de manifestar arrependimento antes que possa ser, novamente, acolhido ( ICo. 5.11-13). O Valor do mandamento sobre aceitar Tem grande valor este mandamento de aceitarmos uns aos outros da mesma maneira como Jesus, graciosamente, nos aceitou. Leia Rm. 15.5-7. Ali, Paulo afirma que Deus recebe grande glória do testemunho unido e harmonioso que os cristãos apresentam quando se acolhem livremente, com base na vida que todos igualmente compartilham, em união com Cristo. Tal aceitação mútua resulta em que o amor se expresse de maneira mais fervorosa, criando um ambiente mais propício para os ministérios de todos os membros. Refletindo um pouco mais Às vezes, chegam novas pessoas para o nosso grupo. O que eu, pessoalmente, tenho feito para que elas se sintam aceitas, é:

ESTUDO 06 SAÚDEM-SE UNS AOS OUTROS Você caminha pela rua e nota que vem se aproximando um membro da sua igreja, o Eduardo. Prazerosamente, você aguarda o feliz momento de se encontrarem. - Como é bom, como é animador, a gente cruzar o caminho com um irmão! você pensa. Mas o Eduardo prende o olhar na calçada e passa, sem mesmo dar sinal de ter ouvido o sei amigável: - Oi, Eduardo! - Que será que ele tem? Ensurdeceu? Estará preocupado com algum problema? Seja o que for a verdadeira razão, o Eduardo acaba de lançar uma sementinha de irritação e discórdia entre irmãos. O mandamento Paulo, escrevendo aos cristãos de Corinto, diz: Todos os amigos daqui me pediram que os saudasse por eles. E, vocês, quando se encontrarem, apertem-se as mãos afetuosamente.(ico. 16.20b). O mesmo preceito se encontra nos seguintes trechos, escritos por Paulo e por Pedro: Rm. 16.16, 2Co. 13.12 e 1Pe. 5.14. Definição de saudar Saudar-se uns aos outros é um reconhecimento externo, visível, da vida em união com Cristo que mutuamente compartilhamos, e do amor fraternal que temos uns para com os outros. O principal significado do mandamento é que os cristãos não devem ignorar a presença uns dos outros, ao surgirem oportunidades para se comunicarem. Exemplos de saudações As igrejas daqui da Ásia enviam saudações afetuosas a vocês. Áquila e Priscila lhes enviam suas estimas, bem como todos os outros que se reúnem em casa deles para o culto. (ICo. 16.19). Eu, Tércio, aquele que está escrevendo esta carta por Paulo, enviou também minhas saudações, como irmão em Cristo. (Rm. 16.22). A escala seguinte depois de deixarmos Tiro foi Ptolemaida, onde cumprimentamos os crente... (At. 21.7) Exemplo negativo: não quis saudar Você deixou de ME dar o costumeiro beijo de saudação, porém ela beijou meus pés diversas vezes desde a hora em que EU entrei aqui. (Lc. 7.45)

Observação sobre o contexto cultural/histórico O modo de saudação mencionado por Paulo é o beijo (também chamado osculo). Paulo se refere ao beijo santo, e Pedro, ao beijo de amor. Nos países orientais onde foi escrita a Bíblia, o beijo na face é uma maneira bem comum das pessoas se saudarem. Na época do NT, o beijo muitas vezes era trocado entre membros da mesma família e entre amigos íntimos, bem assim como entre os que pertenciam ao mesmo grupo religioso (Henri Daniel-Rops, Daily Life in the Time of Jesus, págs. 302-303). Os cristãos primitivos, como filhos que eram de um só e do mesmo Pai Celestial e, portanto, membros da família de Deus, mutuamente se reconheciam como irmãos e irmãs no Senhor. Expressavam essa relação de família, através do beijo, já consagrado pelos costumes da época. Nos países latinos da atualidade, as saudações variam de forma, desde o beijo e os abraços até o simples aperto de mão, sendo que este ultimo é o modo adotados nos países de língua inglesa. Quanto à saudação verbal, os judeus pronunciavam a palavra Shalom!, que quer dizer paz! ou saúde, bem-estar!. Os gregos, por sua vez, preferiam Charis! ou seja, graça!, felicidade! Paulo, sendo transcultural de formação e de ministério, saudava das duas maneiras ao mesmo tempo Graça e paz! Os costumes variam de um lugar para outro e de uma época para outra; mas o principio que não muda é o seguinte: os cristãos devem reconhecer uns aos outros e saudar uns aos outros, de uma maneira tão santa e ao mesmo tempo tão amorosa, que o irmão saudado receba a mensagem dos dois mandamentos anteriores: Eu amo você! ; e Eu aceito você, assim como está!. Uma reflexão pessoal 1. Já fui... Ainda não fui... acolhido por um grupo de cristão onde a saudação era de um beijo na face. O que penso de tal forma de saudação é o seguinte: 2. Há certos grupos, em cujas reuniões eu gosto de chegar. Até que ponto isto se deve ao fato de que sou cordialmente saudado por um ou mais desses irmãos? 3. De acordo com 2Jo. 1.9-11, há uma classe de pessoas a quem posso, quem sabe dar um Bom dia, mas não devo saudar afetuosamente no Senhor. Que Classe de pessoas é essa?

Implicações deste mandamento As diferenças entre os costumes são consideráveis, de uma cultura para outra e de um grupo para outro. Isto não permite que se elabore uma lista de regras específicas sobre como saudar os irmãos. Mas quando estudamos as diversas saudações no NT, podemos encontrar quatro diretrizes. Nem sempre se poderão aplicar todas as quatro na mesma situação. As calorosas saudações entre cristãos devem: Ser pessoais e, havendo possibilidade, individuais (3Jo 1.15). Ser oferecidas com imparcialidade (1Co. 1.2-3). Comunicar, quando viável, reconhecimento e apreço pelo trabalho que a pessoa faz (Rm. 16.12). Ser negadas às pessoas, que se dizendo irmãos, estejam ensinando doutrinas contrárias ao evangelho (2Jo 1.9-11). Observação sobre a Primeira implicação deste mandamento Devemos saudar o irmão em Cristo de maneira pessoal e individual. Paulo muito se esforçava por saudar individualmente aos seus muitos amigos e cooperadores. Quase todo capitulo 16 da Carta de Romanos é dedicada a saudações. O aspecto individual das saudações é salientado também por João, o apóstolo do amor, que escreve em III Jo. 15: Portanto, adeus, por ora. Os amigos daqui enviam lembranças e de minha parte apresente a casa um dos do nosso povo uma saudação especial.. Ao que parece, os apóstolos criam que o amor cristão deve ser expresso de maneira pessoal e individual, sempre que possível. Disso eles próprios davam exemplo. Pensando nisso 1. Se está certa esta implicação do mandamento vejo que não é só o líder do pequeno grupo ou pregador da celebração que deve procurar saudar ao maior numero possível de irmãos, antes e depois das nossas reuniões. Mesmo que eu não seja oficialmente líder, creio que devo: Observação sobre a Segunda implicação deste mandamento Devemos saudar com imparcialidade os irmãos. Paulo pede aos Filipenses (em Fp. 4.21) e aos romanos (Rm. 16.15) que entreguem as saudações dele a todos os santos de determinado grupo. O escritor da Carta aos Hebreus quer que sejam saudados todos os líderes e todos os membros das igrejas (Hb. 13.24). Isto não quer dizer que o cristão, ao saudar um grupo, não possa salientar provas de especial amizade por certos irmãos, ou que deva evitar de reconhecer feitos exemplares de um irmão ou outro. O que significa, isto sim, é que não devemos ignorar a presença dos irmãos menos conhecidos ou apreciados. O apóstolo Tiago diz que se fizermos acepção de pessoas, especialmente em relação à maneira de tratar os irmãos quando nos reunirmos, seremos condenados pela Lei como transgressores. (Tg. 2.9).

Refletindo Aquele meu costume de saudar, depois da reunião dos irmãos a todos os meus amigos mais chegados, e depois me afastar, deixando de saudar os outros, já não me perece tão certo. A quem não queira obedecer direito ao mandamento: saúdem uns aos outros o apóstolo Tiago chama de PECADOR. (Verifique a resposta, vendo Tg.2.9) Observação sobre a Terceira implicação Às vezes temos ocasião de fazer uma saudação mais formal. Outras vezes, gozamos de mais tempo durante uma visita à pessoa, por exemplo, ou quando lhe escrevemos uma carta. Aí, além de saudarmos de maneira que comunique nossa aceitação da pessoa, poderemos, também, expressar reconhecimento ou apreço pelo trabalho que essa pessoa realiza. Paulo é generoso na formulação de saudações que incluam expressões de apreço pelo trabalho das pessoas. Um exemplo: Saúdem a Trifena e Trifosa, mulheres que trabalham arduamente no Senhor. Saúdem a amada Pérside, outra que trabalhou arduamente no Senhor. (Rm. 16.12). Um pouco mais de reflexão Estou pensando numa pessoa específica do meu pequeno grupo ou da igreja em geral, há quem muito aprecio. Agora, estou imaginando uma situação em que sou chamado para fazer uma saudação formal a essa pessoa. O que eu poderia fizer para expressar, não somente minha aceitação, mas também o meu apreço pela maneira como essa pessoa serve aos outros? Aí vai o meu pensamento: Observação sobre a Quarta implicação A saudação nitidamente cristã não deve ser estendida a ninguém que, dizendo-se irmão, ensine doutrinas contrárias ao evangelho. João, o apóstolo do amor, deve ter sentido vontade de saudar a todo mundo. Mas é justamente ele quem nos adverte, a respeito dos enganadores: Se alguém for ensinar a vocês e não crê no que Cristo ensinou, nem sequer o convidem para entrar em suas casas. Não o apoiem de forma nenhuma. Se vocês o fizerem estão tornando-se companheiros dele em sua maldade. (2Jo. 1.9-11). 1. Em outras palavras, quando o Senhor manda que eu acolha e saúde a todos os irmãos, ele abre uma exceção, no caso de alguém que...

2. Segundo o meu entender, as seguintes pessoas devem ser tratadas como exceções, isto é, não saudadas afetuosamente: (marcar X nas respostas consideradas certas). a. A Testemunha de Jeová que me aparece à porta b. Aquele irmão que sempre me irrita. c. O visitante que chegou hoje, foi apresentado à igreja como irmão, mas não o conheço. d. Um simpático par de mórmons. e. Aquele irmão que me caluniou, e até agora não tem pedido desculpas. 3. Paulo e Pedro, dentro da situação cultural daqueles tempos, mandavam saudar os irmãos com beijo santo de amor. A minha maneira de aplicar isso, nos dias de hoje, creio que deve ser a seguinte: Observação sobre a Quarta implicação O valor deste mandamento é grande, para ajudar a se criar um ambiente de amor e afeto fraternal entre os cristãos. Praticando-o de maneira constante e coerente, o grupo ou congregação ficará ainda mais unida, e ganhará maior ânimo para expressar, de muitas maneiras, o seu mútuo amor em Cristo.

ESTUDO 07 TENHAM IGUAL CUIDADO UNS PELOS OUTROS Sinônimos: Cooperem, com igual cuidado, em favor uns dos outros. Sejam solícitos uns para com os outros. Todas as partes tenham o mesmo interesse umas pelas outras. Pense, por um momento, no grupo de cristãos do qual você faz parte. Responda às seguintes perguntas: 1. Qual é a pessoa humana mais importante da minha igreja? E do meu pequeno grupo? 2. A igreja tem algum membro que, segundo o meu entender, nada faz de muito ruim, mas verdade seja dita atrapalha pela presença, e deixaria todos mais à vontade se fosse embora? 3. Eu acredito que o ministério que realizo é importante para a vida da igreja? 4. Mas será que sinto que o meu serviço é pouco reconhecido pela maioria? 5. Sei de algum membro que é mais ou menos marginalizado pelos outros, por não ser muito inteligente, talentoso, etc.? 6. Na igreja, algum grupo ou pessoa parece chamar toda a atenção e autoridade para si? Tendo respondido a essas perguntas, veja se pode afirmar que todo membro do seu pequeno grupo e da sua igreja tem igual cuidado pelo bem-estar de todos os outros membros. Todos são igualmente valorizados? Se a sua igreja é como muitas outras, você terá de responder com um pesaroso Não. Foi quando estava preocupado com semelhante situação na igreja de Corinto, que Paulo escreveu o mandamento que agora passamos a estudar! O mandamento Isso produz harmonia entre os membros, que assim tem, uns para com os outros, o mesmo cuidado que tem consigo mesmos (1Co. 12:25). Observação sobre o contexto: No capitulo 12 de I Co, Paulo trata de certos problemas que a igreja de Corinto está experimentando, com relação ao uso dos dons espirituais. Alguns dos dons (especialmente o de línguas) estavam sendo encarados quase como fins em si e não como meios que Deus usasse para cumprir propósitos com respeito à sua igreja. Era evidente que pessoas empregavam esses dons para alimentar o seu orgulho e dar prazer a si mesmas. Além disso, o grupo atribuía grande valor a um

Dom (o de línguas) que nem por perto era o mais útil à igreja. A maneira com que expressavam esses dons resultava em inveja, orgulho espiritual e divisões partidárias. Além disso, por causa do desequilíbrio no emprego dos dons, os cultos de adoração eram caracterizados por desordens e deixavam de cumprir os propósitos de Deus para reuniões do Corpo. (J. Robert Clinton, Spiritual Gifts, pag. 36). No capitulo 12 de I Co, Paulo traz à lembrança dos coríntios o fato que Deus coloca cada membro do Corpo no lugar que ele próprio escolheu (ICo. 12.18). O Espírito Santo dá os dons, distribuindo-os de acordo com a sua própria decisão sobre quais, cada um de nós deve receber, para servir aos outros (ICo.12.11). Cada membro tem posição e função. Todo membro é importante. Nenhum membro é desnecessário. Definição de ter igual cuidado: Ter igual cuidado uns pelos outros é o mesmo que mostrar semelhante e imparcial interesse pelo bem-estar e pelo ministério de cada membro, reconhecendo e aceitando plenamente a posição e a função que esse membro recebeu de Deus, para um ministério útil ao Corpo de Cristo. Exemplo: Vocês estão aí discutindo se eu sou maior do que Apolo ou não, e dividindo a Igreja. Isso não mostra como vocês têm crescido pouco no Senhor? Quem sou eu, e quem é Apolo, para que sejamos causa de uma discussão? Ora, nós somos apenas servos de Deus, cada um de nós com determinados talentos especiais. E com nossa ajuda é que vocês creram. Meu trabalho foi o de plantar a semente no coração de vocês, o de Apolo foi rega-la, porém foi Deus, e não nós, quem fez crescer a lavoura em seus corações. Uma pessoa que planta ou rega não é muito importante; Deus é que é importante, porquanto é Ele quem faz as coisas crescerem. Eu e Apolo trabalhamos em equipe, com o mesmo alvo, ainda que seremos recompensados pelo trabalho árduo que cada um de nos fizer. (ICo.3.4-8). Exemplo negativo: Porem com a rápida multiplicação dos crentes, houve murmúrios de descontentamento. Aqueles que só falavam grego, queixavam-se de que as viúvas deles estavam sendo postas de lado, e que na distribuição diária não estavam dando tanto alimento a elas como as viúvas que falavam hebraico. (At. 6.1). Veja também Tiago 1:5-6 Hoje também: Em muitas igrejas, ainda persiste o problema do cuidado desigual para com os membros. Quase sempre uma igreja terá certos componentes que são humildes e normais, porem não muito talentosos. Estes podem ser meramente tolerados; ao passo que outros, por causa da profissão, suas posses ou seu destaque na sociedade, são honrados. Por conseguinte, a igreja pode conter certo numero de irmãos menosprezados

e ignorantes; e ao mesmo tempo, um grupinho de irmãos arrogantes. Certas igrejas permitem distinções desfavoráveis entre jovens e velhos; iletrados e instruídos; brancos e negros, entre descendentes de portugueses, alemães, italianos, japoneses, e assim por diante. Certos membros recebem muita atenção, outros são invisíveis. É para sanar esse tipo de doença espiritual, que existe o mandamento bíblico: Tenham igual cuidado uns pelos outros. Uma reflexão pessoal: Na igreja de que eu faço parte, há pessoas que recebem menos atenção e honra, e que alguém poderia chamar de comuns. A minha atitude pessoal para com os membros desse tipo tem sido a seguinte: Implicações deste mandamento: Tenham igual cuidado é um mandamento que encerra varias verdades: 1. Não deve haver arrogância ou orgulho da parte daqueles membros que tenham dons ou ministérios mais visíveis. (ICo. 12.21). 2. Também não deve existir inveja ou ciúmes da parte daqueles membros cujos dons e ministérios sejam mais corriqueiros e menos aparentes. (ICo. 13.4; 12.15-16). Aplicação pessoal. Eu luto mais com a tendência de sentir: ( ) Desprezo dos que apresentam ter menos capacidade que eu. ( ) Inveja dos que parecem mais capacitados do que eu. 3. Todo membro, reconhecendo que o seu Dom e o seu ministério são importantes para o bem-estar de todo o Corpo, deve exercer o seu Dom de maneira diligente, de acordo com a medida da fé que Deus lhe repartiu. (Rm. 12.1-8). 4. Se algum membro do grupo sofrer de qualquer maneira (quer física, espiritual, emocional ou financeiramente), todo outro membro do grupo deverá interessar-se pelo seu caso, de modo ativo e compassivo. Os membros também sofrerão pelo fato que esse membro está temporariamente impossibilitado de contribuir para vida do Corpo (1Co. 12.26, Rm. 12.15). 5. Se a um membro foi outorgada alguma honra especial, todos os demais membros deverão alegrar-se juntamente com ele. Isto porque todos são membros do mesmo Corpo e um dos outros, o que significa que aquela honra é gozada em comum por todos (ICo. 12.26, Rm 12.15).